Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 21
Capitulo 21 - Dora


Notas iniciais do capítulo

olá gente, como prometido vim no domingo postar mais um capitulo, bom, depois desse capitulo vamos entrar numa nova fase na história, as emoções vão começar aumentar depois do próximo, e a boa noticia é que vamos começar a desenvolver o beward mais *-* já que já passou essa fase delas voltando ao mundo, se adaptando, mas ainda também teremos Bella dando um jeito em sua vida, tomando decisões do que vai fazer, mas isso será um pouco mais devagar, pois são decisões dificeis de tomar, e tem que ser bem pensada...
agora, preciso informar que esse é o ultimo capitulo do ano vou dar uma pausa do natal para o ano novo, e no começo de janeiro, depois do ano novo a gente volta tá legal? espero que vocês estejam aqui, continuem sendo uns amores que ai teremos novamente as postagens semanais, eu entendo que final de ano é corrido para todo mundo, para mim também é, alguns viajam, outros ainda estão terminando o semestre em faculdades, escola, então esse é um dos grandes motivos que decidi dar essa pequena pausa em algumas fanfics minhas que não estão na reta final, também para quando vocês voltarem não acumular um monte de capitulos para lerem, ainda mais nessa que os caps são muito longos, então eu peço que aproveitem essa pausa para dar uma att nas leituras, comentarem, recomendarem e favoritarem, estou feliz já chegamos a 100 favoritações, muito obrigada mesmo e também comentarios ultrapassamos o mil já algum tempinho, mas como eu disse deu uma diminuida não só nessa fic, pois sei que é a correria do fim do ano, então, agora ano que vem acho que a correria diminui né? e vamos aproveitar as ferias escolares ai para alegrar os autores ai, vamos digitar comentarios hein *-*
e então antes de me despedir eu quero agradecer a patricia-chan que me prometeu deixar uma recomendação e acabou deixando mesmo, muito obrigada flor, eu fiquei extremamente feliz com ela, pois foi linda e por isso também quero dedicar esse ultimo capitulo do ano a você.
e enfim, para finalizar, quero desejar um feliz natal a todos, um feliz ano novo também e de presente de natal deixem a autora aqui feliz com recomendações e comentarios, por favor, não esqueçam de mim, pois é isso que faz nos autores ficarmos incentivados a postar mais rápido, não sabe o que comentar? me deixa um amei, ou um feliz natal, isso já deixa eu feliz, pois sei que tem ainda alguem do outro lado lendo a minha fic!
e é isso, obg a todos que estão nessa jornada comigo, amo todos vocês de coração e não me abandonem pliz! *-*
bgs bgs



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21. Dora

Eu fui acordada pela vovó e logo de manhã ela inventou uma nova brincadeira para eu fazer, desenhar e pintar com tinta guache, ela colocou um avental mó legal em mim e eu comecei a pintar, acabei me melando toda com a tinta e ela tinha cheiro, mas não era ruim, mas também não era bom.

Foi então que enquanto eu pintava, eu olhei para janela e pareci que vi algo que achei que não era real, eu vi a mamãe na janela, olhando para mim, eu pisquei, mas ela não sumiu. Eu olhei para porta e gritei pela vovó, e quando olhei para janela, ela não estava mais lá, sumiu que nem uma vez papai sumiu, como mágica.

Vovó não apareceu então eu já ia atrás dela, quando eu ia sair pela porta mamãe apareceu bem na minha frente, mostrando que o vi que era real. Ela estava mesmo aqui, verdade verdadeira.

— Você está aqui mesmo... – eu disse.

— Sim! – ela falou, sorrindo.

— Verdade verdadeira! 

— Verdade verdadeira! – ela repetiu, ela ia me abraçar, mas se ela abraçasse ela ia se sujar de tinta.

— Não, eu estou toda pintada! – falei.

— Então vamos resolver isso... – ela falou e então tirou meu avental e depois me abraçou, eu gostei estava com saudades do abraço

Era muito bom ter mamãe de volta, aproveitei para falar todas as coisas que ela não sabia, inclusive sobre meu quarto, eu levei ela até o meu quarto novo, e quando ela o viu ficou com os olhos todos molhados, mas eu sabia que eles estavam molhados de alegria e não de tristeza.

