P.O.V. Jane.

Quando a filha da górgona chegou ela não era nada do que eu esperava. Ela se quer parecia gostar da mãe, mas eu tenho que esperar pra ver o que ela quer realmente.

Ela parecia mais uma garotinha assustada, mas não devemos subestimar nosso inimigo.

—Oi. Eu sou Anne Marie Bennett.

Anne se sentou do meu lado.

—Qual é o seu jogo garota?

—Eu não sou como a minha mãe. Se algum dia eu me casar, quero que seja com alguém que eu ame.

—Sabe que confiança não se dá de bandeja. Se conquista. Certo?

—Certo. E entendo sua desconfiança.

—Você pode muito bem estar usando essa sua cara de meiga á seu favor. E se quiser que eu confie em você vai ter que concordar em ser testada.

—Tudo bem. Eu só quero parar a minha mãe antes que ela case com o seu pai.

—E porque iria querer isso?

—Porque ela vai matá-lo e pode ter certeza de que ele vai levar toda a família para o túmulo com ele.

—Ótimo.

Eu fiz ela beber soro da verdade e logo suas intenções foram reveladas.

—É o suficiente. Beba. É o antídoto.

—Como eu sei que não é veneno?

—Não é veneno. Eu posso ser tudo, mas não sou assassina.

—Não é veneno Anne.

—Marie. Eu prefiro Marie.

—Marie.

Depois dela beber o antídoto nos apresentamos.

—Sou Jane Porter.

—Jeremy Silverton.

—Tarzan.

P.O.V. Tarzan.

Jane começou a me ensinar a fazer magia, a diferença entre magia e ciência. A conexão invisível e inquebrável entre elas. Me ensinou a canalizar, a sentir a vida que emana das coisas.

Isso me faz lembrar do nosso primeiro beijo.

Flashback On...

Ouço a porta abrir e ela começa a chamar por mim.

—Tarzan? Tarzan você está aqui?

E sim, ela tocou a campainha antes de entrar.

—Uau! Os restauradores realmente fizeram um ótimo trabalho com esse lugar.

Nós nos encontramos e eu a beijei. Não sem antes me perder na imensidão dos seus olhos castanhos. Como seus cabelos eram macios, seus lábios eram doces, seu perfume era o melhor aroma que eu já havia sentido.

—Tarzan? Tarzan?

Flashback Off.

Fui trazido de volta ao presente por um chacoalhão.

—O que?

—Você está bem?

—Estou.

P.O.V. Marie.

Eu vi quando ele tirou a blusa de frio e vi as tatuagens no braço dele, na mão, no peito.

—Tatuagens legais.

—Não são tatuagens. São marcas.

—Marcas?

—É a marca do caçador.