UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 3
Capitulo 3


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora para postar o 3º capitulo, mas para compensar, postarei dois capitulo hoje...rsrs... bjs!!!



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—E então, Jácomo, pode me explicar como você me encontrou? _perguntou Antonio ao ministro quando chegaram à mansão.
—Felizmente, você não foi muito cuidadoso, Antonio e deixou o endereço daquela malfadada boate sobre a mesa do escritório.
—Muito bem... _começou Antonio querendo descarregar sua irritação e frustração em alguém. _Porém, Jácomo, eu quero deixar bem claro que eu não sou mais um garotinho para ter vocês sempre atrás de mim!
—Perdoe-me meu príncipe; porém o teu comportamento de hoje deixou muito a desejar. _respondeu o ministro.
—Eu não tenho o direito de fazer o que bem entender da minha vida, Jácomo? _perguntou Antonio visivelmente irritado.
—Claro que sim. Você tem a plena liberdade sobre teus atos, quando esses atos não colocam tua vida em risco. Não se esqueça, Antonio que você é a esperança do reino de Monsália; teu pai e todo o reino precisam de você vivo e em segurança para governar o reino.
Antonio pensou por um momento e acalmou-se ao ponderar as palavras de Jácomo, se arrependendo pela forma como o tratara; o ministro sempre fora como um pai para ele. O rei Alfredo nunca tivera tempo para seus filhos gêmeos caçulas, seu tempo e carinho sempre foram reservados para Enrico. Jácomo, como grande amigo da mãe de Antonio, sempre dera amor e carinho ao pequeno casal de gêmeos, depois que a jovem rainha falecera, deixando Rúbia e Antonio com pouco mais de dez anos de idade; para Jácomo eles eram os filhos que ele nunca tivera.
—Perdoe-me, Jácomo! Não era minha intenção ser ríspido com você.
—Não se preocupe filho. Além do mais é obrigação dos mais velhos suportar as loucuras dos mais jovens. _gracejou Jácomo relaxando. _Sei que não é da minha conta, mas... Há quanto tempo você está saindo com aquela garçonete, ou melhor, com aquela moça?
—Elisa? Nós dois não estamos saindo, Jácomo.
—Não? _duvidou Jácomo.
—Ela não é minha amante, se é o que você está querendo saber.
“Não que eu não queira”._ completou Antonio em seu pen-samento se lembrando da maciez da pele de Elisa sob seus dedos.
—A conheci hoje, Jácomo. _esclareceu ele.
—Bom... Então vejo que você apenas fez uma boa ação. _disse Jácomo aliviado pelo fato de não ter que lidar com a possibilidade de seu príncipe estar tendo um relacionamento com uma garçonete desconhecida. _Eu também faria o mesmo em seu lugar. Apesar de tudo, admiro o que você fez.
—Sinceramente, Jácomo, não sou merecedor de tanta admi-ração. _respondeu Antonio, se lembrando de como ficara atraído pela moça também.
Nesse momento, o celular de Antonio vibrou em seu bolso, ele pegou o aparelho e viu a foto de sua linda irmã gêmea, Rúbia.
—Você não comentou nada com Rúbia sobre o que aconteceu naquela boate, não é Jácomo? _perguntou Antonio ao ministro.
—Devo ter dito algo... _respondeu ele.
—Não acredito Jácomo..._começou Antonio, mas preferiu atender a ligação da irmã: _ “Alô, irmãzinha linda. (... )Como está? (...) Jácomo lhe disse o quê?”_ Antonio lançou um olhar reprovador para o ministro e subiu para o seu quarto falando com Rúbia, que não parava de perguntar o por quê de ele ter brigado em uma boate por causa de uma garçonete... Conversaria com Jácomo de manhã.
Rúbia era a irmã gêmea e única legítima de Antonio. Apesar do fato de serem unidos, os dois não se pareciam muito fisicamente, pois ao contrário de Antonio, Rúbia possuía os cabelos de um tom ruivo que lembravam muito os de sua mãe. A única princesa da família real de Monsália sempre fora uma moça independente e até um pouco rebelde; apaixonada por Pieter desde a infância, fora obrigada pelo pai a se casar aos vinte anos com um rico conde que tinha o dobro de sua idade. Rúbia rebelou-se no início, porém passado certo tempo viu que como não havia meios para anular aquele casamento, resolveu usar sua beleza para manipular o rude esposo a sua vontade; o casamento lhe dera a liberdade que nunca tivera ao lado do pai. O conde falecera seis anos após o casamento, deixando a ela e a única filha de ambos toda a sua fortuna. Depois da morte do esposo Rúbia voltara para Monsália com a pequena Hanna Vitória, para ficar perto de seu pai, já que a saúde do rei Alfredo estava bastante debilitada, e piorara bastante após a morte de Enrico.
