O Caminho da Andorinha escrita por BadWolf


Capítulo 4
O Cemitério de Lathlake


Notas iniciais do capítulo

Que tal um cap para aquecer essa sexta-feira chuvosa e fria no Rio de Janeiro? rs

Voltamos à Ciri e seu trabalho de acabar com a aparição na cidade.

Boa leitura!



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Ciri acordou com dificuldade na manhã seguinte. Estava há meses sem o conforto de uma cama. Por mais que gostasse de sua vida no Caminho, a Bruxa gostava de desfrutar, vez ou outra, dos luxos pouco reconhecidos de uma vida comum. Entretanto, por maior que fosse a tentação de ignorar o nascer do Sol e permanecer mais algumas horinhas naquela cama, Ciri sabia que tinha trabalho pela frente. Mas apesar de todas as tarefas que tinha para fazer, Ciri achou a tina de banho extremamente convidativa. Estando no Caminho por anos, a bruxa sabia que um banho era quase um luxo do qual ela deveria sempre aproveitar, se possível.

A conversa que teve com as duas testemunhas, o ferreiro Adal e seu filho Roderick, foi bastante significativa. Por sua experiência e conhecimento adquirido em Kaer Morhen, Ciri tinha plena certeza de que se tratava de uma aparição noturna, apesar do estranho hábito de comer cadáveres, conclamado pelos habitantes. Do que diziam os livros, alguns teóricos alegavam que aparições poderiam agir de modo estranho conforme a maldição que lhes afligia. Ainda assim, Ciri jamais ouviu falar de aparições devorando cadáveres.

Logo que desceu as escadas da estalagem, Ciri foi brindada com o cheiro de pão quente, recém-saído do forno. Pelo silêncio do ambiente, diferente da agitação da última noite, havia pouquíssima gente na estalagem, sinal de que os camponeses já estavam no trabalho. Arrumando as garrafas de bebida, lá estava o estalajadeiro Lucius, despreocupadamente assobiando uma canção qualquer, enquanto Dora varria o recinto com afinco. Mas logo que viu a jovem de cabelos brancos sentada a uma das mesas, a garçonete largou sua vassoura em um canto e foi falar com ela.

—Bom dia!

—Oh, bom dia. – disse Ciri, distraída demais tentando ordenar mentalmente os seus afazeres para perceber Dora se aproximando.

            -Deseja algo para comer? Será difícil arranjar uma rodela extra de linguiça com Lucius por perto, mas eu posso...

            -Não, por favor. Não se arrisque tanto assim. Me contento com café e frutas.

            -Temos apenas maçãs.

            -Está bem. Maçãs estão ótimas. Ah, e uma faca.

Enquanto aguardava o seu pedido, Ciri olhou ao redor. A estalagem estava praticamente vazia. Havia apenas um homem, claramente um bebum, bebendo o que deveria ser sua segunda ou terceira caneca de bebida do dia. Ela também viu um dos bardos da noite passada afinando seu alaúde. Àquela hora do dia, uma estalagem em um vilarejo tão afastado de tudo e todos como Lathlake tinha lá suas razões para estar vazia.

Ciri ainda aguardava seu café quando viu pessoas entrando na estalagem. Era o Magistrado Godfrey, acompanhado de mais dois guardas temerianos.

—Uma cerveja já tão cedo, Magistrado? – caçoou o estalajadeiro, claramente não costumado a ver a autoridade da vila em seu estabelecimento com tanta frequência e em horários tão estranhos.

—Sabe bem que eu não bebo, Lucius. Tenho assuntos a tratar com sua hóspede.

Ciri nada fez, observando o Magistrado se aproximar, puxar uma cadeira de sua mesa e sentar-se à sua frente, enquanto os demais guardas permaneciam na porta.

—Não sabia que andava com escolta, senhor Magistrado. – comentou Ciri. Com o comentário, o Magistrado voltou seus olhos para os guardas na porta.

—Infelizmente tive que recorrer, em virtude dos últimos acontecimentos. Um dos guardas do vilarejo avistou um acampamento recém-abandonado no meio da mata. A brasa da fogueira ainda estava quente.

—Bom... Não entendo o que há de tão alarmante nisso. Pode ter sido um acampamento de bandidos, mas também de caçadores ou viajantes. – comentou Ciri. O Magistrado resmungou.

—Antes fosse. Há indícios de que os Filhos da Teméria estão se abrigando no bosque.

Ciri arregalou os seus olhos, incrédula.

—Perdoe-me, mas estive muito tempo fora da Teméria e não faço a menor idéia do que signifique “Filhos da Teméria”.

