Disneyverse: Tales From Hell escrita por iago90


Capítulo 4
Capitulo 4: Além do tempo


Notas iniciais do capítulo

Aqui esta o 4 capitulo da minha fict. Espero que gostem ^^



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Houve um época em que ela fora boa. Uma época em que ela era inocente e meiga. Uma época distante onde ela só pensava em como poderia melhorar o mundo, e tentava entender por que de seu mundo estar separado do mundo humano. Seus pais lhe ensinaram que o mundo magico existia em outra dimensão, o que impedia que o mesmo se mistura-se com o dos humanos. Segundo eles, a dimensão magia estava em superposição com a humana, o que impedia que qualquer coisa pudesse existir ao mesmo tempo nos dois mundos. Quando a muralha de vinhas foi criado, para dar lugar a floresta magia que havia sido queimada em uma excursão humana às terras magicas, a garotinha descobriu suas origens...e por que de sua família ser temida...Por que de os Faerie serem tão assombrosos. Mas então, um pequeno garoto entrou em sua vida no momento certo, e então, tirando de uma imensa depressão, a pequena garota fada e o garoto humano se tornaram amigos...e com o tempo, amantes. Mas o tempo...o tempo é sempre cruel. E ele não foi diferente com a garotinha Faerie...Malévola Faerie.

SALÃO REAL – UNIVERSO DE A BELA ADORMECIDA

EU SOU O FIM, EU SOU O INFINITO E EU SOU A LEI!—gritava Malévola enquanto forçava a Rainha a recuar cada vez mais

—-Maldita...

Malévola ria enquanto obliterava a Rainha, queimando a mesma com o plasma de sua magia, e ria enquanto sua inimiga gritava de dor.

Mas então, um forte barulho explodiu nos céus. Era como se o próprio Deus tivesse socado o tecido da realidade. O som se expandiu por todo o planeta. Malévola olhou para o local da explosão sonoro, havia algo no céu. Algo que ao seu ver, ela jamais tinha visto em toda a sua existência. O local começou a ficar turvo e relâmpagos começaram a brotar do nada, mesmo sem nenhuma nuvem. E então outra explosão sonora aconteceu. A onda de choque foi tão forte que Malévola precisou erguer um escudo magico denso e grande o suficiente para se proteger, e mesmo assim, a onda de choque explodiu o que restou do reino para longe, deixando apenas o salão real inteiro, flutuando no céu amparado pelo escudo de malévola.

—-O que é aquilo?—perguntou Malévola para o nada enquanto via algo se abrir no meio dos céus. Não algo, e sim o próprio céu se dividir em dois, como uma fenda. E um algo estava acelerando para fora dela a toda velocidade, seguido logo atrás de algo que gelou a poderosa fada. Aquela presença era muito obscura, obscura demais. E era imensamente mais forte que qualquer coisa que ela já havia presenciado. Fosse o que fosse, Malévola jamais poderia bater de frente contra. A única opção era fugir

JOLLY ROGER – UNIVERSO 798

—-Recalibrando amortecedores gravitacionais—falou o Navio

—-Homens! Aos canhões! Virando a bombordo! Stix e Olex, direto para a deck debaixo! Descubram um jeito de lançar aqueles misseis quânticos!

—-Sim capitão—disseram os dois em unissom

—-Gancho, saímos no local errado. Esse não era o nosso destino

—-Isso lá interessa agora? Jolly, quanto tempo até podermos voltar para o Interespaço?

—-Calculando

—-Gancho!—gritou o rato humanoide chamando a atenção do capitão para a frente do barco. Eles estavam indo direto para o chão.

—-Como é que faz essa coisa nivelar—gritou Gancho

—-Puxe o timão!—disse Mickey

James Hook ficou sem entender como puxar aquilo não iria fazer ele simplesmente ser arrancado do chão do navio, mas vendo que estava sem opções, seguiu o que seu aliado falava. Ao puxar para si o Timão, sentiu o Navio tremer tentando vencer a força da gravidade e da velocidade, tentando se nivelar para cima. O timão estava duro e se movia vagarosamente, enquanto o navio, nem um milimetro sequer

—-Estamos caindo!

