Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 40
Capitulo 40 - O pedido


Notas iniciais do capítulo

ola gente, voltei!!! com mais um cap. para vocês, gente sei que to com as reviews atrasadas, é que eu to correndo para finalizar essa fic e ainda a Imprevisivel... no minimo até a segunda semana de agosto, minha previsão era ter terminado já nesse mês, mas sofri uns atrasos devido aos concursos publicos que estou tentando e como disse é complicado conciliar... mas, agora estou pertinho do fim, depois desse vamos para o penultimo capitulo, espero que gostem desse... e peço comentem pessoal, comentem muito pois estamos muito perto de dar adeus ao sempre ao teu lado, se possivel recomendem também para eu fechar com bastante comentários e recomendações.
quero agradecer a nyx pela recomendação, dedico o cap. a você flor, amei de coração, espero que gostem e como disse logo respondo os comentários dos caps passado, beijos beijos e até lá!



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40. O pedido

Isabella Swan

— Ahhhh eu não acredito! – eu exclamei.

E extremamente orgulhosa de mim mesma, eu parei o carro em frente á autoescola. E desci, acompanhada de meu instrutor, que virou para mim e me olhou com um sorriso no rosto, parecendo estar satisfeito com a minha evolução.

— Olha só, depois de tanto esforço, você conseguiu Isabella! – ele falou para mim, e meus olhos até mesmo encheram-se de lágrimas, pois, várias e várias vezes eu tinha tentado fazer esse mesmo percurso e sempre acabava acontecendo um desastre, ou o carro morria e eu não conseguia liga-lo mais, ou fazia tudo errado e acabava me embaralhando e dando aquelas “super brecadas”, ou até mesmo eu não conseguia sair do lugar.

— Obrigada pela sua paciência, pois sei que você precisou e muita, se não fosse por minha mãe me aconselhar a continuar e continuar tentando, eu acho que já teria desistido... – confessei.

— Que isso, o único problema é que você tinha medo de dirigir, mas agora me parece que você perdeu esse medo, viu como foi bom não ter desistido, pois agora você conseguiu, e está bem mais perto de voltar a dirigir Isabella! – ele falou, aproximando-se de mim e tocando de leve em meu ombro, depois foi para dentro da autoescola.

Eu sorri e totalmente empolgada peguei o celular de minha bolsa, ao mesmo tempo em que ele tocou. Olhei o numero e vi que era alguém de casa me ligando, soltei um suspiro e então logo o atendi.

— Alô? – eu falei.

— Filha, você ainda está na autoescola? – minha mãe perguntou.

— Sim, por que? aconteceu alguma coisa? – eu perguntei para ela.

— Não meu amor, mas Edward passou aqui, pensou que você estava em casa, mas pelo menos ele pode ver a Nessie, falando nela, ela está aqui toda empolgada... – minha mãe falou, e eu franzi as sobrancelhas sem entender.

— E qual é o motivo de tanta empolgação? – perguntei.

— Eu acho melhor você vir para casa, que ela mesma te conta... – minha mãe falou, com aquele ar todo de mistério.

— Tá certo então! – eu falei.

Suspirei, e então me despedi de minha mãe, decidindo também dar a boa noticia de que havia conseguido finalmente avançar nas aulas de direção quando chegasse em casa. E curiosa, como sempre fui, eu acabei decidindo ir para casa de taxi, pois se eu fosse de ônibus, com certeza iria demorar mais, e eu não via a hora de descobrir o que aconteceu para Nessie estar tão animada.

Assim que entrei em casa, já fui sendo recebida por Nessie, por um forte abraço, os olhinhos dela estavam brilhando, e ela sorria como nunca.

— É parece que a garotinha está bem contente mesmo... – falei, me lembrando de que a ultima vez que a vi sorrir tanto fora na festa de seu aniversario, isso já fazia algumas semanas.

— É olha o que uma visita do pai dela não faz? – minha mãe disse, então trocamos sorrisos.

— Mamãe, mamãe, vamos assistir o jogo do papai lá nas arquibancadas, vamos aparecer de novo na TV! – Nessie falou, e então eu ri, e me agachei em frente a ela e passei a mão naquele rostinho pequeno.

