DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 23
Estranhos fenômenos


Notas iniciais do capítulo

Apresentando um pouco de cada personagem para aprofundar nossa história, espero que a memória de vocês esteja fresca!!!



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Barry chega em sua residência com uma expressão exausta, observando a luz da lua refletir-se na grama cortada. O som do vento se dilui sobre seus tímpanos antes que bata à porta e entre ao ouvir uma permissão abafada. A voz masculina parte de Darryl Frye, que janta com a mulher alegremente até a chegada do rapaz.
— Qual é o feriado? - Questiona Allen sem real interesse.
— Estava esperando minha recompensa - Explicou Darryl com orgulho - Um estímulo que ganhamos de tempos em tempos pelo risco constante que sofremos no trabalho.
— Então essa é uma ótima razão para comemorar - Exprimiu Barry subindo lentamente as escadas até seu quarto, o que deixa o casal intrigado.
— É melhor você ir falar com ele - Declarou Donna com um olhar preocupado.
— Você também é mãe - Lembrou Darryl com indignação.
— Mas ele sempre teve mais afeto por você - Sem mais argumentos, Darryl se levnata da mesa enquanto um Barry cabisbaixo observa suas coisas, desde o guarda-roupas entulhado, os livros amontoados nas quinas e o calendário com datas importantes marcadas. Ele queria mudar, pretendia ser melhor, mas quanto mais tentava, mais as coisas continuavam iguais. Como resolver um paradoxo desses? Felizmente, Darryl Frye bate na porta hesitante antes de Allen abri-la sem muito empenho, porém grato pelo pai adotivo ter vindo saber o que se passa. Enquanto Darryl fecha a porta, Barry volta a se sentar, olhando com atenção para o notebook sem grandes tarefas a cumprir exceto por um puzzle na tela. Frye se senta perante o jovem, então pigarreia alto para chamar sua atenção.
— Posso falar com você ou está ocupado demais com seus trabalhos? - Barry fecha o computador portátil com velocidade excessiva, mas não o bastante para que Darryl desconfiasse de suas condições.
— Sou todo ouvidos.
— Algo me diz que seu dia não foi tão bom assim.
— Não estou com fome, se é isso o que está pensando.
— Desde que te conheci, você come mais do que um tigre, então é óbvio que tem algo de errado - Barry olha para a parede atrás de Darryl, evitando seu olhar enquanto pensa na forma mais sensata de dizer aquilo sem estragar seu diafarce.
— Digamos que, para variar, eu estraguei tudo. Precisava chegar na hora certa para uma reunião de equipe importante onde alguns dados seriam passados e eu acabei perdendo tudo. Acho que ninguém tem muita confiança em mim.
— Você tem?
— O que? - Retrucou Barry um pouco aéreo.
— Você tem confiança em si mesmo?
— Claro que sim.
— Então está claro que alguém precisa mostrar aos seus colegas que esse jovem que eu criei como se fosse meu filho tem um coração grande e muita garra para fazer o que for necessário para não decepcionar os outros, muito menos a mim - Darryl coloca a cadeira de volta no lugar, então se dirige à porta com um sorriso esperançoso - Eu acredito em você, Barry - Assim que seu pai sai da sala, Allen fica pensativo, remoendo algumas coiss em sua cabeça quando Darryl retorna sem jeito - Antes que eu esqueça, caso sua fome tenha voltado, deixarei as panelas em cima da pia.
— Obrigado pai.
— Só fiz meu trabalho - Darryl torna a sair do quarto de Barry, que por sua vez reflete a respeito da atitude que deveria tomar na Liga a partir de agora.
Em Metrópolis, um Superman solitário observa o último andar da torre da Luthor Corp até a chegada de Ajax, que analisa seu colega em silêncio até que este finalmente percebe sua presença.
— Jon? Chega a ser estranho alguém conseguir me surpreender - Exclamou o herói impressionado.
— Ou talvez você estivesse concentrado demais em outra coisa para reparar em corpos externos.
— Leu minha mente?
— Claro que não, vocês foram bem específicos em relação a esse detalhe quando permitiram minha entrada - O sujeito de pele marrom se aproxima de Clark com uma expressão curiosa, o que o leva a questionar - Posso saber do que se trata?
