Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 14
Capitulo 14 - Ela está viva


Notas iniciais do capítulo

olá hoje vim mais cedo postar né? costumo sempre postar umas 23:00, mas hoje acabei vindo mais cedo, bom tenho algumas coisas para falar antes do capitulo, primeiro: eu quero agradecer quem está comentando, mas estou sentindo falta de algumas carinhas aqui, eu não tenho muito que reclamar porque tenho bastante comentário nessa fic, mas se você está lendo e tá deixando de comentar, por favor, comentem, pois as vezes demoro para att na expectativa de receber mais comentários no capitulo, se todos que lessem gastasse 5 min comentando, as att viriam mais rápido, imagine quantas horas demoro fazendo esses caps, não custa nada vocês gastarem pelo menos 1 min de seu tempo falando o que achou, se não sabem o que dizer falam um amei, que ainda assim ficarei feliz, pois é melhor do que não fala nada, é meio que frustrante sabe?
agora tenho muito o que agradecer, pois mesmo sentindo falta de algumas carinhas algumas pessoas me deixaram muito feliz nessa semana, pois recebi 3 RECOMENDAÇÕES, quero agradecer as 3 pessoas e dedico o capitulo a vocês: beatriz, thata07 e lunah. amei todas vocês, me deixaram extremamente felizes.
bom e por ultimo quero dizer que vou a igreja daqui a pouco então só vou conseguir responder os comentários quando voltar, mas ainda hoje respondo a todos, espero que gostem do capitulo e já pedi e repito, comentem, bgs



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14. Ela está viva

Eu dormi na casa de Tanya, acordei bem cedo no dia seguinte para ir para casa, já que eu tinha que me preparar, pois durante a tarde eu teria treino, então enquanto eu me vestia, Tanya acordou, ela me olhou com um leve sorriso no rosto, e eu sorri de volta para ela, era bom ver que ela estava feliz.

— Em pensar que daqui seis meses estaremos vivendo juntos... –ela disse ainda sorrindo. Tanya e eu decidimos marcar nosso casamento para daqui seis meses, isso porque daria tempo da gente planejar a festa, ela é do tipo daquelas mulheres que querem que tudo saia perfeito e eu a entendia completamente, acredito que todas as mulheres sonham com um casamento perfeito, e ela diz que nossa cobrança ainda é maior por sermos um casal famoso.

Se tiver qualquer detalhe faltando na festa, no dia seguinte tudo vai estar estampado na revista de fofocas. Isso eu podia concordar plenamente com ela.

— É, vai passar muito rápido você vai ver, logo já vai chegar o grande dia... – eu disse a ela e ela sorriu mais abertamente.

— Eu vou comprar hoje um monte de revistas de noiva, ai eu quero que o vestido seja perfeito... – ela soltou um suspiro e eu olhei-me no espelho, enquanto abotoava a camisa, assim que terminei passei a mão no cabelo, escutei Tanya falar mais sobre os preparativos para o casamento e depois despedi-me dela com um selinho. Ela perguntou se eu não iria tomar café com ela, mas eu estava apressado demais e acabei dizendo não.

— Nos falamos mais tarde! – eu despedi-me dela na cozinha, trocamos alguns selinhos e em seguida sai apressadamente do apartamento, enquanto descia do elevador coloquei os óculos escuros, mas em frente ao apartamento algumas pessoas me reconheceram e dois chegaram a pedir autógrafos. Entrei rapidamente no carro e segui em alta velocidade em direção a minha casa. Coloquei o carro na minha garagem e entrei em casa bem rápido, eu já estava com fome, então segui até a cozinha para fazer omeletes e enquanto eu cozinhava, cheguei a receber uma ligação.

Atendi o telefone. Era Emmett, sua voz estava estranha.

— Iai mano, não fica sem mim mesmo não é? – eu falei num tom de brincadeira, enquanto colocava a omelete dentro do prato.

— Edward, você já assistiu televisão hoje? – Emmett perguntou, eu franzi as sobrancelhas, meio confuso.

— Ah ainda não, pela sua voz, ah não, não me diga que já inventaram algum boato sobre mim novamente, o que inventaram agora, hein? – eu perguntei, já ficando irritado.

— Não, não é nada disso... – Emmett suspirou, ele parecia realmente nervoso. – Eu nem sei como te falar cara, quer saber sente-se no sofá e liga a televisão, respira fundo antes...

— Como? Você está me assustando! – eu disse já preocupado seguindo em direção a televisão, sentei-me no sofá assim mesmo como Emmett mandou, e liguei a televisão. Estava no canal de esportes e a única coisa que vi foi um jogo de golfe.

— Eu estou vendo algo aqui terrivel, dois homens jogando golfe! – falei num tom irônico.

— Muda para o canal quarenta e dois! – ele disse.

Respirei fundo e então troquei o canal para o que Emmett pediu e então meus olhos pregaram-se na TV. Vi uma repórter falando, ela estava em frente a um hospital, que logo reconheci, não ficava muito longe de minha casa.

