DC Multiverse Movies escrita por Andrew Ferris


Capítulo 17
Pontas afiadas


Notas iniciais do capítulo

Desculpe a demora pra postar, tinhs muitos capítulos prontos mas acabei deixando a fic de lado!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/740980/chapter/17

No lado de fora do prédio, dezenas de oficiais estão apreensivos enquanto um deles se dirige a Flag, que mantém vigilância constante no esquadrão.
— Novidades? - Perguntou o oficial.
— Se dividiram, mas parece que o grupo do Lawton tomou a frente e vai chegar ao topo primeiro.
— Não importa. Qual deles está com a maleta?
— Arraia Negra.
— Comunique-se com ele, ordene que chegue o quanto antes no topo, temos dez minutos antes de enviarem o míssil.
— Dez? Achei que fosse trinta - Comentou o coronel sem entender o que acontecia.
— Mudamos o cronograma. Aquelas coisas podem escapar a qualquer instante, precisamos afastar os curiosos e a imprensa, então cuide disso - Sem mais nada a dizer, o oficial deixa Flag sozinho, que resolve chamar outra pessoa ao invés de Arraia.
— Que é Flag? - Questiona o Pistoleiro sem paciência.
— Preciso que cheguem o mais depressa possível no penúltimo andar - Esclareceu o coronel pressionado.
— Não é por nada não, mas estamos meio ocupados - Uma centena de criaturas com dois parea de braços surgem de andares elevados, atacando Arlequina e Crocodilo com membros que se esticavam por todo o andar.
— Eu já vi braços grandes, mas isso é ridículo - Comentou Harley atirando freneticamente nas criaturas mais próximas. Enquanto isso, o Crocodilo dá seu jeito, se segurando em um braço que devora aos montes até destroçar a criatura por completo.
— Você não entendeu - Afirmou Rick respirando fundo para prosseguir - Meus superiores adiantaram a chegada do míssil, restam nove minutos antes do impacto.
— O que? - Magia encara sem espanto uma das criaturas, que para de atacar e a copia, os dois se entreolhando por demorados instantes enquanto as demais atacam Arlequina e Crocodilo, cessando seu ataque ao reparar a cena que se desenrolava - Não é por nada, mas essa bruxa é incrível - Mudando de humor subitamente, a agora enraivecida Magia preenche os monstros com sua energia obscura, levando todos a explodir no mesmo instante, espalhando pedaços de carne e sangue alaranjado por toda parte - E perigosa. Desligando...
— Menina, isso foi de matar - Observou Arlequina sorrindo animadamente ao se reencontrar com os demais.
— Os planos mudaram, crianças. Flag avisou que o míssil vai chegar em nove minutos ou menos, então precisamos chegar lá em cima antes dos bobões independentemente das consequências.
— Tem o elevador - Lembrou Crocodilo com ingenuidade.
— Essa desgraça está quebrada.
— E você se importa?
— Me importo em não morrer em uma explosão que vão me culpar sendo que nunca cometi um crime nessa droga de cidade - Desabafou Floyd indignado, guardando suas armas nos bolsos enquanto pensa melhor - Quer saber? Vamos fazer do seu jeito suicida - Depois de explodirem as portas dos elevadores, Pistoleiro e Crocodilo apanham alguns objetos pesados, jogando-os no fundo das cavidades metálicas antes de tomar suas parceiras e, atirando em uma corda de aço, que estoura sem dificuldade, são arremessados prédio acima até o último andar, onde Magia lhes assegura a aterrisagem.
— Estou começando a gostar dela - Confessou Croc com uma olhadela para a bruxa.
— Pistoleiro para Arraia, responda - Nada de Arraia - Pistoleiro na escuta, responda - Nada de resposta.
— Aqui é Katanna falando, onde vocês estão?
— Estamos no último andar, e vocês?
— Fora os idiotas que chamamos de parceiros, estou no penúltimo andar, pouco abaixo de vocês - Lawton observa os objetos sendo empurrados para longe à medida que um portal arroxeado ganha força e brilho.