— Lex Luthor. Fico de olho nele para saber se está tramando outro plano de destruição em massa.
— Qual foi sua conclusão?
— Nenhuma. Os setores da parte baixa estão protegidos com sensores de calor e saídas de ar com tubulações de kriptonita.
— Entendo. Eu posso te ajudar, se quiser - O homem aponta para sua cabeça, mas Superman recusa com um balançar de cabeça.
— Não obrigado, vamos manter sua privacidade, mas apenas até surgir alguma atividade suspeita da parte dele - Jon está prestes a ir embora quando Superman o impede com uma pergunta - Por que veio até aqui?
— Queria saber o que o Superman faz em seu tempo livre.
— Por quê?
— Por quê achei que descobriria o que significa viver - Jon deixa a presença do Superman para seguir seu próprio caminho enquanto a noite se estende, indicando aos gothamitas que a hora do Batman dar as caras se aproxima.
Na mansão Wayne, Alfred desce os degraus da batcaverna até encontrar seu patrão mexendo em uma tela de computador com plena concentração.
— Achei que fosse patrulhar - Confessou Pennyworth aproximando-se de Bruce.
— Estava lidando com alguns dados obtidos de nossos amigos da Argus - Esclareceu Wayne com seriedade.
— Pelo visto o coronel Flag foi bom com o senhor.
— Foi uma troca de favores. Eu capturei seus prisioneiros e ele me deu acesso livre por algumas páginas ocultas, permitindo que eu adquirisse algumas informações sigilosas, como o fato de que Lex Luthor se envolveu em negociações da Argus, que financiou projetos de tecnologia reversa em troca de investigações apuradas do organismo kriptoniano.
— Como isso seria possível sem o Superman?
— Zod. Um dos kriptonianos da invasão de três anos atrás que foi morto no confronto e levado por cientistas até os laboratórios Star para análise a longo prazo. Parece que esses laboratórios especiais possuem um setor privado de segurança máxima chamado SK-Side.
— A Liga cuidará disso, tenho certeza - Declarou Alfred com uma expressão convencida, mas Bruce se levanta com o semblante fechado.
— Não desta vez.
— Patrão, se o senhor tem uma euipe de seres superpoderosos, qual a razão de insistir em trabalhar sozinho?
— Justamente por terem tanto poder acabarão chamando atenção, se eu for sozinho, as chances se colocam a meu favor.
— Então vai visitar diversos laboratórios pelo mundo?
— Na verdade não, apenas enviarei todos em missões a parte para entender melhor essas posições estratégicas enquanto me concentro na unidade dos laboratórios Star aqui nos Estados Unidos.
— Sozinho para variar.
— Nunca deu errado - Bruce veste seu capuz e sobe no batmóvel, partindo imediatamente caverna afora e atravessando uma cachoeira até um precipício que o leva a uma floresta, onde segue caminho em direção a Metrópolis. Em um edifício particular, diversas pessoas de meia idade e algumas mais novas observam diferentes esculturas e objetos raros expostos atrás de vidraças e protegidos por alguns seguranças. Nada que fizesse muita diferença para Diana, pois sabia ser suficientemente capaz de se defender caso algum louco tentasse roubar o museu. Um sujeito mais velho se aproxima de Diana com uma expressão séria e urgente, mas evita estardalhaços cumprimentando a todos no meio do caminho. Seus cabelos grisalhos e barba por fazer denotam um homem dedicado ao dever, sem nada a temer em sua jornada, exatamente o tipo de pessoa que ela gosta de lidar.
— Boa noite senhorita Prince.
— Boa noite Major Aerus. Em que posso ajudar?
— Primeiro gostaria de elogiar essa coleção londrina. Sua equipe é ótima.
— Obrigada - A princesa sorri simpaticamente antes de Aerus prosseguir.
— Por que Carter Hall não veio?
— Não sei, já faz tempo desde que ele saiu a trabalho e nunca mais tive notícias dele.
— Sabe onde ele poderia ter ido?
— Algum lugar do Egito. Por quê?
— Nada importante. Queria apenas garantir que não sabia de nada - Diana continua pressionando o militar com uma expressão firme.
— Seja sincero, o que o senhor sabe a respeito de Carter?
— Nada.
— Major, por favor, ele é meu amigo - Insistiu Diana com impaciência.