— As ultimas informações que tivemos é que o estado dela é estável, mas já foi confirmado que Isabella Swan tentou se suicidar, isso aconteceu logo após dela dar uma entrevista para um canal de televisão, essa entrevista ainda não foi transmitida, ela será transmitida hoje a noite.... – a repórter falava, mas eu simplesmente travei no nome Isabella Swan, então eles cortaram e voltaram para o jornalista que logo começou a falar:

— Vamos relembrar o caso de Isabella Swan que emocionou todo o país essa semana... – ele dizia, agora minha cabeça estava rodando.

— Edward? Você está vendo! –Emmett perguntou para mim, eu não consegui responde-lo, apenas desliguei o celular e coloquei-o no sofá, sem ainda desgrudar os olhos da televisão.

Agora estava passando outra matéria, vários jornalistas aglomerados, em frente a uma delegacia. A cena mudou para uma repórter que começou a falar:

— Durante seis anos Isabella Swan viveu momentos de terror, ela foi sequestrada em Toronto, Canadá, quando estava voltando para casa, no dia cinco de novembro de 2010, tinha apenas dezessete anos de idade, Isabella vive em North Riverdale, mas foi sequestrada próxima a um beco, após sair de uma lanchonete, ela estava indo para casa quando o sequestrador a surpreendeu, ele pegou ela a força e prendeu-a numa espécie de galpão que fica no quintal da residência dele, mesmo com a repercussão do seu desaparecimento e das buscas, durante os seis anos a policia não conseguiu pistas do que havia acontecido com a jovem...  – a repórter sai de cena para mostrar um carro de policia estacionando em frente á delegacia, policiais saindo do carro, em seguida ela apareceu, ela desceu do carro carregando uma criança em seu colo, coberta por um cobertor, meu coração disparou no mesmo momento, meus lábios se entreabriram. Era ela mesma, a Isabella, a minha Isabella, uma lágrima caiu dos meus olhos enquanto eu me levantava e aproximava-me da TV. A repórter continuava a falar. – Tudo pareceu que foi bem planejado tanto o local em que a vitima manteve-se presa durante os seis anos como também o momento do sequestro, a policia acredita que Jeffrey Nicholas Stanley, o criminoso tenha vigiado a vitima e planejado seu sequestro muito antes de cometê-lo, as ultimas informações que temos sobre o caso é de que a policia já tem a certeza de que Jeffrey conhecia a vitima de vista, antes de sequestra-la... – mostra Isabella entrando rapidamente na delegacia junto dos policiais, enquanto ela era cercada por diversos jornalistas, agora ela sai de cena para mostrar uma casa, onde havia alguns investigadores, havia a fita amarela em volta da casa, provavelmente era onde Isabella estava. – Isabella teve uma filha dentro do cativeiro, chamada Renesmee, ela tem cinco anos de idade, ainda não se sabe se essa criança é filha do criminoso, mas Isabella armou um plano inusitado e ao mesmo tempo arriscado para que ela pudesse fugir do cativeiro, essa garotinha muito esperta conseguiu colocar o plano em prática e ainda fugir e salvar a sua mãe... – a cena volta para uma repórter, que parecia andar na rua da casa onde Isabella manteve-se presa. – Isabella teve a ideia de fingir que sua filha havia morrido dentro do cativeiro, ela a enrolou em um tapete e pediu para que Jeffrey a enterrasse em algum lugar longe dali, Jeffrey acreditando que a menina estava realmente morta, obedeceu Isabella, colocou o tapete com a menina dentro de sua picape e começou a dirigir, não foi muito longe, quando ele parou a picape em um farol, Renesmee conseguiu se desenrolar do tapete e fugiu, Jeffrey ainda foi atrás da menina, mas a garotinha enquanto fugia encontrou uma pessoa que estava passando pela rua, e ele suspeitou de que algo estava acontecendo...

A cena trocou para outra repórter, que estava em alguma rua, e ao seu lado estava um homem, provavelmente o homem que ajudou Renesmee.

— Alfred, você foi o primeiro que encontrou essa garotinha esperta, filha de Isabella, certo? – a repórter perguntou.

— Sim, é, eu estava caminhando com minha filha e meu cachorro, quando essa garota apareceu correndo, ela estava muito assustada, esse homem, ele veio atrás dela, tentou fazer eu acreditar que era o pai dela, mas eu percebi que tinha algo de errado... – ele respondeu.

— Como você percebeu isso? – a repórter perguntou.

— A menina estava com os joelhos machucados, ela estava confusa e bem assustada, ele parecia ser muito grosso com ela e até mesmo comigo, ele mandou eu cuidar da minha vida e teve um momento que ele tentou ir embora e a agarrou, ela começou a se debater, e foi ai que eu disse a ele que anotei a placa dele, quando eu comecei a falar os números da placa ele soltou ela e fugiu... – ele contou. – E então eu chamei a policia...

Novamente a cena mudou, agora a mesma repórter que estava mostrando a rua da casa do criminoso agora estava em frente a um hospital.