Então eu logo mostrei para mamãe a boneca que papai me deu:

— Olha mamãe, foi papai que me deu essa boneca! – eu disse levando a boneca até ela, mamãe pegou a boneca e eu achei que ela ia ficar feliz, mas demorou para ela sorrir e o sorriso não pareceu muito de felicidade.

— Que linda, tua vovó me contou que teu pai veio te visitar!

— Ele disse que ia voltar quando você saísse do hospital e voltasse para casa! Viu mamãe, papai me disse que tem tempo sim para nós, ele saiu da TV e veio até aqui, e ele vai vir de novo, porque ele nos ama!

Alguma lágrimas caíram dos olhos da mamãe e eu não sabia se era porque ela estava feliz ou estava triste. Eu estava confusa.

— É a mamãe se enganou filha, às vezes a mamãe erra, como eu já falei! Eu vou ao banheiro, eu já volto! – mamãe então saiu do quarto e eu fiquei bem confusa.

Vovó também saiu do quarto atrás dela e então eu fui brincar com minhas bonecas.

+++

Quando mamãe voltou para o quarto os olhos dela não estavam mais molhados, e ela brincou comigo de boneca enquanto eu lhe contava como foi meu encontro com papai, mamãe parecia querer saber tudinho e então eu contei tudo, tudo mesmo para ela.

Na hora de dormir, mamãe ficou comigo no quarto até eu pegar num sono, foi bom porque não precisei ficar contando até eu apagar, ela ficou cuidando de mim como quando vivíamos no quarto, eu estava com saudades de cantar musica com ela, e foi bem legal porque ela cantou varias musicas comigo:

— Na agua parada, peixe não faz nada, nada, nada, nada e a criança o que faz? – mamãe e eu cantávamos juntas. Até que mamãe sorriu e me deu um beijo no nariz. – gostou de cortar o cabelo? – ela perguntou, parando a musica.

— Não dói cortá-lo! – falei, sorrindo para ela. – E te deram muitas furadas com aquelas agulhas? – perguntei.

— Não muitas... – ela respondeu.

— Então você não ganhou muitos pirulitos não é? – perguntei.

— É, não, não muitos! – ela disse e riu e depois me abraçou forte. – Me desculpa Nessie, por ter te assustado!

— Só não tente ir para o céu de novo! – falei.

— Juro que não vou fazer mais isso, então, que tal outra musica? Dorme, dorme, filho de Deus, dorme, dorme, raio de luz, dorme, dorme, flor do céu, descansa Jesus!

— Que suave o seu suspirar, que sereno o seu ressonar, anjos descem, vindos do azul, descansa Jesus... – eu cantei, mamãe sorriu e continuou:

— Podes dormir que estou a velar, podes dormir em paz, e, enquanto dormes, cuidas de mim, sonha em silencio, sereno assim...

+++

No outro dia mamãe logo de manhã começou a me arrumar, pois ela disse que me levaria para um lugar, eu achei ótimo, pois iria conhecer mais o “lá fora”, para onde será que ela vai me levar agora?

— Vamos passear pelo mundo mamãe? – perguntei, enquanto ela arrumava meu cabelo.

— Sim preciso te levar em um lugar! – ela respondeu.

— Aonde?

— Para a casa de Deus!

— A gente vai ver Deus? – perguntei, já pensando como será que ele é? Será que ele é grandão? Será que ele tem barba branca?

— Não, Deus a gente não vê, a gente sente, lembra? – ela disse e e então eu lembrei que uma vez ela tinha mesmo me falado isso. – Vamos lá agradecer, pois conseguimos voltar para o mundo, porque ele protegeu você e protegeu a mamãe!