—Sim, é claro. Os “Filhos da Teméria” nada mais são que um grupo de rebeldes, contrários ao governo de Nilfgaard. Como pode imaginar, nem todos estão satisfeitos por serem comandados por um nilfgaardiano. Esse grupo se formou há alguns anos atrás. No começo, o Rei Voorhis pouco se importou, mas agora, que as estradas e florestas se tornaram locais perigosos para os Cavaleiros Negros e fazer entregas para Nilfgaard está custando quase o triplo pelo risco eminente de ter o comboio atacado e saqueado por eles, creio que eles conseguiram adquirir atenção o bastante do Rei. Ele instalou um decreto, no ano passado, de que toda e qualquer atividade de apoio aos Filhos da Teméria é passivo de morte. Qualquer um que for pego ajudando, financiando ou participando do grupo vai direto para a forca, e sem julgamento.

—Nossa... Então, é tudo isso o que eles querem? Que Nilfgaard deixe a Teméria? E estão sabotando o governo...

—Sim. São terroristas vulgares, no fim das contas. Mas não é para te contar os problemas políticos da Teméria e do Rei Vorhris que estou aqui. Como você me pediu, trouxe o livro de óbitos da cidade. Tenho aqui os nomes daqueles que foram mortos no último século, inclusive dos mortos atacados pela aparição. Acredito que essas informações podem ser úteis pra você.

O Magistrado Godfrey colocou sobre a mesa o pesado livro, de capa de couro envelhecida. Seu cheiro também era ruim, sinal de que o Magistrado não estava exagerando quando disse que o livro tinha quase um século de idade.

Passando seus dedos sobre a grossa capa de couro, Ciri ainda pôde ouvir um último pedido do Magistrado.

—Pode lê-lo, mas tenha cuidado. O tempo o deixou um tanto frágil.

E foi o que Ciri fez, abrindo o pesado livro e, delicadamente, mexendo em suas páginas, passando uma por uma com a ponta dos dedos. Como a Bruxa imaginava, os anos de Guerra foram os mais tenebrosos. Os anos da Segunda Guerra contra Nilfgaard, especialmente, pois a caligrafia estava claramente apressada. Sinal de que aquele foi um dia com muito registro a ser feito pelo Magistrado da época.

—Lathlake concedeu muitos soldados à Foltest nesta época. – justificou o Magistrado, ao ver o pasmo de Ciri com as páginas e mais páginas dedicadas a soldados mortos no conflito.

—“Bruw, o Pequeno. Filho de Dorga e Munich. Morto aos 23 anos com uma machadada no crânio. Ornez, Filho de Sully, sem pai. Morto aos 30 anos por uma flechada.” Incrível. Não é exagero dizer que toda a história de Lathlake está registrada aqui.

—Não seria mesmo. E eu fiz questão de manter a tradição. Todos que morrem e nascem neste vilarejo estão aqui.

Com mais agilidade e tendo igual cuidado, Ciri avançou para as últimas páginas. Logo que as alcançou, o Magistrado a deteve.

—Aqui está. Eu marquei para você os mortos cujos cadáveres foram atacados pelo fantasma... Ou aparição, como você insiste em chamar. São estes aqui, assinalados.

Ciri os leu, com atenção.

—“Rachel, filha de Eric e Pattyn. Morta aos 19 anos por costela fraturada.”

—“Morse, filho de Holkz e Mira. Morto aos 22 anos por afogamento.”

—“Edgarn, filho de Malta e Olivia. Morto aos 20 anos por um nekker.”

—“Revan, filho de Suz, pai desconhecido. Morto aos 25 anos por febre.”.

—“Anuliza, filha de Holter e Asbert. Morta aos 21 anos por problema no parto.” Nossa, há mais deles...

Ciri deu uma pausa, depois, voltou a ver novamente. Era uma lista de ao menos 12 pessoas mortas, ao longo dos últimos anos. Todos os que tiveram seus cadáveres atacados pela aparição, a Bruxa percebeu, eram jovens. Tinham entre 18 e 25 anos. A maioria homens. Os motivos que levaram à morte desses jovens atacados pela aparição eram dos mais diversos possíveis.

A única coisa que eles têm em comum é a pouca idade, concluiu Ciri.

—Então?

—Pode levar o livro, Magistrado. Ele me foi muito útil.

—Mesmo? E eu posso saber no que este livro te elucidou?

Ciri deu de ombros.

—Estamos agora falando de uma aparição que só ataca os corpos de jovens, entre 18 e 25 anos. Este é claramente o padrão desta aparição. Pude perceber que no último ano, 12 idosos morreram no vilarejo, sendo quatro deles na mesma semana e entretanto, a aparição os descartou. Ela só atacou o corpo de um rapaz de 19 anos, que segundo seu livro, morreu com uma facada no peito.

—Ah sim. O jovem Asbert. Tinha a cabeça esquentada e se envolveu em uma briga na taberna. Acabou recebendo uma facada no peito. Os nilfgaardianos decidiram enforcar o agressor dele, porque não foi a primeira vez que ele se meteu em encrenca.