—-NÃO ME DIGA RATO IMUNDO!

—-Alerta, impacto eminente em 1 minuto

—-Jolly Roger, Opções!

—-O uso dos motores de pouso é recomendado

—-Então use!

—-Aviso: Uso dos motores de pouso para outra função além da de pouso pode

—-SÓ FAÇA!

As juntas do navio começaram a se mexer enquanto da barriga do gigante de aço se abria e dela, dois propulsores saiam, lado a lado, e após alguns segundos, se alinharam para o ângulo de 90° em relação ao navio e se acionaram a toda a força, talvez até com mais potência do que deveriam. O navio agora começava lentamente a nivelar, mas o risco ainda era iminente

...

RESTOS DO SALÃO REAL – UNIVERSO DE A BELA ADORMECIDA

Malévola agora estava vendo o que era aquilo. Era um navio. Mas este navegava pelos ares? Isso era sequer possível? Aquele monte de metal e madeira flutuando como um pássaro? Mas não estavam flutuando. Estavam caindo. Mas o que estava preocupando mesmo Malévola era a coisa negra que estava abrindo ainda mais a fenda no céu. Duas mãos enormes e feitas de algo que ao mesmo tempo era solido e gasoso forçava sua abertura para o seu mundo. E então, ela viu seus olhos. Os olhos amarelos como os de um crocodilo e penetrantes como uma navalha. A visão daqueles olhos lhe fez retornar a sua infância, quando ela mostrara à Stefan seu livro de histórias. Um demônio interdimensional, era o que o livro dizia. Mas era apenas um livro de crianças...aquilo não poderia ser real...mas se não poderia ser, como ele, Chernabog estava ali, a sua frente, preste a invadir o seu mundo.

Mas então algo tomou novamente sua atenção. O navio que outrora estava preste a se chocar contra o chão, agora estava fazendo um rasante, voando tão perto do chão quanto podia, e estava vindo em direção aos restos do castelo. Mas conforme se aproximava, o navio voltava a ganhar altitude. Malévola se viu impotente perto do gigante de aço que crescia conforme ganhava altitude.

—-Salve minha filha

Malévola se virou para ver da onde vinha a voz. O corpo semicarbonizado da Rainha estava se mexendo, mas muito lentamente.

—-O que foi Rainha? Quer implorar agora por misericórdia? Um pouco tarde não acha?

—-Não quero misericórdia...Só quero que salve a Aurora...por favor

—-Por que eu deveria?

—-Por que você sabe muito bem quem está vindo por aquela fenda. E sabe que nem mesmo você pode contra ele

...

JOLLY ROGER

—-Estamos no ar novamente—gritou Gancho

—-Mas não estamos a salvos, olhe lá—gritou Mickey apontando para a fenda que agora brilhava em tons de laranja com vermelho e preto. O olho de Chernabog estava bem visível, apesar de sua forma completa estar escondida pelas nuvens escuras que ele trazia consigo. Nuvens essas que eram um amontoado de poeira cósmica, restos de planetas, mana em seu estado gasoso e outros elementos diversos

—-Homens! Aos canhões!—gritou Ganho

—-Liberando canhões de convés agora—disse Jolly Roger com sua voz metálica enquanto 10 buracos se abriam do chão do navio. 5 de cada lado, e deles surgiam os canhões. De cor dourada e claramente tecnomagicos, os canhões se assemelhavam aos canhões de um encouraçado, mas escalonados para caber no navio e também com um assento na traseira de cada um, junto com um joystick para tiros a queima roupa e um teclado para tiros mais precisos e a longa distância. Os integrantes da tripulação logo sentaram no assento, mas não sabiam como operar, até que Julios, o mais avoado da tripulação, colocou suas mãos negras no joystick e o virou para a fenda, e com um sorriso no olhar, apertou o gatilho do dedo indicador, disparando uma potente bala de 10 cm de diâmetro direto no olho de Chernabog. Um silencio se instaurou no navio enquanto a explosão do projetil acontecia.

—-Gostei disso—disse Julios enquanto apertava novamente o gatilho, disparando outra bala. Os seus companheiros de equipe logo se uniram aos outros 4 canhões e começaram a disparar em Chernabog. Os outros 5 canhões estavam do outro lado da embarcação, e não poderiam ser utilizados.