Mamãe, vovó, vovô e eu fomos de carro a um lugar grandão e branco, que mamãe me explicou que é a igreja, assim que entramos nela eu vi que lá tinha vários bancos de madeira, mamãe escolheu um para todos nós sentarmos, e pouco a pouco foi chegando um montão de gente e sentaram nos outros bancos, não demorou muito para um homem de terno e gravata aparecer na frente e começar a falar num microfone, todo mundo prestava atenção no que ele dizia, mas eu não entendia muito bem o que ele falava, mas tinha horas que ele parava e começava a cantar, eu gostei das musicas, elas eram alegres e quando acabou o que mamãe me ensinou que se chama “culto”, perguntei quando iriamos voltar a casa de Deus, mamãe respondeu que voltaríamos no próximo domingo.

Na segunda de manhã fui dar mais um passeio pelo “lá fora”, dessa vez vovó e eu fomos ao dentista acompanhar a mamãe, os dentista são os médicos dos dentes, vovô não foi conosco porque teve que ir trabalhar, é como gente grande ganha os papeizinhos que se chama dinheiro, que serve para comprar as coisas.

Enquanto o dentista atendia a mamãe, vovó e eu ficamos em uma sala que vovó explicou que é a sala de espera, ela se chama assim que é lá que esperamos o dentista mexer no dente das pessoas, na sala tinha uma televisão grandona e fiquei um tempinho assistindo, mas só passava pessoas falando e eu não achava graça, olhei para vovó e vi que ela folheava uma revista, então peguei uma também e fiquei observando as imagens, mamãe estava demorando um tempão, tanto que depois de um tempo uma mulher chegou com uma pessoa bebê, ela sentou também em uma das cadeiras da sala, e mexeu em sua roupa colocando um dos peitos para fora o bebe colocou o peito dela na boca, eu nunca tinha visto aquilo antes.

Puxei a roupa da vovó que me olhou com as sobrancelhas franzidas.

— O que foi Nessie? – ela perguntou e então apontei para mulher.

— Ah sim! – vovó sorriu. – Ele está tomando leite...

— Tem leite nos peito das pessoas? Eu posso tomar leite no peito da mamãe?

Ela riu.

— Não, só tem leite nas mulheres que acabaram de ganhar neném...

— Eu não me lembro de ter tomado leite no peito da mamãe quando era neném...

— É porque você era muito pequena! – ela falou, então voltei a olhar para mulher e vi que ela olhava para nós e sorria, eu sorri também para ela.

 A noite, mamãe se balançou na rede comigo, ficamos abraçadinhas e foi muito legal, pois ficamos olhando para o céu que estava escuro e cheio de estrelas brilhantes, elas brilham muito e são muito bonitas, mamãe parecia que também gostava de olhar elas e ficamos juntas procurando a que mais brilhava.

Então nos balançamos e balançamos até que eu me apaguei ali mesmo, abraçadinha com a mamãe, mas quando eu acordei, já estava no quarto, só que eu não me lembro de como cheguei nele. Parecia magica!

Foi mamãe que me acordou e ela estava com um sorrisão no rosto, ela parecia feliz também e isso é bom.

— Bom dia meu amor! – ela disse, beijando meu rosto.

— Oi mamãe!

— Tenho uma noticia para te dar... O Nick foi preso!

— Sério mamãe? – perguntei, pensando se a picape marrom também estava na cadeia.

— Sim, não é ótimo? Agora estaremos mais seguras, porque não tem mais como ele nos pegar! – ela falou e então me abraçou.

Agora que Nick e a picape foram presas, mamãe e eu tivemos que voltar na delegacia, mamãe disse que tivemos que ir lá para falar com o delegado, pois ele ia me fazer perguntas e eu precisava respondê-las. No caminho até onde delegado ficava novamente eu vi chocolates, batatas chips e monte coisa gostosas presas no vidro, eu fiquei pensando quando será que os policiais iriam libertá-las, como eu queria o código para fazer isso.

Entramos na sala do homenzão largo, que logo estendeu a mão para mamãe que apertou a mão dele, depois ele me olhou e sorriu.

— Olha só a menina corajosa está aqui de novo! – ele disse, acho que é para mim. – Sentem-se!

Lá tinha duas cadeiras vazias, uma do lado da outra, mamãe sentou em uma e eu sentei na outra para copiá-la.

— É, Renesmee eu vou lhe fazer umas perguntas, mas você só precisa responder se quiser, está bem? – ele perguntou, então fiz sim com a cabeça.  — Algum dia esse homem fez alguma coisa de que você não gostou?

