UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Olá amores ... Vamos lá, mais um capítulo.



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Quando as primeiras luzes de Londres começaram a surgir, Elisa ainda se perguntava o que estava realmente acontecendo para que Antonio interrompesse o final de semana deles em Jersey e voltassem a Londres tão repentinamente. Ela notou que desde a chegada de Jácomo e a conversa que os dois tiveram depois que ela fora para o interior da casa, Antonio mudara completamente, mesmo que ele tentasse disfarçar; ela havia acabado de tomar banho quando ele entrou no quarto dizendo que voltariam para Londres dali a alguns minutos saindo do quarto em seguida. No caminho de volta a Londres ele praticamente não lhe dirigira a palavra ocupado em um assunto com Jácomo, que ela desconhecia, durante todo o trajeto até Londres.
Quando Estevan estacionou o carro diante da mansão, Antonio ajudou Elisa a descer entrelaçando as mãos de ambos enquanto seguiam para varanda.
—Quero que se sinta tão à vontade aqui como em Jersey meu anjo. _disse Antonio em seu ouvido se dirigindo diretamente a ela pela primeira vez desde que saíram da casa de praia.
Quando entraram na ampla sala, Elisa reviveu a noite em que se casara com Antonio, há uma semana atrás nunca imaginaria que o relacionamento entre eles iria tão longe quanto chegara.
—Boa noite príncipe Antonio! Boa noite senhora! _cumprimentou a simpática empregada entrando na sala.
—Boa noite! _respondeu Antonio. _Por favor, acompanhe minha esposa até a suíte principal para que ela possa guardar suas coisas.
—Claro senhor. Acompanhe-me senhora, por favor.
Elisa subiu para o quarto acompanhando a mulher, deixando Antonio na sala com Jácomo que acabara de entrar na mansão.
—O príncipe nos ligou avisando que vocês viriam passar a noite aqui e deu ordens para que deixássemos o quarto principal impecável. Espero que esteja do seu agrado senhora. _disse a mulher ao pararem diante da porta da suíte principal.
Elisa ficou deslumbrada ao entrarem na ampla suíte que em nada deixava a desejar em conforto e bom gosto. A grande cama no meio do quarto estava toda forrada em branco e lilás, as suas cores preferidas, havia arranjos de flores espalhados por todo o quarto, além de uma linda cesta cheia de chocolates sobre o criado mudo ao lado da grande cama.
—Gostou senhora? _perguntou a empregada diante do silêncio de Elisa.
—Está tudo perfeito! Obrigada!
—Não tem porque agradecer senhora. Estamos aqui para cumprir as ordens de nosso príncipe... e as da senhora também, é claro. _disse a mulher sorrindo. _A senhora deseja mais alguma coisa?
—Não se preocupe, não preciso de nada no momento. Obrigada!
—Então com licença senhora! _disse a mulher saindo do quarto.
Depois que a empregada saiu do quarto, Elisa sentou-se na cama pensando em como sua situação e a de Antonio mudara desde que se conheceram há mais de um mês atrás; sabia que Antonio sentia-se bem ao lado dela, mas isso não queria dizer que ele a amava, assim como ela deixara claro para ele naquela tarde sobre o rochedo. Por um momento ela se arrependeu da declaração que fizera a Antonio, por sorte ele não tocara mais no assunto, o que a decepcionava um pouco; porém talvez fosse melhor assim. Elisa estava pensando essas coisas quando Antonio entrou no quarto interrompendo seus pensamentos.
—Posso saber em que você tanto pensa? _perguntou Antonio sentando-se na cama atrás de Elisa e dando-lhe um beijo abaixo da orelha, sorrindo ao vê-la estremecer quando seus lábios tocaram sua pele. _Adoro ver como seu corpo reage às minhas carícias, Elisa. Gostou da decoração?
—Amei; tudo está perfeito. Não precisava ter se incomodado com decorar a suíte para me agradar Antonio. Acredito que você tenha coisas mais importantes para se preocupar.
—Mais importante para mim do que você meu anjo? Nada! _disse ele sorrindo tirando a própria camisa.
—O que trouxe Jácomo a Londres realmente, Antonio? _perguntou Elisa não querendo se distrair olhando Antonio jogar a camisa sobre o piso do quarto antes de desabotoar o primeiro botão de sua calça.
—Eu não quero falar sobre isso meu anjo; não com você.
