Capitulo 32 - Agora somos seis

Renesmee

O papai é o melhor homem do mundo todo, e olha que eu já sei que o mundo é grande. Além de o meu papai aparecer na televisão, ele saber jogar bola na cesta e as pessoas sempre querem tirar foto com ele com os seus telefoninhos, ele ainda é importante que nem a mamãe, pelo menos eu aprendi que só pessoas importantes respondem perguntas na televisão, papai respondeu um monte de perguntas um dia desses, ele até sentou num sofá branco depois de passar por um tapete vermelho, a vovó me disse que ele fez isso porque é famoso, pois as pessoas acham legal ele saber jogar basquete. Não é todo mundo que sabe jogar basquete, por isso que as pessoas assistem as pessoas que sabem nas arquibancadas, pois elas acham legal, minha mamãe também acha legal, pois ela assiste o papai na televisão, eu ainda não aprendi o que tem de legal no jogo de basquete, mas, quando eu for grande que nem a mamãe eu vou saber e ai papai vai se tornar ainda mais legal para mim.

Agora o papai não namora mais aquela mulher bonita que vi na casa dos meus avôs, e isso me deixou muito, muito feliz, pois agora temos chance novamente de sermos seis, já que papai não tem mais namorada e pode namorar a mamãe. A vovó diz que estamos bem perto desse momento, pois só falta papai pedir para mamãe ser sua namorada e ela dizer SIM ai poderemos morar na casa do meu papai e poderei levar a Dora comigo, lá deve ser bem grandão, vou querer ter um mapa para não me perder.

— Será que a casa do papai tem piscina? – perguntei para vovó, era de noite, mamãe tinha saído no lá fora, e não sei para onde ela foi, perguntei para vovó se não tinha risco dela se perder, pois o lá fora é grande e ela ta demorando bastante, mas ai vovó disse que ela pode ligar quando ela quiser, pois agora ela tem o seu telefoninho que mamãe vive dizendo que tem outro nome, mas sempre esqueço qual é.

Mamãe não ligou até agora, talvez ela não tenha se perdido ainda.

— Eu nunca fui à casa do seu pai Renesmee, mas acredito que deva ter... – vovó falou. Eu nunca entrei numa piscina, mas sei que ela é maior que a banheira, e acho que é fácil de cair lá no fundo, caso aconteça isso a gente pode se afogar, isso se não sabermos nadar, eu não sei nadar, então se papai tiver piscina eu vou precisar de uma bóia.

— Legal, será que a Dora sabe nadar? –perguntei, olhando para Dora, ela estava na cozinha pertinho de mim, estava comendo sua comida de cachorro, que já aprendi que se chama ração, ela tem a sua própria tigela rosa, e enquanto ela comia, eu comia panqueca, eu já estava jantando, era estranho jantar e não ver a mamãe, ela costuma sempre estar perto de mim quando está de noite.

— Todos os cachorros sabem nadar, ninguém precisa ensiná-los! – vovó disse, sentando ao meu lado e começando a comer também, seu prato estava cheio de panqueca, vovô hoje quis comer na sala, pois estava passando um jogo, mas não era basquete, em vez deles jogarem a bola na cesta eles ficam brigando entre eles, vovô me falou que se chama futebol, nesse jogo todos querem pegar a bola, mas nenhum momento tem cesta, é confuso.

— Legal, eu também queria já saber nadar, assim não teria risco de eu ficar lá no fundo e beber água! – falei, colocando mais panqueca na boca, vovó se aproximou com um guardanapo e limpou a minha boca com o papel.

— Bom, quem sabe a gente não te coloque na escola de natação! – vovó disse.

— Natação? – perguntei.

— Sim, lá eles ensinam as pessoas a nadarem! – ela explicou. – Vamos ver, mas primeiro você precisa começar a ir para a escola, logo vai começar o ano letivo, e ai vamos ter que te matricular...

