UM Príncipe em Minha Vida escrita por Vivi Alves


Capítulo 13
Capitulo 13


Notas iniciais do capítulo

Mais um capitulo. Vamos lá! Emoções a vista!



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Antonio acordou às sete e meia da manhã com o som do despertador; dormiria a manhã inteira se não fosse o início da fertilização_ pensou ele cobrindo os olhos com o travesseiro para evitar a claridade da manhã que estava a ponto de fazer sua cabeça explodir de dor devido à ressaca da noite anterior.
Depois que saíra do quarto de Elisa, a primeira coisa que Antonio fez foi ligar para Pieter convidando-o para jogarem cartas e beber uísque, dois vícios que Antonio odiava; porém ele precisava de algo que anestesiasse sua mente, o fizesse esquecer Elisa e a mágoa e frustração que sua rejeição causara.
Antonio se arrependeu da bebedeira por causa da ressaca com que amanhecera, porém ele sabia que se não tivesse bebido até dormir embriagado, com certeza retornaria ao quarto de Elisa e não sairia de lá até provar-lhe que ela o queria também o quanto ele a queria. Antonio estava pensando essas coisas quando ouviu tocarem a campainha de seus aposentos. Ao abrir as portas duplas, Antonio deparou-se com Jácomo já arrumado para os compromissos do dia.
—Você está horrível, meu príncipe! _disse o ministro se referindo a aparente ressaca de Antonio.
—Obrigado Jácomo! _ironizou Antonio, dando espaço para que ele entrasse na ampla sala de seus aposentos. _E bom dia para você também!
—Bom dia! Pensei que o casamento lhe traria mais um pouco de juízo, porém acho que me enganei. Vejo que mal dormiu esta noite. _observou Jácomo.
—Um uísque de vez em quando não mata ninguém, Jácomo. _respondeu Antonio flexionando os dedos nas têmporas.
—Diga isto ao Pieter. _disse Jácomo. _Está tomando caldo de carne com legumes, depois de ter vomitado durante quase toda a madrugada.
—Não acredito! _riu Antonio, o amigo sempre fora fraco para bebidas. _Pobre Pieter! Irei vê-lo daqui a pouco; apenas tomarei um banho e descerei para o café.
—Duvido que pare alguma coisa em teu estômago também, Antonio. Você não acha que já estão muito grandinhos para essas coisas, não?
—Por favor, Jácomo...
—Tudo bem, filho. Pode tomar o teu banho tranquilo, irei esperá-lo na varanda. Vim aqui apenas para trazer as duas cópias do contrato nupcial; uma é tua e a outra de Elisa. Falando nela, ela se portou muito bem ontem a noite, sem mencionar o fato de que ela estava muito bela. Entregue essa cópia ela, por favor.
Ver Elisa àquela hora da manhã depois de tudo o que acontecera? Era a última coisa que Antonio desejaria para aquele dia.

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Elisa acordou com os primeiros raios de sol, entrando pelas janelas do seu quarto; conseguira dormir apenas de madrugada depois da discussão com Antonio... Antonio... Apenas a lembrança do que acontecera entre eles já fazia o seu coração acelerar contra sua vontade. Depois do que ouvira por Pablo o desejo de Elisa era poder sufocar tudo o que sentia por Antonio, porém seria mais fácil arrancar seu coração do que deixar de amá-lo, concluiu ela depois da noite de insônia.
Elisa estava pensando essas coisas quando seu celular tocou na escrivaninha, ao pegar o telefone, ela reconheceu o número da Clínica de Recuperação. Teria acontecido algo de ruim ao seu pai? _se perguntou ela preocupada ao atender a chamada.
—Alô! _ disse ela apreensiva.
—Oi, filhinha! _respondeu a voz alegre de Clóvis do outro lado da linha.
—Papai! _exclamou Elisa não cabendo em si de alegria. _Que bom ouvir sua voz!
—Digo o mesmo Elisa! Estava com tantas saudades de você filhinha!
—E eu de você, papai! Eu não sabia que o senhor já podia usar o telefone para se comunicar.
— Me deixaram usá-lo por cinco minutos em razão do meu bom comportamento e progresso..
—Fico tão feliz em ouvir isso, papai!
—Eu também filhinha! Agora, me diga e você o que está achando da vida de ‘casada’ e deste país estranho para o qual você se mudou?
Elisa preferira contar ao pai que decidira morar com Antonio até se conhecerem melhor, seria melhor do que dizer a ele que se casara no papel com a intenção de se divorciar em dois meses.
—Monsália é um país encantador, papai....
—Você não respondeu a primeira pergunta que te fiz: Antonio está sendo bom com você? Porque se ele não estiver, volte hoje mesmo para Londres Elisa!
—Papai, eu estou bem, não se preocupe. Antonio tem sido ótimo comigo, e se eu estou aqui é porque o amo.