— Meu amor, podemos ir sim assistir o jogo do teu pai, mas isso não quer dizer que vamos aparecer na TV, pois quem aparece são os jogadores, e não quem está assistindo... – falei.

— Ahhhh! – ela fez bico, mas logo depois deu de ombros. – Mas pelo menos você pode me comprar um cachorro quente para mim quando tivermos lá? – ela pediu, e meu sorriso se alargou.

— Claro! – falei.

— LEGAL! – ela exclamou, e depois deu as costas. – Eu vou lá ver se a Dora acordou, e vou contar tudo para ela!

Eu dei risada, e depois olhei para minha mãe.

— Edward passou aqui e deu essa ideia de assistirmos o jogo? – perguntei para ela.

— Sim, ele também convidou Charlie e eu, ele é uma graça, trouxe já o ingresso para todo mundo... – disse minha mãe, fiquei a olhando com as sobrancelhas arqueadas.

— Por acaso esse jogo é tão importante assim? – perguntei para ela, enquanto seguíamos para cozinha.

— Segundo ele sim, então nós não podemos faltar, certo?

— Claro que não! Eu estou louca para assistir um jogo dele pessoalmente, vou morrer de tanto orgulho! – falei toda sorridente, sentando-me a mesa da cozinha. Minha mãe também com um sorriso no rosto, colocou um pouco de café em uma xicara e se sentou á minha frente.

— Eu acredito que esse dia será bem especial! – ela falou.

E eu sorri, sempre é especial esses passeios em família.

— Eu tenho total certeza disso mãe, ah, deixa eu te contar, eu finalmente consegui dirigir, e o carro não morreu! – falei para ela toda empolgada. – Sério, eu não tive nenhum treco, não fiquei nervosa, e segundo o instrutor eu estou perto de tirar a minha carteira de motorista!

— Ah filha! – exclamou minha mãe toda sorridente, e então segurou minha mão, apertando-a. – Que ótimo, estou orgulhosa de você!  Não disse que você ia conseguir...

— É sempre quando você fala isso você acerta, as vezes tenho impressão de que você é uma vidente! – falei para ela.

— Não, não sou vidente, simplesmente eu conheço bem minha filha... – ela falou, e então nós duas trocamos sorrisos.

+++

Acordamos bastante cedo no sábado, para irmos assistir o jogo de basquete de Edward, eu optei nesse grande dia vestir uma calça jeans e uma blusa azul nova que havia comprado há pouco tempo, e deixei os meus cabelos soltos, preferindo não passar muita maquiagem.

Vesti Nessie com um short jeans e uma blusa branca, e prendi os seus longos cabelos num rabo de cavalo, colocando por cima uma fita vermelha.

— Olha só Dora que legal eu vou ver o papai! – ouvi Renesme falar toda feliz para sua cachorrinha que corria para um lado e para o outro de seu quarto. Enquanto isso, eu terminava de por o sapato no pé de Renesmee. Assim que terminei de fechá-lo e me levantei, vi que Nessie olhou para Dora, que estava subindo na cama de Nessie, e logo Nessie se afastou de mim para pular em sua cama também. Eu cruzei os braços e fiquei olhando Dora subir em cima dela e lhe dar varias lambidas no rosto.

— Ahhhh não! – falei, me aproximando. – Sai dai Dora, sai dai, vai sujar a roupa da Nessie! – reclamei.

— Meninas, vamos logo! – ouvi minha mãe gritar lá do andar de baixo. Me aproximei da cama e peguei a Dora no colo e então olhei para Nessie.

— Vem filha, vamos por a Dora na lavandeira e irmos ver o jogo do seu pai! – falei para ela.

— Oba, vamos sim, vou querer comprar um cachorro quente bem grandão! – ela falou, e logo depois saiu correndo de dentro do quarto.

Eu dei uma risada e sai logo atrás.