— Jeffrey ainda está foragido, as ultimas informações que temos sobre ele é que parece que ele fugiu da cidade, a policia ainda está em sua busca e se você ver esse homem entre em contato imediatamente com a policia... – apareceu á foto de Jeffrey, e no mesmo momento eu o reconheci, meus olhos arregalaram-se e meu coração disparou mais forte. Eu já tinha visto aquele homem na escola, mas eu não conseguia me recordar o que ele estava fazendo lá. – O que sabe sobre Jeffrey é que ele tem quarenta e dois anos, é solteiro e não tem filhos, a policia chegou a falar com alguns dos seus familiares e após investigações foi descoberto que uma sobrinha de Jeffrey, Jéssica Stanley estudava na mesma escola que Isabella Swan, Jeffrey chegou a dar carona para Jéssica algumas vezes e foi ai que ele chegou a ver a vitima... – foi então que eu lembrei-me de realmente ter visto dele dentro de uma picape, e Jéssica Stanley saindo dela. Foi então que a cena novamente trocou, mostrando o momento em que Isabella sai de dentro do hospital, carregando a filha dela no colo, dessa vez o rosto dela não estava coberto e eu consegui vê-la, foi muito rápido, mas eu tive a impressão que eu vi essa garotinha antes. – Assim que foi resgatada Isabella Swan e sua filha Renesmee ficaram alguns dias no hospital e em seguida foram para casa dos pais de Isabella, eles passaram a maior parte do tempo dentro de casa... – ela acrescentou, mas eu fiquei com cérebro travado na parte em que vi Renesmee no colo de Isabella. Eu já a vi, eu já a vi.

Quando acabou a matéria e voltou para a jornalista, e ela trocou de assunto, eu desliguei a televisão, sentei no sofá, abaixei a cabeça, ainda recuperando-me da surpresa. Notei que minhas mãos tremiam, e meu coração continuava disparando acelerado. Ainda não parecia ser verdade, depois de tantos anos, eu não acreditava mais que um dia eu poderia ter noticias de Isabella Swan.

Notei que meu celular tocava o que me fez voltar para a realidade, era Emmett, eu o peguei com as mãos tremulas e então eu o atendi.

— Mano você me assustou, como você desliga o celular assim e não me atende mais? Achei que você tinha tido um enfarto... – Emmett disse e meus lábios ainda estavam abertos, e eu estava chocado demais para formular qualquer palavra. – Edward? Edward? Responde!

— Eu tive quase um enfarto mesmo... – eu falei, logo que a voz saiu.

— Meu Deus! Eu não imaginei que um dia eu veria isso acontecer, a Isabella Swan havia sido sequestrada e saiu de lá viva... – Emmett dizia.

— Eu preciso pensar Emmett, eu estou meio confuso, aquela garotinha que eu vi no colo da Isabella, eu acho que já a vi, espera! – eu falei, desliguei o celular e fui até o meu quarto para pegar meu notebook, eu precisa vê-la melhor, levei o notebook até a mesa de jantar, liguei ele apressadamente, e assim que ele ligou, abri o site de busca, eu escrevi o nome da garotinha: Renesmee e da Isabella Swan e busquei, e então abri um monte de matérias abri uma delas e consegui ver a foto. A foto da Isabella com essa garotinha no colo. Meus olhos pararam nela, aproximei meu rosto mais da tela, não dava para vê-la tão bem, ela estava encolhida, mas seu rostinho pequeno ainda estava aparecendo, eu tive que olhá-la por quase um minuto para lembrar aonde eu a vi.

Quando me lembrei, meus olhos se arregalaram, parecia que agora havia caído a ficha, e tudo começou a fazer sentido em minha cabeça. Não podia ser, não podia ser.

Levantei-me num pulo da cadeira, e comecei andar para um lado e para o outro da sala, enquanto eu me lembrava das palavras da menina que encontrei na rua, que me chamou de pai, que falou que a mãe dela tentou cometer um suicídio, a garotinha que achei um tanto confusa porque eu não entendia as suas palavras, agora eu estava entendendo tudo.

Minhas mãos tremiam mais do que antes e minha cabeça estava girando, peguei o celular, disquei os números de Emmett, tocou poucas vezes até ele atender.

— Emmett... – minha respiração ofegava, eu sentei no sofá, eu achava que em algum momento eu iria desmaiar. – Vem aqui, vem na minha casa agora! – foi á única coisa que consegui falar.

+++

Emmett não demorou mais do que vinte minutos para chegar até minha casa, eu bebia chá, na tentativa de me acalmar, eu estava sentado na mesa de jantar, e Emmett sentado ao meu lado, ele falou que eu estava pálido e eu não duvido nada disso.

— Aquela garota que nasceu no cativeiro, ela é minha filha... – falei para Emmett, ele me olhou com as sobrancelhas franzidas.

— Ela pode ser filha do sequestrador, tem vários casos das vitimas engravidarem no cativeiro, já que são violentadas durante anos... – Emmett dizia.

— Por favor, não fala isso! – eu o interrompi, eu não gostava nem de pensar que Isabella poderia ter sido violentada durante os anos em que esteve em cativeiro.

— Edward, você sabe que existe essa possibilidade! – Emmett disse.