— Escola? É onde a gente aprende um montão de coisas! – falei, lembrando que já vi na TV uma vez essa tal de escola, eu já sei que lá as crianças ficam sentadas na cadeira enquanto uma pessoa grande fica ensinando as coisas do mundo, que nem mamãe fazia comigo, mas eu já sei que na escola é diferente, pois não vai ser só eu, mas sim um montão de crianças juntas, e a pessoa grande não vai ser a mamãe, vai ser um estranho, acho que vou ficar com medo, afinal, o estranho não vai ser meu amigo. - Eu não sei se quero ir para a escola! – falei, não gostei nada de imaginar isso.

— Ah Nessie, vai ser legal, você vai ver... Você vai poder fazer um monte de amiguinhos... – ela falou.

— Não, eu já tenho a Dora, ela é minha amiga! – falei, terminando de comer e levantando da mesa.

— Mas você precisa ter amizade com crianças... – ela disse. – Você não gostou de brincar com seu primo na festa? – ela perguntou.

É, eu tinha brincado com um menino do meu tamanho quando mamãe e vovó prepararam uma festa para conhecermos a família, foi diferente, mas também foi legal, vovó me falou que aquela criança era meu primo, então éramos da mesma família. Agora na escola aquelas crianças não vão ser da minha família, nem são meus amigos.

— Acho que sim! – falei. – Mas tenho medo, mamãe não vai estar lá e nem você, vou ficar sozinha com as crianças e com uma pessoa grande que não é minha amiga...

— Mas que vai ser... – vovó falou.

— Eu... Eu... Eu vou ver o vovô! – falei, saindo rapidamente dali, para ver se vovó esquecia essa ideia de me colocar na escola, eu fui para sala e vi o vovô sentado no sofá, assistindo aquele jogo que ainda não consigo entender, acho que é porque sou pequena.

Enquanto olhava para o vovô, eu me lembrei da arvore de natal que a gente montou há pouco tempo, ela ficou tão bonita e cheia de bolinhas e monte de enfeites coloridos, fui eu que coloquei a estrela na ponta da arvore, mas o que mais gostei foi do pisca pisca, é muito legal ver aquelas luzes se acendendo, se apagando, se acendendo, se apagando. Acho que quando o papai Noel ver ele vai gostar de montão.

Eu olhei rapidamente para a arvore, que estava montada no canto da sala, então corri até ela para ver se meu videogame já havia chegado, pois eu já havia ido ao shopping e pedi o videogame para o papai Noel, foi o papai que me levou até lá e tiramos uma foto bem bonita juntos, eu dei a foto para mamãe que ficou muito feliz, pena que ela não está na foto com a gente, se ela usasse a toca que papai comprou para mim e para ele, ela ia ficar parecendo á mamãe Noel.   

O papai Noel é bem legal, ele é grande, gordo e tem uma barba branca bem grandona, ele mora no Pólo Norte, e quando ta perto do natal ele vai para o shopping para saber o que a gente quer ganhar e nos dar de presente, ele vem de madrugada quando nós estamos dormindo, eu pedi o videogame e ele prometeu que ia me trazer, eu vou fazer bolinhos de chocolate para ele, ele gosta bastante, eu vi na internet.

— Está tudo bem Nessie? – ouvi o vovô perguntar.

— Estou vendo se o papai Noel já trouxe o meu videogame, mas ainda não... – eu falei, olhando para o vovô, agora ele não olhava para televisão, ele estava olhando para mim.

— É porque ainda está um pouco longe do natal! – ele disse.

— É, o papai Noel tem muitas casas para visitar, não é? – falei.

— Ah sim, claro! – ele disse, e olhou de novo para televisão.

Eu demorei muito para ir ao shopping, deve ter um monte de criança na minha frente. Droga!