— Calma ai Nessie, vê se me espera! – eu disse, mas Nessie pelo jeito já estava lá embaixo. – Para você ver Dora, como essa menina é apressada, até se esqueceu de você, mas pode deixar que eu vou te levar para o seu cantinho... – falei para cachorrinha, como se ela pudesse me responder, e logo depois tratei de leva-la para lavanderia.

+++

Naquele dia as arquibancadas estavam lotadas, parecia que muitas pessoas estavam interessadas em assistir o jogo de basquete. Decidimos logo pegar as arquibancadas da frente para poder ver o jogo melhor, isso depois de claro, comprar um enorme cachorro quente para Renesmee que já estava o desejando desde que saiu de casa.

Eu também comprei um saco de pipocas para mim e os meus pais optaram apenas em beber refrigerante. Não fazia nem cinco minutos que havíamos sentado na arquibancada, quando vimos á família de Edward se aproximar, ficamos surpresos, afinal, não sabíamos que eles iam assistir o jogo de Edward.

— Ahhh que bom encontrar vocês aqui! – quem exclamou foi Esme, cumprimentando cada um de nós. Eu a cumprimentei, para depois cumprimentar Carlisle, Alice, Jasper, Rosalie e por ultimo Emmett. Que logo se sentaram ao lado de nós.

— Edward também os convidou? – logo fui perguntando.

— Sim, mas não sabíamos que vocês iam tá aqui! – quem falou foi Alice. – Mas foi bom, já que podemos ver vocês e a princesa, vem aqui amor! – ela chamou, e Renesmee logo se aproximou dela, enquanto dava mais uma mordida em seu cachorro quente. - Eu já estava com saudades sabia? Não vejo você desde o seu aniversário! – ela falou, dando um beijo na cabeça de Nessie.

— É parece que faz um tempão, pois a barriga da tia Rosalie já está bem grandona, daqui a pouco vai estourar! – Renesmee disse, eu fiquei boquiaberta.

— Nessie! – eu a repreendi. Rosalie deu risada.

— Deixa ela Bella, ela não está mentindo, minha barriga cresceu bastante! – Rosalie falou.

— Bom, ela é filha do Emmett, se puxar o tamanho dele! – Quem comentou foi Jasper.

— Prefiro que puxe a Rosalie, pois assim sairá bem mais bonita! – Emmett falou, colocando o braço em volta do ombro dela e lhe dando um beijo no rosto.

— Ah nada ver, vocês dois são bonitos, tenho certeza que a filha de vocês vai sair um mulherão! – comentei.

— Pelo jeito vou ter que andar armado! – Emmett falou, fazendo todos nós dar risada.

— Olha lá, parece que o jogo vai começar... – quem falou foi o meu pai, então logo nos calamos para olhar para as lideres de torcida que estavam entrando na quadra, a musica começou a tocar e elas começaram a dançar, dar piruetas e fazer os movimentos que as lideres de torcida sabem fazer.

Renesmee sentou ao meu lado e pareceu bastante interessada na dança delas que durou por mais ou menos um minuto, até que de repente, a musica parou, para dar lugar a uma musica romântica, eu não entendi nada, fiquei observando as lideres de torcida saírem da quadra.

— Mamãe, mamãe, estamos na TV! – ouvi Renesmee falar, então eu olhei para o telão e vi que realmente meu rosto estava sendo focado, Renesmee que estava ao meu lado, acabava aparecendo na tela também. Logo eu senti meu rosto esquentar, enquanto eu voltava a olhar para quadra e avistava, outras lideres de torcida entrando, todas vestidas com roupas vermelhas, segurando uma bexiga de coração, e foram se agrupando, uma atrás da outra, em um formato de coração.

 - Ahhhh que lindo! Edward está fazendo uma declaração para você... – ouvi minha mãe falar.

— Para mim? – falei, ainda estava sendo difícil de acreditar o que estava acontecendo, mas, logo Edward entrou na quadra, vestido de roupa social, terno e gravata e com um microfone na mão, e ainda estava segurando um buquê de flores, só de avistá-lo, os meus olhos já foram enchendo-se de lágrimas. Só agora, eu estava conseguindo digerir o que estava acontecendo.