Fiz que sim de novo.

— Pode me contar o que ele fez?

— Ele uma vez cortou a energia e os legumes ficaram gosmentos, ai tivemos que ficar sem comer legumes.

— Certo. Alguma vez ele o machucou?

A mãe disse:

— Não...

— Ninguém está duvidando da sua palavra. Mas pense em todas as noites em que a senhora estava dormindo. Eu não estaria fazendo o meu trabalho se não perguntasse a própria Renesmee não é?

A mãe soltou uma respiração muito comprida.

— Tudo bem — ela disse

 — Você pode responder. Algum dia o Nick a machucou? – perguntou o tal delegado.

— Sim — respondi — Duas vezes.  – Os dois me encararam. — Quando eu estava fazendo a fuga do inferno, ele me deixou cair na picape e na rua também, a segunda foi a que doeu mais.

— Tudo certo — disse o homenzão largo. Ele então se levantou. – Eu já volto! – e saiu da sala.

Olhei para mãe.

— Ele está zangado com a gente?

A Mãe abanou a cabeça.

— Está zangado com o Nick.

E então eu fiquei pensando: Será que ele está zangado com a picape marrom também? Já que eu cai dela.

+++

Depois de sairmos da delegacia, mamãe teve uma ideia super legal, íamos de novo naquele parquinho que vovó me levou uma vez, lá ela ia me comprar outro sorvete e eu tinha gostado do de chocolate, eu ia adorar chupar sorvete de novo.

— Sorvete é gostoso! – eu dizia, enquanto  mamãe e eu caminhávamos pela rua, antes disso passamos protetor solar por causa dos raios malvados, vovó não venho com nós, pois tinha que limpar a sujeira da casa.

— Sim, você experimentou qual com a vovó? – ela perguntou.

— O de chocolate!

— Ah eu gosto do de morango, hoje você vai experimentar ele!

Eu já tinha comido morango, ele era gostoso, então acho que eu ia gostar do sorvete também.

Continuamos andando e andando até que teve um momento que ouvimos uma voz, era de homem, chamando o nome da mamãe, aquele que as outras pessoas a chamam sem ser eu, pois só eu que chamava a mamãe de mamãe.

Logo que nos viramos eu vi o papai, isso me deixou muito feliz, pois agora nos íamos ficar juntos!

— PAPAI! –eu gritei e fui até ele e o abracei, ele me pegou no colo, e então agarrei-o pelo pescoço.

Mamãe ficou parada no mesmo lugar, não sei porque, mas ela parecia assustada.

— Iai filha, como você está? – ele perguntou, parecia que os olhos ele estavam molhados.

— Eu estou bem papai, nós vamos ao parque, quer ir com a gente? – perguntei.

— Nessie não, ele não pode! – foi mamãe que falou e papai então me colocou no chão.

— Bella... – papai disse, indo até a mamãe e me puxando com ele, os olhos dos dois agora estavam molhados, talvez fosse de alegria por um estar vendo o outro. – Eu nem acredito que eu estou te vendo, eu esperei tanto por esse momento, eu não acreditava mais que isso fosse acontecer... Desde que eu soube que você estava viva eu já queria te ver, mas, a sua mãe me pediu para que eu te desse uns dias a você, pois você ainda estava muito abalada... Mas vejo que você está melhor e eu estou feliz em te ver, assim, bem! – ele dizia para mamãe, eu não entendia nada, mas vi que agora os dois estavam chorando e eu continuava sem saber se era de tristeza ou de alegria.

Mamãe me puxou pelo braço.

— Eu preciso ir... – ela falou.

— Não mamãe! – eu disse, eu queria que papai fosse ao parque com a gente. – Ele vai ao parque com a gente! – eu falei.

— Ele não pode filha...

— Se quiser eu posso... – papai falou.

— Edward, não, eu não quero que tirem fotos de nós dois, você esqueceu quem você é? Agora que estão se esquecendo de mim, eu não quero voltar a ficar exposta de novo!

— Tá, então, vamos até a sua casa, ou qualquer outro lugar, se você quiser a gente vai de carro! A gente precisa conversar!