—Desculpe. _disse Elisa envergonhada se levantando da cama. _Eu não deveria ter perguntado; os assuntos confidenciais de Monsália não me dizem respeito.
—Não é por isso, Elisa. O problema é que eu não quero desperdiçar os momentos que eu tenho para passar ao seu lado com os problemas de Monsália. _respondeu ele se levantando também e a abraçando. _Elisa você nem imagina quantos problemas tenho tido que enfrentar nesses últimos dias, quanta responsabilidade pesa sobre meus ombros... Porém quando eu estou com você, meu anjo, tudo desaparece; todas as vezes que eu a tenho em meus braços é como se eu renovasse minhas forças para enfrentar tudo. _disse ele beijando o pescoço, a nuca e os ombros de Elisa enquanto desabotoava os botões da blusa dela acariciando cada pedaço de pele exposta. _É por isso que eu não quero falar de problemas enquanto estou com você meu anjo, porque a única coisa que eu quero dividir com você todas as vezes que estivermos juntos é amor e muito prazer.
—Pare Antonio... _pediu ela entre gemidos quando Antonio tomou um de seus mamilos entre seus dedos antes de cobri-lo com os seus lábios em uma ousada carícia, deitando-a na grande cama em seguida.
—Quer mesmo que eu pare?_ perguntou ele sorrindo parando de acaricia-la por um momento.
—Não é isso, é que tudo é muito novo para mim. _respondeu ela sentindo seu corpo em chamas.
—Não quero te assustar meu anjo, nem fazer algo que você não queira, nunca. _disse ele beijando-a carinhosamente antes de se levantar da cama.
—Mas, eu quero! _disse Elisa detendo-o antes que ele se levantasse.
—Se decida meu anjo, você quer ou não quer? _provocou ele rindo voltando a se deitar sobre ela.
—Eu quero!
—Eu também te quero, minha vida, mas antes preciso tomar um banho; você está deliciosamente perfumada e eu ainda estou com o cheiro da grama sobre o rochedo.
Elisa sentiu-se corar com o comentário de Antonio ao lembrar-se do momento em que se esqueceram de tudo ao fazerem amor no topo daquele rochedo.
—Venha comigo! _pediu ele tirando-a de seus pensamentos.
—Onde?
—Tomar um delicioso banho de banheira. Prometo que você não irá se arrepender.
—Tudo bem! Mas eu consigo ir andando Antonio. _disse ela rindo quando Antonio pegou-a em seus braços indo até o luxuoso banheiro.
—Porém eu prefiro assim. Agora feche os olhos!
—Por quê?
—Feche os olhos Elisa, por favor.
Elisa fechou os olhos no momento em que Antonio abriu a porta do grande banheiro maior do que o quarto que Elisa tinha quando morava com seu pai.
—Pode abrir os olhos meu anjo! _disse Antonio em seu ouvido.
Quando Elisa abriu os olhos ficou mais que surpresa: na grande banheira cheia de água e espuma, a água jorrava como se fosse uma pequena cachoeira mantendo a banheira cheia, ao lado da banheira havia uma pequena mesa, como no quarto, com uma cesta repleta de cachos de uva, bombons, cerejas e várias iguarias.
Antonio foi até um pequeno interruptor e desligou a lâmpada principal, deixando várias outras lâmpadas florescentes acesas que davam um clima romântico ao lugar.
—Eu não iria deixar que a chegada inesperada de Jácomo estragasse nossa lua-de-mel. _gracejou ele a abraçando. _Talvez depois dessa noite você tenha ao menos uma pequena noção do quanto você é importante e especial para mim. Por favor, diga alguma coisa Elisa. _pediu ele diante do silêncio de Elisa.
—O que você quer que eu diga? Está tudo tão... perfeito. Eu não sei o que dizer.
—Diga novamente que me ama.
—Isso você já sabe. _respondeu Elisa sentindo seu coração acelerar novamente.
—Mas, eu gosto de ouvir. _pediu ele.
—Eu te amo Antonio... _disse Elisa antes de Antonio calá-la com um beijo
Nesse momento Elisa se esqueceu de tudo, se preocupando apenas em corresponder ao beijo que Antonio lhe dava, enquanto a despia como se ele tivesse feito aquilo durante toda a vida. Após despi-la sem parar de beijá-la e acariciá-la, Antonio tirou o resto de sua roupa e voltou a pegá-la nos braços entrando com ela dentro da banheira cheia de espumas.             Você organizou isso tudo como? _perguntou Elisa tentando controlar as batidas aceleradas de seu coração. _Ou você já havia planejado que viríamos para Londres essa noite?