—Tudo bem Elisa, porém nunca se esqueça de que você tem um pai que mesmo tendo feito muitas coisas erradas, te ama muita filhinha.
—Eu sei papai, também te amo muito, você sabe disso.
—Filhinha, os cinco minutos que me concederam está acabando. Eu queria apenas te dizer que em razão da comemoração do dia dos pais, a Clínica estará abrindo as portas para que os filhos passem todo o dia com seus pais que estão em recuperação, e eu gostaria muito que você viesse; será no próximo sábado. Você virá?
—Claro papai! Não perderia este dia por nada.
—Estarei te esperando filhota! Mande um abraço para o meu futuro genro e diga que eu espero que vocês dois em breve regularizem a situação de vocês e me presenteiem com um belo neto. Tchau filhinha!
— Tchau, papai! _respondeu Elisa desligando o celular sem ainda acreditar no que ouvira.
Como diria ao pai que ela e Antonio nunca lhe dariam netos? O que ele diria se soubesse dos reais motivos que estavam por trás de seu casamento com o príncipe de Monsália? Com certeza, ele sairia do mesmo dia da Clínica, pegaria o primeiro avião e a levaria embora do palácio nem que fosse arrastada! O que diria a Clóvis quando o contrato terminasse e ela tivesse que voltar para casa? _se perguntava Elisa enquanto tomava um banho para descer para o café e comunicar a Antonio sobre a viagem que faria no próximo sábado. Ver Antonio depois do que lhe dissera na noite anterior... Eis aí algo com qual ela não queria lidar tão cedo...
Elisa tomou o banho e foi procurar uma roupa esportiva e casual para vestir, pois decidira que iria explorar Monsália àquela manhã, já que Felícia lhe pedira algumas fotos do reino, optando por uma justa e elegante calça jeans e uma blusa de algodão com um gracioso decote em 'V' que lhe caía como uma luva, Elisa desceu para a copa.
Quando chegou à copa, Antonio, Jácomo e Pablo estavam sentados à mesa, parecia que já haviam terminado o seu café, pois discutiam animadamente o processo de fertilização.
—Bom dia! _cumprimentou ela se aproximando da mesa.
Ao olhar para ela, Antonio constatou que fizera bem em não ir ao quarto de Elisa levar a cópia do contrato, como Jácomo sugerira; pois ele tinha certeza de que se encontrasse Elisa sozinha em seu quarto naqueles trajes, só por um milagre resistiria ao desejo de terminarem o que começaram na noite anterior. E, caso isso acontecesse, ele não suportaria vê-la rejeitá-lo mais uma vez. Aquela moça ou não tinha consciência do que fazia ou estava decidida a levá-lo a loucura!_ pensou Antonio olhando a calça jeans que evidenciava o corpo perfeito de Elisa e a quase transparente blusa de algodão rosa que revelava até a discreta cor do sutiã que ela usava. E como se não bastasse, Pablo parecia não conseguir tirar os olhos dela.
—O que você estava dizendo mesmo Pablo? _ perguntou Antonio quase bruscamente lhe atraindo a atenção.
—Perdoe-me, príncipe Antonio, por um momento eu me esqueci do assunto. Sobre o que falávamos?
—Esqueça Pablo, é melhor irmos para o campo. _cortou-o Antonio, ainda irritado pelo motivo pelo qual o rapaz se distraíra e se dirigindo a Elisa em seguida._ Patrício e os demais empregados estão ao seu dispor para o que você precisar, Elisa. Nos veremos no almoço.
—Eu poderia falar com você alguns instantes? _perguntou Elisa se dirigindo á ele.
—Claro!
—Te esperaremos lá fora, meu príncipe. _disse Jácomo conduzindo Pablo até a varanda.
—Fique a vontade. _disse Antonio se sentando novamente depois que eles saíram.
—Meu pai me ligou.
—Que bom... Como ele está? _perguntou Antonio temendo que Elisa fosse lhe dizer que resolvera ir embora de Monsália.
—Achei-o muito bem. Ele mandou-lhe um abraço.
—Diga-lhe que mando-lhe outro quando você falar com ele novamente. Era isto que você queria falar comigo?
—Meu pai quer que eu vá passar o dia dos pais com ele no próximo sábado. Você se incomodaria?
'Se isso o incomodava?'_ se perguntava Antonio. 'A ideia de vê-la longe dele não lhe agradava nem um pouco. Seria porque se preocupava com sua segurança ou pelo simples fato de não suportar a ideia de que ela poderia simplesmente não querer mais voltar à Monsália ao chegar a Londres?
—E então?_ insistiu ela.
—Falaremos sobre isto depois Elisa. Agora estou realmente atrasado._ disse ele se levantando. _Mais alguma coisa?
—Tudo bem, como preferir. _respondeu Elisa levantando-se também notando a frieza de Antonio em relação ao que falara, com certeza ele ainda estava magoado ou irritado pelo que acontecera. _Vou dar um passeio pela cidade, nos veremos no almoço.