— Ela não é filha dele, eu encontrei essa menina na rua, ontem, quando eu fui comprar um presente para Tanya, eu esbarrei nela, e ela assim que se virou ela me reconheceu, ela me chamou de papai, Emmett ela sabia que eu era jogador de basquete, ela disse que a mãe dela falou que eu sou o pai dela, e ainda comentou que a mãe dela tinha tentado um suicídio, você viu no jornal, o jornal disse que Isabella tentou se suicidar... – eu suspirei e passei a mão no cabelo num gesto nervoso. – Assim que eu vi a menina eu lembrei que a conhecia, mas só fui reconhecer quando vi a foto dela na internet, olha! – eu peguei o notebook que estava na mesa, e mostrei para Emmett a foto da Isabella junto de Renesmee. – Ela se parece comigo, ela lembra muito a Alice quando era criança, lembra?

— É mesmo cara, ela lembra a nossa irmã e é branquela e parece que os olhos dela é da cor do seu, a foto não dá para ver direito! – Emmett começou a reparar então franziu as sobrancelhas e olhou para mim. – É, bom ela não parece nada com esse Jeffrey, e não é a cara da Isabella, então, pode ser que seja sua filha, afinal, disseram que ela tem cinco anos não é?

— Sim, Bella poderia estar gravida quando ele a sequestrou, naquele dia que eu terminei com ela, eu sabia que ela tinha alguma coisa para me contar, mas eu terminei com ela antes e ela não falou mais nada, simplesmente foi embora, ela parecia nervosa, muito nervosa, eu acho que se eu não tivesse cometido a burrada de falar antes dela, ela iria me contar mano, ela iria falar que estava gravida... – eu falei, sentindo-me péssimo por isso, era terrível pensar que se eu tivesse agido de uma maneira diferente talvez Bella não tivesse sido capturada naquele dia. – Eu me sinto culpado, eu me sinto...

— Não Edward! – Emmett me interrompeu, e eu o olhei com os olhos marejando. – Você ouviu a matéria, esse cara estava vigiando a Isabella, ele planejou tudo, se ele não tivesse pegado ela naquele momento em que ela saiu da lanchonete, ele ia pegar ela em outro momento, imagina você ia sofrer bem mais se soubesse que Isabella estava gravida, acho que se ela tivesse te contado e depois tivesse sido sequestrada, você ia enlouquecer!

 - Provavelmente... – eu concordei.

— Não tínhamos como evitar, não sabíamos que ele estava planejando isso, você não poderia ter feito nada Edward para mudar a situação, ele ia pegar ela, ela estando ou não estando namorando você, você sabendo ou não sabendo que ela estava gravida, nada disso iria mudar o que aconteceu... – Emmett disse e algumas lágrimas caíram dos meus olhos.

— Eu preciso ter certeza Emmmett, eu preciso saber de verdade se essa menina é minha filha, quero tanto falar com a Bella... – eu disse, meu estomago revirou de uma forma estranha só de pensar em vê-la de novo, eu nem imagino como eu vou reagir ao ver Isabella Swan parada na minha frente.

— Ela está no hospital, ela tentou um suicídio, você não vai conseguir vê-la tão cedo! – Emmett me respondeu.

— Mas eu posso ver os pais dela, eu sei onde eles moram! – eu disse e Emmett concordou com a cabeça.

+++

Durante a tarde eu não consegui me concentrar direito no treino, e meu desempenho acabou sendo terrivel, tive que confessar para o treinador que estava tendo alguns problemas pessoais e por sorte ele acabou me entendendo, Tanya ligou para mim durante a tarde, ela estava nervosa e disse que precisava falar comigo, imaginei que ela deveria ter visto a matéria da Bella, tentei agir da forma mais natural o possível, fingindo que ainda não tinha descoberto nada, pois não era algo que eu queria discutir naquele momento, falei para ela que nós nos veríamos amanhã a noite, ela concordou o que me deixou aliviado.

Durante a tarde, ainda vi algumas matérias de Bella na TV, eu tenho que confessar que Bella mudou um pouco desde o ensino médio, na TV dava para reparar que ela estava um pouco abatida, sem maquiagem e claro, ela está mais velha, isso é natural acabou de ser resgatada de um cativeiro ela não ia estar com a melhor das aparências, mas ainda dava para reconhecê-la. Dava para ver que era a Bella que eu namorei.

Eu estava ansioso, eu queria que o dia acabasse logo e eu pudesse assistir a entrevista, eu estava com esperança de que nela, Bella pudesse falar que Renesmee não é filha de Jeffrey.

Eu esperei o momento ansiosamente, e quando a entrevista começou e Bella apareceu na televisão, vi como ela estava diferente, um sorriso surgiu em meus lábios e automaticamente eu me lembrei da Isabella Swan do ensino médio, aquela garota forte, decidida, inteligente e determinada que tanto eu amei. Era impossível não me lembrar, pois ela estava linda, toda maquiada e bem vestida, e enquanto reparava em cada detalhe, eu consegui perceber que ela estava nervosa, ela mexia as mãos do mesmo jeitinho que ela mexia quando era adolescente, e sempre fazia isso quando esta nervosa. Senti-me mal por ela, imaginei tudo que ela está passando, o trauma que ela deve ter sofrido, os dias de horror, eu queria ter ajudado ela, eu queria ter a encontrado. 