—-Excelente! Jolly Roger!

—-Sim capitão

—-Dispare a vontade! Mire naquele bastardo!—gritou James Hook sorrindo enquanto fazia o navio ganhar mais altitude

Jolly Roger assim fez e começou disparar seus outros canhões na besta. Uma chuva de projéteis acertou o demônio com tudo, que começou a recuar lentamente enquanto Jolly Roger continuava a atirar como se tivesse munição infinita. Mas não tinha, e assim, de uma hora pra outra, as armas pararam de disparar.

—-Sem munição

—-O QUE!?—gritaram todos em unissom

Chernabog logo percebeu que os disparos cessaram, e sem demora, rasgou a fenda com suas mãos cinzentas. Chernabog estava nesse universo

...

RESTOS DO SALÃO REAL

—-Aquilo é...

—-Sim. E nós não temos muito tempo

—-Nós? O que você quer dizer com...—antes que malévola pudesse se virar para responder, um corpo já sem pele a agarra por trás, passando os braços decrépitos em volta de seu pescoço e as pernas pela sua cintura—O que esta

—-Calada, e me deixe terminar isso

—-Sua louca, me solte e morra de uma vez

—-Essa ideia é uma das piores que já tive, mas é a única chance de manter a ultima esperança desse universo viva

—-O que você esta fazendo comIGO!!!—gritou Malévola enquanto uma forte dor tomava conta de seu corpo. Cada nervo do mesmo gritava ao mesmo tempo enquanto sua mente era bombardeada por descargas elétricas misteriosas. Seu corpo estava imóvel devido a dor, o que fez com que ela ficasse presa dentro dela mesma. Sua consciência estava indo e voltando num loop que parecia ser infinito e que a cada 3 minutos reiniciava.

—-Isso é necessário Malévola. Eu pediria desculpas, mas visto o que você fez, estou gostando de te ajudar fazendo você sofrer. Tome conta dos meus poderes Faerie. Esta mais do que na hora de você mostrar que não é uma monstra assim como toda a sua linhagem foi. Não me decepcione Malévola Faerie.—e com essas ultimas palavras, a rainha sorriu, antes de seus braços e pernas perderam as forças e a mesma se soltar de Malévola liberando a mesma da dor agonizante. O que sobrou do que um dia foi a rainha se esfarelou no momento que tocou o chão, deixando nada mais que pó para trás.

—-Sua vadiazinha—falou Malévola ainda ofegante e de 4 tentando se recuperar. Por que a rainha teria passado os seus poderes para ela? Por que fazer isso?

Antes que pudesse concluir seus pensamentos, um rugido a despertou. Chernabog estava chegando perto. Seu tamanho enorme fazia a terra ser puxada para perto dele, que era automaticamente desintegrada. Ele era tão denso e grande, que começou a atrair tudo para si, tamanho era a sua gravidade. O planeta inteiro começou a rachar.

—-Okay...vamos ver o que essa rainha pode fazer—disse Malévola sorrindo mas ao começar a preparar o feitiço, uma corda brotou na sua frente. Ao olhar para cima, lá estava o navio alado, parado a 20 metros acima dela

—-PEGA ESSA MERDA DE CORDA!—gritou uma voz vindo do navio

Lutar ou fugir? Fugir? Logo ela? Que agora era o ser magico mais poderoso desse mundo...fugir? “Não” pensou a fada. “Fugir não. Recuar para atacar depois” foi o que pensou enquanto pegava na corda e era puxada para cima.

Ao chegar no convés, Malévola foi recebida com espanto por todos os homens que la estavam. Eles a encaravam com uma mistura de receio e admiração. E ela gostava dessa sensação

—-Otimo, pelo menos uma maga...Malevola, aonde esta a rainha?

Estava louca, ou um rato humanoide acabara de falar com ela? Seria ele um ser magico? Um que nunca vira na vida?