Dizendo isso ela se virou para deixar a copa, porém Antonio a deteve pelo braço puxando-a para si delicadamente.
—Você não vai a lugar algum, Elisa!
—Solte-me Antonio. _disse ela sentindo sua pulsação acelerar ao sentir o calor do corpo de Antonio contra o seu. _Você está pensando em me manter presa aqui no palácio?
—Não estou te prendendo; porém você é minha responsabilidade agora e eu prometi ao teu pai que cuidaria de você; por isso não vou deixar você andar sozinha em um lugar que você não conhece nada. _disse Antonio como se explicasse uma coisa óbvia a uma criança de cinco anos. Prometera a si mesmo que protegeria Elisa, porém duvidava que pudesse protegê-la dele próprio, ao tentar resistir ao impulso de beijar os lábios rosados que estavam tão perto do dele.
—Eu não sou mais criança Antonio.
—Caso se lembre, sei disso melhor do que ninguém Elisa._ respondeu Antonio fazendo-a lembrar da noite anterior.
—Se você não me soltar o ministro e Pablo pensarão que estamos brigando.
—Ou pensarão que estamos tão apaixonados que não conseguimos ficar longe um do outro.
—Eles não são idiotas, Antonio. _argumentou Elisa querendo gritar que até Pablo sabia que Antonio não estava apaixonado por ela.
—Mais um motivo para mantermos as aparências._respondeu ele aproximando seu rosto do dela.
E antes que Elisa pudesse questionar, Antonio a beijou, um beijo que como sempre fez as barreiras de Elisa desabarem; por mais que quisesse negar o que sentia pelo príncipe de Monsália era forte demais para ser ignorado. Quando Antonio começou a aprofundar o beijo, explorando cada centímetro dos lábios de Elisa, ela sentiu que caso ele não parasse com certeza ela desmaiaria ali em seus braços.
—Com licença, meu príncipe! _disse Renan ao entrar na copa, os interrompendo. _Perdoe-me, meu senhor, eu não sabia que...
—Tudo bem, Renan... O que deseja? _perguntou Antonio se afastando de Elisa, sem saber se estava mais irritado com Renan pela interrupção ou com ele mesmo por ter cedido ao desejo de beijar Elisa mesmo depois de tudo o que ela lhe dissera na noite anterior.
—Vim trazer uns papéis que o senhor deve assinar.
—Deixo-os no meu escritório, por favor, Renan.
—Claro, meu senhor._ disse ele saindo da copa, dando um sorriso irônico depois que saíra da vista de Antonio.
—Acho que isto foi desnecessário. _comentou Elisa ainda irritada consigo mesma por não conseguir resistir ao que sentia por Antonio todas as vezes que ele se aproximava dela.
—Talvez. _respondeu ele. _Porém mesmo que eles não sejam idiotas, como você mesma disse, acredito que fingimos bem o bastante para convencê-los. E antes que eu me esqueça, não saia do palácio.
—Isto é uma ordem, alteza? _perguntou ela sarcástica.
—Entenda como achar melhor querida esposa. Tenha um bom dia! _disse ele saindo da copa.
Depois que Antonio saiu, Elisa subiu novamente para seus aposentos, chegando lá, jogou-se em uma das poltronas sentindo as primeiras lágrimas surgirem. Como gostaria de estar em Londres em seu apartamento com seu pai e Felícia... Mas não poderia culpar Antonio por tratá-la com tanta frieza, foi ela quem o rejeitara. Mas, como poderia entregar-se por inteiro ao que sentia por ele sem saber se o coração dele já pertencera, ou pior, se ainda pertencia a Kate?
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—Antonio você ouviu o que eu disse? _perguntou Pieter horas mais tarde, enquanto ele e Antonio observavam o preparo da terra para o processo de fertilização.
—Perdoe-me, Pieter, me distraí um pouco. O que você estava dizendo?
—Não importa, esqueça. Mas me conte em que você tanto pensava, ou melhor, em quem? _gracejou Pieter.
Antonio preferiu ignorar o amigo por um momento, para dar atenção ao agrônomo que viera dar-lhe alguns esclarecimentos. Além do mais Antonio não queria falar sobre Elisa com ninguém nem mesmo com Pieter, já era tormento bastante tê-la vinte e quatro horas em seus pensamentos. Antonio passara praticamente todo dia pensando nos momentos maravilhosos que vivera com ela na noite anterior e no beijo que trocaram de manhã; nessas duas ocasiões, como em todas as que estiveram juntos Elisa sempre demonstrou que o queria, que o desejava tanto quanto ele a desejava. Então por que aquela súbita mudança de comportamento? Será que se enganara tanto com Elisa? Seria ela tão leviana a ponto de fingir o que sentia apenas por prazer ou interesse? Não... Tinha que haver outra explicação. _pensava ele.
—Eu não estava pensando em ninguém Pieter. _mentiu ele voltando a se dirigir ao amigo.