Durante a entrevista Bella falava de sua filha com amor, dava para perceber o quanto ela amava Renesmee, pelas respostas dela era impossível não perceber que ela continuava sendo aquela mesma garota, ela continuava tendo as mesmas qualidades que me fez me apaixonar perdidamente por ela na adolescência, eu não conseguia parar de sorrir, como eu queria vê-la, como eu queria pedir perdão a ela.

Teve em um momento em que perguntaram para Bella se Jeffrey se importava com a filha, naquele momento meu coração disparou e eu esperei ansiosamente a resposta de Bella, notei que ela ficou irritada e simplesmente respondeu: A Nessie não é filha dele... Ela não é filha de ninguém, a não ser minha...

Ainda insistiram na pergunta chegando a perguntar se Renesmee era filha biológica dele e Bella então apenas respondeu: A única coisa que tenho a dizer sobre isso, é que ela é minha filha, apenas minha, e de ninguém mais...

As respostas dela só me deixaram mais confuso, não dava para entender se Renesmee era filha ou não de Jeffrey, pela aparência dela, pelo que Renesmee me contou quando nos encontramos na rua, tudo dava a crer que ela era minha filha, eu sentia isso, mas só teria mesmo a certeza quando isso fosse me confirmado, ou pela Bella, ou pelos pais dela.

Eu não consegui dormir direito naquela noite, eu fiquei revirando para um lado e para o outro da cama enquanto ficava me lembrando da entrevista que eu havia assistido, as palavras de Bella ficavam se repetindo na minha mente, até chegar um momento que eu acabei desistindo de dormir, fui para cozinha e preparei o café. Eu sabia que de amanhã não poderia passar, eu iria á casa de Isabella, eu já sabia que não iria encontrar ela, mas ficaria satisfeito se Renéé confirmasse as minhas suspeitas e ainda me deixasse ver de novo a Renesmee.

Enquanto eu bebia o café, meus olhos estavam perdidos em um ponto invisível na parede da cozinha, eu ainda não tinha conseguido digerir direito tudo o que havia acontecido, eu estava chocado, tanto com tudo que Isabella passou, o tanto que ela deve ter sofrido, mas como também pela possibilidade de eu ser pai. Até ontem, eu não sabia de nada disso. Eu ainda estou sendo surpreendido com as coisas que podem acontecer da noite para o dia.

Em um piscar de olhos eu tinha perdido a Isabella, e em um piscar de olhos ela reapareceu.

+++

Eram dez horas da manhã quando eu bati na porta da casa dos Swans, antes de ir até lá eu tinha um comprado um presente a Renesmee, a boneca mais bonita que encontrei na loja de brinquedos, embrulharam a boneca com um papel rosa e enquanto seguia até a casa dos pais de Isabella, eu torcia mentalmente para que Renesmee gostasse do presente.

Quando bati na porta da casa deles, não demorou muito para que uma senhora abrisse a porta, embora já tenha passado alguns anos Renéé não havia mudado muito, facilmente eu a reconheci. Ela não parecia muito surpresa em me ver, mas parecia estar levemente nervosa.

—Edward, eu imaginei que uma hora você fosse aparecer... – ela disse.

— Oi, é espero não estar incomodando! – eu disse, meio sem jeito.

— Não, que isso, você veio porque assistiu o jornal, não é? – ela perguntou.

— É, eu confesso que fiquei um tanto surpreso, mas foi uma surpresa incrível, maravilhosa, mas eu tenho que admitir que nesse momento eu vim por causa da garotinha... – eu disse, Renéé suspirou.

— Ela me contou que te viu e me falou o que falou para você...  – Renéé disse, sorrindo para mim, mas notei que o sorriso havia saído forçado.

— Então ela te contou que conversamos próximo a um parque? – perguntei a ela, agora o sorriso dela parecia ser mais natural.

— Sim, ela até me puxou para me mostrar você, mas não o encontramos mais... – Renéé disse, e seus olhos desviaram para o papel de presente. – Você veio visita-la é isso? Porque se você veio visitar a Bella, ela não está, eu imagino que você já deva saber que...

— Sim, eu assisti o jornal, eu soube de tudo que aconteceu... – eu disse, e Renéé soltou um suspiro. – Eu quero sim ver a Renesmee, caso á senhora permita, mas antes eu queria saber se tudo o que ela me disse é verdade...

— Ela te chamou de pai, não é? – Renéé perguntou, notei que os olhos dela começaram a marejar, ela abriu mais a porta, dando passagem para que eu pudesse entrar na casa dela. Eu dei alguns passos, entrando na casa, e logo ela fechou a porta e virou-se para mim. Eu a encarei.

— Sim, e eu só quero a certeza que ela é minha filha... – eu disse, com coração disparando, Renéé sorriu para mim.

