Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 33
Capitulo 33 - O parque de neve


Notas iniciais do capítulo

olá gente!!! Voltei, desculpa a demora, mas estou aqui, esses dias estão sendo corridos e por isso estou dando essa demorada, mas estou fazendo possivel para continuar com as atts de todas minhas fics, peço que por isso vocês continuem comentando e sendo os fofos que são, vi que está meio lento os comentarios das ultimas duas atts que fiz então peço que para quem está deixando de comentar volte a ter esse habito, é importante para que eu volte mais rápido... Se não, as coisas continuarão devagar...
Eu quero agradecer a recomendação de Tarcyla, dedico esse cap. a você, adorei muito a recomendação viu, não vou me prolongar pois estou meio com pressa, mas amanhã a noite tentarei responder os comentários, agradeço desde já a todos que deixaram e continuo pedindo que comentem, isso é importante!
Não perca, em breve chegaremos na fic no natal e o ano novo será um periodo bem legal, e também o julgamento de nick está perto, não percam ;)
beijos beijos e boa leitura!



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 33. O parque de neve

— Mamãe, mamãe, você esta vendo é um parque de neve! – falei para mamãe, enquanto puxava a mão dela para entrarmos no parque, mas como ela não andou, eu parei, virei e a olhei, a mamãe estava com a boca aberta e ainda olhava para o parque, ela também deve ter gostado bastante.

— UAU! Que legal... Eu nunca tinha vindo aqui... – ela falou, e então papai se aproximou e colocou o braço em volta do ombro da mamãe.

— Você tem que ver é lá dentro, é um máximo, vocês vão adorar... – ele disse, e só então mamãe começou a andar, junto do papai e de mim, passamos pelo portão, para entrarmos no parque.

O parque é grandão, dava para ir para um monte de lugar, tinha muitas arvores, cobertas por neve, o chão estava branco e tinha brinquedos espalhados por monte de lugares, além de bancos, eu não sabia para que lado eu ia, mamãe e papai pareciam também não saber, pois pararam no meio do caminho e eu não entendi  porque, será que estávamos perdidos? Talvez precisássemos de um mapa.

Continuei olhando para os lados, e olhei para o montão de gente que não era nossa amiga próxima de nós, eles andavam para um lado, para o outro, alguns viravam a cabeça e nos olhavam, como se fosse nossos amigos, mas eu já sabia que faziam isso porque gostavam do papai.

Papai então tirou um papel do bolso, e eu vi que era um mapa, parecia que ele tinha lido os meus pensamentos! Papai era inteligente, pois com o mapa nós saberíamos para onde ir.

— Bom, vamos ver aonde vamos primeiro... – ele falou, enquanto olhava o mapa, mamãe se aproximou também para olhar.

Enquanto eles olhavam o mapa eu olhava para os lados, e via um montão de pessoas, algumas do tamanho da mamãe e do papai, outras eram do meu tamanho e tinha outras que eram bebês, igual como eu fui quando estava a menos tempo fora da barriga da mamãe.

Algumas crianças que era do meu tamanho estavam segurando balões, e eles não iam para o céu porque estavam presos numa corda, vi um menino com um balão azul, uma menina com um vermelho, os balões eram muito legais, eu acho que vou pedir um para o papai, mas vou querer soltar só para o ver subindo para o céu, deve ser maneiro, olhei para cima imaginando um monte de balão subindo ao mesmo tempo de todas as cores. Eu sorri, mas ai mamãe me chamou e a imagem da minha cabeça sumiu.

— Nessie, vamos primeiro ver umas lojas que tem aqui dentro, é o que estamos mais perto, ai de lá, nós vamos á roda gigante que tal? – mamãe perguntou para mim.

Lojas... É onde as pessoas dão as coisas em troca de papelzinhos, que gente grande chama de dinheiro, só as pessoas grandonas podem ter porque trabalham, além de papelzinhos, as lojas aceitam também cartões, só que o estranho é que eles não ficam com eles, eles ficam só por alguns minutos e depois o devolve, e o mais estranho é que mesmo devolvendo eles deixam a gente levar todas as coisas, eu só não entendo ainda o porque.

Isso porque ainda tem muita coisa no mundo para se entender, já que as pessoas do outro lado da parede são bem confusas...

— Tá bom, vamos lá! – falei.