—Por favor, Antonio, somos amigos desde criança, você não me engana assim tão fácil. Você tem andado tenso, estressado desde que uma linda moça chamada Elisa entrou em sua vida.
—Por favor, digo eu, Pieter! Eu não ando tenso e muito menos estressado.
—Como não? Você já discutiu com o agrônomo duas vezes, foi áspero com Pablo não sei mais quantas, sem contar seu estresse comigo e com Jácomo!
—Não exagere Pieter! Eu não discuti com o agrônomo, apenas dei-lhe minha opinião.
—Que seja! Porém sua esposa está mexendo seriamente com você Antonio.
—Isto não tem nada haver com Elisa, Pieter!
—Claro que tem. Só um cego não veria que você está obcecado por aquela moça Antonio.
—Acho que você anda lendo aqueles romances que Rúbia costuma ler Pieter! _gracejou Antonio. _De onde você tirou isso?
—Ora, Antonio bastava olhar para vocês ontem durante o jantar. Estava nítido que você estava louco para aquele jantar terminasse. Teve um momento que eu pensei seriamente que você iria mandar todos embora e iria jogar a moça sobre aquela mesa como aqueles antigos reis costumavam fazer quando se casavam. _terminou Pieter rindo.
—Não seja ridículo Pieter! _respondeu Antonio irritado. _Eu já disse mais de mil vezes que o que existe entre Elisa e eu não passa de um mero acordo.
—Tudo bem... Esqueçamos Elisa, então e responda-me: há quanto tempo você não sai para se divertir, se distrair?
—Como assim Pieter?
—Se divertir, como você costumava fazer a alguns dias atrás.
—Caso não percebeu, sou um homem casado agora! _gracejou Antonio.
—Porém você mesmo disse que este casamento não tem validade, e que Elisa não significa nada para você...
—Disse e é verdade. _mentiu ele.
—Então, não é preciso ter esse negócio de fidelidade entre vocês, não é?
—Que pergunta mais absurda é essa, Pieter?
—Estou apenas dizendo Antonio que caso você insista em ser fiel a esse casamento que nunca poderá ser consumado você acabará enlouquecendo e enlouquecerá todos ao seu redor.
—E você sugere o quê? Que eu traia Elisa?
—Já que a moça não significa nada para você. _provocou Pie-ter.
Antonio apenas riu da absurda ideia do amigo... Como dizer a Pieter que nenhuma outa mulher despertava-lhe o interesse a não ser Elisa? Que nenhuma outra mulher deixara-o tão louco como Elisa conseguira sem que eles ao menos fizessem amor uma única vez sequer. Antonio não precisava de uma mulher, ele precisava de Elisa com desespero e aquele desejo estava a ponto de roubar-lhe o resto de sanidade.
—Me diga Pieter, onde você está querendo realmente chegar com esta conversa sem sentido?_ perguntou Antonio rindo.
—Estou querendo te dizer que você está apaixonado por Elisa!
—Esta foi a coisa mais ridícula que eu já ouvi! Eu? Apaixonado? Por Elisa?_ disse Antonio tentando se convencer do contrário daquilo. _Tenho alguns assuntos para tratar com Jácomo, enquanto você fica aí criando suas teorias absurdas. Entenda Pieter, 'eu não estou apaixonado por Elisa ou por mulher nenhuma e nunca estarei!' O fato de eu permanecer fiel a esse casamento é tão e somente para preservar o nome de minha família.
—Tente se convencer disto Antonio, porque a mim será impossível.
—Pense o que quiser Pieter! _disse Antonio tentando se concentrar no preparo da terra, porém a lembrança de certa blusa de algodão rosa quase transparente que vira pela manhã estava roubando-lhe toda a concentração.
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Já passavam das cinco horas da tarde daquele dia, Elisa estava sentada em uma das poltronas de seus aposentos, logo após ter ficado quase uma hora ao telefone com Felícia, matando a curiosidade da amiga sobre Monsália, quando seu celular tocou novamente, o numero não lhe era conhecido.
—Alô! _ atendeu ela.
—Oi cunhadinha; sou eu Rúbia!
—Rúbia, que prazer falar com você!
—É um prazer para mim também Elisa! Pensei que você viria até minha casa hoje.
—Eu planejei dar uma volta pela cidade hoje, porém Antonio achou melhor que eu ficasse no palácio. _ respondeu Elisa ainda um pouco irritada por Antonio ás vezes tratá-la como uma criança.
—Isso não me espanta. Antonio sempre foi super protetor com todos, porém com você ele está passando dos limites. _disse Rúbia rindo.
—Antonio acha que pode acontecer alguma coisa comigo por eu não conhecer nada aqui; ás vezes penso que ele me enxerga como um peso e que não vê a hora de que o contrato termine. _gracejou Elisa rindo também. _Acredito que ele ficou aliviado por ter se livrado de mim durante todo o dia de hoje.
