Sempre ao teu lado escrita por J S Dumont


Capítulo 10
Capitulo 10 - De volta ao lar


Notas iniciais do capítulo

Olá gente!!! Estou att um dia antes, porque amanhã não vai dar para att vou ter que estudar para as provas da faculdade que começa na segunda-feira, então, preferi att hoje para amanhã me desligar do Nyah, espero que gostem do capitulo e ele tá curto porque no próximo será em outro POV, então vamos trocar de POV a partir do próximo, hehe, mas fortes emoções estão por vir e começa um pouquinho nesse capitulo, continuem comentando como estão fazendo, estão me deixando muito felizes estamos chegando já a 500 comentários, quem le semanalmente a fic peço para comentarem semanalmente, não sumam não, pois sei que conseguiria bem mais reviews se todos que comentam comentassem em tds caps, pois vejo que os comentarios acabam a metade sendo carinhas novas, vai gente comentem em todos os caps me deixaria muito feliz!!!



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Capitulo 10:

De volta ao lar

Eu senti uma sensação estranha ao chegar em minha casa. Era um frio na barriga tão intenso, que tive a sensação de estar caindo e caindo num abismo e nunca conseguisse chegar ao final dele. Além desse frio da barriga meio esquisito, eu sentia uma ansiedade enorme. Queria rever a casa, onde vivi toda minha infância e minha adolescência.

Eu amava cada cantinho daquele lugar, mas amava principalmente o meu quarto, nossa como eu adorava ficar horas lá dentro, ouvindo musica, lendo, assistindo meus filmes e series favoritas. Sempre fui uma garota muito caseira, eu era do estilo “romântica”, nada de viver adoidada, sempre gostei da vida calma. Era mais seguro. E Edward dizia que isso em mim era o que mais chamou a atenção dele.

Antes de mim ele chegou a conhecer algumas lideres de torcida, mas ele sempre dizia que elas não tinham nada que fizesse ele se encantar por elas. Realmente elas eram bem fúteis, eu já era daquele estilo de garota mais “comum”, que conseguia amar as coisas mais simples da vida. Eu me lembrava de como eu gostava de ver o pôr do sol. Ás vezes Edward e eu íamos numa praça, sentávamos no capô do carro dele e ficávamos apenas olhando o sol se pondo. Aquilo já era o suficiente para nosso passeio ser perfeito. Ele não precisava me encher de presentes e nem me levar em restaurantes caros. O simples era bom, o simples era perfeito. E o mais legal é que nós dois gostávamos disso, nós dois gostávamos das mesmas coisas.

Faz seis anos que eu não vejo o pôr do sol. E eu já tinha me esquecido do quanto eu gostava disso em minha adolescência.

Olhando a casa pelo lado de fora, notei que ela continua igualzinha desde a ultima vez que eu estive ali, tirando a rede que não havia mais em frente a nossa casa, o resto continua tudo igual. Notei que Nessie sorriu quando viu a casa, embora discretamente e assim que o meu pai parou o carro, ela abriu a porta rapidamente e desceu do carro e então eu fui saindo logo atrás dela.

— Essa é a casa da rede? – ela perguntou para mim.

— Sim é a casa dos seus avos... – eu respondi.

—Mas não tem rede... Cadê ela? E cadê o Tommy? – ela me perguntou, enquanto meu pai abria a porta para entrarmos na casa.

— É... Filha o Tommy morreu... – respondi para ela.

— Que nem o rato e a aranha que você matou? – ela perguntou. Eu concordei com a cabeça. – E quem o matou?

— Ninguém, ele era velho e lembra o que eu disse? Quando estamos velhos, cansamos de brincar e voltamos para o céu... – eu disse a ela e então puxei-a para que ela entrasse dentro de casa.

Dentro de casa havia apenas pequenas mudanças, alguns moveis foram trocados por novos e outros apenas foram trocados de lugares. Fui olhando cada canto da sala, e depois fui até a sala de jantar, notei que os meus pais havia trocado as mesas e as cadeiras, mas na sala o sofá ainda era o mesmo, foi trocado a televisão e também o lugar delas. A cozinha estava idêntica, e eu já estava ansiosa para ver o meu quarto, isso caso ele ainda exista.