Mamãe foi segurando minha mão, enquanto também segurava a do papai, e então andávamos pelo parque, eu fui olhando para todos os lados, enquanto íamos para a tal loja, passamos ao lado de uma montanha russa que antes eu achava que ela não existia, só no planeta da TV, que na realidade não era o planeta, já que estou nele agora.

Ela era grandona, era como um trem, mas tinha subidas, descidas, subidas, descidas, onde eu estava dava para ouvir o grito das pessoas que estavam no trem, mas eu não sabia se elas estavam gritando porque estavam assustadas.

— Mamãe, mamãe, por que elas estão gritando? – perguntei.

Mamãe então olhou para a montanha russa.

— Ahm... É, por que elas estão felizes... – mamãe respondeu.

— Quando as pessoas ficam felizes, elas gritam? – perguntei.

— Em alguns casos, sim... – mamãe disse.

Nesse momento eu não entendi, já que eu ainda nunca gritei por estar feliz. Mamãe, papai e eu paramos e então vi que estávamos na frente de um vidro que na verdade não era um vidro já que fez um barulho de estalo e abriu sozinho, eu abri a boca, achei aquilo muito legal, pois ele abriu para nós entrarmos. Mamãe me puxou para dentro.

Lá dentro é superiluminado e gigaenorme, que nem as lojas do shopping, ouvi musica, mas não vi músicos com os instrumentos, era que nem quando vovó colocava musica em seu telefoninho, como se fosse mágica.

Foi quando eu vi algo mais incrível ainda, uma bolsa da Dora, e eu corri até ela para tocar no seu rosto, ela sorria e dançava para mim.

— Dora! – falei.

— Você gostou da mochila querida? – mamãe perguntou aproximando-se de mim junto do papai.

A bolsa tinha alças compridas, parecia a mochila que eu tinha quando vivia no quarto, mas com a Dora nela, em vez do rosto da mochila, tinha também uma alça de mão, quando segurei nela ela puxou para cima, pensei que tinha quebrado, mas ela saiu rolando, era uma mochila e uma bolsa de rodinhas ao mesmo tempo, aquilo era mágica.

— Que tal levar uma dessas para você? Assim você já terá uma mochila para quando começar a ir para escola! – papai falou.

— É ela é bonita, é da Dora e é rosa! – mamãe falou, e a senti beijar minha cabeça. – Mas é melhor só levar na hora de ir embora, já que não vai ser legal ficar andando pelo parque com essa mochila na mão...

Olhei novamente para mochila, parecia legal ficar arrastando ela, só não gostei da parte em que preciso ir para escola.

Papai colocou a bolsa no lugar, fiquei olhando ainda um tempinho para Dora, seria mais legal se ela falasse e se mexesse que nem na televisão, mas ela não falava, não se mexia, era que nem as fotos do retrato.

Mamãe começou a me puxar e começamos a ver um monte de outras coisas nas prateleiras, muitas eu não sabia o que era, outras eu já tinha visto dentro da casa da vovó, vi um negocio preto e azul parecido com um foguete.

— Eu quero isso! – apontei para o negocio.

Mamãe deu risada.

— Isso é um bule de café querida! Vovó tem um, só que ela não costuma usar... – mamãe falou e voltou a me puxar, depois saímos da loja, a porta abriu novamente para gente sair. Ela era uma porta inteligente.

Mamãe continuou me puxando, e continuamos andando, até que paramos quando umas pessoas se aproximaram para tirar uma foto com o papai. A mulher que tirou foto com ele começou a chorar enquanto abraçava o papai, eu não entendi porque ela estava chorando, puxei a roupa da mamãe, que me olhou e depois apontei para o papai que continuava abraçando aquela mulher, ela não era nossa amiga, só se era amiga dele.

— Ah, ela está emocionada em conhecer o seu pai! – mamãe falou.

— Por que? Por que ele joga bola na cesta? – perguntei.

— Isso mesmo! – mamãe falou.

Era estranho... Mas depois ela falou alguns segundos com o papai e saiu, então ele puxou a mão da mamãe e voltamos a andar. Olhei para trás, enquanto observava a mulher sumir entre as outras pessoas.

— Olha lá filha, a roda gigante! – ela disse, e então virei para frente e a vi, abri a boca, ela era muito grandona, não parecia tão grande quando vi na TV.