—Meu irmão ficar longe de você por livre vontade? Acho um pouco difícil. _respondeu Rúbia deixando Elisa confusa, sem saber se ela estava brincando ou falando sério. _Mas não foi para falarmos do meu irmão que eu liguei: o que você acha de fazermos um tour por Monsália amanhã?
—Eu adoraria, Rúbia!
—Tudo bem! Te pegarei aí no palácio ás oito, deixaremos Pie-ter no aeroporto e faremos uma verdadeira excursão por Monsália. Até manhã cunhadinha! Beijos!
—Para você também Rúbia!
Depois que encerrou a ligação, Elisa sorriu para si mesma, agradecendo a Deus o fato de Antonio ter uma irmã tão especial como Rúbia; Elisa não sabia como conseguiria suportar aqueles três meses em um lugar onde quase todas as pessoas apenas a 'suportavam' se não fosse sua linda cunhada de quem aprendera a gostar como de uma verdadeira amiga.
—Precisa de alguma coisa senhora? _perguntou Samara tirando-a de seus pensamentos.
—Não se preocupe Samara. Pode ir para sua casa, não precisarei de nada. Ah, e Samara, eu quero que você esqueça aquele assunto sobre o qual falamos ontem. Tudo bem?
—Como queira senhora. É normal sua curiosidade e preocupação; perdoe-me a sinceridade, mas todos no reino sabem que a senhorita Kate não esconde seu interesse pelo nosso príncipe.
—Você acha mesmo Samara? Mas ela não era noiva do irmão de Antonio?
—Sim, senhora. Mas dizem que era apenas por interesse... Mas, por favor, senhora não diga ao príncipe que eu lhe contei essas coisas.
—Claro, Samara, não se preocupe. _respondeu Elisa.
—Então... _começou a menina mudando de assunto. _Minha senhora já escolheu a roupa que usará no jantar de hoje a noite?
'Jantar?'_ se questionou Elisa em pensamento. Havia se esquecido de que em Monsália um simples jantar significava um evento importante todos os dias.
—Eu havia me esquecido deste detalhe Samara.
—Se minha senhora desejar posso ajudá-la a escolher um vestido lindo, além de preparar-lhe uma massagem com óleos.
—Não precisa de tanto, Samara.
—Não me leve á mal, minha senhora, porém cada detalhe é de mínima importância. Os homens de Monsália são muito exigentes e por isso as mulheres daqui são tão vaidosas.
—Porém este não é o meu caso, Samara, pois eu não precisarei impressionar a ninguém.
—E ao nosso príncipe, minha senhora? _perguntou a menina sorrindo timidamente.
—Eu creio que você saiba que nosso casamento é um mero acordo, não é Samara?
—Eu sei senhora. Porém minha senhora já notou a forma como nosso príncipe a olha? Eu duvido que haja em Monsália uma mulher mais desejada por um homem do que minha senhora é para o príncipe.
—Impressão sua Samara! _respondeu Elisa corando diante do comentário de Samara.
'Teria se enganado ao julgar Antonio? Estaria Pablo equivocado sobre o que lhe falara sobre Kate? Não importava... Teria chances de esclarecer suas dúvidas, e Elisa torcia para que não passasse daquela noite.
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Já passavam das sete horas quando Elisa decidiu descer para o jantar, com a ajuda de Samara escolhera um lindo vestido preto com detalhes em verde esmeralda, e com um discreto decote que dava-lhe um ar misterioso e elegante, deixara os cabelos castanhos soltos emoldurando lhe o rosto. Quando Elisa chegou a copa encontrou apenas Jácomo a mesa.
—Boa noite, senhora! _cumprimentou ele.
—Boa noite, ministro! _respondeu Elisa.
—Sente-se e fique a vontade. Pelo que parece apenas nós dois jantaremos aqui hoje. Pablo e sua equipe foram jantar na casa de dona Nancy, e Pieter está na casa de Rúbia.
—E Antonio? _perguntou Elisa temendo que o ministro dissesse que ele também fora jantar na casa de Kate.
—Neste momento ele deve estar em seus aposentos, pois estava sentindo uma forte dor de cabeça, com certeza ocasionada pelo forte calor que enfrentamos durante todo o dia de hoje. Mas, não se preocupe, vamos jantar.
—Claro.
O ministro jantou em silêncio durante alguns minutos e logo depois perguntou:
—O que está achando de Monsália, senhora?
—Estou encantada por tudo aqui, ministro. E por favor, pode me chamar de Elisa.
—Não seria correto, já que você é a esposa do soberano de Monsália, e isso a faz senhora de todo esse reino também. _respondeu ele olhando-a como se avaliasse suas reações à suas palavras.
—Muita bondade de sua parte, ministro, porém, nos sentimos mal quando recebemos uma honra maior do que a que merecemos. _respondeu Elisa dando um meio- sorriso ao homem a quem Antonio confiaria sua própria vida. _É por isso que insisto que me chame apenas de Elisa.
