DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 20
Brincando com fogo


Notas iniciais do capítulo

Penúltimo capítulo dessa parte da história! Coringa e Esquadrão Suicida, um encontro que promete!!!!



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O coronel encara seus parceiros com um semblante duvidoso. Não queria depender da Força-Tarefa X para sobreviver ao que estava por vir, mas sabia que a próxima missão era uma armadilha bem arquitetada. Quanto a Floyd e os demais, estavam alheios e indiferentes com o que estava acontecendo, pois tudo o que veio anteriormente os preparou para aquele momento.
— Estamos nos aproximando do quartel-general da Argus na Inglaterra, preparem-se para o desembarque - Avisou Flag pelo alto-falante, deixando os criminosos alertas a respeito de sua função.
— O que será que nos aguarda? - Perguntou Crocodilo com ansiedade.
— Mais demônios gigantes de vários braços e alguma mentira do Flag e de seus superiores - Afirmou Lawton em tom de provocação.
— Será que a bruxa irá conosco? - Questionou Arraia revelando preocupação - Ela foi útil por todo o percurso, agora seria mais útil ainda.
— Espero que sim - Declarou Katanna intrigada - Se ela não ajudar, teremos mais mortes do que já tivemos.
— Veja pelo lado bom - Observou Lawton vestindo sua máscara - Se morrermos, não teremos mais que nos preocupar com qualquer merda relacionada à Argus.
— Esse é um bom argumento - Comentou Arlequina enquanto o helicóptero pousa ao lado da base da Argus. Flag e seus homens são os primeiros a sair. Eles soltam os membros da Força-Tarefa X e providenciam seus equipamentos antes de se alinharem prestes a partir quando Rick olha de Lawton para June a depois para o quartel-general da Argus.
— June, promete que vai continuar ao meu lado quando tudo acabar?
— Prometo Rick, mas por que está me perguntando algo assim?
— Chame a bruxa e a controle mais uma vez. Ajude-os...ajude-nos a vencer o que está causando essas tempestades - Pediu Flag em tom de súplica.
— Espere, você disse "ajude-nos?" - Indagou Floyd com surpresa.
— Sim. Sei que é difícil de acreditar, mas eu irei ajudá-los. Não apenas por ser a base da Argus, mas por que eles sacanearam vocês e acho que está na hora de alguém pagar por isso - Arlequina sorri maliciosamente, dirigindo seu olhar para cada membro do esquadrão antes de June sair da aeronave.
— Se você vai, então eu me transformarei nela outra vez - Decidiu a jovem arqueóloga se juntando ao namorado e aos criminosos.
— Agora acho que nossas chances melhoraram - Comentou Floyd sacando suas armas - Vamos entrar - Os soldados acompanham a Força-Tarefa, que parte na frente, cada vez mais próximos do prédio principal da Argus. Em um andar subterrâneo do prédio, Coringa leva um funcionário por longos corredores até uma porta azul selada por placas metálicas onde se encontra o sistema de controle dos explosivos do esquadrão.
— Tem certeza de que esse é o lugar? - Questionou o psicopata, se preparando para dar um passo inesperado por qualquer um naquele meio.
— Absoluta - Respondeu o homem com a voz trêmula.
— Então não preciso mais de você - Coringa levanta a arma pronto para atirar quando o sujeito se joga aos seus pés implorando por piedade.
— Por favor, senhor Coringa, não me mate, eu fiz tudo o que o senhor pediu.
— Não fez. Abra a porta e entre antes de mim - Ordenou o Coringa com uma expressão de esperteza.
— Mas o senhor pode confiar em mim, essa é a porta certa.
— Se for a porta certa, você não terá problemas em passar por ela - Exclamou o palhaço com ironia, balançando a arma pelo ar enquanto gesticula, amedrontando ainda mais o pobre funcionário. Subitamente a arma dispara no pé de um de seus próprios capangas, que salta e grita com as mãos no pé dolorido enquanto os demais ficam tão assustados quanto o funcionário da Argus - Sinto muito, mas essa demora me deixa meio irritado e quando estou vendo meu dedo começa a disparar para qualquer lado, vira uma roleta russa de uma pistola, se é que me entende - O sujeito pensa melhor, então se afasta da porta azul para seguir em direção à outra, uma inteiramente prateada.
— Essa é a porta certa - Revelou com arrependimento, mas não tanto até ver o dedo do Coringa atirando em sua direção e seu corpo enrijecido cair no chão repleto de sangue pela roupa.