— Eu não sei se Bella vai gostar de saber que eu vou falar isso para você, mas, mas eu não posso mentir para você Edward, eu nem conseguiria, é só você vir aqui... – ela então me puxou até a entrada da sala de estar, lá eu deparei-me com Renesmee, ela estava sentada no chão, em frente a uma mesa de centro, ela estava distraída, enquanto pintava algum desenho, na mesa de centro havia vários lápis de cor espalhados e ela toda hora pegava um diferente, enquanto estava concentrada em sua revista, tanto que nem notou nossa presença. – Olha bem para ela, o que você acha? – aquilo já queria dizer tudo, e eu senti vontade de chorar, não é tão difícil encontrar traços naquela menina que lembrava eu, ela tinha a mesma cor de cabelos, a mesma cor dos olhos, ela parecia um anjinho de tão linda que ela é, ela era uma mistura perfeita minha e de Isabella. – Vai lá, fala com ela e entrega o seu presenta, depois nós conversamos mais...

Eu fiquei meio receoso, fiquei ainda um tempo parado, mas uma hora consegui ter coragem e eu fui me aproximando bem lentamente dela, quando olhei para trás, Renéé não estava mais ali, deve ter ido para cozinha. Meu coração disparou e eu voltei a olhar para Renesmee, ela sorria, e continuava distraída com seus lápis de cor. Respirei fundo antes de começar.

— Oi... – eu disse, aproximando-me lentamente dela. Ela então parou de pintar para olhar para mim, ela sorriu e seus olhos brilharam. Como eram parecidos com o meu.

— Papai, você veio! – ela disse e eu sorri, enquanto eu sentia os meus olhos marejarem só por ouvir ela me chamar de papai, era estranho ouvir alguém me chamando assim, até ontem eu não sabia que tinha uma filha, e do nada descobrir isso era diferente, era estranho, mas era ao mesmo tempo emocionante. – Mamãe não saiu do hospital ainda!

— É eu sei...  – eu disse sentando no chão, em frente á ela, tendo apenas a mesa de centro nos separando, coloquei o presente no chão ao meu lado e continuei observando-a, reparei em cada detalhe dela, aquele rostinho dócil, os cabelos castanhos claros, aqueles olhos que parecem tantos os meus e o sorriso, o sorriso é da Bella, como eu amo esse sorriso. Eu queria abraça-la, mas eu tinha medo de assustá-la. – Mas ela vai voltar logo... – eu disse, voltando para realidade.

— Já tiraram os remédios da barriga dela... – ela disse, voltando a pintar. – Ela queria ir para o céu, mas Deus não quis leva-la, então ela vai ter que continuar aqui comigo e agora com você também, papai ela estava enganada, ela me disse que você não ia sair da TV! – ela então me olhou. – Ela disse que era para eu esquecer o que ela tinha dito!

— E o que ela tinha te dito? – eu perguntei.

— Que você é meu papai... Ela me contou quando ainda vivíamos no quarto... – ela falava, e meu coração então começou a disparar, enquanto eu ouvia com atenção toda a história dela.

— Como ela te contou que eu sou seu pai? – eu perguntei extremamente ansioso para saber.

— Lá no quarto onde Nick nos prendia, tinha uma televisão e mamãe sempre assistia os seus jogos... – ela falava agora ela não pintava mais, ela estava olhando diretamente para mim, eu senti os meus olhos arderem enquanto eu imaginava a cena, eu já estava com vontade de chorar.

— Ela me assistia? – eu perguntei.

— Sim, ai um dia ela disse que você era lindo, mas eu não sabia o que isso significava, depois ela me contou que você era o meu papai, pois ela namorou você antes de ser presa pelo Nick, e quando ela foi presa eu já morava na barriga dela, ai eu fiquei também te assistindo na TV, mas eu achava chato porque você nunca nos visitava no quarto, só quem aparecia lá era o Nick, mas ele não era o meu pai, ele era mal, ele um dia machucou a mamãe, e também foi ele que deixou o pulso dela ruim... – ela disse para mim, depois olhou-me com as sobrancelhas franzidas. – Você está chorando, não chora, mamãe disse que as lágrimas podem acabar quando a gente chora...

Eu enxuguei as lágrimas rapidamente, e sorri forçadamente para ela, passei a mão naqueles longos cabelos castanhos claros, e o sorriso dela se alargou.

— É... Eu comprei um presente para você! – eu disse, pegando o presente e entregando a ela, ela sorriu e logo começou a rasgar todo o embrulho para ver o que era.

— Legal outra boneca, aqui nesse mundo a gente ganha um montão de presentes, quando vivia no quarto eu só ganhei uma boneca do Nick, depois eu arranquei a cabeça dela com raiva, porque mamãe vivia triste por culpa dele! – ela disse, enquanto observava a boneca, ainda na caixa.

— Eu vou te dar vários presentes agora, papai dão vários presentes aos filhos... – eu disse a ela.

— Você vai me dar a Dora? – ela perguntou para mim.

— Como assim? – perguntei a ela.

— Um cachorro menina, quer dizer, mamãe me ensinou que se chama cadela, eu sempre quis um, mas mamãe dizia que não podíamos ter uma cadela no quarto, porque ele era pequeno e ai ela nunca pediu para o Nick de presente de domingo, agora que não vivemos mais no quarto, mamãe disse que podemos ter um... – ela disse para mim e então eu sorri para ela.

— Eu vou te dar uma cadela! – eu falei, e ela sorriu, levantando-se do chão.