— Eu vou entrar nas cadeirinhas? – perguntei para mamãe, enquanto ficávamos atrás de umas pessoas, mamãe me ensinou que quando uma pessoa fica atrás de outra é porque está numa fila, isso acontece para esperarmos nossa vez, só quando chegar nossa vez poderemos fazer o que quiser.

— Sim, sim! – mamãe falou, olhei para ela que sorria para mim, depois olhei para papai, que estava abraçando a mamãe que nem namorados fazem. – Nós vamos com você...

— Mas se a gente cair lá de cima! – falei, olhando para cima, era muito alto.

— Não vamos cair Nessie, não precisa ter medo! – foi papai que falou.

Demorou um pouquinho para chegar nossa vez, eu já estava cansada de ficar esperando, é muito chato, mas quando foi nossa vez deu medo, mamãe teve que me puxar para eu entrar na cadeirinha, eles fecharam com uma correntinha e depois a nossa cadeirinha começou a subir devagar e cada vez que ela ia subindo mais alto ia ficando, teve um momento que fechei o olho e encostei o rosto no ombro da mamãe, papai que estava sentado na frente de nós, tirou o seu telefoninho do bolso, parecia estar tirando uma foto.

— Olha como o parque é bonito daqui de cima... – papai comentou, abri um olho só e vi, já estávamos no alto, estava dando para ver tudo, mas era alto e fiquei assustada, mas mais corajosa do que assustada, pois não era tão ruim quando eu fiquei dentro do tapete e tive que brigar com ele para que ele me soltasse.

— Não está gostando filha? – mamãe perguntou para mim.

— É muito alto! – falei.

— Quando tinha sua idade também tinha medo de altura... – mamãe falou e me deu um beijo na testa. – Tanto que só tive coragem de ir numa montanha russa quando estava com dezesseis anos... Acho que ela puxou a mim, melhor evitarmos esses tipos de brinquedos!

— É verdade... – papai falou olhando para nós. – Então, que tal patinarmos no gelo? – papai perguntou, eu não entendi o que aquilo queria dizer.

+++

Quando saímos da roda gigante, entramos numa nova loja, mas na verdade não era loja, lá dentro tinha algo grande, quadrado com grades e pessoas lá dentro andando para um lado e para o outro de forma estranha, me aproximei para ver melhor, e então vi que as pessoas estavam com algo estranho no pé era um sapato com rodas.

— Por que tem rodas no sapato deles? – perguntei para mamãe.

— É patins filha, vamos patinar no gelo, mas você sabe amor que eu sou péssima com esses tipos de coisas... – mamãe falava agora olhando para o papai. – Com certeza vou trombar em alguém e vou derrubar a pessoa, vai ser um desastre! – mamãe parecia preocupada.

Vi que papai sorria.

— Eu te seguro... – ele disse, e então se aproximou da mamãe e abraçou-a. – Que bonitinho ouvir você me chamando assim de novo...

— Assim como? – ela perguntou.

— De amor... A ultima vez que você me chamou assim eu era um adolescente! – ele falou, e então ele beijou a mamãe que nem a vovó beija o vovô, na boca.

— Quando vou beijar alguém assim? – perguntei para eles, e eles pararam no mesmo momento de se beijar e olharam para mim.

— Como? – papai perguntou.

— Quando vou beijar alguém na boca? – perguntei.

— Só quando for grande e ter um namorado! – mamãe falou.

— É, e isso vai demorar muito... – papai falou.

— Quanto tempo? – perguntei.

— Muitos e muitos anos... – disse papai e então me puxou pelo braço. – Chega desse assunto, vem, vamos pegar os patins!

Tivemos que ficar atrás de novo das pessoas para esperar nossa vez de pegar o sapato de rodinhas, que papai e mamãe falaram que se chama patins, eu não gostava dessa parte de ter que esperar, era chato.

Quando chegou a nossa vez mamãe colocou um sapato de rodinhas e um negocio estranho no meu joelho que ela falou que se chama joelheira, ela também colocou um capacete maneiro na minha cabeça, pena que era azul, eu preferia que fosse rosa.

Mamãe e papai também colocaram o sapato de rodinha e o capacete e a joelheira, enquanto eles colocavam os deles, eu tentei ficar de pé, mas não consegui, logo cai sentada no chão, pois a roda do sapato me fazia cair.