— É... Você mexeu com o meu quarto? – perguntei a minha mãe.

— Não... – ela disse e olhou para mim com um sorriso no rosto. – Seu quarto continua igual, do mesmo jeitinho que você o deixou...

Eu sorri e estava com o coração disparando de ansiedade de vê-lo novamente. Chamei Nessie para irmos para o andar de cima, ela teve um pouco de dificuldade de subir a escada, afinal, nunca tinha subido uma antes, eu tive que ficar atrás dela explicando como ela tinha que subi-la, e fui segurando-a por trás para que ela não caísse.

A minha mãe foi na frente e abriu a porta do meu quarto. Segurei a respiração assim que entrei ali dentro. Eu ainda me lembrava de como havia deixado o quarto e realmente mesmo tendo se passado seis anos, o quarto continuava igual.

Havia os mesmos quadros com as mesmas fotos na parede, ele ainda continuava pintado de rosa, a cama estava com a mesma colcha e o urso que Edward me deu ainda continuava em cima da minha cama. Algumas lágrimas caíram dos meus olhos enquanto ainda eu olhava a minha volta.

Notei que Nessie foi entrando no quarto bem lentamente, ela também olhava para cada canto do quarto.

— Olha o papai! – ela disse aproximando-se do quadro em que havia na parede, um retrato com uma foto minha e de Edward.

— Ela sabe que ele é o pai dela? – minha mãe perguntou.

— S-Sim... – eu gaguejei e rapidamente aproximei-me de Nessie.

Meus olhos pararam por alguns segundos naquele quadro e senti um enorme embrulho no estomago. Edward e eu sorriamos naquela foto e aquilo só me fazia me lembrar do quanto eu era feliz ao lado dele.

— Não olha para isso! – eu disse a ela tirando o retrato da parede e jogando-o no chão, o vidro do quadro se quebrou em milhares de pedaços e aquilo assustou Nessie.

— Por que você fez isso? – ela perguntou num tom alto, dando alguns passos para trás, parecia assustada com o que eu havia feito.

— Você precisa se esquecer do que falei para você, foi um erro... – e então eu soltei um suspiro. – Vem filha, a mamãe vai te dar um banho... – eu disse para ela, mas na verdade usei o banho apenas como desculpa, assim que estava na porta eu pedi para minha mãe que ela tirasse as fotos de Edward do quarto e também aquele urso, eu não queria nada que me lembrasse dele.

Fui com Nessie para o banheiro, e comecei a banhá-la, enquanto eu passava sabonete nela, ela começou a me encher de perguntas:

— Por que você quebrou a foto do papai? – ela perguntou.

— Nessie, eu quero que você se esqueça do que falei para você sobre ele! – eu disse.

— O que? – ela perguntou para mim.

— Que ele é seu pai! – respondi.

— Ele não é o meu pai? – ela perguntou.

 - Ele é! Só não quero que você fique pensando nele... – eu disse.  Depois desliguei o chuveiro e comecei a secá-la com a toalha.

— Por quê? – ela perguntou, me olhando, eu demorei ainda alguns segundos para conseguir responde-la:

— Seu pai não vai aparecer e eu não quero que você fique tendo expectativas, querendo conhece-lo... – eu disse.

— Ele fica muito tempo jogando aquela bola na cesta, não é? – ela me perguntou.

— Isso mesmo... Garota esperta! – eu disse, sorrindo para ela e dando-lhe um beijo no rosto. – Sempre fomos nós duas e estávamos bem assim, não é? – perguntei a ela e ela concordou com a cabeça, sorrindo para mim. – Então, ele não faz falta, nenhuma...

Minha mãe abriu a porta do banheiro e trouxe roupas limpas para Nessie.

— Comprei essa roupa enquanto vocês estavam no hospital, eu espero que sirva... – ela disse, e então sorri para ela.

— Obrigada mãe, é, você fez o que eu te pedi? – perguntei a ela.

— Sim, eu já tirei, pode ficar sossegada... – ela falou e meu sorriso se alargou.

