Bad Blood escrita por lunxz


Capítulo 2
#BadBlood - Capítulo 2




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— Apesar dos boatos, ele é lindo, não? – Miley apontou para o professor rindo.

— Miley! – Chamei sua atenção. – Não seja podre assim, meu Deus. – Soltei uma risada.

 

    Apoiei minha mão no seu ombro para segurar a risada, enquanto ela acompanhava a piada oculta comigo. Paramos de rir e começamos a encarar o professor, Jacob, que tirava seus papeis de teatro no pátio.

 

— Falando sério agora, você acredita mesmo nessas coisas que dizem? – Miley.

— Ele não tem cara, mas nunca se sabe... – Respondi.

— Desculpe garotas, mas vocês estão se oferecendo ao um homem que vocês não têm maturidade de segurar. – Taylor sentou no meu lado. – De longe, deu para perceber que vocês estavam falando dele e você – Apontou para a Miley. – Está tentando chamar atenção dele. Ele é bonito, boatos são apenas boatos e os deles? Ridículos.

— E você, Taylor. Acha que é mulher para ele? – Miley perguntou.

— Eu sei me valorizar. – Taylor respondeu fazendo uma cara de debochada. – Digo, às vezes, porque meu ego não é tão grande assim.

— Nem um pouco! – Comentei.

— Aposto minhas ultimas economias para você chegar nele, Taylor! – Miley.

— Ele não me interessa. – Taylor. – Não estou carente, guarde suas economias.

 

   Taylor se levantou, pegou os livros que tinha deixado no meu colo e deu a volta pelo pátio; Miley e eu a acompanhamos pelo olhar e logo que sumiu, trocamos olhares e voltamos nosso foco ao Jacob.

 

***

— Cara, como você consegue ser assim. Tão seria, tão chata, tão boba para as coisas. Era só uma dança, quando vai entender!

— Só vou entender quando você parar de sentir vergonha de mim e parar de dançar e se esfregar com seus garotos. – Falei ficando de frente para a Vanessa. – Você sabe o que eu passo aqui e com toda essa fama de “não ligo para nada, só quero fumar, beber e me divertir” e no fundo, eu me importo.

— Não é tão fácil para mim, tudo bem? Não sou que nem você, imune às criticas. Você é minha primeira namorada, ainda é difícil mudar a visão das pessoas...

— Vanessa, me desculpe. Mas no dia que você parar de empinar sua bunda para seu ex-namorado e conseguir me amar fora dessas paredes, você volta a falar comigo porque não quero um relacionamento dessa maneira.

 

    Aproximei-me da Vanessa, encostei minha testa na sua e dei um selinho longo. Meu rosto foi ficando quente, meu coração gelado. Depois de tantas vírgulas, um dia chega ao ponto final da infelicidade.

 

— Eu te amo muito, mas não tem como ser assim para sempre. – Sussurrei.

 

***

— Katy, já são 22h00min. Não vai para casa? – Perguntei entrando em sua sala.

— John, entre e feche a porta, por favor. – Katheryn disse passando a mão entre seu rosto. – Estou suando de nervosa.

— O que houve? – Disse em um tom preocupado.

— Sabe o caso dos primos Huntts? Eu estava assistindo televisão hoje de manhã e tinha um detetive dando entrevista sobre isso, ele disse algo que me chamou atenção e eu não sei como dizer isso... Eu não erro, não sei como é possível essas coisas acontecerem, mas eu acho que... John, eu acho que cometi um erro tremendo, eu não tenho certeza, mas as coisas estão claras agora e eu prendi um inocente, os fatos, os depoimentos não batem mais! Olha, veja bem: a garota sumiu, ela tem 17 anos e esta desaparecida, sem corpo, sem um fio de cabelo, talvez morta no momento e eu prendi Harold Huntts pelo desaparecimento, quer dizer, olha o que eu estou falando, Harold levou a culpa por um homem que é seu oposto, esse homem age ainda, muito provável, Harold não mataria sua prima, mataria? Eles têm uma historia grande de desentendimento, mas alguém da família que testemunhou... sabe que ele é inocente, as histórias agora não batem e eu ganhei uma promoção por isso.