— Não, agora não!

— Mamãe, vamos, mamãe! – eu disse, puxando mamãe para ver se ela entrava no carro, mas não, mamãe nem se mexeu, ela não queria ir com papai, ela não queria que nós três ficássemos juntos.

— Bella, por favor... – ele dizia, ele tentou se aproximar, mas mamãe andou para trás. – Eu tenho muitas coisas para falar com você...

— Eu não posso, eu não consigo, agora não dá Edward! – ela disse e então mamãe começou a andar e me puxou com muita força.

— Não mãe, não mãe, o papai, o papai!

— Vamos Nessie, depois a gente fala com ele! – ela disse, e então quando olhei para trás eu vi, eu vi que o papai estava chorando.

Então eu fiquei com raiva da mamãe, papai queria ficar com nós duas e mamãe foi embora e deixou o papai chorando, ela não quis ficar com ele, e então agora só estávamos nós duas, e nunca, nunca seriamos seis, pois não teria papai e também não teria a Dora. Continuaremos quatro, e não queria que fossemos quatro.

— O sorvete está bom?- mamãe perguntou, eu não quis mais ir para o parquinho, então mamãe me levou na sorveteria para comer um sorvete diferente, ela falou que era de massa, ele também era gelado e tinha gosto de morango, era gostoso, mas não queria chupá-lo, eu só queria ir para casa, porque eu estava de mal da mamãe.

— Sim! – eu disse.

— Eu sei que você ficou chateada pela mamãe não ter ido com o papai... – ela falou e eu a olhei.

— Por que você o deixou lá? Você foi má, os olhos dele ficaram molhados, ele ficou triste e ele só queria que a gente entrasse no carro dele... – eu falei.

— Eu sei que ele ficou triste...

— E se ele tentar ir para o céu que nem você tentou ir por ter ficado triste? – eu perguntei, ele podia também tomar remédio ruim, gente grande parece que costuma fazer isso quando fica triste.

— Nessie, ele não vai fazer isso, te garanto que a tristeza dele logo vai passar...

— E se passar, mas ele não sair mais da TV? Se ele não aparecer mais, nunca, nunquinha, eu não vou mais ter papai e não vou mais ganhar a Dora! – eu desisti do sorvete e empurrei até o meio da mesa. – Eu não quero mais, come você!

— Você não concordou que só nós duas, o vovô e a vovó já estavam sendo o suficiente? – ela perguntou para mim.

— É porque eu achei que o papai não podia sair da TV, que ele perde muito tempo jogando bola na cesta, mas ele pode, ele gosta de nós! Por que você não quer mais namorar ele? Por que você não mora com ele que nem a vovó mora com o vovô?

— Nessie, nós duas acabamos de sair daquele quarto, aquela foi á primeira vez que vejo seu papai depois de muito tempo, as coisas não são assim, namorar é uma coisa séria, não sabemos se conseguiríamos mais namorar, entendeu?

— Por quê?

— Você não vai entender, é coisa de gente grande filha, pense só que mesmo que não dê mais para mamãe namorar o papai, ele vai continuar sendo seu papai, e vai poder te visitar quantas vezes quiser!

— Mas ele quer sim mamãe, ele quer namorar você, você que não quer mais namorar ele! – eu disse com raiva. – Eu quero ir para casa!

+++

Eu não quis falar com a mamãe no caminho para casa, ela tentou falar comigo, mas eu não queria responder, pois eu estava com raiva, já que por culpa dela não seriamos seis, e eu estava de mal e quando estamos de mal não falamos, nós estávamos perto de casa quando mamãe de repente parou de andar, mas depois ela voltou a andar e isso me deixou um tanto confusa, só que ela abriu a porta e entramos em casa.

Lá eu escutei a voz da vovó e do papai, sim do papai, aquilo me deixou muito feliz, pois ele não tinha voltado para TV e então eu fui correndo para sala de estar.

— Papai! – gritei, dando um abraço nele, papai estava sentado no sofá, eu o abracei com força e depois sentei ao lado dele.

— Oi filha! – ele me deu um beijo no rosto.