— Obrigada... – agradeci.

Parecia um tanto ridículo, mas eu não estava conseguindo encarar as minhas fotos com Edward, era estranho, pois por todos esses anos eu ficava o assistindo na televisão. Mas parece que agora que voltei para o meu mundo real as coisas haviam mudado e eu não estava mais conseguindo encarar o meu passado.

Parecia que as feridas que tinham sido cicatrizadas nesses seis anos estavam começando a ser abertas novamente e eu tentava todo custo não pensar e não me machucar com o que aconteceu. A melhor forma para isso seria não ver mais Edward, ou pelo menos evitar vê-lo tanto por fotos, como pela televisão.

— A gente não vai voltar mais? – ouvi Nessie perguntar, agora estávamos deitadas na minha cama, assistindo televisão. Nessie estava com controle remoto, e havia deixado no canal de desenhos.

— Como? – perguntei, olhando para ela.

— Para o quarto... – ela respondeu.

— Não filha, agora nós vamos morar aqui com o vovô e a vovó... – respondi, sorrindo para ela, depois a abracei, Nessie deitou a cabeça no meu ombro.

— Aqui não tem rede e nem o Tommy... – ela disse.

— A vovó vai colocar a rede de novo e se você quiser daqui alguns meses a gente arruma outro gato, mas vamos esperar o seu organismo se acostumar primeiro... – eu disse.

— A se acostumar? – ela perguntou, parecia não ter entendido.

— Bom, você sempre viveu num quarto fechado, você não tinha contato com outras pessoas, com animais, então o seu organismo, vamos dizer é, o seu corpo ele precisa se acostumar viver aqui fora, onde tem muitos vírus, bactérias, entende? – eu disse, tentando explicar da maneira mais fácil para ela entender.

— E quando vou poder ter um cachorro? – ela perguntou.

— Em breve... – eu disse, dando um beijo na testa dela.

 Ela sorriu para mim e depois começou a trocar de canal, ela parou no jogo de basquete e no mesmo segundo senti um frio na barriga. Notei que minha respiração se acelerou quando comecei a ver aqueles jogadores jogando, logo Edward iria aparecer e eu não sabia se queria vê-lo ou não.

Mas Nessie novamente trocou de canal e eu pude suspirar aliviada. Ela havia entendido, que não existia mais papai.

— Algumas pessoas vão continuar sendo apenas pessoas da TV, não é mamãe? – ela perguntou.

— Está falando do teu pai? – perguntei. Mas ela não respondeu, já foi fazendo outra pergunta.

— Você acha que ele vai nos encontrar? – ela perguntou.

— O teu pai? – perguntei.

— Não, o Nick! – ela respondeu. – Ele parecia ter ficado bravo por ter visto que eu não morri de verdade... – Nessie respondeu.

Nick estava foragido, a ultima vez que o viram foi quando ele tentou levar Nessie de volta a picape. Depois disso, parecia que ele havia sumido do mapa.

— Não... Enquanto tivermos aqui dentro, nós estaremos seguras... – eu respondi a abraçando. Nessie voltou a colocar no canal de desenhos, e ficou assistindo alguns minutos até então pegar num sono. Eu suspirei e então a arrumei na cama. Nessie então virou para o lado oposto ao meu e continuou dormindo.

Sentei-me na cama e olhei a minha volta, as coisas havia acontecido tão rápido que ainda parecia que eu estava sonhando, ainda sentia como se ainda estivesse naquele quarto e estou apenas imaginando isso tudo.

Soltei um suspiro e me levantei, aproximei do meu guarda-roupa, o abri e então encontrei todas as minhas roupas da época de adolescência, comecei a sorrir enquanto observava cada uma delas. A maioria tinha histórias, usei-as para ir a vários lugares que foram importantes para mim. Encontrei o vestido que fui ao baile da escola e o tirei do guarda roupa para observá-lo melhor, meus olhos marejaram quando eu me recordei do exato momento em que subi no palco quando Edward e eu nos tornamos rei e rainha do baile.