Duas lideres de torcida, entraram atrás dele e vieram em direção á arquibancada, me chamando para ir até a quadra. Levantei com dificuldade, pois minhas pernas até tremiam, uma delas teve que ir me segurando, e me conduzindo até Edward.

Eu parei na frente dele e coloquei a mão na boca, o meu coração disparou mais forte e meus olhos já ardiam de tantas lágrimas não derramadas, isso sem ao menos ainda saber o que está acontecendo.

— Meu amor... Eu sei que você é meio tímida, mas eu precisava fazer algo especial para esse grande dia... – ele falou, pegando em minha mão, ele deu um passo em minha direção e ficou me olhando nos olhos. – Eu esperei semanas para esse jogo, para preparar tudo isso, para você meu amor... – ele segurou mais forte a minha mão, e se aproximou mais, entregando-me o buque de flores.

— O que é isso? – perguntei, com a voz trêmula. Eu sabia que era uma espécie de declaração, mas por que hoje? Não era meu aniversario, não era aniversario de namoro, não fazia sentido ele fazer aquilo hoje, do nada.

A musica então trocou, e logo a reconheci, back at one do Brian Mc Knight.

— Se lembra dessa musica? Ela foi tocada no nosso ultimo baile da escola... Olha lá! – ele falou, e eu olhei para o telão, e vi, fotos de Edward e eu tiradas nesse baile, sendo reproduzidas na tela, logo eu sorri. Éramos ainda adolescentes, foram momentos maravilhosos. Uma lágrima caiu dos meus olhos. – A gente passou por grandes momentos juntos, e essa fase só foi tão maravilhosa para mim, porque você estava ali, do meu lado... – ele falou e eu voltei a olhá-lo, concordando com a cabeça. – E sei que esses momentos são apenas o começo, de uma bela vida que teremos a partir de agora...  Olha Bella, eu sei que talvez você possa achar muito cedo para o que eu vim lhe pedir, mas eu já percebi nesses poucos meses que nos reencontramos, que eu não quero mais passar um dia longe de você, eu quero aproveitar todos os dias ao seu lado e ao lado de nossa filha! – ele disse, e mais uma lágrima caiu dos meus olhos. Uma das lideres de torcida pegou as minhas flores, enquanto Edward se ajoelhava na minha frente, ele tirou algo do bolso de sua calça, e eu vi então que se tratava de uma caixa de joia, logo eu coloquei a mão na boca, pois me dei conta do que estava acontecendo. – Bella, me faça o homem mais feliz do mundo, aceitando selar de vez o nosso compromisso, para que possamos prometer diante de Deus que sempre seremos um do outro, como se fossemos um só...  Isabella Swan você aceita se casar comigo?

Agora mais lágrimas caíram dos meus olhos de tanta emoção, enquanto eu olhava ele abrir a caixa e então eu avistei aquele anel de noivado, lindo e brilhoso, que de longe dava para ver que havia custado uma fortuna.

— Claro que sim, eu aceito! – eu falei num tom de choro, enquanto via o rosto de Edward se iluminar com um sorriso, ele se levantou e me abraçou, levantando-me alguns centímetros do chão, as pessoas da arquibancada se levantaram e começaram a bater palmas.

Devo admitir, que junto com nascimento de Renesmee, e a minha liberdade, aquele estava sendo um dos momentos mais emocionantes da minha vida, e olha que era só o pedido de casamento, eu já estava começando a pensar o quão emocionante seria o casamento.

+++

É inegável que devemos ficar juntos, é inacreditável como eu dizia que jamais me apaixonaria, você precisa saber, se não já sabe como eu me sinto, então deixe-me mostrar agora, que estou falando sério, se todas as coisas no tempo certo revelará.

Sim...

Um: você é o sonho que se tornou realidade, dois: só quero estar com você, três: garota é evidente que você é única pra mim, quatro: repita os passos de um a três, cinco: e se apaixone por mim, se algum dia eu achar que meu trabalho está terminado, então voltarei para o primeiro passo.