— Tudo bem, eu conto, mas deve manter em segredo até as investigações serem concluídas. Houve um incidente em uma pirâmide egípcia - Diana não precisava escutar o resto da notícia, mas continuou escutando mesmo assim - Não temos detalhes do que aconteceu para que tal incidente ocorresse, mas estamos terminando de escavar os escombros. Não há chances de haver sobreviventes - Chocada, Prince reapira fundo, olhando para o teto antes de cumprimentar o major e secar as lágrimas antes de voltar ao seu trabalho.
— Obrigada, de verdade. Espero que concluam logo as investigações.
— Pode ter certeza senhorita - Londe do museu, Hal Jordan termina de ler alguns documentos antes de fechar seu armário e se retirar do prédio da Força Aérea quando de repente seu anel brilha incessantemente, informando-lhe a respeito de uma ameaça próxima. Ele caminha silenciosamente pelos corredores, parando nas esquinas para verificar o local até ser surpreendido por Carol Ferris, uma jovem de roupa social roxa, gravata vermelha combinando com o batom e cabelos curtos que valorizam seu queixo redondo.
— Carol? O que aconteceu?
— O que aconteceu? O que faz aqui a essa hora?
— Estava lendo o relatório do dia do meu acidente.
— Você não tem direito de acessar esses arquivos.
— E vocês não tem o direito de me demitir por ter destruído um avião caríssimo sem ao menos estar dentro dele.
— É por isso que estão apurando as causas do acidente - Argumentou a jovem irritada - Eu deveria mesmo é demiti-lo por... está sentindo esse calor?
— Então agora você quer me paquerar? - Ironizou Jordan antes de subitamente começar a sentir a estranha presença ao seu redor. O anel continua piscando, o que leva Hal a cobrir Carol enquanto avança pelo corredor receoso - Espere aqui, vou dar uma olhada nos outros corredores - Assim que consegue sair do campo de vista da colega de trabalho, Hal se cobre com seu uniforme esverdeado, uma armadura leva e fina que reveste todo seu corpo com o brilho esmeralda antes de o Lanterna seguir prédio afora em busca da origem daquela fonte de calor. Quando chega ao lado de fora, Jordan se depara com nada além de um campo em chamas formando um S torto como o símbolo do Superman.
Na manhã seguinte, o celular de Barry toca continuamente por longos minutos até o jovem enfim acordar para atender a ligação.
— Quem é?
— Batman na linha. Reunião de emergência.
— Pode deixar, chego em dois minutos - Barry desliga a chamada, trocando de roupa tão depressa quanto corre para tomar seu café até dar de cara com Donna Frye.
— Que barulho foi esse, Barry?
— Nada, Donna. Tenho que ir - O jovem corre até a porta da sala, fechando-a de uma vez antes de sair em disparada pela cidade, vestindo seu uniforme sem diminuir o ritmo até alcançar o Sala da Justiça, um belo prédio no meio de Metrópolis onde a Liga havia feito sua base. Ele entra na sala de reuniões quando percebe estar novamente atrasado para o que quer que fosse a pauta emergencial.
— Bem - Continuou o Batman com hesitação - Recaptulando um pouco, esses símbolos estranhos surgiram em locais supostamente aleatórios pelo mundo, isso se não levarmos em conta as características metereológicas dos locais. Todas as regiões onde o fenômeno ocorreu são extensões onde os raios solares atingem a Terra com uma frequência maior.
— Seria muita coincidência - Afirmou Jon desconfiado.
— Coincidência ou não, precisamos entender esses fenômenos. Aquaman e Ajax podem ir investigar o caso na América do Sul. Mulher-Maravilha e Lanterna Verde verificam o fenômeno na Inglaterra e Flash cuidará do caso no Japão. Alguma pergunta? - Barry levanta a mão confuso - Sim Flash?
— Eu não sei falar japonês - Ignorando a observação do colega, o Batman dispensa a todos, exceto pelo Superman, que continua na sala com uma expressão abatida, como se um grande mal estivesse à sua sombra.
— Precisamos conversar - Exclamou o kriptoniano com seriedade.


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Notas finais do capítulo

Que fenômenos são esses e qual a ligação deles com a Argus? Até quando Batman será autosuficiente e o que Superman pretende conversar com seu amigo?



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