Foi então que escutei o barulho da porta de casa se abrindo, eu já pensei “é a mamãe” e então sai correndo em direção da porta, foi então que a avistei, assim que ela me viu, ela sorriu, e então a agarrei lhe dando um abraço apertado.

— Mamãe, mamãe, o que você trouxe para mim? – perguntei, e mamãe franziu a testa.

— Como? A mamãe não foi fazer compras! – ela disse, fechando a porta e depois olhou para mim, ainda sorrindo.

— Não! – falei e só então vi que ela estava mesmo sem sacolas. – Então onde você foi?  - perguntei, mas mamãe não me respondeu, apenas sorriu e depois olhou para vovó que saiu da cozinha e se aproximava de nós.

— É... – ela fez, olhando de novo para mim. – Vamos ao seu quarto, lá a gente conversa! Ai mamãe explica...

+++

Mamãe e eu entramos no meu quarto, ela sentou na minha cama, e logo lhe dei uma boneca para ela brincar comigo de cabelereira, ela pegou um pente e começou a pentear o cabelo da boneca que coloquei com o nome de Judith, enquanto isso, eu peguei uma escova e comecei a pentear o cabelo da mamãe, é mais legal do que pentear o cabelo de uma boneca, eu acho que é porque é de verdade.

— Aiiiii! – ela gemeu de repente, puxando a escova que tinha enganchado no seu cabelo, ela virou para trás, deu um suspiro e ficou puxando e puxando até conseguir tirar a escova do cabelo, fez uma careta e então me olhou. – É melhor pentear o da boneca! – ela disse, soltei um suspiro.

— AHH! Tá bom! – falei e então peguei a boneca que coloquei o nome de Janine.

Sentei do lado da mamãe, e enquanto penteávamos a boneca, mamãe começou a falar:

— Está com saudades do papai? – ela perguntou.

— Sim, sim, quero que ele me leve no shopping de novo, para eu lembrar o papai Noel que ele ainda não trouxe meu videogame! – falei, sem o videogame não vou poder jogar sonic.

— Filha não fique tão ansiosa ainda não passou o natal! – mamãe falou, ainda penteando o cabelo da boneca.

— Mas já montamos a arvore, será que tem tanta criança assim na minha frente? – perguntei.

— É, são muitas crianças para o papai Noel cuidar... – mamãe falou, me olhando, ela suspirou.

— É que eu quero logo, papai vai jogar comigo, vai ser legal! – eu disse, sorrindo só de pensar na gente jogando juntos.

— Hum... Bom, mas tem uma coisa que pode ser mais legal que o videogame... – ela falou, sorrindo para mim.

— O que? – perguntei.

— O parque de diversões, você não quer ver a roda gigante? – ela perguntou, e no mesmo momento sorri mais ainda.

— SIM SIM! – eu disse, levantando-me da cama. – Ela roda e roda que nem os ratos rodam na rodinha que fica dentro da gaiola, será que eu vou ficar tonta? – perguntei.

— Acho que não, mas você pode ficar com medo, porque é alto! – mamãe falou.

— Você vai me levar junto com o vovô e com a vovó? – perguntei.

— Não, vamos ir você, papai e eu! – ela disse sorrindo, então eu abri a boca e já entendi tudo.

 - Já somos seis? Você e papai estão namorando? – perguntei.

— É... – ela começou.

— Vamos morar na casa dele? A casa dele tem piscina? Se tiver eu preciso de uma bóia porque se não posso me afogar...

— Nessie, calma, para morarmos na casa do seu pai, primeiro papai e mamãe precisam se casar... – ela falou.

— E quando você vai casar com papai? Eu vou jogar as flores? Eu vou vestir aquele vestido grandão e branco que nem o da noiva?

— Sim, mas ainda não marcamos a data, Nessie tenha calma, tudo leva tempo... – ela falou.