— Estamos indo - Ao descerem um lance do que outrora havia sido uma escada, o trio alcança a samurai, que tinha a posse da maleta com o rastreador.
— Cadê o resto? - Perguntou Crocodilo confuso.
— Despistei os dois patetas ao concluir que dentro dessa maleta não tinha míssil algum - Lawton abre a mala e, para sua surpresa, um contador exibe um explosivo a longa distância do qual todos se afastam com exceção de Magia.
— Magia, você poderia cuidar disso? - Perguntou Floyd cutucando a bruxa e apontando em seguida para a maleta e o explosivo.
— Como?
— A maleta... Coloque a maleta debaixo do feixe - A bruxa continua encarando o Pistoleiro como se ele fosse louco.
— O que ele quer é que você exploda todo o prédio - Traduziu Arlequina, o que fez a Bruxa se voltar para a maleta e levá-la pelos ares até o lugar da explosão, abrindo um buraco no teto de forma que a maleta pudesse atingir a explosão com eficácia. Do lado de fora do edifício, Flag e os demais soldados se afastavam enquanto o oficial se aproxima dele.
— Onde está o rastreador?
— No ponto combinado, mas dois dos membros da Força Tarefa-X não estão no mesmo andar que os demais.
— Não importa onde nenhum deles está - Sem aviso, o oficial verifica se todos estavam longe o suficiente e aciona o explosivo. Rick observa o sinal na tela começar a piscar e fica confuso enquanto Lawton olha janela afora.
— Sacanas, estão nos deixando pra trás. Magia, consegue nos colocar fora do raio de explosão? - Ao ver que a bruxa continua parada, Arlequina se aproxima da bruxa.
— A bomba vai matar a gente - Dessa vez ela reveste os colegas e os retira depressa do prédio, que explode quase imediatamente.
— Devo admitir que essa foi quase - Comentou o Pistoleiro ao cair no chão.
— O que aconteceu? - Questionou Harkness despertando sutilmente.
— Você salvou esses idiotas? - Indagou Floyd se voltando para Magia, que abana os braços com indiferença - Ótimo, estava afim de um saco de pancadas - Correndo na direção de Digger, Lawton joga o Bumerangue no chão e começa a esmurrá-lo sem clemência. Depois de afastar o colega com um bumerangue que se expande como um balão, Harkness corre na direção do Pistoleiro e amboa trocam socos, acertando alguns em meio a joelhadas aleatórias quando o pelotão de Flag se aproxima e mira as armas em todos os criminosos.
— Temos mais o que fazer além de cuidar dos bebês chorões - Os dois se encaram com repussa antes de separarem, sendo algemados logo em seguida.
— Você mentiu, Lawton - Comentou o Crocodilo revoltado - Sabia que a maleta era o verdadeiro explosivo, mas disse aquilo apenas para nos pressionar - O Pistoleiro não responde, preferindo ir em silêncio para o helicóptero, onde todos os presos são colocados em uma jaula trancada e separada dos soldados.
— Esse cara é pau mandado do governo - Declarou Arraia com ódio - Nunca vi um sujeito pior que esse. Mata por dinheiro e agora serve esses hipócritas humanos.
— Afinal de contas, quem não estava mentindo? - Perguntou Katanna de maneira reflexiva, encarando Pistoleiro duvidosa.
— Ele não fala por si mesmo - Respondeu Harkness mordendo os lábios - Quem fala por ele é quem está no comando de tudo isso.
— Inferno Harkness, cale a boca - Implorou Floyd impaciente - Eu só faço o que faço pela minha filha - Alguns o encaram com desconfiança, então ele continua - Se eu fizer essas merdas que eles pedem, um dia vou sair daqui e finalmente poderei ver minha filha. Faz seis anos que não a vejo.
— Culpa daquele morceguinho - Lembrou Arlequina enraivecendo-se.