—Planejei enquanto víamos para cá. _respondeu ele pegando um cacho de uvas e o aproximando dos lábios de Elisa.
—Deliciosas! _disse Elisa mordendo algumas uvas do cacho.
—Vou te mostrar algo que é realmente delicioso. _ murmurou Antonio em seu ouvido antes de beijá-la com paixão, Elisa abraçou-se a ele esquecendo toda timidez ou insegurança, sentindo a pele de Antonio contra a sua, as mãos dele a acariciá-la fazendo-a sentir sensações de prazer inimagináveis que Elisa nem pensava que existiam. _Você nem imagina quantas coisas eu desejo fazer com você neste momento, Elisa. _murmurou ele.
—Por que não me mostra? _perguntou ela sorrindo.
—Ah minha Elisa, com todo prazer... _disse ele antes deitar Elisa na beirada da banheira e derramar calda de morango sobre praticamente todo o seu corpo.
—O que você está fazendo? _perguntou Elisa a sentindo estremecer com o contato do líquido contra seus seios, ventre, pernas...
—Não pergunte meu anjo..._disse Antonio sorrindo oferecendo um delicioso bombom de chocolate a Elisa. _Apenas sinta.
Elisa mordeu o chocolate, porém nem conseguiu concentrar no gosto porque neste momento Antonio começou a percorrer com sua língua todo o caminho que havia feito com os fios de calda de morango. Elisa se contorceu entre gemidos quando os lábios de Antonio passaram pelo seu queixo, pescoço, seios, ventre, suas coxas... Porém quando os lábios de Antonio encontraram a parte mais sensível de sua intimidade, Elisa pensou que seu corpo se partiria em um milhão de partes naquele momento, os espasmos de prazer pareciam que iriam parti-la ao meio enquanto Antonio a levava a um mundo de paixão e prazeres nunca imaginados por ela.
Aquela noite com Elisa estava sendo diferente de tudo o que imaginara em sua vida, pensava Antonio minutos depois ao tirar Elisa da banheira e deitá-la na grande cama para consumarem o ato de amor que se iniciara naquela banheira cheia de espumas. O que estava vivendo com aquela moça, era diferente de tudo o que já vivera, e naquele momento Antonio concluiu que não queria e nem poderia mais viver sem ela.
— Eu te amo! _disse Elisa quando Antonio deitou-a na cama, ainda sentindo espasmos de prazer pelo que os dois dividiram minutos atrás.
—Minha Elisa, minha doce Elisa se você soubesse o quanto você me deixa vulnerável, o quanto você me tem em suas mãos. Ninguém nunca me afetou de tal forma. Você tinha que ser apenas minha mesmo, pois eu não sei se suportaria ao menos a ideia de algum dia você ter pertencido a alguém que não fosse eu. Diga que nunca me deixará Elisa, que sempre será minha.
—Até quando você quiser. _murmurou Elisa quando Antonio posicionou -se sobre ela.
—Então é para sempre._ murmurou ele consumando o ato de amor entre eles. 
***

—Isso tudo parece um sonho. Sabia? _comentou Elisa uma hora depois deitada na grande cama ao lado de Antonio.
—Não sabia que você tinha sonhos tão intensos e pervertidos, meu anjo. _brincou Antonio.
—Você entendeu o que eu quis dizer, Antonio. É que eu nunca pensei que você e eu algum dia iríamos...
—Fazer amor de forma tão desesperada como se fosse o último dia de nossas vidas? _completou ele rindo.
—Pare de colocar palavras em minha boca, Antonio, estou falando sério!
—Desculpe-me, meu anjo, mas não entendo onde você quer chegar. Porque o fato de fazermos amor era apenas uma questão de tempo, ao menos para mim. Desde o dia que nos conhecemos eu sabia que isso era algo inevitável, que de uma forma ou de outra você seria minha, Elisa.
—Você é muito prepotente, príncipe Antonio Braga de Castelamontes. _gracejou Elisa rindo.