— Calma filha, espera a gente! – mamãe falou me segurando pelo braço, ela tinha terminado de por o seu sapato de rodinhas.

— Eu não gostei, não dá para ficar de pé, a rodinha roda e ai a gente cai... – falei.

— É que você não está acostumada, mas vai aprender rápido, bom, isso se puxou seu pai! – mamãe falou e logo olhei para o papai que já estava de pé, parecia não ter dificuldade com o sapato de rodas. – Eu vou me levantar primeiro, depois te ajudo! – mamãe falou.

Mamãe não levantou rápido como papai, ele teve até que ajudar ela, para ela conseguir ficar de pé, ela erguia os braços parecendo uma ave quando está prestes a voar, e ai quase cai no chão, mas papai é rápido e a segurava.

— É hoje que vou pagar mico! – mamãe falou, olhando para o papai. – É melhor você ajudar a Nessie! Se não além de cair eu vou acabar derrubando ela também...

— Não seja negativa, você vai conseguir... – papai disse, e quando mamãe estava conseguindo manter-se de pé, papai venho me ajudar a se levantar. Eu entendia a mamãe, era difícil, eu tentava e escorregava, tentava e escorregava, parecia impossível, acho que andar de bicicleta deve ser mais fácil.

— Não quero! – reclamei, quando não consegui ficar de pé e então me sentei de novo no chão.  – Não tem como ficar de pé!

— Claro que tem... Papai e mamãe estão de pé! – papai falou para mim, agachando-se ao meu lado.

— Mas eu não consigo... – falei.

— Nunca diga que não consiga minha filha, você pode conseguir tudo que quer, só precisa insistir, se outras pessoas conseguem, por que você não conseguiria? Se cair, simples, levante de novo, e levante de novo, quantas vezes precisar, papai também não conseguiu de primeira! – ele falou e ergueu a mão para mim, olhei para mamãe e vi que ela sorriu para mim e concordou com a cabeça, bufei e então peguei a mão dele e ele me puxou para tentar me ajudar novamente a ficar de pé. Aquilo era difícil pra caramba.

+++

Papai tinha razão, depois que a gente tenta um montão de vezes o sapato deixa a gente ficar de pé, mas para andar com aquelas rodas era difícil, todo momento dava a impressão que eu ia cair, papai segurava mamãe e eu no mesmo tempo, ainda bem que ele é bem forte.

A gente subiu onde estavam ás outras pessoas com o sapato de rodinhas no pé, mamãe disse para mim que se chama pista de patinação no gelo, assim que subi eu segurei nas grades e olhei para o chão, realmente era gelo. Que legal, eu era como a Frozen!

Papai andava ali com facilidade, nem parecia que estava com rodinhas no pé, já mamãe caia no chão toda hora, e cada vez que caia ela ficava com rosto vermelho, papai sempre ia lá ajudá-la, já eu fiquei um tempinho me segurando na grade com medo de me soltar e cair.

— Vem filha, papai te ajuda! – papai disse se aproximando de mim, o segurei no braço e só então soltei da grade, mamãe agora estava de pé sem precisar do papai e começou a andar bem devagar, ás vezes ela ainda erguia os braços e parecia que ia cair, mas não caia.

Enquanto andava com papai, eu quase cai, mas papai era forte e me segurou com força, olhei para o lado e vi uma menina do meu tamanho movendo as pernas, ela andava sem ajuda de ninguém, queria fazer igual ela então a imitei, movendo as pernas da forma que ela movia, papai ainda ficou me segurando pelo braço, mas agora eu já estava entendendo como usar aquele sapato esquisito.

— Olha mamãe já sei como que anda... – falei, mamãe andava do meu lado, movia as pernas igual á menina, mas parecia ás vezes que ia cair.

— É como que patina... – ela corrigiu.

— Vou te soltar, se você cair não vai doer, você ta com proteção! – papai falou, e então me soltou, ergui os braços que nem a mamãe e fiquei um pouco tonta, mas não cai, sorri para eles que também sorria para mim.

— Estou conseguindo, estou conseguindo! – eu falei, feliz, pois agora eu aprendi coisa nova.