— Esse foi pela mentira - Coringa deixa seus homens passarem para enfrentar e matar todos na sala de comando enquanto ele encara sua vítima pensativo até decidir atirar uma segunda vez - Esse foi por ser um covarde bundão que esperou eu atirar naquele inútil para confessar a verdade. Tenha bons sonhos - Depois de atirar outra vez em sua vítima, o Coringa segue para o interior da sala de comando, onde seus capangas começam a se apropriar da sala dominada. Um especialista de informática da equipe do palhaço assume o controle da rede de computadores e encontra o servidor responsável pelos explosivos nos membros da Força-Tarefa X.
— Terminei chefe, o que devo fazer?
— Você foi rápido Tedd, achei que teria de cortar seus dedinhos mulherengos fora - Declarou o Coringa se distraindo com as próprias palavras.
— Quer que eu mate todos?
— Matar essa gente de boa índole? Esses caras tem mais currículo que metade desses nojentos que andam comigo. Talvez possam servir para alguma diversão. Consegue me colocar nos alto-falantes de todo o prédio?
— Sim senhor - Na entrada do prédio da Argus, Flag e sua equipe avaliam os riscos de atacar os capangas do Coringa quando o Pistoleiro os empurra e toma a frente da situação.
— Vejam como se faz, crianças - Com uma mira impecável, Lawton atira em todos os comparsas do Príncipe do crime, deixando os funcionários da Argus confusos e apavorados até avistarem Flag se aproximar com o batalhão.
— Pessoal, podem se retirar do prédio com cuidado. Meus homens os guiarão até uma área segura - Assim, a maioria dos soldados de Rick se juntam aos reféns para tirá-los do prédio enquanto o resto da equipe segue adiante com seu líder quando uma voz pigarreia nos alto-falantes.
— Atenção senhores membros do Esquadrão Suicida, aqui quem fala é o nobre interlocutor das tardes de insanidade, o senhor Coringa da Silva. Eu poderia matar a todos neste mesmo instante, mas escolhi um caminho diferente.
— Isso, meu pudinzinho voltou - Vociferou Arlequina em comemoração, mas Coringa a ignora antes de continuar seu discurso.
— Houve uma falha humana na minha transmissão, mas agora estamos plenos de comunicação. Ouçam, desativei os explosivos em seus pescoços, o que significa que vocês podem fazer a merda que tiverem vontade, o que inclui fugir, matar os caras que fizeram isso com vocês e seus comparsas malditos ou continuar com essa estupidez até que todos morram de uma vez.
— Ele é um amor - Declarou Arlequina com um longo suspiro.
— Principalmente essa voz irritante me atrapalhando - Na sala central da Argus, técnicos de computação tentam em vão armar os explosivos dos criminosos apanhados, o que tira Amanda Waller do sério.
— Sinto muito senhora, mas os comandos não partem daqui. Uma vez desarmados é preciso instalar novos dispositivos.
— Eu vou fazer uma ligação - Waller pega seu telefone pessoal e encaminha uma ligação para Flag, que atende sem demora enquanto a tensão entre soldados e criminosos aumenta.
— Senhora?
— Flag, ordene que o Esquadrão continue seu caminho e mate o que está nesse prédio.
— Não se preocupe, ninguém vai tentar nada com a June aqui - Afirmou o coronel com confiança em excesso.
— O que? Você desobedeceu uma ordem direta?
— Eu fiz o que foi necessário.
— Tem ideia do que está acontecendo?
— Coronel - Gritou um soldado ao ver alguns colegas voando pelos ares - Ele está vivo.
— Quem? - Digger Harkness ultrapassa algumas linhas de soldados, atacando-os com alguns bumerangues maiores enquanto o resto do Esquadrão se divide. Arraia e Arlequina atacam os companheiros de Flag enquanto Katanna, Crocodilo e Pistoleiro fogem por uma porta sem dar aviso.
— Onde está June? - Perguntou o coronel com receio enquanto uma intensa batalha é travada entre os três membros do Esquadrão e os colegas de Flag. Na sala de comando, o técnico do Coringa revela uma série de câmeras do circuito interno que mostram Lawton, Katanna e Crocodilo em perseguição a June, que foge em desespero para longe da luta.
— Essa parece a chance perfeita para nos divertirmos um pouco - Exclamou o Coringa com uma expressão insana - Vamos atrás desses coitados.
Enquanto percorrem uma escada atrás de June, Lawton, Katanna e Crocodilo acabam se deparando com agentes da Argus, que atiram contra eles sem sequer perguntar o que estavam fazendo. Como resposta eminente, Floyd apontou suas armas e disparou com as mãos tremendo quase nada enquanto as balas extravazam dos canos das pistolas quentes. Muitos dos segurançaa caem mortos no chão, mas não faz diferença para o Pistoleiro. Aqueles homens não passavam de obstáculos tentando atrasá-los. Se June fosse para muito longe, não restaria muitas opções para o Esquadrão a não ser escapar dali e torcer para que os demônios não destruíssem tudo o que existe.