— Achei que você não ia sair mais da TV! – eu disse.

— Por que?

— Você ficou triste, porque mamãe não quis que você fosse ao parquinho com a gente, seus olhos tinham ficado todo molhado...

— Já passou, olha não estou mais triste, e eu vou te contar um segredo! – papai então aproximou seu rosto com o meu. – Os papais não abandonam os seus filhos, então eu sempre vou vir aqui te ver, independente do que acontecer, eu prometo... –ele então apertando de leve o meu nariz, foi legal e eu ri. Papai ficou parado um tempinho, fechou os olhos e suspirou.

— Papai tá tudo bem? – perguntei, e ele me olhou.

— Sim, está tudo ótimo... – ele falou e deu um beijo em minha testa.

— Você promete que não vai ficar com raiva da mamãe? – perguntei.

— Por que eu ficaria com raiva da sua mãe? – ele me perguntou.

— Porque ela não quis que você fosse ao parque com a gente, porque ela foi embora! – eu disse, pois se ele ficasse bravo com ela ele não ia mais namorá-la.

— Nessie, eu não estou com raiva dela, eu nunca conseguiria sentir raiva da sua mãe... – ele falou e então eu sorri.

— Obrigada papai! – eu agradeci e nos abraçamos.

— Será que ela vai querer falar comigo? Eu... É eu não tive a chance de falar com ela! – papai falou, mas acho que não foi para mim e sim para vovó.

— Posso tentar convencê-la! – vovó falou.

— É, eu vou ficar aqui o tempo que for necessário, ou voltarei quantas vezes precisarem até convencê-la a falar comigo... – ele disse.

— Tem coisas que não mudaram em você! – vovó disse, ele sorriu para ela, e depois voltou a me olhar, então ele parecia que ia voltar a falar comigo.

— E ai bonequinha, como foi lá no parque? – papai perguntou.

— Não fomos ao parquinho, nós fomos a sorveteria, eu chupei sorvete de morango...

— Você gostou? – ele perguntou.

— Sim, é gelado! – respondi e sorri, papai sorriu também.

— Gosto bastante de sorvete, principalmente de chocolate branco...

— Eu já chupei sorvete de chocolate, mas ele era preto!

— Um dia eu te levo para chupar um sorvete de chocolate branco!

Eu sorri, legal, já ia ser o terceiro.

— Vai ser aquele que fica no copo que mamãe me ensinou que se chama sorvete de massa? – perguntei.

— Sim, ou você prefere o picolé? – ele perguntou.

— O que fica num pauzinho? – perguntei e papai confirmou com a cabeça. – Eu gostei mais do de massa, mas eu estava triste e eu não chupei ele todo!

— Mas eu vou te levar de novo, e você poderá chupar tudo! – ele disse.

— E mamãe poderá ir com a gente? – perguntei.

— Se ela quiser ir, sim, claro! – ele falou sorrindo.

— Que legal papai! – falei.

— Nessie, vamos subir, já tá na hora de você subir... – disse a vovó, levantando-se do sofá.

— Ah não vó, eu quero falar mais com o papai! – respondi.

— Ele vai falar com a mamãe... – vovó disse e ao ouvir isso fiquei muito feliz, e decidi ir mesmo para o quarto.

— Então está bem vovó, eu vou para o quarto! – eu disse e me virei para o papai e dei um abraço bem forte nele. – Tchau papai!

E sai correndo da sala, subi rapidamente as escadas e fui para o meu quarto, mamãe e papai vão conversar, ainda tem chance de sermos seis.

+++

Assim que papai foi embora eu fui ao quarto da mamãe, perguntei se ela e eu já íamos morar com o papai, ela deu risada e disse que as coisas não eram assim, mas que ele ia voltar e ia nos ver. Eu sorri, pois acho que esse era o caminho, pelo que vovó falou comigo, leva um tempinho para que mamãe e eu mudemos para casa do papai, mas isso iria acontecer, eu acho que estava dando certo.

Mamãe não quis falar muito do papai comigo e não sei o porquê, quando anoiteceu ela disse que era a hora de dormir e me levou para o meu quarto e ficou cantando comigo até eu apagar, quando acordei no dia seguinte não foi mamãe que eu vi, mas sim a vovó, ela sorria e dizia que tinha uma surpresa na sala.

