Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 18
Capitulo 18 - Uma difícil conversa


Notas iniciais do capítulo

olá pessoal, ai está mais um capitulo de "sempre ao teu lado" espero que gostem dele e não deixem de comentar, recomendar e favoritar, ainda mais depois desse capitulo né, acho que vou merecer, não tenho muito o que falar, só espero que todos tenham um bom feriado e que me animem com seus comentarios, e quem sabe alguns presentes a mais *_*



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18. Uma difícil conversa

— O sorvete está bom?- eu perguntei para Nessie, o rosto dela está vermelho e ela parecia querer evitar me olhar, ela esta chateada, eu sabia disso e também eu sabia o motivo dela estar assim: Edward.

Eu sabia que minha atitude havia magoado ela e também a assustado, eu exagerei eu confesso, não deveria ter fugido daquela forma e ainda a arrastando daquele jeito, mesmo sabendo que ela não queria ir, mas também eu não estava preparada para encarar Edward, e confesso que eu me sinto uma idiota por isso, mas sinceramente eu não sei se em algum momento eu vou estar preparada para encará-lo.

Depois do que aconteceu Nessie ficou tão triste que nem quis brincar no parquinho, então acabamos indo para uma sorveteria que havia ali próximo, achei que Nessie se animaria com o sorvete bem grande que eu pedi para ela, era primeira vez que ela comeria um sorvete de massa e de morango, mas não, ela nem se animou, ela comia bem devagar, com uma expressão bem clara de tristeza e desanimo.

— Sim! – ela disse, mas nenhum pouco convincente, eu então soltei um longo suspiro.

— Eu sei que você ficou chateada pela mamãe não ter ido com o papai... – eu falei, e então ela me olhou.

— Por que você o deixou lá? Você foi má, os olhos dele ficaram molhados, ele ficou triste e ele só queria que a gente entrasse no carro dele... – ela falou, suspirou e voltou a olhar para o sorvete.

— Eu sei que ele ficou triste... – eu comecei.

— E se ele tentar ir para o céu que nem você tentou ir por ter ficado triste? – ela perguntou e naquele momento aquilo foi como uma facada em meu estomago, pois eu percebi que Nessie havia ficado traumatizada com o que eu havia feito.

— Nessie, ele não vai fazer isso, te garanto que a tristeza dele logo vai passar... – eu disse a ela, ela voltou a me olhar.

— E se passar, mas ele não sair mais da TV? Se ele não aparecer mais, nunca, nunquinha, eu não vou mais ter papai e não vou mais ganhar a Dora! – ela então parou de comer o sorvete e empurrou-o até o meio da mesa. – Eu não quero mais, come você!

Eu olhei para ela por alguns segundos e depois desviei o olhar para o sorvete.

— Você não concordou que só nós duas, o vovô e a vovó já estavam sendo o suficiente? – perguntei para ela.

— É porque eu achei que o papai não podia sair da TV, que ele perde muito tempo jogando bola na cesta, mas ele pode, ele gosta de nós! – ela disse. – Por que você não quer mais namorar ele? Por que você não mora com ele que nem a vovó mora com o vovô?

Eu passei a mão em meu cabelo e soltei um longo suspiro, como vou explicar para uma criança de seis anos de idade que o pai dela está noivo de outra mulher? Que não existem mais chances de eu voltar a me relacionar com ele? Eu não conseguia, eu não queria acabar com as esperanças dela, eu não queria deixa-la mais triste do que ela já está.

— Nessie, nós duas acabamos de sair daquele quarto, aquela foi á primeira vez que vejo seu papai depois de muito tempo, as coisas não são assim, namorar é uma coisa séria, não sabemos se conseguiríamos mais namorar, entendeu? – eu disse, tentando explicar da forma mais delicada o possível.

— Por quê? – ela perguntou.

— Você não vai entender, é coisa de gente grande filha, pense só que mesmo que não dê mais para mamãe namorar o papai, ele vai continuar sendo seu papai, e vai poder te visitar quantas vezes quiser!

— Mas ele quer sim mamãe, ele quer namorar você, você que não quer mais namorar ele! – ela disse, cruzando os braços e ficando emburrada. – Eu quero ir para casa!