Back at one - Brian McKnight. (TRADUÇÃO)

+++

Duas semanas se passaram desde o pedido de casamento de Edward. E confesso que as duas semanas passaram num piscar de olhos, de tão agitada que fora. Eu já estava começando a pensar no casamento e o primeiro passo era procurar o vestido, minha mãe e eu já tínhamos saído para visitar algumas lojas de noivas, e eu passava parte da manhã folheando algumas revistas.

E também eu tive que dividir o tempo com outras coisas importante que tive que decidir naquela semana, uma delas fora a escola de Nessie, durante as duas semanas Edward e eu visitamos algumas escolas até escolhemos uma muito grande e bonita para Nessie estudar, a escola parecia excelente, já que Edward havia feito questão de escolher uma das mais caras da cidade, o que me fez ficar mais sossegada, pois eu sabia que ali ela era teria uma ótima educação e seria muito bem cuidada, mas por outro lado o que me preocupava é que Nessie estava meio receosa em ir para escola, seria um momento bem delicado. E ainda faltava menos de um mês, para ela dar inicio ao ano letivo.

Eu também me matriculei para terminar os meus estudos, e ao mesmo tempo eu faria um curso de culinária. Eu sabia que os meus dias ficariam bem agitados, já que teria que dividir o tempo de esposa e de mãe, com a escola e o curso. Mas Edward era um homem muito bom, e com certeza iria me ajudar bastante nessa minha agitada rotina.

Mas naquelas duas semanas o que me deixou mais feliz fora terminar o meu livro, quando escrevi a ultima palavra, eu pude suspirar aliviada. Mais um desafio sendo cumprido. Jacob que tinha contatos com uma editora famosa, logo mandou meu livro para lá, que foi aceito para ser publicado.

Desde que comecei a namorar com Edward, eu estava sendo convidada a dar entrevista, mas preferi manter-me no anonimato, que claro, ficou mais difícil depois do pedido de noivado nada discreto de Edward, este momento começou a ser passado varias e varias vezes na televisão. Logo novamente fui cercada por pedidos de entrevistas, mas preferi o momento certo para dá-la. Esse momento chegou quando, finalmente o meu livro foi publicado e distribuído nas livrarias para a venda.

Aceitei o pedido de uma entrevistadora famosa chamada Olga que costumava entrevistar diversos famosos, tanto que até Edward já tinha sido entrevistado por ela uma vez.

Eu tenho que admitir que eu não tinha tido uma boa experiência com a primeira entrevista que dei, e eu torcia que dessa vez eu tivesse mais sorte. Embora eu sinta já estar tão forte, que não seria as palavras dela que me afetaria. Caso ela falasse algo, que não deveria ser falado.

Devido ao livro falaríamos do assunto “cativeiro”. Que alias, eu sabia que a imprensa estava louca para falar, já que o meu pronunciamento no julgamento de Nick havia sido passado na TV e também era muito visualizado no youtube.

Olga fez questão de ir a minha casa para fazer uma matéria especial, e ainda pediu que os meus pais também participasse da entrevista, já que minha mãe e meu pai nunca se pronunciaram sobre o ocorrido.

Como eu preferi que Nessie não estivesse em casa na hora da entrevista, eu pedi para que só um deles participasse e o outro saísse com Nessie, então minha mãe decidiu estar ao meu lado, na entrevista e meu pai levou Nessie para uma sorveteria.

A entrevista fora feita na sala, Olga, minha mãe e eu se sentamos no sofá, dessa vez eu estava bem mais sossegada do que na vez anterior.

— Isabella Swan acaba de publicar o seu livro: as memorias de uma sobrevivente, um livro que podemos dizer que é comovente e chocante, pois a própria Isabella narra desde os seus tempos de infância e adolescência, até chegar o momento do sequestro, onde ela dá detalhes da sua vida dentro do cativeiro, do nascimento de sua filha Renesmee, e ainda finaliza a narração com a fuga e os primeiros meses de liberdade... – ela fala olhando para câmera, até que então se vira e olha para mim. – Hoje está perto de fazer um ano, em que Isabella e Renesmee conseguiram se libertar depois de quase uma década, e estamos com ela aqui, Isabella Swan, ainda acompanhada de sua mãe Renée, e elas vão falar, desse período que fora difícil para suas duas, e de como está sendo esses meses de liberdade... Muito obrigada por aceitarem o convite! – ela falou e então nós duas sorrimos. – Como está sua vida agora, Isabella, depois de quase um ano fora do cativeiro?