Eu ia tirar o pijama, mas vovó disse que não tinha problema, então saímos do meu quarto, passamos pelo corredor e eu desci as escadas com a vovó, quando parei na sala de estar, abri minha boca e em seguida eu sorri.

— DORA! – eu chamei, assim que vi um cachorrinho pequenininho, peludo, parecendo um ursinho de pelúcia no colo do papai, só que ele não era ursinho de pelúcia, pois ele se mexia.

Eu corri até eles e sorri, enquanto olhava para o cachorrinho, vovó logo também se aproximou para ver a Dora.

— Você viu vovó agora eu tenho um cachorro! – eu disse, papai sorrindo colocou ele no chão, ele era bem pequenininho, eu agachei para passar a mão nele, ele era macio como nos meus sonhos, e era gostoso acaricia-lo, o rabo dele balançava para um lado e para o outro, e ele até latiu, mas a voz dele era bem baixinha, eu acho que é porque ele ainda é pequeno e não sabe ainda latir direito.

— Eu trouxe algumas coisas para a cachorrinha, está no carro! – papai falou, acho que foi para vovó, levantei a cabeça e só então percebi que papai não estava sozinho, tinha um homem grandão e bem forte do lado dele. Eu me levantei rapidamente e o olhei, ele sorria para mim, acho que ele quer ser meu amigo.

— Filha esse aqui é seu tio Emmett! – ele disse, e o homenzão sorriu mais ainda.

Ele se aproximou e passou a mão na minha cabeça.

— Oi gatinha! – ele disse agachando-se na minha frente. Eu não sou gato , eu sou gente.

— Eu não sou gato... – eu falei, e ouvi minha vó e meu pai rirem, só que não entendi o porquê.

— É jeito de falar, ele te chamou de gatinha porque você é bonita... – vovó falou, colocando a mão nos meus ombros.

Eu sorri para o tio Emmett.

— Você é bem grande e tem os braços largos! – eu apontei para os braços dele, ele riu.

— É, mas eu sou boa gente, e ai você pode dar um beijo bem aqui? – ele perguntou, apontando para a bochecha dele, sorrindo eu estalei um beijo em sua bochecha. E então senti algo puxando minha calça.

— Aiiiii! – eu disse, olhando para Dora, ela estava querendo comer minha roupa.

— A Dora tá com fome, ela quer comer minha roupa! – eu falei.

— Na verdade ela quer brincar, compramos bola para ela! – disse o tio Emmett, se levantando.

Papai e tio Emmett foram até o carro pegar as coisas da Dora, ela ganhou coleira, roupinhas, bolas, comida, e monte de coisas mais.

Ela ficava correndo para um lado e para o outro da sala, balançando seu rabinho, ela era tão pequenininha, com os pelos marrons grandes como do ursinho.

— Vamos ter que ensinar ela a fazer cocô lá fora! – disse a vovó.

Como será que a gente ensina os cachorros fazer cocô lá fora? O Rajá, que é o cachorro do Alfred sabia fazer cocô na rua, ele era um cachorro inteligente.

Eu fiquei um tempinho olhando a Dora brincar com a bolinha, ela tentava morder ela, mas a bolinha saia rolando e ela corria atrás dela. E enquanto isso papai e tio Emmett estavam conversando com a vovó, depois de um tempão, vovó venho até mim, para falar comigo.

— Filha, quer ir amanhã passear com seu papai? – ela perguntou para mim.

— Sim sim! – eu disse, sorrindo para ele, ele sorriu para mim também. – Mamãe vai com a gente?

— Não, vai só você e o papai, depois ele vai te levar até a casa da família dele, para você conhecer seu outro vovô, sua outra vovó e seus outros tios! – ela me explicou.

— Eu tenho outro vovô e vovó é? – perguntei.

— Sim, os papais do seu papai são seus avos! – ela respondeu, depois deu um beijo na minha cabeça.