+++

Nessie ficou calada o caminho todo para casa, até cheguei fazer perguntas para ela, tentei trocar de assunto, mas de nada adiantou, ela realmente havia ficado chateada comigo e eu já estava mais do que arrependida por ter agido daquela forma, eu tinha que ter pensado um pouco mais nela, eu precisava ter pensado que com essa atitude que eu tive eu iria assustá-la, mas naquele momento eu só consegui agir por impulso, eu só consegui pensar em fugir, novamente eu senti uma fraca, novamente estou furiosa comigo mesma.

Estávamos chegando em casa quando vi algo que me fez parar de andar no mesmo momento, os meus lábios se entreabriram e meu coração disparou, o carro de Edward estava parado bem em frente a nossa casa.

Nessie ficou me olhando sem entender, mas também eu não falei nada, simplesmente respirei fundo e voltei a andar, e juntas atravessamos a rua, assim que passamos ao lado do carro de Edward vi que ele não estava lá dentro, então eu já me dei conta da onde ele estava, com certeza me esperando dentro da minha casa.

Abri a porta de casa, entrei e puxei Nessie, fechei a porta e logo comecei a escutar vozes vindo da sala de estar, eu conhecia as vozes, era uma mistura da voz da minha mãe e da de Edward, Nessie logo se soltou de mim para ir correndo para sala de estar, logo escutei ela gritar: Papai!

Meu coração deu pulos, respirei fundo e fechei os meus olhos por alguns segundos, eu até tinha me esquecido de quanto Edward é insistente, sim ele é, insistente e persistente, é daquele tipo de que nunca desiste de nada, acho que por isso conseguiu se tornar um jogador de basquete de sucesso, lembro-me na adolescência, quando brigávamos o que era uma grande raridade, mas as poucas vezes que isso aconteceu, Edward sempre vinha atrás de mim, e insistia, insistia e insistia em falar comigo até eu finalmente me sentir vencida e escutá-lo. Sempre fui muito teimosa, mas era impossível competir com a insistência dele, realmente é necessário muita paciência.

Mas mesmo sabendo disso, eu não tive coragem de ir até a sala de estar, ainda mais depois do papelão que fiz fugindo dele daquela forma, mas eu também sei que eu não teria coragem de olhá-lo, de tê-lo perto de mim, de falar com ele, seria muito doloroso, sim seria muito doloroso comprovar que mesmo com os anos Edward continua mexendo comigo.

Fui dando alguns passos para frente, com medo de ele me ver, parei próximo a sala de estar, e apenas os olhei de longe, foi bastante rápido, mas consegui ver Edward sentado no sofá, com Nessie sentada ao seu lado, ela sorria para ele, parecia feliz, afinal, eu sabia que ela estava com medo dele nunca mais aparecer.

— Achei que você não ia sair mais da TV! – ela disse para ele.

— Por que? – ele perguntou para ela.

— Você ficou triste, porque mamãe não quis que você fosse ao parquinho com a gente, seus olhos tinham ficado todo molhado... – ela falou, e ele sorriu para ela.

— Já passou, olha não estou mais triste, e eu vou te contar um segredo! – ele falou e aproximou o rosto mais com o dela. – Os papais não abandonam os seus filhos, então eu sempre vou vir aqui te ver, independente do que acontecer, eu prometo... – ele falou, apertando de leve o nariz de Nessie, ela deu risada, e eu não pude deixar de sorrir também, foi quando os olhos de Edward desviaram-se dela e pararam em mim, sim ele me viu, meu sorriso sumiu rapidamente e meu coração disparou acelerado, muito acelerado, quase me deixou sem ar.

Ele sorriu levemente para mim, mas eu não consegui sorrir de volta para ele, dei alguns passos para trás, enquanto ainda o olhava, confesso que naquele momento eu só queria ir até ele e abraça-lo, tanto que meu corpo até ardeu, mas eu me contive, não entrei na sala, em vez disso me virei e subi as escadas correndo e fui para o meu quarto, apenas quando fechei a porta e encostei-me nela que eu consegui respirar normalmente.