— Bom, não poderia estar melhor! – falei.

— Ficamos felizes por ver você bem e parecendo estar superando tudo que lhe aconteceu, mas, vamos começar falando do seu livro, o que a fez ter a ideia de escrever toda a sua história? – Olga perguntou.

— Bom, um primo meu me deu a ideia, e eu acabei achando interessante, fala que escrever é tipo uma forma de desabafo, ás vezes a gente quer falar do que viveu, falar os detalhes para outra pessoa, mas ás vezes sentimos que tudo fica preso em nossa garganta, pois é doloroso demais para soltar, e quando decidimos escrever, é mais fácil, e como muitos queriam conhecer essa história, eu aproveitei, hoje vejo tudo diferente, sabe? – falei, e a entrevistadora concordou com a cabeça. - Hoje vejo que recontar a minha história, pode ajudar muitas outras sobreviventes de abusos sexuais a enxergarem que a sobrevivência é sua força e não um motivo de vergonha...

— Mas imagino que deva ter sido difícil escrevê-lo, não foi?

— De inicio não, mas quando cheguei a parte em que fui sequestrada, ai tudo foi mais difícil para escrever, pois foi como reviver todos aqueles momentos, eu até mesmo achei que não iria terminar, mas quando insisti e finalmente consegui, foi uma vitória, pois senti que foi algo a mais que eu consegui superar, sinto como se esse fosse o passo final para minha libertação, pois pude colocar para fora tudo aquilo que vivi, durante todos aqueles anos... – falei.

— Qual foi o momento mais difícil de escrever? – ela perguntou.

— Por incrível que pareça, foi o nascimento de Nessie... – falei, e no mesmo momento meus olhos marejaram, quando a primeira lágrima caiu, eu a enxuguei com os meus dedos. – Foi um momento muito bonito, mas muito difícil, porque eu tive muito medo de não conseguir, eu tinha medo de algo acontecer com ela e eu ficar sozinha novamente, eu não queria mais ficar sozinha, eu precisava dela, para ela me dar forças para continuar...

— E como foi quando ela nasceu? – ela perguntou.

— Foi mágico, ela era tão linda, quando a vi nascer eu logo pensei: eu não estou mais sozinha, eu tenho alguém, uma família, alguém para me dedicar, foi com certeza como um presente de Deus! – suspirei antes de continuar. – E mesmo o nascimento tenha sido muito difícil, depois disso os dias começaram a ser melhores...

— Vimos o julgamento, suas palavras pareceram ter vindo do fundo da sua alma, foi uma atitude muito corajosa a sua, pois são poucas mulheres que sobrevivem a anos de cativeiro, que vão ao julgamento de seus sequestradores...

— Sim eu sei, realmente eu tive medo, eu entendo essas mulheres que preferem não encarar, pois é difícil mesmo, mas eu senti que eu necessitava disso, pois eu nunca tive essa chance de olhar para ele e falar o que eu sentia, então, eu precisava vê-lo cara a cara e colocar tudo aquilo para fora...

— E quase um ano depois, o que você sente quando pensa em Jeffrey? – ela perguntou.

— Simplesmente eu quase não penso, mas quando eu me pego me lembrando dele, eu simplesmente, tento não guardar ódio... – respondi.

— Não? – ela perguntou, franzindo as sobrancelhas, parecendo não acreditar nisso.

— Sim, pois pensar em guardar ódio, é como continuar alimentando tudo isso, é como se ele ainda conseguisse ficar me fazendo mal mesmo longe, prefiro não alimentar nada, pois assim ele perde...

— Para você alimentar ódio, significa...?