—Se insiste. _disse Jácomo. _Então proponho que a senhorita me trate também pelo nome.
—Eu não poderia ministro...
—Elisa você é esposa de Antonio e ele para mim é como um filho.
—Gosta muito dele, não é? _perguntou Elisa se sentindo mais a vontade de acordo que o ministro se abria.
—Muito. _respondeu ele sorrindo pela primeira vez, como um pai orgulhoso de seu filho. _Como disse, ele é o filho que eu nunca tive. Eu seria capaz de dar a vida por ele se fosse preciso, se me entende.
—Claro, ministro, ou melhor, senhor Jácomo. Antonio é um homem fácil de amar. _confessou Elisa se arrependendo logo em seguida pelo que dissera.
—Posso confiar em você, Elisa? _perguntou ele ficando sério novamente.
—Claro. _respondeu ela surpresa com a inesperada pergunta.
—Antonio me disse que você está acusando-o de mantê-la presa no palácio; não é?
—Ele lhe disse isso? _perguntou Elisa corando, desejando poder matar Antonio pelo fato de ele ter mencionado esse fato com alguém. O ministro estaria pensando que ela era uma garota teimosa e mimada?
—Não se preocupe, ele não disse por mal. Antonio apenas comentou comigo porque fui eu quem disse para ele não deixa-la se afastar do palácio.
—O senhor? Mas por quê?
—Elisa tudo leva a crer que pode estar havendo uma conspiração contra os herdeiros ao trono de Monsália.
—Contra Antonio? _perguntou Elisa se levantando instantaneamente abalada pelo que ouvira. Seu amado estava correndo perigo?
—Acalme-se, por favor. Não há nada confirmado ainda; porém eu não irei negligenciar a segurança de Antonio, e nem a sua.
—Mas, senhor Jácomo, por que o senhor diz à minha segurança também se é Antonio quem pode estar correndo perigo?
—Ainda pergunta Elisa? Você é a esposa de Antonio. Foi por isso que eu pedi para que ele a mantivesse segura aqui no palácio.
—Porém isso não faz sentido, ministro... Quero dizer, vocês devem focar toda a atenção em Antonio, protegê-lo, porém sobre mim eu acredito que seja desnecessário, pois todo o reino sabe que o há entre Antonio e eu, não passa de um mero acordo.
—Elisa, eu conheço Antonio como poucos o conhecem e eu posso te garantir que para ele a segurança da senhorita está em primeiro lugar, antes do reino, antes de tudo. É por isso que eu como chefe da segurança real devo garantir-lhe a devida segurança, Elisa; pois eu sei que se eu permitir que aconteça qualquer coisa com você, Antonio jamais me perdoará.
Elisa ficou por alguns minutos apenas olhando para Jácomo, tentando processar o que ele dizia. Ela duvidava que Antonio pudesse ficar irritado com seu querido ministro ou com quer que fosse por causa dela.
—Entendeu agora, Elisa? _perguntou Jácomo preocupado com o silêncio de Elisa. _Porém, não se preocupe, por favor. Como eu disse, são apenas medidas de precaução.
—Não se preocupe, senhor, Jácomo. Estou bem.
—Então tenha uma ótima noite Elisa! _disse ele saindo da copa, voltando ao seu modo reservado de agir.
Depois que Jácomo saiu da copa, Elisa se levantou da mesa também perdendo todo o apetite, ao se lembrar das palavras do ministro: ... “tudo leva a crer que pode estar havendo uma conspiração contra os herdeiros ao trono de Monsália.” Estaria Antonio realmente correndo perigo? O ministro garantira que era apenas uma hipótese, porém não conseguiria ter paz enquanto não falasse com ele e se certificasse de que seu grande amor estava longe de qualquer perigo. Ignorando a sobremesa e as várias iguarias da culinária monsálica, Elisa saiu da copa e subiu para ala real novamente; os aposentos de Antonio ficavam ao lado dos aposentos que eram dela, mas Elisa nunca imaginou entrando ali dentro, porém precisava ver, falar com Antonio ou caso contrário teria um colapso.
Elisa tocou a pequena campainha, e não obtendo resposta tocou novamente; passados quase dois minutos, Antonio abriu a porta, ficando surpreso ao deparar-se com ela ali. Elisa constatou que o príncipe deveria ter saído do banho naquele momento, pois os cabelos negros ainda estavam molhados, assim como a camiseta branca que devia ter sido vestida às pressas antes que o corpo secasse completamente fazendo um par perfeito com a calça de moletom clara.
—Elisa? _perguntou ele surpreso. _Aconteceu alguma coisa?
—Não... _conseguiu dizer ela desviando os olhos da perfeição que estava diante dela. _Quero dizer, o ministro disse que você não estava se sentindo bem, por isso vim ver como você está. Além do mais eu preciso muito falar com você.
—Não precisava se preocupar, mas obrigado. Entre, por favor!