Após quase meia hora de conversas e brincadeiras, Antonio desligou o celular sorrindo; não sabia o que seria de sua vida sem Rúbia e a pequena Hanna Vitória, sua sobrinha de apenas cinco anos de idade que era a alegria do palácio de Monsália.
Antonio tomou banho e deitou-se na enorme cama de casal no meio do quarto. Novamente veio-lhe à mente a imagem de Elisa quando ele acariciara seu rosto e seus cabelos no carro; sorriu ao lembrar que tivera que fazer um esforço imenso para resistir ao desejo de percorrer com os lábios o mesmo caminho que percorrera com sua mão. Ainda sorrindo Antonio lembrou-se da irritação dela diante do seu elogio, quando ela o deixou batendo a porta do carro ao ir embora. O melhor a fazer seria esquecer Elisa!_ dizia Antonio para si mesmo. Quem era ela? Uma moça simples, uma garçonete como tantas outras, como dissera Jácomo. Quem era Elisa comparada às mais belas e ricas mulheres com quem ele já havia se envolvido? Iria esquecer aquela garota maluca!
Antonio tentou se convencer disto durante toda a noite, porém ao se levantar seu primeiro pensamento foi: Preciso vê-la apenas mais uma vez!
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—Não foi este o jogo de xícaras que eu pedi mocinha! _reclamou a cliente com Elisa.
—Me desculpe senhora! _pediu Elisa. _Buscarei o jogo certo.
Elisa foi até a prateleira e voltou com o jogo de xícaras que a mulher pedira; a cliente pagou a compra ainda irritada com a falta de atenção de Elisa.
—O que está acontecendo com você Elisa? _perguntou Felícia estranhando a distração da amiga.
—Felícia, se eu te contar uma coisa você não vai acreditar!
—Não me diga que você está namorando!_ exclamou Felícia empolgada.
—Não é nada disso, Felícia! É que ontem eu conheci o tal prín-cipe Antonio de Castelamontes de quem você tanto me falou.
—Não me diga irmãzinha! Ele esteve na boate? Por que você não me ligou avisando? Eu chegaria lá em uma fração de segundos. Você o viu de perto, falou com ele? Não me diga que não pegou ao menos um autógrafo!
—Acalme-se, Felícia! Deixe-me falar: ele mais ou menos que salvou a minha vida e depois me deixou em casa.
—Que loucura é esta que você está me dizendo Elisa?
—Vou lhe explicar...
Então Elisa contou em detalhes para Felícia tudo o que acontecera na noite anterior até o momento em que o príncipe a deixara diante do condomínio.
—Então é por isso que a senhorita está tão distraída! Não me diga que está pensando no príncipe encantado? _gracejou Felícia.
—De encantado ele não tem nada Felícia!
—Só se for na tua imaginação Elisa! O homem mais lindo da face da Terra te elogia e você fica toda cheia de não-me-toques. É bem seu estilo mesmo Elisa! _riu Felícia.
—Elogio Felícia? Ele disse que eu era uma... tentação. _disse Elisa abaixando a voz indignada. _Isso para mim, foi um assédio, isso sim!
—Ah Elisa... Quisera eu receber um assédio desses! _disse Felícia rindo da expressão de Elisa.
—Menos conversa e mais trabalho, meninas! _disse a mãe de Felícia as interrompendo.
—Claro, dona France. _respondeu Elisa. _Você ouviu sua mãe, não é Felícia?
—Ouvi Elisa! _sussurrou Felícia. _Mas, me conta de novo como foi o seu encontro com ele.
—Novamente, Felícia? Eu acabei de te contar.
—Eu sei Elisa; porém não é todo o dia que um príncipe lindo, salva minha melhor amiga. Isso parece conto de fadas irmãzinha!
Elisa ignorou a empolgação e a curiosidade da amiga e foi atender a um cliente que entrara no Empório, antes que perdesse também aquele emprego, já bastava o da boate.