            -O corpo dele também foi mexido pela aparição?

            -Sim. Ele se chamava Schutz. Um forasteiro vagabundo, que vivia de passagem pela redondeza. Assim como os outros, Asbert e Schutz acabaram com uma ferida extensa e profunda no tórax. Levaram as tripas dele, também, porque ele estava... Oco, por dentro. – disse o Magistrado, com certa repulsa.

            -Quem percebeu isso?

            -Turiel, a herbalista. Também é um bom nome para você verificar. Ela pode te ajudar, porque ela analisou os corpos, depois do ataque da aparição. Foi ela quem concluiu o que aconteceu.

            -Acho que vou vê-la mais tarde, então.

—Está falando da herbalista? – intrometeu-se Lucius, de repente.

—Sim, por quê? – perguntou o Magistrado.

—Duvido que vá encontra-la hoje. Mais cedo, um empregado do Barão apareceu aqui, procurando por ela. Parece que é sobre algum cavalo doente, não sei bem.

—Bom, terei de esperar outro dia, então. – concluiu Ciri. – Mais uma vez, Magistrado, obrigada pela ajuda.

            -Não há de quê, Ciri. Tudo o que eu mais quero é que você acabe com essa criatura nefasta. Respeito depois da morte é o mínimo que merecemos, não? – disse o Magistrado, já se levantando da mesa e carregando o livro. – Qualquer coisa, não hesite em me procurar. Tenha um bom dia.




§§§§§§§§§§§§




Um Bruxo nunca vai despreparado para uma batalha, dizia Vesemir, entre um livro e outro da biblioteca antiga de Kaer Morhen. Ainda bem menina, Ciri sempre fingia que pouco se importava com os ensinamentos dele, dando sempre seu jeitinho de escapar para treinar sozinha com a espada, mas agora que era uma adulta, Ciri admitia que sim, que as palavras do velho Vesemir não ficaram ao vento, como ela tanto quis que ele acreditasse.

Um Bruxo se prepara antes. Busca conhecer a criatura que enfrentará. Ouve relatos a respeito dela. Busca suas fraquezas, conhecer seu terreno ou seu covil. Ela se lembrava de Vesemir repetir isso, quando lançava sobre a mesa um volumoso livro com cheiro de mofo chamado “A Fraqueza dos Hábitos em Monstros e Animais”. E a cada página virada, o cheiro de mofo tomava suas narinas. “Se está com esse cheiro, é porque ninguém o lê”, ela pensou. “Culpe o Bruxo Goldberg e sua falta de zelo com a limpeza da biblioteca”, retrucava o velho. Ciri não fazia a mínima idéia de quem era esse Bruxo, mas pelo olhar de Vesemir, era um dos inúmeros bruxos que passaram pela Escola do Lobo e acabaram mortos pelo Caminho, ou foram mortos pelo ataque à Kaer Morhen que quase levou a Escola à extinção.

Ciri decidiu, então, verificar o cemitério, a morada da aparição. O sol ainda estava forte, e como tudo indicava que uma aparição noturna assolava o cemitério, Ciri não viu problemas em andar naquele local estando pouco preparada para um confronto. Antes da batalha, era necessário conhecer o terreno onde ela aconteceria.

O cemitério ficava no topo de uma colina, praticamente às bordas de uma boa mata fechada. Mal dava para ver qualquer palmo adiante, devido a tantas árvores em seu campo de visão. Ouvia-se ainda som de pássaros. Animais eram os primeiros sinais de surgimento de uma aparição. A natureza não costuma gostar de tais criaturas e se silencia quando diante delas.

Aquele era um cemitério como qualquer outro que Ciri já havia visto no Caminho. Pedras rudimentares faziam o papel de cerca, as lápides eram rústicas e com pouquíssimas informações. Uma pequenina capela, bastante simplória, ficava no meio do cemitério. A porta estava escancarada e o interior, Ciri percebeu, estava tomado de teias de aranha. Velas aos deuses completamente apagadas, e no chão, folhas e poeira cobriam o carpete. Não havia flor alguma nos túmulos, sinal de que os camponeses realmente estavam evitando o cemitério a qualquer custo, a ponto de sequer cuidar do túmulo de seus entes queridos. Já havia mato a cobrir algumas lápides e pedras, e Ciri não duvidava de que, em breve, os camponeses iriam deixar aquele lugar tão abandonado a ponto de ter de procurar outra área para sepultamentos.

Não havia qualquer sinal de necrófagos. No início, Ciri chegou a cogitar a hipótese. Um cemitério era sempre um banquete para carniçais, mas tais necrófagos não agiam de modo tão preciso. Cadáveres atacados por carniçais acabam mastigados e mutilados, não com cortes tão concisos no tórax, como relatou o Magistrado e as testemunhas. Se até para acreditar que isso era trabalho de uma aparição estava difícil, que dirá de uma criatura tão demente quanto um carniçal, pensou Ciri.