Algumas lágrimas caíram dos meus olhos, embora eu quisesse e muito segurá-las. Eu olhei para as minhas mãos e vi o quanto elas tremiam, fui caminhando lentamente até a minha cama, sentei-me nela e parei os meus olhos no chão, enquanto eu pensava no quanto eu estava sendo idiota. Afinal, eu já tinha encarado tantas coisas nesses últimos seis anos, mas mesmo assim, nesse momento pareço mais uma adolescente inexperiente e assustada do que uma mulher experiente que já viveu as piores e as mais terríveis experiências que uma mulher pode viver, e sinto-me uma completa idiota por isso.

— Bella? – ouvi a voz de minha mãe me chamar, fazendo-me acordar dos meus pensamentos, olhei para ela sem ao menos saber quanto tempo fiquei ali no meu próprio mundo, pensando. - Edward está querendo falar com você! – ela disse, eu engoli um seco e não consegui responder nada. – Eu já levei a Nessie para o quarto dela, ele está sozinho na sala tomando café, e parece que continua o mesmo de sempre hein, todo paciente esperando você aparecer...

— Eu não vou conseguir... – eu disse.

— Você vai sim! – ela falou, e uma lágrima caiu dos meus olhos.

— Será que ele não se dá conta mãe de como isso me machuca? Será que ele não percebe que para mim é difícil ficar perto dele?...

— Deve estar sendo difícil para ele também, mas pense se ele quer ver você e insiste tanto nisso é porque para ele você ainda é importante! – ela disse.

— Como? Se eu não o vejo há seis anos! – eu disse.

— Tem coisas que nem o tempo consegue apagar, tem primeiros amores que são para sempre, pode ser que seja o caso de vocês! – ela disse toda esperançosa, mas a esperança dela não me animou.

— Ele vai se casar mãe... – eu disse.

— Você disse muito bem, ele vai se casar, ele ainda não se casou, e se até casamentos de vinte anos se acabam, então imagine um noivado? – ela disse e sorriu para mim daquele mesmo jeito que ela sorria quando eu era adolescente e falávamos de garotos, e ao ver aquele sorriso eu me dei conta de que ela tem razão, tem coisas que não mudam, mesmo depois de quase uma década, e com aquela resposta dela, eu não pude evitar, acabei sorrindo também.

— É eu vou ter que cedo ou tarde encará-lo! – eu disse, ela sorriu e concordou com a cabeça.

Levantei-me da cama e fui caminhando em direção á porta, bem lentamente, pois quanto mais devagar eu fosse, mais eu demoraria para chegar a sala de estar.

— Vai dar tudo certo! – ela disse para mim, sorri para ela, só que dessa vez forçadamente.

— Eu espero! – eu disse.

Mas assim que sai pela porta e minha mãe não podia mais me ver, eu deixei mais algumas lágrimas caírem dos meus olhos, e mais uma vez eu senti-me uma estupida por isso.

+++

Nunca se passou tantas coisas em minha cabeça enquanto eu fazia o caminho em direção á sala de estar, passou todo meu relacionamento com o Edward em minha cabeça, eu me lembrei do nosso primeiro beijo, de quando ele me pediu em namoro, de quando ganhamos o rei e rainha do baile, de quando fizemos amor pela primeira vez, e também do nosso termino.

Cheguei á sala de estar com o coração disparando, minhas mãos soavam muito e minhas pernas tremiam, mas tentei disfarçar, enquanto dava os primeiros passos e parava meus olhos nele, ele estava de cabeça baixa enquanto bebia o café, mas assim que ouviu o barulho dos meus passos, levantou rapidamente a cabeça para me olhar, ele sorriu, colocou a xicara em cima da mesa de centro e levantou-se rapidamente do sofá.

— Er... Desculpa-me por ter ido embora daquela forma... – eu falei, sentindo meu rosto esquentar, o sorriso dele se alargou e ele deu alguns passos em minha direção, ao mesmo tempo em que eu dei passos para trás para manter a distancia, ele percebeu, então parou de andar e deu um sorriso fraco.

— Sem problemas! Eu te entendo, você deve estar chateada comigo... – ele falou, passou a mão no cabelo e desviou o olhar para o chão, pelo que eu o conhecia ele parecia estar nervoso, sem saber ao certo o que falar, o que é compreensível.

— Eu não tenho motivo para estar chateada com você... – eu disse, e ele voltou a me olhar.

— Nossa ultima conversa, sem ser esse ultimo encontro, não foi muito boa...