— Gente grande são muito devagar, perai, lembrei de uma coisa, você disse que eu nasci porque você namorou o papai e ai nasceu á semente na tua barriga que era eu, então, você ta namorando o papai de novo, já tem outra semente na barriga? Vou ter um irmãozinho? – perguntei, colocando a mão na barriga da mamãe, dizem que quando a barriga ta grandona a gente pode sentir o bebê chutar, deve ser MUITO LEGAL, mas a da mamãe ainda ta pequena. Mas eu sei que vai crescer que nem ela disse que cresceu quando eu estava na barriga dela, Tomara que meu irmãozinho seja menina, ai vou poder pentear o cabelo dela, como se ela fosse minha boneca.

— Não Nessie, não é assim, o bebê só vai vim depois que a gente casar... – mamãe falou, mas eu não entendi.

— Você não era casada com papai quando eu fui parar na tua barriga? Ou era? – perguntei, ficando confusa.

— Não... Mas agora vai ser diferente, agora é só quando papai e mamãe se casar, então tenha paciência porque vai demorar um pouquinho... – ela disse, sorrindo e me dando um beijo na cabeça. – Por enquanto, vamos aproveitar nós três, vamos ao parque, quem sabe a gente leve você de novo ao zoológico, e ai também podemos marcar um dia para assistirmos o jogo do papai lá na arquibancada, que nem você quer tanto ver... O que você acha? – ela disse, sorrindo para mim, sorri para ela também.

— LEGAL! – falei, toda animada, afinal, eu sei que vamos se divertir bastante.

+++

Na hora de dormir, mamãe me levou para o meu quarto, e como sempre me cobriu com o lençol, e sentou na cama ao meu lado, ela me abraçou e encostei minha cabeça no seu ombro, eu sempre gosto de fazer isso é tão quentinho.

— Mamãe a gente pode levar a Dora no parque? – perguntei para mamãe.

— Não... – ela disse rindo. – Cachorros não brincam nos brinquedos... Podemos levar ela um dia para passear numa praça, na rua, mas não em parque de diversões...

— Ela também não vai poder ir para escola comigo... – falei, lembrando do que a vovó falou. – Eu tenho mesmo que ir para escola? – perguntei, olhando para mamãe.

— Sim, todas as crianças vão para escola... – ela falou, e então me deu um beijo na cabeça. – Ah eu já sei, você está com medo da escola... Eu também morria de medo da escola quando era bem pequena, vovó disse que eu até chorava, porque não queria ficar lá!

— Sério? – perguntei para mamãe.

Ela sorrindo assentiu com a cabeça.

— Eu tinha vergonha das outras crianças... – ela falou.

— Sim, porque não são nossas amigas! – eu disse.

— É, mas ai depois elas quiseram ser minhas amigas, e eu fiz um monte de amiguinhos e tenho certeza que vai ser assim com você também, quem não vai querer ser sua amiga? – ela falou, depois começou a ajeitar mais o lençol em cima de mim, me deu um beijo na testa e se levantou. – Mas ainda vai demorar um pouquinho, não precisa se preocupar com isso agora!

— É, vou pensar na roda gigante! – falei, já imaginando ela girando e girando, eu logo sorri. Será que vou ficar com medo quando ela parar lá em cima?

— Isso mesmo! Pensa mesmo... Agora mamãe vai dormir também, estou muito cansada filha, e ai já marcamos com o papai de irmos ao parque no sábado, ta bom? – ela perguntou. Sorrindo, concordei com a cabeça. - Eu amo você...  

— Eu amo você também! – falei para ela.

Mamãe saiu do quarto, deixando a porta um pouquinho aberta, fiquei sorrindo, enquanto me virava e ficava olhando para a porta, comecei a contar: Um, dois, três... Virei para um lado, virei para o outro, logo pensei no parque, lá tem roda gigante, também tem carrossel e tem montanha-russa, mas a montanha russa é só para gente grande, quando crescer e ficar do tamanho da mamãe vou querer ir á montanha russa também.