Elisa acordara de manhã com o telefone tocando, era Paul dizendo que devido a confusão da noite anterior ela estava dispensada dos serviços da boate e que o dinheiro que ela teria que receber seria incluído nos danos que ela causara. Como se tivesse culpa do que acontecera!­_ pensava Elisa indignada lutando contra as lágrimas ao desligar o telefone; porém ela já esperava por aquilo: sabia que Paul não trocaria um cliente por ela, mesmo que esse cliente fosse um cafajeste como o rapaz que tentara violentá-la além do mais Paul nem mesmo quisera ouvi-la quando ela tentou dizer que tudo não passara de uma armação de Shirley. E como se não bastasse Elisa conseguira dormir quando o dia estava quase amanhecendo pensando em Antonio; ela não queria se deixar en-volver, porém era quase impossível resistir a tanta simpatia e per-feição. Elisa passou quase toda a noite imaginando como seria ser beijada por ele, este pensamento atormentou até os seus sonhos.
—Elisa, você me ouviu? _perguntou Felícia tirando-a de seus pensamentos.
—O que você disse Felícia?
—Depois ainda fala que não ficou encantada! _gracejou Felícia. _Te convidei para almoçarmos no Big Fat's hoje.
—Estou sem nenhum centavo Felícia.
—Eu estou te convidando Elisa, então é claro que irei pagar. Depois de tudo que passou ontem você está precisando se distrair.
—Obrigada amiga! Você não existe!
—Ah, Elisa chega de drama e vamos logo, pois estou morrendo de fome.
Elisa tirou o avental do Empório e penteou os cabelos, deixando-os soltos pelas costas e em volta do rosto; a calça jeans es-tava perfeita para o almoço na lanchonete, já a blusa azul fazia contraste com os olhos castanhos claros. Depois que pegaram as bolsas as duas seguiram para a lanchonete.

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Antonio acordou de manhã com a ligação de Júlio, o repre-sentante da empresa Fox de Fertilização, convidando-o para almo-çarem juntos a fim de discutirem a possível contratação da empresa para fertilizar os solos das áreas rurais de Monsália. Antonio passou praticamente toda a manhã fazendo os cálculos do investimento junto com Jácomo; já eram quase onze horas quando ele foi se trocar para comparecer ao almoço com Júlio.
—Você virá comigo, Jácomo? _perguntou ele ao ministro.
—Se não se importar Antonio tenho que entrar em contato com o gerente da City Bank. _respondeu Jácomo. _Chegou uma fatura enorme para ser paga a este banco, e pelo que eu saiba nunca fizemos tal empréstimo.
—Tudo bem, Jácomo, é melhor que você apure este assunto pessoalmente. Logo após o almoço retornarei para a mansão, pois não se esqueça de que viajaremos para Jersey hoje a tarde. Espero que Júlio aceite nossa proposta.
—E caso ele não aceite, Antonio?
—Estudaremos outros meios, Jácomo.
—Você acha que a situação de Monsália está tão ruim assim, filho?
—Apenas sei que o reino está passando por uma grande crise, Jácomo, agora só preciso descobrir qual a profundidade dela. _respondeu ele sorrindo e pousando a mão no ombro do ministro. _Não se preocupe Jácomo. Ou será que não confia em mim?
—Infelizmente até demais, meu príncipe! _gracejou Jácomo rindo.
Antonio despediu-se do ministro e saiu para ir ao almoço, acompanhado por Estevan e Sebastian, os dois jovens seguranças. A empresa Fox estava situada em um dos bairros mais movimentados de Londres, ao lado de uma grande lanchonete. A recepção da em-presa estava instalada no primeiro andar do prédio, Antonio se dirigiu até lá e perguntou à secretária por Júlio.
—Ele já está descendo senhor. _respondeu ela sorrindo descaradamente para Antonio. _Há algo que eu possa fazer pelo senhor enquanto espera o Sr. Júlio?
—Não se preocupe senhorita. _respondeu Antonio a ignorando educadamente. _O esperarei em meu carro.
Antonio saiu para a calçada e apoiou-se em seu carro en-quanto conversava com Estevan e Sebastian.
—Felícia, vamos! A hora está passando!