— Doutora Moon - Chamou Lawton resfolegando - Precisamos de você, não pode simplesmente fugir da luta.
— Eu não estou fugindo - Afirmou a arqueóloga alcançando uma parede destroçada, seguida pelos colegas espantados.
— Que merda é essa? - Questionou Crocodilo ao ver um enorme portal roxo se formar no pátio do prédio.
— Olha, independente de quem nos abandonou, eu não pretendo morrer sabendo que minha filha também irá junto - Declarou o Pistoleiro abaixando suas armas - Acha que pode impedir o que está vindo?
— Posso tentar - Ressaltou a jovem um pouco hesitante.
— Não esquenta - Pediu a samurai com simpatia - Se a coisa ficar muito ruim, iremos te ajudar - June respira fundo, se concentrando o máximo possível em sua vontade antes de pronunciar a palavra que convoca a poderosa bruxa do recanto mais sombrio de sua alma.
— Magia - A palavra ressoa como um eco distante que arrepia o trio como uma brisa fria de inverno. A bruxa encara seus parceiros com uma expressão raivosa antes de desaparecer repentinamente, levando consigo todos os seus pensamentos reprimidos enquando uma pistola gelada cutuca a máscara do Pistoleiro.
— Que surpresa agradável - Declarou o Coringa com um sorriso estampado na face psicótica - O que o lindo casal está aprontando?
— Não vai me dizer que está com essas coisas? - Questionou Floyd preocupado.
— Eu não estou com essas coisas, mas vê-las agitar esse lugar não é uma coisa que se vê todo dia.
— Eu vou matá-lo - Declarou Katanna desembainhando a Ceifadora de almas quando Arlequina surge por trás do palhaço e mira sua pistola na samurai - Desculpa Lawton, a vaca está com ele.
— Arlequina, avisa pro seu namorado que esses demônios destruirão tudo e esse tudo inclui o mundo inteiro.
— Acha que nós nos importamos? - Perguntou Harley com revolta, o que levou Coringa ao riso - Nós ficaremos juntos para sempre assim que tudo acabar, enquanto vocês não terão nada além de suas armas.
— E você fica ajudando e amando um sujeito que só sabe ameaçar, matar, te ignorar e não perguntar uma vez sequer como você está - Comentou Floyd indignado enquanto Magia expulsa os demônios de volta ao portal - Eu quero um relacionamento perfeito assim.
— Foi bom ter lembrado - Declarou o Coringa coçando o queixo com sua pistola - Como você está querida?
— Isso não está acontecendo.
— Cala a boca que eu não estou falando com você, querido hehehe - Ordenou o palhaço cutucando outra vez a nuca do Pistoleiro com sua pistola.
— Nunca estive melhor, meu pudinzinho - Coringa bufa decepcionado, então respira fundo e, com a arma ainda apontada para Floyd, puxa Arlequina até a beirada do prédio.
— Que pena, não gosto que esteja melhor do que eu - A ex-psiquiatra fica inconformada, mas não tanto quanto Lawton, que grita desesperado ao ver Coringa empurrar Harley prédio abaixo com um suspiro suave - Já vai tarde, piranha - Coringa se volta aos dois membros do Esquadrão, sinalizando para que seus homens aproximem-se daquele ponto - Como será seus degenerados, podemos trabalhar juntos ou vocês podem morrer sozinhos? - De repente, um forte estrondo abala todos ali, enquanto uma explosão arremessa Coringa, Pistoleiro e Katanna contra o chão. Uma nuvem de poeira e magia negra varre para longe as paredes do prédio e logo o trio se encontra no que restou da base da Argus.
— Que merda foi essa? - Perguntou Katanna impressionada, mas Lawton a ignora, indo à beira do andar para ver o corpo morto da criminosa. Para sua alegria e surpresa, não havia um corpo caído no chão, mas uma Harley presa nas vigas restantes da parede externa - Você é uma sortuda miserável.
— Qual é? Vai me tirar daqui ou vai ficar olhando pro meu corpo o dia todo? - Lawton disfarça o olhar enquanto resgata Arlequina, mas sua alegria não dura muito tempo. A criminosa retira o excesso de pó dos cabelos, então encontra um Pistoleiro paralisado de medo. O portal acabara de aumentar de tamanho e dele surge um demônio obscuro, repleto de ondas cinzentas, olhos brancos intimidadores, chifres entre os cabelos longos e uma lua branca deitada no meio da testa.
— Quem é esse capeta? - Perguntou Coringa aproximando-se com curiosidade, mas a resposta é proferida pelo próprio demônio, que apesar da distância, consegue ouvir com clareza o que o inseto havia dito.
— Magia.


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Notas finais do capítulo

Magia libertou todo o seu poder em sua verdadeira forma!!! Como o Esquadrão e... Coringa lidarão com essa ameaça?



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