Elisa pensou por um momento e resolveu aceitar o convite, já tivera provas suficientes de que Antonio era um cavalheiro que não faria nada contra sua vontade; portanto, confiava em Antonio, a dúvida era se poderia confiar em si mesma.
Os aposentos de Antonio eram um símbolo de elegância e bom gosto, desde os móveis de qualidade indiscutível à decoração em tons branco, azul marinho e preto.
—Gostou? _perguntou Antonio notando o olhar de Elisa em cada detalhe da ampla sala.
—Ah, sim, muito... _respondeu ela sem saber o que dizer em seguida. _E a dor que você estava sentindo melhorou?
—Um pouco. O sol estava muito forte, principalmente nas zonas rurais de Monsália; creio que amanhã estarei bem melhor. E como você passou o dia? _perguntou ele tentando não pensar em como aquele vestido acentuava cada curva do corpo de Elisa e em como seria agradável e prazeroso despi-la sobre a enorme cama de seus aposentos.
—Bem... Conversei bastante tempo com Felícia, e Rúbia me ligou hoje à tarde.
—Rúbia?
—Sim. Ela disse que pensou que eu iria visitá-la hoje.
—E você deve ter dito que eu não permiti e ela deve ter respondido que eu sou muito possessivo em relação a você, estou enganado? _riu Antonio.
—Ela usou o termo ‘excessivamente protetor'. _devolveu Elisa.
—E isso te incomoda?
—Não que isso me incomode, é que eu apenas ficava confusa por não entender o motivo de você querer me proteger tanto. Porém o ministro me explicou tudo.
—O que Jácomo te disse? _perguntou ele.
—Ele me disse que foi ele quem lhe pediu para que eu não saísse do palácio por razões de segurança.
—Jácomo não tinha o por quê de lhe dizer isso, Elisa. _disse Antonio irritado pela hipótese de Jácomo ter assustado Elisa desnecessariamente.
—Mas eu precisava saber, Antonio! E se acontecer alguma coisa com você?
—Elisa, não vai acontecer nada comigo. Jácomo está paranoico com toda essa história de conspiração e atentados. Ninguém seria tão louco de arquitetar um plano desses contra o trono de Monsália sabendo que a punição seria a morte.
—Sendo assim, por que, então você insiste em me manter presa no palácio? _perguntou Elisa ainda não acreditando na explicação que ele lhe dera.
—É assim que você se sente ao meu lado Elisa, presa? _perguntou ele se aproximando dela e levantando-lhe o queixo.
—Não é isso que eu quero dizer, Antonio. _respondeu ela se afastando dele por um momento para controlar as batidas de seu coração. _Apenas preciso ocupar meu tempo; por exemplo, Rúbia trabalha cuidando da saúde de várias crianças do povo, eu poderia ajudá-la.
—Eu não te trouxe para Monsália para você trabalhar Elisa.
—Eu sei Antonio; mas eu não consigo ficar o dia todo sentada como uma boneca de porcelana.
—Tudo bem, deixarei Estevan à sua disposição a partir de amanhã; você tem um cartão de créditos, poderá passar o dia fazendo compras.
—Obrigada, mas eu não estou precisando de nada no momento.
“...A não ser de você...” _completou Elisa em seu pensamento.
—Ora Elisa, vocês mulheres não necessitam de motivos para saírem às compras.
—Talvez as mulheres que você conheceu não precisavam de um motivo, porém eu não sou como elas. _disse Elisa se lembrando das várias fotos que vira de Antonio ao lado de verdadeiras beldades da alta sociedade londrina. A lembrança não lhe agradou muito... Como poderia desejar que Antonio a amasse com tantas mulheres ricas e bonitas que ele deveria ter à sua disposição? Além de Kate, e a exuberante Elga, é claro.
—Concordo que você é diferente de todas as mulheres que já conheci. _comentou Antonio se referindo aos momentos que dividiram na noite anterior.
Elisa não compreendeu o que Antonio quis dizer, porém preferiu não perguntar, com medo de que Antonio confirmasse que ela era mesmo inferior ás demais mulheres que ele conhecera.
—Insisto que eu gostaria muito de ajudar Rúbia com as crianças; além do mais eu me manteria ocupada e evitaria que eu ficasse tão paranoica quanto o ministro. _insistiu ela.
—Pensei que você não quisesse nenhum vínculo com Monsália. _respondeu Antonio com um meio sorriso.
—Isso é diferente. _murmurou Elisa magoada por ele ter repetido as mesmas palavras que ela lhe dissera na noite anterior. _ Então acho melhor me retirar. Pelo que vejo você continuará me mantendo presa como uma criança indefesa em um país estranho.
—Por favor, Elisa, não leve para este ponto. Estou pensando apenas em sua segurança.
—Você não disse que tudo isso é paranoia da cabeça do ministro? _perguntou ela magoada e irritada por Antonio parecer querer castiga-la mantendo-a presa ali. _ Mas tudo bem, acredito que eu não tenha outra opção mesmo a não ser obedecê-lo. Boa noite, príncipe Antonio!