Sete, oito, nove... Logo eu me lembrei de um lugar que nem papai e nem mamãe me levou ainda, no circo, lá tem palhaços, eles são tão coloridos e engraçados, e tem um nariz grandão, mamãe dizia que era daquele jeito porque é inchado, vou pedir para mamãe me levar lá também, para eu ver eles de verdade.

Doze, treze, catorze... Fechei os olhos, tudo ficou escuro, imaginei-me na casa do papai, dentro de uma piscina grandona, a água é gelada, e eu batia as pernas enquanto estava em cima da bóia. E então, eu apaguei.

+++

No sábado a mamãe me acordou bem cedo, pelo menos o sono foi bem rapidinho, foi como um piscar de olhos, ela foi já ligando a luz e me dando bom dia, vi que ela estava vestida para sair, usava uma calça azul e uma blusa vermelha, era nova então eu já lembrei que ela já estava pronta para ir para o parque.

— Iai preguiçosa, vamos se arrumar, papai ta lá embaixo! – ela falou.

— SÉRIO!  - eu disse, levantando da cama e querendo ir ver ele, mas mamãe me segurou. – Eu quero ver ele...

— Não, você tem que se vestir primeiro ele está esperando para irmos ao parque, e sabe filha, eu não olhei direito, mas acho que tem alguma coisa embaixo da arvore de natal, será que o papai Noel já veio? – ela falou franzindo as sobrancelhas, eu abri a boca.

— MEU VIDEOGAME! – falei.

— Então vamos para o banheiro, vamos, vamos... – ela disse, e então fui rapidinho para o banheiro, escovei os dentes, e mamãe me ajudou a tomar banho, ela pegou uma calça preta e uma blusa da frozen para eu vestir, ela prendeu meu cabelo bem alto num rabo de cavalo, igual como estava o dela.

Depois que eu já estava pronta, mamãe e eu descemos as escadas, eu fui correndo na frente porque eu queria ver o papai e também queria ver o que tem embaixo da arvore de natal, fui até a sala e encontrei o papai sentado no sofá junto com vovô e com a vovó, corri até ele e lhe dei um forte abraço.

— Papai, papai, você vai me levar no parque! – eu disse, ele me colocou sentada no colo dele e me deu um beijo no rosto.

— Sim, você não queria ir ao parque? – ele disse.

— Sim, um que tenha roda gigante e carrossel... – falei.

—Vai ter os dois, eu prometo! – ele falou, com um sorriso bem grande no rosto.

Foi então que ao olhar pela sala eu vi que havia um buque de rosas vermelhas em cima da mesa de centro, eu me lembro que ela não estava ali antes.

— De quem é isso? – perguntei.

— São minhas Nessie... – mamãe que falou entrando na sala e pegando o buque nas mãos, ela sorria, parecia feliz. – Papai trouxe para mim, eu vou colocar na água...

— Se quiser eu coloco minha filha! – vovó falou, levantando do sofá e se aproximando da mamãe, ela pegou as rosas da mão dela.

— Obrigada mãe! – mamãe agradeceu e vovó então saiu da sala.

— Papai você trouxe algo para mim também? – perguntei voltando a olhar para o papai.

— Eu ia te trazer o videogame, mas ai eu me lembrei que o papai Noel ia te trazer, e ainda bem que não comprei não é? Porque parece que ele já trouxe! – ele falou, ai então eu lembrei que mamãe falou que parecia que tinha um presente embaixo da arvore de natal, eu levantei do colo do papai e fui até a arvore e então encontrei mesmo, um presente embrulhado com um papel vermelho bem embaixo da arvore, ele é grande, pode ser mesmo um videogame.

— Nossa, ele já veio mesmo, nem deu tempo de preparar uns biscoitos para ele! – eu falei, mamãe se aproximou toda sorridente.

— É que esse ano ele venho muito cedo Nessie, mas ano que vem a gente prepara uns biscoitos bem gostosos para ele! – mamãe falou.