— LEGAL! – ela exclamou, vindo até mim e então ela me deu um abraço. No primeiro momento eu fiquei surpreso com o gesto dela, mas logo depois eu a correspondi, ela era tão pequena e quentinha que novamente eu senti vontade de chorar. – Obrigada papai, viu mamãe estava errada você consegue sair da televisão... – ela disse assim que me soltou.

— É o papai consegue... – eu falei, mas a minha voz quase não saiu.

— Quando saímos do quarto e viemos para casa da vovó, mamãe e eu fomos para o quarto dela e lá tinha um montão de fotos suas grudadas na parede, ela quebrou uma delas e mandou a vovó tirar todas, depois ela me disse que era para eu esquecer você, pois você não ia aparecer, pois fica muito tempo jogando as bolas na cesta... – ela disse para mim.

— Ela estava errada, pois eu estou aqui, certo? Sempre vou ter tempo para vocês... – eu falei.

— Então quando mamãe sair do hospital e ver que você tem tempo para nós ela vai ficar muito alegre, e não vai querer nunca mais voltar para o céu! – ela disse sorrindo para mim, e eu sorri de volta para ela, depois desviei o olhar em volta da sala, eu vi que Renéé, estava novamente na entrada, observando tudo de longe, ela estava de braços cruzados e seus olhos marejavam muito.

Eu dei um beijo na testa de Nessie e levantei-me do chão.

— Eu tenho que ir, mas eu volto quando sua mãe voltar para casa, para vê-la também! – eu disse a ela.

Ela sorriu para mim.

— Obrigada papai! – ela agradeceu, novamente dei um abraço nela, e por um momento eu não quis soltá-la, era difícil, mas eu sabia que ainda iria vê-la muitas vezes, eu tinha que ir devagar. Já era muitas emoções em apenas dois dias. Eu observei ela sentar novamente no chão e voltar a pintar. E então eu me virei e fui até a Renéé, juntos caminhamos para cozinha.

— Já tem certeza que é sua filha? – Renéé perguntou, quando chegamos a cozinha, depois ela se virou para mim.

— Sim, crianças não mentem, não é? – eu disse, e então sorri. – E ela é muito parecida comigo, ela lembra minha irmã Alice quando era criança!

— Bella me contou logo no hospital que estava gravida de você quando foi sequestrada, ela ia te contar naquela noite, mas ai você terminou com ela, e ai ela não conseguiu falar nada... – ela disse, e então eu abaixei a cabeça.

— Por que a Bella tentou se suicidar? – eu perguntei, ainda de cabeça baixa.

Ouvi Renéé suspirar.

— Está sendo difícil para ela, aquele desgraçado roubou seis anos da vida da minha filha, e recomeçar não é fácil Edward, ainda mais sabendo que a vida de todo mundo andou, inclusive a sua, e a dela não... – ela disse, e as palavras dela foram como uma facada em meu estomago. Eu engoli um seco e voltei a olhar para ela, era terrível ouvir aquilo, pensar que em algum momento eu posso ter sido um dos motivos pela qual Isabella tentou tirar sua própria vida.

— Eu não sabia, se eu soubesse que ela poderia estar viva, se tivéssemos tido pelo menos uma única pista...

— Edward, você não é o culpado! – ela disse me interrompendo e então eu voltei a olhá-la. – A culpa é daquele desgraçado, ele que fez isso, ele que a prendeu durante seis anos, e nós ficamos aqui tentando encontra-la, fizemos o que podíamos por ela, inclusive você, você era só um garoto, e ainda eu sei o quanto você sofreu com a ausência dela... – Renéé disse e eu não consegui segurar as lágrimas, elas começaram a rolar pelo meu rosto e rapidamente fui enxugando-as com as minhas mãos. – Você viu no jornal, ele estava a vigiando, ele já tinha planejado tudo Edward, em pensar que nem imaginamos nada, nem imaginávamos que ele já estava tão perto de nossa filha, só esperando uma oportunidade para pegá-la, ele é um louco!

— Ele era tio da Jéssica Stanley, ela era amiga da Bella... – eu disse, mas as palavras quase não saíram.

— É, chamaram Charlie na delegacia para contar, Charlie não quis ainda contar para Bella, e eu concordei com ele, pois quando chamaram ele foi logo depois da entrevista, ela já estava péssima, não saia do quarto, só ficava deitada o dia inteiro, e como a gente ia piorar a situação dela entrando nesse assunto tão horrível? Ela não quis saber ainda nem o verdadeiro nome dele, então imagina saber de tudo isso, seria terrível, eu só queria que ela esquecesse Edward, mas sei que vai ser impossível! – ela disse.

— Você acha que ela pode estar assistindo tudo pelo jornal? – eu perguntei, preocupado.

— Não, ela acordou faz muito pouco tempo, e pedi para o doutor Clay não deixar que ela assista televisão, isso foi mais por causa da entrevista e ele concordou comigo... – ela disse,  e então eu suspirei mais aliviado.

— Renéé, pode me falar a verdade, a Bella me odeia, não é? Eu juro que eu queria pedir desculpas para ela, por ter terminado com ela daquela forma... – eu disse.