Antonio levantou os olhos quando ouviu aquela voz, seria impossível confundi-la, pois aquela voz estivera presente em seus sonhos durante toda a noite. Elisa estava parada diante da vitrine de uma loja acompanhada por outra moça, Antonio nem reparou nas fei-ções de quem a acompanhava, pois seus olhos conseguiam focar apenas em Elisa. Ela estava diferente da noite anterior, sem a roupa provocante, porém para Antonio ela nunca estivera mais linda do que naquela manhã: a calça jeans dava-lhe um ar de menina-mulher, já a blusa azul com decote em V evidenciava cada detalhe do corpo perfeito, os lindos cabelos castanhos soltos deixavam-na simplesmente encantadora_ pensou Antonio.
Elisa conseguiu tirar Felícia de diante da loja de roupas e vol-taram a caminhar rumo a lanchonete; quando ela olhou para frente e deparou com Antonio encostado em seu carro sorrindo enquanto a olhava, concluiu que aquilo só poderia ser um sonho. Elisa se perguntou se ele estava tão lindo assim na noite anterior! A calça preta de corte impecável se ajustando perfeitamente ao corpo másculo e a camisa branca de manga 3/4, colada ao tórax perfeito, davam-lhe um ar de um lindo deus grego_ pensou Elisa.
Ela estacou onde estava a uns cinco passos de onde ele es-tava.
—Oh Céus! Eu devo estar sonhando Elisa! Posso pedir um autógrafo? _sussurrou Felícia quase histérica em seu ouvido.
—Fique quietinha Felícia! E por favor, não faça isso! _murmurou Elisa quando Antonio deu alguns passos em direção a elas.
—Bom dia, Elisa! _ cumprimentou ele. _Que prazer revê-la!
—Bom dia príncipe Antonio! _respondeu ela criando coragem e olhando nos olhos dele.
—Chocolates... _murmurou Antonio.
—O que disse? _perguntou Elisa.
—Seus olhos. Estive me perguntando durante toda a noite de que cor seriam, agora que os vi, lembram a chocolates.
Elisa corou e sentiu seu coração acelerar novamente... Quando deixaria de ter essas reações perto de Antonio? Nesse momento Felícia tossiu delicadamente chamando-lhes a atenção.
—Príncipe Antonio esta é minha amiga Felícia. _apresentou Elisa.
—Encantado em conhecê-la, senhorita! _cumprimentou Antonio sorrindo.
—Encantada estou eu! Se importaria se eu tirasse uma foto com sua alteza? _perguntou Felícia fazendo Elisa balançar a cabeça. De onde Felícia tirara aquilo?
—Claro que não, mas pode me chamar apenas de Antonio.
—Por favor, Elisa, tire uma foto! _pediu Felícia entregando seu celular a Elisa enquanto se colocava ao lado de Antonio.
Elisa pensou em dizer para Felícia que não tiraria foto nenhuma, porém a amiga estava tão feliz, que ela apenas pegou o celular e tirou a foto, registrando o sorriso perfeito de Antonio, que parecia provoca-la.
—Obrigada príncipe Antonio! _agradeceu Felícia pegando novamente o celular.
—O prazer foi todo meu, senhorita. _respondeu ele e logo de-pois se dirigiu a Elisa: _Você está com muita pressa ou poderíamos conversar por alguns minutos, Elisa?
—É que estamos realmente atrasadas para voltar para o traba-lho... _começou Elisa.
—Sobre isso não se preocupe, Elisa. _a interrompeu Felícia sorrindo, ignorando o olhar fulminante da amiga. _ Mamãe não se incomodará se atrasarmos alguns minutos para voltarmos do almoço. Fique á vontade; te esperarei na lanchonete.
—Prometo que não tomarei muito o teu tempo Elisa. Sebastian, Estevan façam companhia à amiga de Elisa enquanto converso alguns minutos com ela. _disse ele aos seguranças.
—Claro, senhor!
Felícia achou adorável a ideia de passar alguns minutos na companhia dos dois simpáticos seguranças, que a acompanharam até a lanchonete.
—Pela relutância em não querer ficas a sós comigo presumo que ainda esteja irritada._ disse Antonio sorrindo depois que Felícia e os dois seguranças se afastaram.
—Plebeus não têm o direito de se irritarem com membros da realeza? _ironizou ela.
—Estou falando sério, Elisa; sem ironias, por favor.
—Desculpe-me. Não tenho o direito de estar irritada nem que eu quisesse príncipe Antonio, pois você salvou minha vida.