Soltei um suspiro e fechei os meus olhos, eu estava tão feliz, Edward também estava. Por que eu tinha que me lembrar disso? Por que eu precisava ficar me torturando?

Coloquei novamente o vestido no lugar e fechei o guarda roupa. Eu precisava trocar todas as minhas roupas e tirar tudo, mais tudo que lembrasse o meu passado. Só assim para esquecer ele de vez.

Respirei fundo e fiquei olhando em volta do meu quarto, quando eu lembrei-me de algo. Meu notebook, ele ficava numa gaveta da minha cômoda, aproximei-me da cômoda, abri a gaveta e então vi que ele continuava lá, no mesmo lugar. O peguei, abri ele e sentei-me no chão, tentei liga-lo, mas não consegui, peguei o carregador, coloquei na tomada e então, foi, ele ligou.

Assim que o notebook abriu tudo, fui até a pagina da internet, abri e escrevi meu nome e comecei a ver varias noticias sobre mim e Renesmee.

“Isabella Swan sai do cativeiro após viver com o sequestrador durante seis anos”

“Plano ousado de Isabella Swan para sair do cativeiro”

“Criança de cinco anos se finge de morta para fugir de um cativeiro”.

Li algumas matérias, até meus olhos começarem a cansar, e então cansada suspirei e fechei o notebook, não queria mais ler as noticias. Foi quando me lembrei de algo que me fez abrir o notebook novamente. Meu coração disparou, fiquei olhando para tela do computador por alguns segundos enquanto eu pensava e pensava. Eu faria isso ou não. Fiquei tentada a fazer.

Abri novamente o navegador, entrei na página de busca e comecei a digitar as primeiras letras do nome dele Ed. Parei. Mordi os lábios e fechei novamente a página. Não, eu só iria me machucar mais, iria abrir varias fotos dele, eu ia ficar olhando e voltaria a sentir aquelas saudades, o coração iria doer e eu ia ficar mal por saber que o tempo passou e toda nossa história ficou para trás.

Faz seis anos... É muito tempo.

Engoli um seco, e pensei em guardar o computador e ir dormir, mas não aguentei, lá estava novamente eu abrindo de novo o navegador, entrando na página de busca e começando a digitar novamente o nome de Edward.

E escrevi Edward Cullen e então eu busquei.

Abriu varias fotos, algumas noticias, fui olhando, até parar em uma.  Meus olhos marejaram, abri a noticia para olhar.

“Edward Cullen aparece em evento com a noiva Tanya Denali”.

Observei a foto dos dois juntos, ela era linda. sai da matéria, então comecei a olhar as fotos dele, algumas lágrimas começaram a cair dos meus olhos, enquanto encontrava algumas fotos dele com a tal de Tanya, eles abraçados, eles próximos, eles se beijando, eles andando de mãos dadas. Doía como se o tempo não tivesse passado. Eu senti como se estivesse sendo traída.

É claro que a fila iria andar, faz seis anos, eu não poderia ficar nervosa, eu não poderia ficar irritada, eu não tinha esse direito. Ele seguiu em frente. Seis anos é muito tempo para ficar se lembrando da namorada do ensino médio.

Observei mais uma foto deles abraçados, ela era loira, com olhos azuis, alta, esbelta. Parecia ser do mundo artístico também, escrevi o nome dela e então ela apareceu e eu entendi, ela era uma modelo.

— Merda! – eu xinguei, fechando o notebook.

Para que eu fui fazer isso? Apenas para me torturar. Guardei novamente o notebook no lugar, junto com o carregador. Voltei para minha cama, deitei-me e fiquei algum tempo olhando para Nessie, agora era certeza, somos apenas nós duas. Nessie só me tem e eu só a tenho. As coisas foram assim durante os primeiros cinco anos de vida dela e era assim que ia continuar sendo.

Virei para o lado oposto dela, parei meus olhos na parede do quarto e algumas lágrimas se soltaram dos meus olhos, senti-me estupida por isso. Mas eu não consegui me conter, passaram-se seis anos e ainda eu continuava chorando por Edward Cullen feito uma adolescente.

Continua...


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Notas finais do capítulo

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