— Você vai ter essa chance, mas ela não te odeia Edward, eu conheço minha filha e sei que ela nunca iria conseguir te odiar, você foi o único homem que ela amou, mesmo que isso tenha acontecido seis anos atrás, para ela você ainda é importante, para você eu sei que seis anos pode ser muito tempo, para mim também, isso porque não ficamos presos dentro de um quarto, mas para ela a vida dela parou desde aquele dia em que ele a sequestrou, e é isso que a machuca tanto, seis anos para ela não foram nada... – ela sorriu forçadamente para mim e eu sorri de volta para ela. – Os sentimentos dela se mantiveram intactos durante todo esse tempo, é, vai ser difícil para ela digerir, entendeu? É... Edward Quer um café? – ela trocou rapidamente de assunto, senti minha garganta dando um nó.

— N-Não... – eu gaguejei. – Eu preciso ir, mas eu vou voltar quando Bella tiver em casa...

— Dê um tempo, se quiser ver Nessie, pode vir quando quiser, é tua filha, você tem esse direito, mas a Bella, dê um tempo para ela, porque ela já sofreu muito, não faça ela sofrer mais Edward... – ela pediu.

— Eu não tenho essa intenção, a ultima coisa que eu quero é que ela sofra...

— Mas ela vai sofrer Edward, ela tem medo de te encontrar de novo, por isso que ela disse para Renesmee te esquecer, porque para ela vai ser extremamente difícil olhar para você, você foi muito importante para ela... – ela dizia, e novamente eu senti vontade de chorar.

— Ela também foi importante para mim, você não faz nem ideia do quanto! – eu respondi para ela numa voz de choro.

— Eu sei Edward, mas ela está muito abalada emocionalmente, e eu tenho muito medo dela tentar novamente o suicídio, então toma muito cuidado Edward, não apareça na vida da Bella para magoá-la, você está noivo, eu sei que nem ela e nem eu temos nada haver com isso, pois já fazem seis anos que vocês se envolveram e você tem todo direito de se casar com outra pessoa, mas como eu disse, para você pode o tempo ter passado, e sim eu concordo que seis anos é muito tempo, mas para ela nas condições em que ela estava não, então, ela precisa de um tempo para conseguir digerir tudo isso, digerir que ela está livre e que o tempo passou, para assim ela conseguir seguir a vida dela daqui em diante... Ela precisa recomeçar, e ficar presa dentro do passado não vai ajudar nada! – ela falou e novamente foi como se eu tivesse sido apunhalado, afinal, acabei levando um choque de realidade e foi então que eu fui me dando conta de como eu poderia fazer mal a Bella.

— Eu sei, eu não quero atrapalhar! – eu disse, virando-me e começando a caminhar em direção a porta.

— Edward, eu não quero dizer que você atrapalha, você é o pai da Nessie, não quero que Nessie não conviva com o pai dela devido a isso, Bella só precisa de um tempo, para conseguir separar o passado do presente... – eu escutava Renéé falando atrás de mim, ela estava me seguindo, eu virei para ela e olhei-a seriamente.

— Sim, eu entendi isso, e a senhora tem toda a razão, eu também estou confuso, foi um choque muito grande para mim, porque eu não esperava mais que Bella poderia voltar, então imagina para ela como deve estar sendo... – eu disse.

— É, foi uma surpresa maravilhosa para mim, para Charlie, foi tão emocionante como no dia em que ela nasceu, eu senti como se eu tivesse tendo-a de novo... – Renéé sorriu e seus olhos brilharam, parecia que ela estava se recordando do momento em que reencontrou Bella. – Eu nunca perdi as esperanças Edward, eu sentia que minha filha estava viva, e ela estava e ainda nos trouxe um presente maravilhoso, a Nessie, ela é maravilhosa, um doce de criança...

— É verdade... – eu falei, sorrindo para ela também.

— Para você ver, você foi muito especial para Bella, esse anjinho também é seu, e se ela não existisse, talvez Bella não estivesse agora conosco... – Renéé parecia emocionada, algumas lágrimas caíram dos seus olhos, ela sorriu e enxugou-as com os dedos. – Mas é como eu disse Edward, mesmo tudo sendo maravilhoso, também é difícil, porque para ela e para você ainda está sendo um choque, só o tempo que vai fazer com que vocês possam digerir melhor tudo isso... Dê esse tempo para ela, é a única coisa que eu lhe peço! – ela pediu.

Então eu soltei um longo suspiro.

— Eu vou dar Renéé, eu vou dar... – eu falei. – É... Tomem cuidado, porque eu vi que não pegaram ainda o Jeffrey!

Renéé sorriu para mim.

— Pode ficar sossegado Edward, não vamos permitir mais que ele faça mal a ela de novo... – ela disse e eu sorri de volta para ela, antes de abrir a porta e sair da casa dos Swans.

Eu queria ver a Bella, como eu queria, mas eu sabia o quanto a minha presença poderia incomodar ela. Renéé tinha a mais absoluta razão. Eu faria mal a ela, e por isso eu estava decidido á dar esse tempo para Bella, pois é o mínimo que eu podia fazer por ela.

Continua...


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