+++

Mamãe e eu caímos algumas vezes, mas realmente não doía, papai tinha razão, era legal quando se aprendia. Caiamos, mas já sabíamos andar com as rodinhas no pé. Depois de um tempinho brincando daquilo, mamãe falou que era melhor irmos comer alguma coisa, e papai concordou.

Pensei que podíamos levar os sapatos maneiros de rodinha para casa, mas papai disse que tínhamos que devolver, mas prometeu me comprar um, já que agora já sei andar, ele disse que dá para andar com esses sapatos no parque e na rua em frente de casa. Pena que não tem esses tipos de sapatos para cachorros se não ia ser legal colocar nas patas da Dora para ela andar comigo.

Ao sairmos de lá, fomos para o lugar que vende comida, comi um lanche grandão com batatas fritas, junto com papai e mamãe, enquanto estávamos sentados na mesa esperando o lanche algumas pessoas tiraram fotos nossas de longe, acho que é porque eles gostam da gente.

Depois de comermos, mamãe me comprou um algodão doce, eu gostava de algodão doce, pois ele parece derreter na boca, eu comi tudinho, e já estava sentindo minha barriga doer de tão cheia.

Andamos pelo parque, até papai, mamãe e eu chegarmos num castelo de neve, papai pegou seu telefoninho e tirou uma foto de nós três juntos na frente do castelo. Ele pediu para falarmos xis, e tirou a foto bem na hora, ele me mostrou, ficou bem legal mesmo, eu sai na foto sorrindo.

Foi quando saiu um bicho estranho de dentro do castelo, ele era grande, branco e cheio de pelo, tem um dente grande que fica para fora da boca e assim que ele se aproximou eu gritei e abracei o papai. Era um monstro e estava vindo para nos pegar.

— AHHH papai é o monstro do castelo! – eu falei, ainda agarrada com ele.

— Calma filha, não, ele é o yeti, ele é do bem! – papai falou, olhei para ele, que estava parado perto de nós, e agora apertava a mão da mamãe e balançava.

— Ele é bonzinho que nem o papai Noel? – perguntei para o papai.

— Sim, claro, ele mora nesse castelo! Hei você pode tirar foto com a gente? – ele pediu para o monstro peludo, que agora olhava para o papai.

O tal do yeti concordou, e então papai pediu para uma pessoa que não é nossa amiga que estava passando para tirar uma foto nossa, ela concordou e então, mamãe me abraçou, ficando do lado do monstro peludo e papai ficou do outro lado, novamente fizemos xis.

Antes de continuarmos o passeio cheguei perguntar para o yeti se ele também dá presentes que nem o papai Noel, ele disse que não compra presente para as pessoas, talvez porque não tem os papelzinhos.  Que pena, se ele desse ia pedir para ele dessa vez uma bicicleta.

Depois de sairmos dali, fomos para outro brinquedo, esse era no chão o que era bom, era uma xícara gigante, que sentávamos nela e ela rodava bem rápido, fiquei um pouco enjoada e não conseguia ver nada, pois tudo passava muito rápido, mas achei legal, mamãe e papai deram muitas risadas e o cabelo da mamãe voou para cima do rosto dela, eu ri, pois achei engraçado, pois ela ficou com os cabelos todos arrepiados.

Depois dele, mamãe me levou para andar em outro que gira, mas esse girava devagar, eu fiquei em cima de um cavalo, só que ele não era de verdade, enquanto ele dava voltas, mamãe tirava fotos de mim, depois que eu sai do brinquedo ela me falou que ele se chamava carrossel, foi então que eu lembrei que cheguei a vê-lo uma vez na TV, mas na época achei que ele era mais legal.

Depois eu fui num outro brinquedo, esse era um carro, ele não era grande então nesse papai e mamãe não podia ir nele, pois eles não cabiam no carro, eu fui ao lado de outra criança, ela era menor e não era minha amiga, dei oi para ela, só que ela só colocou o dedo na boca e não me respondeu, acho que é porque ela não sabia falar direito.

O carro andava numa pista e ficava dando voltas, em cada volta eu via papai e mamãe, eles estavam próximos de um montão de pessoas, e cada vez que meu carro se aproximava deles, eles tiravam fotos com seus telefoninhos, mamãe às vezes gritava pedindo para eu acenar ou sorrir, mas era mais legal olhar em volta do que ficar tirando fotos.