— A questão é que não tem como nos livrarmos dessa merda se não morrermos em combate ou fizermos o que querem até eliminarem a pena por completo - Esclareceu Lawton ignorando o comentário de Arlequina - Então vocês podem continuar querendo agir por conta própria e arriscar perder os próprios pescoços ou podem ajudar uns aos outros e, juntos, podemos zerar a pena de todos - Os criminosos se entreolham, com um ou outro revelando um sorriso teatral antes de se voltarem para Lawton - Podemos fazer desse jeito?
— Claro.
— Beleza.
— Se só temos esse caminho.
— As crianças já se reconciliaram? - Questionou Flag aparecendo em um visor acima da cabeça de Floyd.
— Espera, você estava ouvindo tudo? - Perguntou Arraia em um misto de indignação e surpresa.
— Claro. O próximo chamado é na Inglaterra, perto de Londres. A Mulher-Maravilha está fora do país, então nos resta cobrir a folga dela.
— Acho que dessa vez será mais fácil - Confessou Digger com arrogância.
— Vai pensando - Ironizou Rick desligando a chamada.
— Odeio esse cara - Declarou Arraia se voltando para Arlequina - Porque você sempre pareceu a mais disposta a ajudar no grupo?
— Diferente de vocês eu tenho um namoro.
— Isso não é verdade, a Katanna já foi casada e a Magia é peguete do Flag - Revelou Lawton com gosto, sorrindo ao imaginar a expressão preocupada do coronel no lado de fora da jaula.
— Sério?
— Porque acha que aquele imundo aceitaria trabalhar com pessoas que podem ter matado colegas de trabalho dele?
— Isso explica muita coisa, mas o caso da Katanna é passado e o da Magia é supositório, então o meu é o único válido.
— Grande coisa - Zombou Crocodilo cuspindo no chão - Qual a vantagem em namorar um psicopata que gosta de jogar baralho?
— O Senhor "C" não joga baralho, isso faz parte da brincadeira.
— Você apanha todo dia - Afirmou Pistoleiro segurando a risada.
— Tenho certeza que ele bate mais forte que essas suas mãos de moça - Retrucou Arlequina com malícia.
— Quer tentar a sorte? Pergunte ao Bumerangue - Sugeriu rindo animado.
— Ele só está falando isso porque me pegou desprevinido e nunca vai confessar que meus socos doeram mais que esses tapas de mão fechada - Debochou Digger erguendo as sobrancelhas.
— De qualquer modo, nenhum de vocês consegue ser tão encantador e único quanto meu Senhor "C" - Harley suspira com os olhos brilhando, deixando os homens inconformados.
— Acho que o que dizem sobre os loucos é verdade - Comentou Harkness dando de ombros.
— Que foi?
— Nada, é que é muito lindo e muito estranho ao mesmo tempo.
— O amor tem esse dom - Declarou Arlequina cheia de si.
— Duvido que ele ligue pra você - Afirmou Arraia com frieza.
— Isso é porque você não sabe como é lá em casa. Se quiser passar pra conferir, só marcar o dia - Ela ergue as sobrancelhas avaliando o perfil do sujeito.
— Então é pelo seu "namorado" que está fazendo isso - Concluiu Crocodilo cansado do assunto.
— Evidente - Ela suspira novamente e se recorda dos momentos com o Senhor "C", desde espancamento de seguranças a envenenamento de donos de boates noturnas. Os dois estão sentados em um trono de ouro, ela com uma pequena coroa de prata e Coringa com uma coroa de ouro, usando um casaco roxo de couro com o peito exposto e um homem de joelhos perante o casal. Este tem os cabelos até o peitoral e sua boca está amordaçada. Sem aviso, Coringa se levanta e tira a mordaça do homem.