— Isso faz muito tempo Edward, nós éramos adolescentes... - eu disse e então suspirei, continuei evitando olhá-lo. – Eu confesso que no começo eu fiquei brava é logico, mas assim que foi passando os anos eu comecei a entender o porque você agiu daquela forma, além do mais, aquilo acabou se tornando pequeno com tudo que aconteceu, pois não faria diferença alguma, você terminando ou não comigo o meu destino seria acabar naquele quarto... – eu acrescentei e naquele momento eu senti vontade de voltar olhar para Edward, mas eu não consegui.

— É, mas por muitos anos eu fiquei pensando no que poderia ter acontecido, se eu fui o culpado pelo seu sumiço, se você me odiava... – ouvi um suspiro de Edward. – E se um dia eu teria a chance de poder pedir desculpas a você...

Criei forças e o olhei, eu vi que ele também estava me olhando, os olhos dele estavam um pouco vermelhos, acredito que o meu também esteja.

— Você não tem porque me pedir desculpas...

— Sim eu tenho, pois você ia me contar naquele dia que estava gravida, não ia? – ele me perguntou.

— Sim eu ia... Mas eu estava pensando em abortar! – eu falei, depois coloquei a mão na minha boca, fechei os olhos e senti algumas lágrimas caírem dos meus olhos. – Quem sabe isso não tenha sido um castigo por eu ter pensado em algo tão terrível, não é? Se não tivesse acontecido isso, provavelmente a Nessie não existiria, teríamos tirado ela, porque naquela época a única coisa que pensávamos é no futuro, você em ser jogador de basquete e eu em ser uma advogada... – algumas lágrimas cairam dos meus olhos e então eu senti Edward tocar em meu ombro, eu quis me desvencilhar, mas não tive coragem de fazer isso.

— Não pense nisso Bella, o importante é que isso não aconteceu e a vida está dando uma oportunidade nova para nós dois! – ele disse, e então olhei-o rapidamente, franzindo as sobrancelhas e em seguida enxuguei rapidamente as lágrimas que caiam dos meus olhos.

— Como? – perguntei.

— É você está viva, você está aqui, é jovem, tem tantas coisas para viver, além de que a Nessie é uma criança incrível... – ele disse.

— Ela é mesmo... – eu concordei sorrindo, e sorrimos um para o outro, no mesmo momento senti meu rosto esquentar.

— Ela vai dar muita alegria para nós, claro, se você me der a chance de fazer parte da vida dela, quero dar meu nome a ela, quero ser o pai dela, quero que ela viva tudo que não pode viver nesse cinco anos... – ele disse e mais lágrimas caíram dos meus olhos, mesmo que eu não quisesse soltá-la, ouvir aquelas palavras de Edward me emocionou, me emocionou muito.

Respirei fundo e me afastei dele, voltei evitar olhar para ele de novo, e então eu fiquei de costas para ele.

— Eu não posso proibir Nessie de ficar perto de você, ela gosta muito de você e você é o pai dela, tem esse direito, não posso ser egoísta, não posso privá-la de ter um pai, ainda mais sabendo que você quer ser um pai para ela! – eu falei, ainda de costas para ele. – Mas eu peço, por favor, pelo menos por enquanto, mantenha-se longe de mim! – eu acrescentei, sentindo mais lágrimas caírem dos meus olhos e meu coração se apertando, muito, muito mesmo.

E então limpei as lágrimas caiam dos meus olhos rapidamente.

— Como, mas por que? – ele perguntou, e pela voz eu percebi que ele estava bastante confuso.

— Ainda está sendo difícil para eu superar tudo o que me aconteceu e ficar presa a um passado não vai me ajudar a seguir em frente, eu sei que a Nessie vai ser sempre uma ligação entre a gente, mas pelo menos por enquanto até eu superar e digerir tudo que está me acontecendo eu prefiro manter-me distante, você poderá ver a Nessie quando quiser, minha mãe cuidará disso, quando você quiser vê-la pode vir aqui falar com ela, se quiser marcar passeios minha mãe pode até te acompanhar se você achar melhor, e quando você vir aqui, ela chamará a Nessie para te ver... – eu falei e a voz quase não saia, eu tinha que fazer uma força enorme para conseguir falar.

— Bella... – ele tentou falar.