Até que Ciri deu-se por satisfeita. Sabia que havia muitas lápides que poderiam atrapalhá-la em um combate, por isso a Bruxa pôde escolher uma área mais livre: a área de frente para a capela. Ali, dava para acontecer um combate com a criatura, sem riscos de acidente ou obstáculos para atrapalhá-la em um confronto.

Satisfeita com sua visita ao cemitério, Ciri estava montando em sua égua Pandora quando ouviu um relinchar de cavalo, bastante estranho. Franzindo o cenho, a Bruxa percebeu que o som estava vindo da floresta. Em seguida, gritos de dor. “Socorro!”, ouviu uma voz masculina. Aturdida, Ciri montou em Pandora e saiu a galopar mata adentro, com extrema dificuldade por causa da quantidade de árvores em seu caminho.

Os gritos de dor eram claros, e estavam cada vez mais próximos. Por fim, Ciri chegou perto do cavalo, bastante agitado. Do que ela conhecia de cavalos, aquele estava extremamente assustado. Erguendo-se ao ar. Ciri decidiu desmontar de sua égua e fez o que pôde para acalmá-lo. Com calma, a Bruxa estendeu as mãos para o animal, que ainda erguia as patas. Em uma de suas agitações, o animal deixou cair, por fim, o homem que estava gritando de dor. Foi uma bela queda, mas o homem sequer resmungou de dor ao cair no chão.

—Calminha, calminha... – sussurrava Ciri, até que, por fim, o animal se acalmou, deixando de se agitar e olhando diretamente nos olhos verdes de Ciri. Tendo agora o controle da situação, a jovem Bruxa se aproximou do cavalo e acariciou rapidamente sua cabeça. Precisava agora dar atenção ao homem caído ao chão, que parecia bastante mal.

O rapaz não tinha mais de 20 anos e vestia uma farda com cota de malha, vestimenta leve típica de arqueiros, mas profundamente queimada. Seus ferimentos eram sérios. Metade de seu rosto estava queimada e, colado à pele, estava o tecido do que deveria ser o seu capuz azul escuro. Um emblema em sua couraça sobreviveu à queimadura: os lírios temerianos. Sem o Grande Sol de Nilfgaard, a cortá-los. Não precisou de muito para que a jovem Bruxa percebesse que aquele rapaz decerto era um Filho da Teméria. Um rebelde, como havia conclamado o Magistrado.

Ciri tocou em seu pescoço, para ouvir sua pulsação. O rapaz grunhiu ao seu toque. Nem mesmo seu pescoço escapou das queimaduras.

—Está tudo bem. – tentou tranquilizar Ciri.

—N-N-Não... O Dragão, ele...

—Dragão?!

O homem sacudiu a cabeça. Por fim, lágrimas. Ele deve estar delirando...

—Acalme-se, eu vou procurar ajuda...

—N-N-Não! Por favor, não quero ajuda... E-Eles vão me torturar...

—Eu não vou deixar você morrer sozinho. Você vai ter a minha ajuda, sim. Quer você queira ou não.

Sob protestos do rapaz, Ciri o pegou pelo torso e o colocou em sua égua, Pandora, visto que o cavalo dele estava claramente exausto.

—Quem é você?

            -Meu nome é Lucius Júnior. Sou filho de Lucius.

            -O estalajadeiro? – perguntou Ciri, surpresa. Por isso ela o achou familiar.

            -Sim, ele mesmo. Por favor, não me leve até o meu pai. Senão, ele vai me entregar aos nilfgaardianos. Ele me odeia desde que...

            -Sim. – disse Ciri. Não era preciso dizer o que Lucius era. Um rebelde, que com toda a certeza não recebeu o apoio da família para seguir em sua causa. – Isso não muda o fato de que você precisa de ajuda. Lucius? LUCIUS?!

            Ciri o sacudiu, mais uma vez. Lucius não respondeu. Seus olhos estavam agora fechados. Sua respiração era fraca. Sem alternativas, Ciri não viu escolha senão galopar ainda mais forte até Lathlake, ouvindo os protestos de Pandora em resposta.

            Descendo rapidamente de sua égua, Ciri praticamente arrastou o jovem Lucius Júnior até o único lugar reservado e acima de suspeitas que a jovem Bruxa poderia contar em Lathlake.

            A casa do Magistrado Godfrey.


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Notas finais do capítulo

Ciri, Ciri... Tio Vesemir ia ficar muito aborrecido em ver você se metendo em problemas políticos... Cuidado...

Obrigada por acompanharem! Revews são sempre bem-vindos!



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