— Vamos deixar nosso convidado falar - Ele pega uma taça de ouro e a enche com um líquido lilás, levando até a boca do homem, que nega o conteúdo - É vinho, eu juro - O homem continua negando, o que deixa Coringa impaciente - Me diz como é passar setenta e duas horas sem colocar um pingo sequer de água na boca. As papilas estão berrando enlouquecidamente por qualquer líquido que pudesse entrar nessa boquinha? Estão sim, eu sei disso - Ele assobia girando a taça à frente do homem, cujos olhos arregalam perante a cena - Eu não sou tão ruim assim, de vez em quando eu gosto de fazer as peasoas felizes - Ele deixa o sujeito beber o vinho enquanto olha suas unhas sujas. Depois de puxar a taça a força e jogá-la longe do prisioneiro, o Coringa se abaixa e observa o estado do homem - Eu poderia fazer a vida do nosso amigo ficar melhor, não poderia? - Alguns capangas se aproximam.
— Claro que pode,meu pudinzinho.
— Você ouviu, galã mexicano? Esse é seu dia de sorte? Engraçado, não? Achar que seria o pior dia e de repente tudo ao seu redor se torna tão bom que dá vontade de rir? - Uma risada escapa da boca do sujeito, que fica mais apreensivo ainda - Vamos, não seja tímido, pode rir - O nervosismo do homem aumenta enquanto o Coringa se aproxima do mesmo, segurando-o pelas bochechas - Que carinha triste. Muito, muito, triste. É uma pena que não possa fazer nada por você, mas você pode. Deixe a alegria da vida tomar conta de você assim como tomou conta de mim - Coringa se afasta do sujeito para puxar uma cadeira, com Arlequina observando cada detalhe de seus movimentos com pura paixão - Arlequina, querida?
— Sim, meu pudinzinho?
— Pare de olhar pra mim com essa cara de retardada - O Palhaço do crime cai na risada antes de se sentar ao lado do homem de cabelos longos - Ridículo como alguns objetos não servem a seu propósito. Mesmo assim nunca abro mão de uma criação, aprendi com Jeová. Da mesma forma, gosto de afogá-la de vez em quando - Ele sorri maliciosamente se virando para Arlequina, então se volta para o homem, que segura a risada a todo custo - Você quer rir, não é pecado, manda ver - O sujeito continua se contendo, o que leva Coringa a jogá-lo no chão e chutá-lo repetidas vezes - Você é minha criação Hazel, mas não serviu ao seu propósito, então vou afogá-lo com um pouco de vinho envenenado - O homem começa a rir apesar dos intensos chutes em suas costas - Acho que você entendeu o espírito da coisa ahahahaha... - Os dois riam sincronizadamente até a risada de seu capanga cessar e seus olhos arregalados já sem vida deixarem correr uma lágrima em seu sorriso espantado - E ainda dizem que sou pura maldade.
Batman entra no prédio destruído e avalia as condições. Quem esteve ali teve pressa e não poupou poder de fogo em seu ataque. Vasculhando a base da Argus, o Morcego encontra um agente que ainda respira.
— Lon... Lon... - Sem conseguir pronunciar mais nada, o homem morre, deixando o Batman sem nada, ao menos por hora.
— Alfred, me dê uma cobertura - O mordomo ativa o batplano por todo o prédio, mostrando detalhes amplos da construção.
— Tem gente viva com o senhor.
— Ótimo. Vou interrogá-los quando terminar aqui. O agente disse que uma base da Argus próxima da capital funciona como um aeroporto, possui rotas de todos os planos de voo da organização, incluindo um que partiu daqui ontem. Essa rota foi para a Europa. O primeiro que partiu pousou em Paris, onde houve uma explosão com algumas vítimas, então segue para Londres (Lon..., agora entendi), depois de Londres parece que haverá uma última viagem que tem como destino Orleans, também na Inglaterra - Batman invade o sistema e começa a capturar alguns dados, encontrando pessoas que pudessem seu úteis, copiando esses dados para seu servidor - Alfred, estou indo para Londres.
— Quer interceptar a viagem, senhor?
— Não, quero encontrar uma pessoa que encontrei nos arquivos, um comerciante das artes místicas conhecido como Felix Fausto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Novamente peço desculpas e espero que tenham gostado!!!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "DC Multiverse Movies" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.