— Katy, você quer dizer que isso tudo esta errado? – Olhei nos seus olhos claros e dei risada. – Contra os fatos, não há argumento. Lembra-se da câmera de segurança, lembra-se do depoimento do próprio Harold sobre seu ódio a prima? Esse detetive de televisão não sabe o que fala e você como uma ótima detetive não pode acreditar assim, esse caso está fechado e muito bem finalizado. Só falta um caso para você voltar a sua cidade e ser promovida a chefe, calma!

— Não é só isso, aqui tem tudo dando errado. Eu preciso ver o Harold na prisão, talvez reabrir esse caso... não tem nada ao nosso favor e minha dignidade está baixa.

 

    Levantei-me da cadeira e dei a volta pela mesa de Katy, a puxei com um impulso e escorreguei minhas mãos pelo seu corpo. Ela se arrepiou e seu coração estava acelerado e seu corpo quente.

 

— John, você não está me apoiando! – Ele se afastou de mim. – Não quero isso.

— Katy, vamos para a casa, eu vou cozinhar e te distrair. Amanhã é domingo, eu mesmo irei voltar aqui pegar esses papeis e ver o que está acontecendo. Irei apoiar sua atitude de ir ver Harold, mas agora, me apoia um pouco. – Passei a mão pelo seu rosto e sorri de um jeito malicioso.

— Tudo bem...

 

    Sorri e ajudei-a vestir seu casaco sobretudo.

 

***

— Duas de costas, um peito e submerso deu 03:15 segundos. – Disse para mim mesmo anotando no meu celular. – Acho que foi duas de submerso que deu 02:05 segundos ou foi junto com peito, não tenho certeza... – Fiz careta para meu próprio celular pensando.

 

    Guardei meu celular dentro do meu roupão e voltei para a borda da piscina, olhei para o relógio que ficava na estreita da quadra. Logo esperei o relógio dar a volta completa para voltar a piscina.

 

— Acho que tenho que lhe dar uma advertência.

—Não é preciso, já tinha terminado mesmo. – Disse dando passos longos para trás. – Só estava vendo verificando se estava tudo certo para amanhã.

— Você ia fechar a piscina com a capa, certo?

— Sim, professor não precisa de preocupar! – Respondi.

— Eu terminei tudo com o teatro, se precisar de ajuda... Hoje é sábado, vai estar tudo aberto, então, é bom tomar cuidado em ir para seu prédio assim.

— Tem razão, eu vou arrumar aqui e ir logo para meu prédio, ele fica aqui perto...

 

    O professor Jacob pegou a capa da piscina e começou a arrastar para perto, fiquei olhando ele cobrir a piscina sozinho, nem me movi para ajudar.

 

— Vá se trocar, que irei terminar fechar.

— Não precis...

— É uma regra: se o aluno passar do horário do entretenimento e um professor estiver presente, ele deve esvaziar o local e fechar!

— Tudo bem...

 

    Agarrei meu roupão e fui andando para o vestuário, olhei para trás e ele estava sentado na cadeira, rapidamente abri meu armário e peguei minhas roupas para me trocar.

    Peguei meu vestido e o coloquei arrumando meu cabelo de um jeito que não ficasse tão bagunçado sem a touca. Sai do vestuário e acompanhei-o até a saída, entreguei a chave que o treinador me deixou.

 

— Irei entregar para ele amanhã logo cedo, não se preocupe. – Avisou.

— Boa noite professor.

— Boa noite, até mais. – Ele desejou seguindo caminho oposto.

 

    Sai andando rapidamente para meu prédio. Como é sábado, é comum as ruas estarem vazias, já que 70% dos alunos, incluindo minhas amigas saem as festas que outras republicas dão. E eu essa noite irei finalizar com um banho quente e mais alguns episódios de Grey’s Anatomy comendo uma boa pizza quatro queijos.

 

    Logo que cheguei em meu apartamento, abri minha bolsa para tirar minha roupa húmida e dei conta que meu celular não estava ali. Que merda, pensei ao sentir falta dele.


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