—Não é prepotência, Elisa. O fato é que desde que eu te conheci, desde o primeiro momento em que nos vimos eu quis você para mim de uma forma que nunca desejei nada e nem ninguém. Mas, você foi um desafio, acho que o maior desafio da minha vida. _disse ele brincando com uma mecha dos seus cabelos.
—Por que diz isso?
—Ora, Elisa, porque eu sempre tive domínio sobre quase tudo, principalmente sobre os meus desejos e meu autocontrole, porém com você era tudo diferente. Você mexia com o meu desejo de tal forma como se eu fosse um adolescente de dezoito anos. Quantas vezes eu tive que apelar a todo meu bom senso e domínio próprio para não fazer amor com você dentro do meu carro quando eu tinha que te levar a algum lugar.
—Você só pode estar brincando! _riu Elisa não acreditando no que ouvia.
—É a mais pura verdade. Uma das vezes, foi a vez que eu fui te buscar na delegacia de madrugada. Meu anjo, você não sabe o risco que você correu dentro daquele carro comigo. _disse Antonio rindo beijando-a nos lábios. _Lembra-se que depois eu tentei convencê-la de que o melhor era não nos casarmos?
—Sim. Mas, se você tivesse me dito isso tudo naquele dia eu mesmo teria desistido desse casamento. _gracejou ela.
—Ao que não iria mudar nada entre nós.
—Claro que iria mudar. _disse Elisa ficando séria por um momento. _Você teria que ter se casado com outra mulher de qualquer forma.
—Mas, com certeza seria com você que eu estaria fazendo amor neste momento.
—Você só pode estar louco! Eu nunca seria amante de um homem casado, Antonio.
—Acalme-se, meu anjo, eu sei. Estou brincando, mas eu iria persuadi-la até que você aceitasse se casar comigo. Nem que eu tivesse que te prometer o mundo para isso.
—Mas, então por que você queria me fazer desistir do casamento?
—Ora, Elisa, eu me sentia muito mal por desejar você daquela forma; você me parecia tão jovem, tão doce, tão inocente, tão irresponsável e impetuosa, que eu me sentia um crápula por querê-la tanto. Mas, sabe o que me fez mudar de ideia?
—Não imagino.
—Foi no dia em que fomos buscar o seu pai na delegacia, e ele começou a me contar sobre seus antigos namoros. Naquele momento eu senti uma raiva tão grande ao imaginá-la feliz nos braços de outra pessoa como eu nunca poderia ter você nos meus. Era um sentimento novo para mim, eu nunca havia sentido ciúmes de alguém em toda minha existência. Então eu jurei a mim mesmo que você seria minha nem que fosse a última coisa eu faria em minha vida. _disse ele beijando o pescoço de Elisa. _E como se não bastasse no dia em que saímos do restaurante aquele irmão da Felícia te abraçou daquela forma, pela primeira vez em toda minha vida eu tive vontade de matar alguém.
—Isso tudo por causa de um namoro inocente? _perguntou Elisa.
—Mas, eu não imaginava dessa forma, Elisa. A única imagem que vinha a minha cabeça era de você com aquele idiota da mesma forma que você está comigo neste momento. E esse pensamento me atormentava!
—E você acha que não me incomoda também o pensamento de você com outras mulheres da mesma forma que está comigo aqui agora? _perguntou Elisa saindo dos braços de Antonio e se sentando na cama.
—Elisa, eu nunca estive com nenhuma mulher como estou com você. _respondeu Antonio sentando-se na cama também e puxando Elisa para si, porém ela se levantou da cama. _ Por favor, Elisa, não me diga que você está com ciúmes. Eu já te disse que todas essas mulheres a quem você se refere não significaram nada para mim.
—Então, eu não tenho direito de ter ciúmes, não é? Você disse que teve vontade de matar Henry só porque ele me abraçou.
—E você acha que este é um motivo pequeno?
—Claro que é Antonio! Mas, se coloque em meu lugar e imagine o que eu não sentia ao ver suas antigas fotos nas revistas com suas antigas namoradas ou então como eu me senti quando aquela sua amiguinha vulgar teve coragem de dizer que você conhecia os gostos dela melhor até que o próprio marido dela. _disse Elisa dando as costas para Antonio e se dirigindo a janela se irritando apenas de se lembrar das palavras de Elga. _Me responda: e se fosse Henry quem tivesse lhe dito isto?
—Simples: eu o mataria, Elisa. E por, favor, não repita mais isso.