—-Que bebe é esse?—perguntou um dos marujos

Foi quando malévola olhou para baixo e levou um susto ao perceber que a princesa aurora estava calma e serena em seus braços, e sorriu para a vilã quando a mesma se deu conta de sua existência. Deve ter pego a bebe no impulso...mas por que? Teria a rainha dado algum comando oculto para ela enquanto a mesma estava paralisando Malévola? Talez...mas tratou de afastar esse pensamento da mente. Foco. Era o que precisava nesse momento.

—-Mickey, temos que ir agora—disse o que parecia ser o capitão. Um homem bonito ela notara, mas sem uma das mãos. “Pobrezinho...como é que ele se...bem tem a outra mão não é?” pensou malévola rindo de canto

—-Sim Gancho. Inicie o salto

—-Jolly Roger, executar Salto interdimensional

—-Salto interdimensional em andamento

—-NÃO!—uma voz gritou mais alto que tudo. Mais alto que a destruição. Malévola conhecia aquela voz. E tratou de correr para o parapeito traseiro.

Correndo pelo terreno ainda chamuscado da barreira magica, passando pelas poças de sangue, estava o único amigo e talvez algo mais de Malévola. La embaixo, em meio a toda aquela destruição e caos, estava Diaval. Os olhos de malévola se arregalaram ao ver seu companheiro de batalha correr pelo campo até o castelo, sendo seguido da nuvem de destruição de Chernabog

—-Temos que descer!—gritou ela

—-Esta doida é? Ninguém desce daqui. A não ser que queira morrer

—-Não! Você não entende, Diaval esta la embaixo

—-Eu to com cara de que se importa? O navio esta partindo. Se ficarmos mais um segundo aqui, morreremos também

Malévola se enfureceu e se voltou seus olhos para o chão, onde o aterrorizado Diaval corria pelos escombros do que um dia foi o reino. A gravidade de Chernabog ainda não havia o pegado, mas mesmo com todos os aprimoramentos mágicos de Malévola, Diaval não poderia correr para sempre. Mas então ele entrou nas ruinas e sumiu de vista. O coração da vilã estava batendo forte, rápido e pesado enquanto não encontrava seu amado. Quando então, dois objetos dispararam do meio dos escombros na direção do navio. Os objetos estavam tão rápido que passaram direto pela lateral do navio, apenas para depois retornarem e se unirem à Vilã. Suas asas. Diaval tinha ido buscar suas asas. Mesmo nesse tremendo caos e horror, ela tinha sido o último pensamento dele.

—-Eu te imploro, desça o Navio—disse a Faerie chorando e aos prantos

—-Já disse que não—falou Gancho—Jolly, por que esta demorando tanto?

—-Devido a alta gravidade presente na área, os motores interdimensionais não estão conseguindo abrir uma fenda.—respondeu o Navio

—-Puta Merda!—praguejou Gancho

Malévola nada disso ouvira. Estava mais preocupada com seu amado. Então, sem pensar nas consequências, deixou a pequena Aurora no chão do convés atrás de gancho e se lançou no ar. E despencou. Usando a gravidade de Chernabog para acelerar ainda mais. Diaval ao ver malévola abriu um sorriso imenso em seu rosto. Ela havia voltado por ele. E estava perto. Ambos se amavam, já haviam divido a mesma cama...o mesmo coração. Por alguns preciosos segundos, Diaval sorriu enquanto estendia sua mão para a Fada que também fazia o mesmo Gesto. Apenas centímetros separavam os dois agora. Mas o destino é sempre cruel não é mesmo? E assim, ele se mostrou novamente, pois assim que seus dedos se tocaram, Diaval fora envolvido pelas mãos de Chernabog e esmagado brutalmente, junto com um punhado de detritos e pedaços de rocha. O sangue de seu amado estava em todo o seu ser. Nas suas asas, no seu peito, em seus chifres estava até o que sobrou de seu olho esquerdo. Aquela imagem...ficaria em sua mente para sempre. Ela nem notou que a destruição estava a apenas metros dela. Assim como não notou uma corda envolvendo ela e a puxando para dentro do Navio, e nem sequer notou enquanto o mesmo deixava o seu mundo, rumo ao espaço entre os universos


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora pra postar. prometo ser postar mais em rapido da proxima vez. E Connor, obg por tirar meu bloqueio mental lek. Tu é foda



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