— Edward, só me dê um tempo! – eu pedi, interrompendo-o, agora virei para olhá-lo, notei que os olhos dele estavam marejando e aquilo fez o meu coração se apertar novamente, se eu pudesse, eu o agarraria agora mesmo, lhe daria um forte abraço e quem sabe eu arriscaria lhe dando um beijo, mas não, eu não poderia, faz seis anos e isso eu não posso esquecer, eu não posso confundir as coisas, não posso achar que seis anos foram seis dias, ele não é mais o mesmo Edward, assim como eu não sou a mesma Isabella, o mundo girou, os anos passaram, as coisas mudaram, assim como o rumo de nossas vidas, cada um tinha ido para um caminho diferente e eu precisava respeitar isso.

— Tudo bem Bella eu te entendo, eu vou ter toda paciência do mundo e esperar, e te garanto que eu vou estar aqui quando você querer ter essa conversa novamente... – ele falou e aquilo só fez meu coração disparar mais. – Só me diga uma coisa, você ficou com raiva por eu ter te mandado as rosas? – ele perguntou, e então novamente eu sorri levemente para ele, eu quis chorar só de me lembrar daquelas rosas.

— Não, na verdade eu confesso que eu até fiquei surpresa em saber que você ainda se lembrava das minhas flores favoritas! – eu confessei, ainda sorrindo.

— Eu me lembro de todos os seus gostos Bella, acho que nunca vou esquecer... – ele falou e ouvir aquilo fez meu coração disparar ainda mais. – Er, eu confesso que depois que enviei eu fiquei com medo de ter cometido um erro, mas, eu precisava de alguma forma dizer para você que eu não havia te esquecido, e como eu não podia aparecer, foi á única forma que eu encontrei de... – Edward suspirou, antes de continuar. – Me manter presente!

Eu mordi meus lábios num gesto nervoso, senti meus olhos arder devido mais lágrimas que eu queria soltar.

— Edward... – eu falei, mas não sabia como continuar, mesmo depois de seis anos ele continuava me deixando sem palavras.

Ele aproximou-se um pouco mais e pegou minhas duas mãos, apertou-as levemente, no mesmo momento respirei fundo, enquanto sentia a maciez da sua pele, as mãos dele estavam quentes e levemente soadas.

— Eu posso só te pedir uma única coisa? – ele me perguntou, olhando-me fixamente.

— O que? – perguntei, numa voz tremula, sem conseguir desviar o olhar.

— Me dá um abraço! – ele falou, e vi uma lágrima bem fina cair de um de seus olhos e aquilo me comoveu, o rosto dele estava totalmente vermelho, e só de vê-lo daquele jeito me fez começar a chorar também, eu não consegui nem respondê-lo. Quando eu dei por mim eu já havia me jogando nos braços dele e o apertei, o apertei com força para compensar todos esses seis anos que quis abraça-lo e não pude, para compensar todo esse desejo que eu estava sentindo de sentir o calor dele e não tive a chance, eu queria, como eu queria poder ficar ali, agarrada a ele e não soltá-lo mais, nunca mais, eu queria poder ter a chance de novamente me sentir protegida nos braços dele, eu queria poder ter a chance de podermos reconstruir nossa história juntos, mas não, eu não podia, e mesmo sendo difícil eu o soltei, e desviei rapidamente o olhar para não encará-lo mais.

— Nos vemos em breve? – ele perguntou para mim.

Respirei fundo, antes de responder.

— Quem sabe! – e então me virei e sai rapidamente da sala, antes que eu voltasse atrás, desistisse de tudo e o agarrasse, se isso acontecesse tenho certeza que nem mesmo Tanya Denali iria conseguir fazer com que eu o soltasse.

Continua...


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Notas finais do capítulo

N/A: Tá gente, vamos lá, vai começar minha semana de prova, semana que vem, então não vou garantir que domingo irei att, depende, vamos ver como vou estar, vou ainda pensar se conseguirei att, se não, só no outro domingo, porque como disse, preciso escrever um cap. para att outro, e não sei se vou ter cabeça para escrever mais outro, mas se vocês puderem me animar com seus comentários, acho que eu mereço pelo menos um comentário né? ou recomendação, favoritação, já me ajuda bastante ai quem sabe, mas se eu não postar sabem que volto no outro domingo tudo bem? bju bju e espero que todos tenham gostado