— É, ele merece, pois lembrou de mim mesmo! – falei.

— Ele nunca se esquece de nenhuma criança. eu não te disse! Vamos abrir para ver se é um videogame mesmo? – ela falou.

— VAMOS! – falei, e então mamãe me ajudou a tirar do papel de presente, sorri toda feliz quando vi que era mesmo um videogame, e ainda dentro da caixa além do videogame tinha dois jogos um era do Mario e outro do Sonic. – Legal! Já temos até o jogo do sonic, você vai jogar comigo mamãe? – perguntei, enquanto mamãe voltava a por os jogos dentro da caixa.

 - Claro minha filha, vamos se divertir muito, eu sempre gostei muito de videogame! – ela falou, então vi vovô se aproximando com o papai.

— Vovô vai comprar uns jogos de basquete para te ensinar, vovô nunca aprendeu jogar basquete de verdade, mas em videogame sempre fui muito bom! – vovô falou e passou a mão na minha cabeça.

— Eu sempre fui o contrario, só sou bom em jogos de corrida ou luta! – papai comentou, e depois olhou para mim.

— Bom, vamos ter que deixar o videogame para mais tarde, pois agora vamos tomar café e depois ir para o parque? – mamãe perguntou, sorrindo concordei varias vezes com a cabeça.

+++

Tomamos café rapidinho, até papai comeu na mesa com a gente, eu quis comer cereal de bolinhas de chocolate, já as pessoas grandes, inclusive o papai comeram omelete. Depois de comermos, mamãe, papai e eu entramos no carro do papai, pela primeira vez eu estava ali dentro junto da mamãe, mamãe foi no banco da frente, agora ela tinha colocado óculos escuros assim mesmo como papai que alem de estar com óculos ele também colocou um boné preto. Enquanto ele começava a dirigir eu o vi pegando a mão da minha mãe e segurando-a, e isso me deixou feliz, pois quem faz isso são namorados.

— Se alguém tirar fotos nossas e amanhã tivermos numa revista, ou com as fotos estampadas nos programas de fofoca da televisão, você não vai ficar chateada, não é? – papai perguntou, olhando para mamãe, e logo pensei: legal a gente vai sair na televisão, que nem quando fizemos a fuga do inferno.

— Eu já vim sabendo que isso pode acontecer, afinal, você é famoso... – ela falou e então meu pai sorriu para ela e ela deu um rápido selinho nele, que nem vovó dá no vovô, abri a boca, e agora eu fiquei felizona.

MAMÃE E PAPAI ESTÃO NAMORANDO MESMO! Nós vamos morar na casa do papai, eu vou ter uma casa com piscina, vou jogar flores na igreja vestida com aqueles vestidos brancos que nem de princesa, mamãe vai entrar na igreja vestida de noiva, vai ficar muito linda.

E ainda eu vou ter um irmãozinho!

            - Filha está tudo bem? – mamãe perguntou, virando a cabeça para olhar para mim.

— Sim mamãe! – falei, olhando agora para janela, tudo passava rápido e rápido pelos meus olhos. Ainda estava sorrindo, demorou como vovó falou que ia demorar, mas aconteceu.

— Já vamos chegar meu amor, não é muito longe! – ela disse. E então fiquei esperando e esperando.

E quando o carro parou, eu logo entendi que eu tinha chegado, levantei a cabeça para tentar ver o parque, mas só consegui ver direito quando mamãe desceu do carro e abriu a porta para mim, tirando meu cinto de segurança, assim que eu desci do carro e olhei para o parque. Eu fiz um: UAU! Porque ele era muito maneiro, e olha que eu não tinha nem entrado no parque.

Abri a boca e já queria correr lá para dentro, ele era coberto de neve, e neve sempre me fazia me lembrar da Frozen, legal, eu estava me sentindo igual ela.

Continua...