Depois que sai do brinquedo, papai nos chamou para ir à sorveteria, sentamos em uma das mesas e pediram um sorvete grandão de chocolate para mim, mamãe também quis de chocolate e papai pediu de baunilha, e enquanto o sorvete não chegava, olhei para mesa ao lado, lá tinha uma criança bebê que estava num carrinho ao lado de sua mãe, ela fazia barulhos e falava “mama” e erguia os braços, parecia que ela queria dizer “mamãe”, mas o “mamãe” dela é “mama”, ela também tem mamãe que nem eu tenho. Ainda era estranho, pois no quarto só eu que tinha mamãe. Agora do outro lado da parede existe um monte de pessoas que tem mamães também.

— Está gostando do parque filha? – mamãe perguntou para mim, e então eu a olhei.

— Sim, é bem legal! – falei para ela e mamãe sorriu, parecia bastante feliz, pois sorria mais do que antes, acho que é porque agora ela namora o papai.

— É, e vai ainda ser um dia muito legal, pois ele ainda não terminou... – agora quem falou foi o papai, mamãe olhou para ele, e ele colocou o braço em volta do ombro dela, eu pensei em falar alguma coisa, mas antes de poder, algumas pessoas que gostam do papai se aproximaram para pedir fotos e também para ele escrever num papelzinho para elas.  Uma delas pediu para tirar uma foto com todos nós juntos, e papai deixou, era esquisito, eu não sabia porque a pessoa que não é nossa amiga quis tirar foto com todos nós, já que mamãe e eu não sabemos jogar bola na cesta.

+++

Voltamos na loja para comprarmos as coisas que vimos antes, papai me comprou a mochila mágica da Dora, e pude sair do parque puxando a minha mochila de rodinhas.

Depois que saímos do parque, voltamos para o carro do papai, mamãe me colocou no banco de trás, prendendo-me com o cinto, e como na ida ela foi á frente, junto com papai.

Papai fez uma musica tocar no carro como se fosse mágica, e ele e mamãe ficaram falando um com outro e eu fiquei olhando a minha volta.

— Para onde vamos agora? – perguntei depois de um tempinho em que estávamos no carro, eu olhava para janela do carro, as coisas continuavam passando bem rápido pelos meus olhos, mas não parecia o caminho de casa.

— Você não ta com saudade do vovô, da vovó? – papai perguntou e então o olhei, sorrindo.

— Está falando da vovó Esme e do vovô Carlisle? Nós vamos para lá? Eles vão me dar outra sobremesa bem gostosa para eu levar para casa? – perguntei, já estava feliz da vida, mas eu vi que mamãe olhou para o papai, e ela estava com uma cara de assustada.

— Como assim? A gente está indo para casa dos seus pais? – mamãe perguntou.

— O que foi? Faz tempo que minha família não te vê, agora eles são tua família também... – papai falou pegando na mão da mamãe, que ainda parecia estar nervosa, eu só não entendia o por que. Afinal, a casa dos meus avôs são grandona e muito legal, só precisava de um mapa, tenho certeza que eu poderia me perder por lá.

Mamãe ficou em silencio por alguns segundos, eu acho que é porque ela estava pensando.

— Certo, é, você tem razão, só que não sei, eles podem não ter gostado muito de você ter terminado com a Tanya... – ela falou, acho que ela está falando da antiga namorada do papai.

— Eles entenderam meu amor, isso eu posso te garantir... – papai falou, e então ele beijou a mão da mamãe. – Eles querem que eu seja feliz, e vocês são a minha felicidade, pois são a minha família, a que sempre sonhei, e hoje tive mais certeza disso, na verdade hoje foi o dia mais feliz da minha vida, pois pude estar ao lado de vocês, fazer parte de suas vidas...

Vi que mamãe sorriu.

— Também foi o meu, pois agora eu sinto como se estivéssemos nos completado... – ela falou.

— Sim, estamos completos agora, então, não tem com o que se preocupar amor, todos vão te receber muito bem... – papai falou, e mamãe então se calou, acho que ela entendeu que temos que ir á casa do vovô e da vovó, sorrindo voltei a olhar para janela, eu acho que vai ser bem legal.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: No próximo trocaremos de visão ;) COMENTEM, RECOMENDEM E FAVORITEM! Bom feriado a tds!