—Claro... Porque eu sou obrigada a conviver com o seu passado, já você se irrita com qualquer alusão referente a minha vida.
—Eu já disse que você fica linda quando está enciumada? _perguntou Antonio ignorando a irritação dela e a abraçando. _Elisa, me escute, pois quero deixar algumas coisas claras com você primeiro: eu nunca tive nada com Elga.
—Mas, ela insinuou que vocês dois...
—Eu sei, mas acredite em mim, Elisa, nunca houve nada entre nós. Com certeza ela quis provocar você porque ela nos viu juntos. Quando eu a conheci, Elga já era casada com Otávio; e dentre todos os meus pecados, me envolver com uma mulher casada não é um deles, pois traição para mim é algo inaceitável. _disse Antonio e diante do silêncio de Elisa ele prosseguiu. _E em relação às outras mulheres a quem você se referiu, entenda Elisa de uma vez, todas elas fazem parte de um passado que para mim não significou absolutamente nada; passado este que eu preferiria que nunca tivesse existido se eu soubesse que conheceria alguém como você que me completa e me satisfaz em todos os sentidos. Elisa, você foi a única mulher com quem eu realmente fiz amor e não apenas sexo, no sentido mais amplo da palavra. Entendeu agora o por que esse ciúme é injustificável?
—O seu também é, Antonio. _respondeu Elisa recebendo o beijo que Antonio lhe dava. _É como se você não confiasse em mim.
—É claro que eu confio. _disse Antonio deitando-a na cama novamente. _O problema Elisa é que no meu caso em relação a você é diferente, pois você se tornou importante demais para mim, meu anjo. Eu já não consigo imaginar minha vida sem você, minhas noites sem tê-la em meus braços. _murmurou ele começando a despi-la novamente.
—Eu também não. _disse Elisa entre gemidos enquanto Antonio beijava sua pele de acordo que a despia. _Antonio, você não está pensando em fazermos amor novamente não é?! Terminamos há menos de uma hora! _disse Elisa rindo.
—A menos que você não queira... _provocou ele aumentando as carícias. _Caso se esqueceu eu tenho que cumprir certa promessa que fiz a teu pai de que providenciaria o time de futebol de netos que ele me pediu.
—Você só pode estar brincando Antonio! _disse Elisa se sentando na cama novamente.
—Por quê? Você não quer? _perguntou Antonio como se a atitude de Elisa realmente tivesse-o decepcionado.
—Claro que não! Quero dizer, não seria o melhor no momento. _respondeu Elisa se lembrando dos problemas que o nascimento de Enrico trouxera a Monsália, da forma que o povo nunca o aceitou por ser fruto de uma união ilegítima, e acima de tudo os problemas que traria a Antonio caso isso acontecesse. _Você não concorda? _perguntou ela notando o ar pensativo e o silêncio de Antonio.
—Claro que concordo. _respondeu ele depois de certo tempo. _Então, eu presumo que você deva tomar algum anticoncepcional para evitar que isso aconteça.
—Não. _respondeu Elisa sentindo o rosto em chamas. Felícia sempre lhe falara sobre aquilo. Como pudera ter esquecido?
—Não? _repetiu Antonio.
—Não. Mas, Felícia me falou certa vez de uma pílula que poderia ser tomada no dia seguinte.
—Não, você não vai tomar aquilo. Quem me garante que você já não está esperando um filho meu? _perguntou ele sorrindo. _Essa pílula o mataria.
—EU não estou grávida, Antonio! _exclamou Elisa como se a ideia fosse absurda, mas ela sabia que no fundo seria algo magico e maravilhoso.
—Tudo bem. Amanhã marcarei uma consulta para você antes de voltarmos para Monsália com a melhor ginecologista de Londres que te receitará o melhor remédio. Certo?
—Você marcava uma consulta com ginecologista para todas suas ex namoradas? _perguntou Elisa cética. Nunca gostara de médicos e muito menos de ginecologistas.
—Você está obcecada por este assunto de ex namoradas, Elisa! Mas não! Eu nunca marquei ginecologista para ninguém, porque eu sempre me preveni. Se for o que você quer saber: eu nunca fiquei com ninguém sem preservativo, Elisa a não ser com você.
—E por que não podemos usar também?
—Simplesmente porque eu não quero usar preservativo com você, Elisa!
—Mas, por que não? _insistiu Elisa.