Dizendo isso Elisa saiu dos aposentos de Antonio sem olhar para trás. Depois que ela saiu, Antonio sentou-se em uma das poltronas sentindo a forte dor de cabeça voltar novamente. Elisa... Passara o dia todo lutando para pensar o mínimo possível nela e quando pensara que estava conseguindo sufocar o intenso desejo que sentia, ela simplesmente aparecera diante dele derrubando lhe todas as barreiras. Como queria dizer a ela o motivo de toda sua preocupação em relação a sua segurança; porém não queria assustá-la ao dizer que já fora seguido duas vezes desde que chegaram a Monsália, já bastava o que Jácomo lhe dissera. Não queria assustar Elisa. E se ela pensasse que sua vida estava realmente correndo perigo e resolvesse voltar para Londres? Não... A ideia não lhe agradava nenhum pouco, mesmo que isso fosse o mais sensato a se fazer. Por um momento Antonio desejou estar em sua casa de praia em Jersey com Elisa, desfrutando a lua de mel que eles nunca poderiam ter, por mais que ele desejasse. Elisa... Aquela moça estava preenchendo um espaço em seus pensamentos e em sua vida maior do que ele desejara ou planejara. Tudo em Elisa parecia fasciná-lo: seu jeito irresponsável de agir, de provocá-lo, a coragem de desafiá-lo como ninguém nunca tivera, a facilidade com que ela o deixava vulnerável apenas com um toque ou um beijo que eles trocavam.
—Preciso esquecê-la!_ murmurou Antonio para si mesmo lutando para não ir até os aposentos de Elisa. _Não posso desejá-la, simplesmente não posso!
Antonio queria se convencer de que o que sentia por Elisa era um mero desejo, porém no fundo ele sabia que havia algo mais, algo que ele nunca sentira por ninguém. Não era apenas o corpo de Elisa que o atraía, mas também sua presença, sua fala, enfim tudo nela era um imã para ele. Nem mesmo a fascinante beleza de Kate, por quem ele fora apaixonado há tantos anos atrás o afetava mais; aliás, nenhuma mulher por mais bela que fosse o atraía desde a noite que conhecera Elisa naquela boate. Estaria Pieter certo sobre o que dissera?
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Kate acabara de vestir uma camisola para dormir quando ouviu uma batida na porta.
—Entre! _disse ela pensando se tratar de sua mãe.
Nesse momento Renan entrou no quarto rapidamente trancando a porta atrás de si:
—Renan? O que faz aqui, seu louco? _perguntou ela irritada. _ Quantas vezes eu já disse que não quero que venhas ao meu quarto quando mamãe estiver em casa.
—Acalme-se querida! Sua mamãe já está dormindo; além do mais eu senti sua falta.
—E continuará sentindo! Tínhamos um acordo, Renan. Você prometeu que iria se livrar daquela inglesinha insolente que Antonio trouxe para Monsália. E o que você tem feito?
—E o que você quer dizer com se livrar, Kate?
—Eu não sei! Dê-lhe alguma lição, se preciso a mate, mas tire-a dos caminhos de Antonio.
—Caso você se esqueceu, essa inglesinha como você diz, é casada com o futuro rei e o homem mais poderoso de Monsália.
—Casada? Elisa não significa nada para Antonio, Renan!
—Não foi o que me pareceu hoje de manhã. _ironizou ele contando para Kate a cena que presenciara entre Antonio e Elisa_ Posso estar enganado Kate, mas essa Elisa parece que será um empecilho em seus planos.
— E para quê você serve? _perguntou ela o abraçando. _Para tirar os empecilhos do meu caminho.
—Claro, meu amor. O pobre Enrico que o diga. _respondeu ele rindo.
—Fale baixo Renan! Está louco? Ninguém nunca poderá saber disso ou estaremos perdidos.
—Não se preocupe meu amor, ninguém nunca saberá. O único problema é Antonio que vive investigando tudo; por sorte consegui esconder os extratos dos depósitos na conta de Anita antes que ele examinasse os papéis que se encontravam no quarto de Enrico.
—Antonio nunca poderá descobrir sobre os desvios ou ele descobrirá toda a verdade Renan.
—Acho que tive uma ideia. _disse ele. _Não se preocupe querida, manterei Antonio ocupado e ao mesmo tempo darei um pequeno susto naquela mulherzinha dele que a fará nunca mais querer colocar os pés em Monsália.
—O que pensa em fazer?
—Não se preocupe querida. Acho que a esposa de nosso príncipe regente receberá uma inesperada visita por esses dias, e quem sabe o que essa visita lhe custará... _terminou Renan a beijando.
—Estou ansiosa para saber detalhes do que você está planejando, querido. _respondeu ela.


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Notas finais do capítulo

E então? Desculpem pelo capitulo um pouco grande, mas era muito informação. Kate e Renan :Vilões da vez.... Quem diria?!?!



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