— Que ele venceu! – eu falei a interrompendo. Depois suspirei. – Demorou, mas eu entendi que temos que olhar para frente, e a mágoa não deixa olharmos para frente, sabe, eu nunca vou esquecer, mas eu posso decidir se eu vou seguir minha vida, ou se eu vou ficar remoendo isso para o resto da vida, então, eu optei em olhar para frente, virar a página e deixar esse episodio apenas como uma experiência extremamente ruim que vivi em minha adolescência e no começo de minha juventude...  – acrescentei e sorrindo ela assentiu com a cabeça e depois olhou para minha mãe.

— E você Renée... Como foi reencontrar sua filha depois de quase uma década? – ela perguntou.

— Foi um momento maravilhoso, foi algo que sonhei por muitos e muitos anos, e finalmente aconteceu, sabe, eu nunca perdi as esperanças, e valeu a pena, porque ela voltou... – minha mãe falou, e então pegou a minha mão e olhou para mim com um sorriso no rosto.

— E você consegue pensar igual a Isabella referente a Jeffrey? Para você também é possível não alimentar ódio por ele? – ela perguntou. Então Renée suspirou, ficou calada por alguns segundos, antes de responder.

— Sinceramente eu odeio o fato de pensar que ele tirou anos da vida dela, EU odeio o fato dele ter a roubado de mim... – os olhos dela marejaram. – Ele rasgou um pedaço do meu coração, ele roubou meu bebê, a sua adolescência, a sua formatura, fotos e lembranças... – ela falou numa voz de choro, lágrimas caíram dos olhos dela, e rapidamente ela tirou-as com os dedos, eu coloquei minha mão no ombro de minha mãe e fiquei a olhando. – Eu não pude ver minha neta quando nasceu, eu vim saber que ela existia depois que ela já estava grandinha, não a vi aprender a andar e nem aprender a falar, não pude ensinar minha filha a banhá-la e nem a dar de mamar, foram coisas que perdi que não tem mais jeito, não poderei viver isso com Nessie, somente posso tentar aproveitar o agora, para recuperar o que perdi, mas isso, é uma coisa que nunca vou poder esquecer, nunca vou poder me conformar que um homem pode fazer um desastre tão grande!

— Mas ele não levou tudo de mim... – eu disse.

— Não filha, não! – uma nova lágrima caiu dos olhos dela, e então ela me abraçou. – Ele não levou a sua vida, pois você ainda está aqui e é o que importa!

— É, então, vamos mudar um pouco de assunto, e falar de coisas boas, Isabella em seu livro você também fala sobre seu relacionamento com Edward Cullen na adolescência, e como vocês retomaram esse relacionamento, há pouco tempo e já ficaram noivos...

— Sim! – falei, sorrindo.

— Todos devem ter a curiosidade de saber como é namorar um astro do basquete, fala para mim, como que é? – ela perguntou e meu sorriso se alargou.

— Eu não o vejo assim, para mim ele é o Edward, o meu primeiro e único namorado, o único garoto por qual me apaixonei, eu não fico pensando na fama dele, ou coisa do tipo, eu conheço o Edward da escola, que cresceu e se tornou o homem maravilhoso que é agora, a fama dele, embora seja impossível de ignorar, é apenas um detalhe para mim...

— E o pedido dele que foi muito bonito, foi mostrado em diversos programas, virou um dos vídeos mais assistidos do youtube, deve ter sido um momento muito emocionante para você! Não foi? – ela perguntou.

— Sim claro, foi incrível, eu não imaginava aquilo, ele sempre foi um homem romântico, incrível, mas, naquele dia ele definitivamente conseguiu se superar! – respondi.

— E os preparativos do casamento, já começaram? – ela perguntou, e então eu sorri.

— Um pouco, ainda estou olhando as revistas, na procura do vestido de noiva perfeito! – falei, suspirando, e meu coração disparou acelerado, eu ficava animada só em pensar no casamento. – Mas temos ainda bastante tempo até o grande dia, para escolhermos tudo com cuidado, pois vai ser um dia único e muito especial para nós dois!

— Isso eu tenho certeza! – minha mãe falou, e então trocamos sorrisos, só de falar no assunto eu já fico ansiosa, e logo começo a imaginar em como será esse grande dia.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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