—Isto não vem ao caso, Elisa, faria a mesma coisa mil vezes se fosse necessário. O que quero saber é se você me perdoou pelo meu inocente elogio.
—Contando que não se repita, tudo bem. _respondeu ela.
—Será difícil, porém prometo me esforçar. _respondeu ele. _Se eu lhe fizesse um convite você aceitaria?
—Dependeria do convite. _respondeu ela curiosa.
—Janta comigo amanhã à noite! _disse ele.
Elisa iria dizendo que sua resposta era não, porém um elegante senhor de meia idade saiu do prédio da empresa se dirigindo a Antonio:
—Desculpe-me pelo atraso, príncipe Antonio.
—Não se preocupe Júlio. Pode entrar no carro, já iremos em um minuto.
O homem entrou no carro e Antonio se voltou para ela:
—Amanhã Elisa! E eu não aceitarei um “não” como resposta.
—É que... _começou ela.
—Não vá me dizer que não poderá jantar comigo por que irá trabalhar naquela malfadada boate, não é? Eu já lhe disse que aquele não é um lugar seguro para se trabalhar.
— Infelizmente não é por isso. Graças a tudo que aconteceu ontem, eu perdi meu emprego. _ironizou ela._ Paul me dispensou hoje de manhã.
—Foi a coisa mais sensata que ele já fez. Não sabe o quanto essa notícia me deixa feliz Elisa! _disse Antonio rindo, no momento em que os dois seguranças saíam da lanchonete. _Te pegarei em sua casa amanhã ás sete!
Quando Elisa chegou à lanchonete, Felícia estava comendo um sanduíche natural, a moça era inimiga de tudo o que poderia aumentar alguns quilos a sua silhueta perfeita.
—Pensei que iria me deixar almoçar sozinha._ brincou Felícia.
—Muito engraçado Felícia! Foi a senhorita quem me deixou sozinha lá fora.
—Sozinha? Você é mesmo uma comédia Elisa. Mais bem acompanhada seria impossível! Mas agora me conta: como ele sabia que poderia te encontrar aqui?
—Me encontrar? Ele não estava me procurando, Felícia. _respondeu Elisa. _Nos encontramos por pura má sorte.
—Elisa, escute um conselho: você precisa arranjar um namorado urgentemente; essa solidão está deixando-a meio maluca! _disse Felícia rindo fazendo Elisa rir também.
—O problema não sou eu, Felícia, é ele!
—Eu estaria feliz com um problema daqueles. _brincou Felícia. _Desculpe irmãzinha, falando sério agora... O que ele fez desta vez para te irritar tanto; te beijou?
—Claro que não! _respondeu Elisa corando só de pensar na possibilidade. _Ele teve a audácia de me convidar, ou melhor, me in-timar a jantar com ele amanhã.
—Que lindo, Elisa!_ exclamou Felícia. _Ele te convidou para um encontro!
—Encontro... Você enlouqueceu Felícia? Eu não irei a lugar algum com ele!
—Por que não Elisa?
—Ora, Felícia, caso você se esqueceu, a senhorita mesmo me disse há alguns dias atrás que o maravilhoso príncipe Antonio de Castelamontes era um conquistador incorrigível, que ele já namorou mais mulheres do que o próprio rei bíblico Salomão... É com um homem desses que você quer que eu saia? Nunca Felícia!
—É claro que você vai a esse jantar Elisa! Você não pode simplesmente fazer uma desfeita dessas com quem praticamente salvou a sua vida. Além do mais ele te convidou para um jantar, não para um motel Elisa. Esse seu estresse é desnecessário, irmãzinha.
—Certo, Felícia, eu até poderia aceitar jantar com ele, porém há um pequeno problema: eu não tenho uma roupa adequada para jantar com um príncipe! _argumentou Elisa triunfante.
Felícia pensou por um instante e logo depois disse:
—Não se preocupe amiga; problema resolvido!
—O que você está pensando Felícia? _Perguntou Elisa preocupada.
—Fique tranquila Elisa; pode pedir o teu almoço. Confie em mim, pois amanhã você estará deslumbrante para jantar com o teu príncipe mais que encantado.
—Felícia..._começou Elisa, porém preferiu pedir seu sanduíche e não tentar pensar nas maluquices que deveriam estar passando pela cabeça da amiga.
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Notas finais do capítulo

E então... O que será que os aguarda neste jantar? Rsrs... Veremos agora no próximo capítulo.



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