Parece que agora tenho uma família grande, antes eu tinha só a mamãe agora eu tenho papai, vovós, vovôs, titios, e até a Dora, ela não é mais minha cachorra imaginaria, agora ela existe, de verdade verdadeira.

+++

Depois que papai e tio Emmett foram embora, eu fui mostrar a Dora para mamãe lá no quarto dela, ela gostou muito da cachorrinha, abraçou e deu vários beijos nela.  ela era mesmo fofinha e dava vontade de apertar, mas mamãe me explicou que eu não podia apertar muito forte, pois eu poderia machuca-la.

 E enquanto Dora, mamãe e eu estávamos na cama, eu contei para ela que foi papai que me deu a cachorrinha e que amanhã eu vou sair com ele também.

— Por que você não vai com a gente? – perguntei para mamãe, fazendo bico.

— É um momento seu e do teu papai, ás vezes não sai só nos duas? – ela perguntou e eu concordei com a cabeça. – Então, você também tem que sair sozinha com seu papai, vamos dizer que é um dia de pai e filha! – ela disse sorrindo para mim.

— Eu conheci meu tio Emmett, por que ele é meu tio? – perguntei.

— Porque ele é irmão do seu pai! – ela respondeu.

— E você não tem irmãos? – perguntei.

— Não, eu sou filha única! Mas mesmo assim você tem parentes por parte de mãe, tem os irmãos da sua avó, do seu avô, tem os filhos deles, os netos deles, a família é muito grande... – mamãe respondeu, enquanto passava a mão no meu cabelo.

— Mamãe, um dia vamos sair nós três? Você, eu e papai? – eu perguntei.

Mamãe ficou quieta por alguns segundos, antes de me responder.

— Você quer muito isso? – mamãe perguntou.

Eu olhei para ela, sorri e confirmei com a cabeça.

— Eu já vi crianças na rua ao lado de um homem e de uma mulher, devem ser o papai e a mamãe deles, então as crianças saem com seus papais e com suas mamães ao mesmo tempo... – eu expliquei.

— Tá, vamos ver, primeiro amanhã você vai sair com seu papai, e quem sabe da próxima vez a mamãe acompanha, tá bom? – mamãe falou.

Então eu a abracei bem forte.

— Tá bom mamãe, eu amo você! – falei, e em seguida recebi um beijo no rosto.

— Eu também amo você! – ela disse.

+++

Vovô ao chegar do trabalho trouxe uma caminha de cachorro, ela era rosa e muito bonitinha, vovó e vovô me disseram que essa caminha era para Dora dormir, eu gostei bastante dela e Dora também gostou, porque ela já correu para caminha e deitou lá. Eu pedi para mamãe para deixar a caminha no meu quarto, mas mamãe disse que não podia, pois Dora ainda não sabia fazer cocô fora de casa, então ela ia ter que ficar na lavanderia.

— Amanhã você brinca mais com ela, tá bom? – mamãe disse para mim, enquanto ela me cobria com o cobertor, e me dava um beijo na testa.

— Tá bom mamãe! – eu disse, ela então sentou na cama, ao meu lado.

— Você tem que dormir, pois amanhã vai ter um dia bem agitado, onde será que seu papai vai te levar? – ela perguntou.

— Eu não sei, mas um dia eu quero o ver jogando a bola na cesta, eu vi na TV que tem um monte de gente fica assistindo... – eu disse para mamãe, ela sorriu.

— Tá, um dia a gente vai lá! – ela disse, e eu sorri mais ainda.

— Você vai também comigo? – perguntei.

Mamãe continuou me olhando com um sorriso no rosto.

— Quem sabe, só espera mais um pouquinho... – ela falou, em seguida ajeitou—se na cama, e colocou o braço em volta de mim, ela ficou quietinha um pouquinho até então começar a cantar, e então eu a acompanhei:

— Que suave o seu suspirar, que sereno o seu ressonar, anjos descem, vindos do azul, descansa Jesus, podes dormir que estou a velar, podes dormir em paz, e, enquanto dormes, cuidas de mim, sonha em silencio, sereno assim...

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: então gente no próximo começaremos com o passeio da nessie com edward, não percam, até ano que vem, beijos beijos!
e até janeiro, NÃO ME ABANDONEM!