—Porque eu gosto de sentir cada mínimo centímetro da sua pele, Elisa quando estamos fazendo amor e eu não quero que tenha nenhuma limitação ou barreira entre nós dois. Entendeu?
—Mas, poderíamos ao menos tentar...
—Elisa, você não vai gostar.
—Como vou saber que não vou gostar de uma coisa que nunca experimentei?
—Tudo bem, minha esposa. Já que insiste... Porém se eu comprovar minha teoria amanhã de manhã mesmo você irá até a ginecologista.
—Tudo bem. Mas, o que você está fazendo? _perguntou Elisa quando Antonio abriu uma das gavetas do criado-mudo ao lado da cama.
—Irei satisfazer sua curiosidade, já que você insiste que não pode opinar sobre alguma coisa sem antes experimentar. _murmurou ele maliciosamente antes de deitá-la na cama novamente.
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Antonio acordou na manhã seguinte com a luz do sol entrando pelas janelas envidraçadas da grande suíte, ao olhar no relógio de parede constatou que já passava das oito horas! Não deveria ter dormido tanto. Elisa ainda dormia tranquilamente com os cabelos esparramados sobre o travesseiro, trazendo à lembrança de Antonio tudo o que viveram ali naquele quarto em uma única noite. Não era de se admirar que estava se sentindo esgotado naquela manhã. Elisa era tudo o que sempre desejara em uma mulher: linda, meiga ao mesmo tempo que ardente, impetuosa, nobre. Antonio estava pensando essas coisas quando se lembrou de Renan que ainda estava foragido e Anita Menezes que estava desacordada naquele hospital. Decidindo ir até o hospital, ver qual era o real estado de Anita, Antonio levantou-se para tomar banho e procurar Jácomo.
Quando Antonio chegou a copa depois de um longo banho, Jácomo se encontrava sentado à mesa lendo um jornal daquele dia.
—Bom dia, Jácomo! _cumprimentou Antonio jovialmente.
—Bom dia filho! Está animado. Vejo que o casamento tem lhe feito muito bem! _gracejou Jácomo.
—Nem imagina como, meu caro ministro!
— Que bom... E como vocês dois estão?
—Melhores do que nunca, Jácomo. Em meio a tantos problemas, tantas complicações desde que eu assumi o trono de Monsália, Elisa foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida em meio a tudo isso.
— Fico feliz por vocês dois Antonio, porém você sabe que as coisas não são tão simples assim. O teu pai nunca irá aceitar essa relação entre vocês, sem mencionar Joseph e o Conselho. Ele me procurou antes de eu vir para Londres.
—Quem, Joseph?
—Sim. Ele chegou todo cheio de si, porém eu acredito que o tenha colocado em seu devido lugar. Porém ele disse que irá colocar todo o Conselho contra nós.
— Você quer dizer contra mim, não é Jácomo? _ gracejou Antonio. _ Você não tem nada haver com minhas escolhas meu caro ministro.
—Eu já disse Antonio, tuas escolhas por mais absurdas que sejam são minhas escolhas. Mas, essa posição de Joseph me preocupa.
— Você acha que ele tem essa influência de colocar o Conselho contra mim?
— Acredito que não todos, mas alguns conservadores como ele sim. A última palavra sempre será a tua, meu príncipe, porém eles nos darão bastante dor de cabeça se tentarem colocar o povo contra você, mas eu não permitirei que ele chegue a tanto.
—Não me importo a que extremos, Joseph chegue, Jácomo, não irei abrir mão de Elisa por causa dele, do Conselho ou de quer que seja.
—Então, é isso? _gracejou Jácomo _ Vejo que seu insensível coração finalmente começou a bater. Diga-me: Está apaixonado por essa moça?
— Eu a amo, Jácomo. Lutei, confesso, contra esse sentimento, mas foi mais forte do que eu. Elisa é tudo o que eu quero em uma mulher. E se eu tiver que renunciar ao trono de Monsália para tê-la não hesitarei em fazer isso.
— Você está falando sério? _ perguntou Jácomo surpreso e admirado.
—Como nunca falei em toda minha vida, meu caro Jácomo._respondeu deixando Jácomo sem mais  argumentos 

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Notas finais do capítulo

Um pequeno e delicioso capítulo antes das grandes reviravoltas e emoções que aguardam nosso casal... bjs. Até o próximo!



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