Clichês escrita por Miss A


Capítulo 6
Maria Antonieta? Quero.


Notas iniciais do capítulo

Eu amo tanto esse título.
Vontade de tatuar.



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— James – Gemi, sentindo tanto prazer quanto era possível um só ser humano sentir. James levantou o rosto e beijou meu queixo. Ele saiu de cima de mim e se jogou ao meu lado.

Eu adoraria fazer um contrato vitalício com essa cozinha industrial.

Espera.

Que?

Olhei para James que descansava de olhos fechados.

Merda.

Eu não poderia estar me apaixonando, certo? Não tão rápido.

Impossível.

— Rose?

Droga. Eu estava fazendo a expressão aterrorizada de quando eu descobri que eu tinha escorpião no mapa astral¹?

— O que foi?

— Você está com os olhos arregalados. Vai surtar de novo?

Eu pisquei.

— Não.

— Bom. Venha aqui, então.

— Para quê?

Ele lançou um olhar irritado.

— Quero toque humano, algum problema?

— Está carente, James? - Perguntei em tom de deboche, mas me aproximei dele.

— Não.

— Tudo bem estar carente hoje. A Lua está em câncer.

Ele puxou meu corpo para si e me virou de costas para ele.

— Você sabe que eu não entendo nada quando você fala de astrologia - Ele falou. Sua boca estava próxima ao meu ouvido o que fez os pelos da minha nuca se arrepiarem. Ele apertou seu braço ao meu redor e encostou sua cabeça na minha.

— Isso porque você tem uma péssima memória ou não presta atenção no que eu falo.

— Eu sempre presto atenção no que você fala.

Eu sorri.

E depois reprimi o sorriso.

Maldito James.

Este não era o modo mais sensato de fazer com que eu não me apaixonasse por você, querido.

— Não vai retrucar?

— Às vezes a melhor resposta é o silêncio.

— Silêncio é clichê, não acha?

— Eu gosto.

Ficamos em silêncio.

Mas não por muito tempo, afinal era James.

— Podemos criar a nossa sociedade secreta hedonista agora?

— Essa é a sua forma de dizer: “Vamos transar recitando Os Lusíadas”?

— Você acha que eu quero transar falando sobre praias lusitanas?

— Sim.

— Não. Definitivamente.

— Ok.

— Prefiro falar sobre a revolução francesa².

— Que excitante.

— Na verdade é. As francesas são sedutoras.

— Eu pegaria a Maria Antonieta³.

— Boatos de que ela era bissexual.

Eu assenti com a cabeça.

— E você?

— O que?

— Fica com mulheres frequentemente?

Revirei os olhos.

— O que você acha?

Sua mão começou a acariciar minha barriga, seus dedos subiam até meus seios e desciam novamente.

— Eu não sei.

— Sim. Mais ou menos. Eu fico com uma pessoa quando eu gosto dela.  

— E como é?

— Você deveria saber, fica com várias.

— Verdade - Ele fez uma pequena pausa - E como você define sua orientação sexual?

— Por que eu tenho que me rotular?

— Fica mais fácil.

— Como aquariana, eu me recuso.

— Foda-se o sistema, é isso?

— Exatamente - Virei-me para vê-lo - E você? Já ficou com um homem?

Ele me devolveu um sorriso malicioso.

— O que você acha?

— Não sei. Prefiro que você me surpreenda.

— Sim.

Eu ri, deliciada com a informação.

— Conte.

— Não prefere que eu te mostre?

Seu braço apertou o meu corpo ao dele e sua mão desceu, apertando a minha bunda.

Estreitei os olhos.

— Isso é um jogo, não é?

— Huh?

— Você nunca ficou com um garoto.

— Talvez.

— Fale sério, James.

Ele manteve seu sorriso.

Pedante como o inferno.

Ergui minha mão até tocar os seus lábios.

— Às vezes eu tenho vontade de rasgar seu sorriso com as unhas.

— Ótimo, gosto de garotas selvagens.

Apertei sua bochecha com o intuito de causar dor. Antes que James pudesse se manifestar, ouvimos batidas na porta.

— Droga.

Eu tinha quase certeza que nenhum de nós tinha trancado a porta.

— Não entre! - Gritei. Puxei a coberta que estava aos nossos pés e joguei por cima de nós rapidamente.

É claro que Fred ignorou o meu pedido e abriu a porta mesmo assim.

— Fred, eu estou meio que ocupada aqui - Fuzilei-o com os olhos.

 

Ele sorriu sem pudor algum.

— Só quero saber se você sabe onde está o James, priminha.

 

Meio que debaixo dessa coberta.

— E eu vou saber onde está o parvo do James? Ele deve estar em algum puteiro, sei lá.

Fred riu.

— Agora saia daqui.

— Ok, ok. Divirta-se, anjo - Fred acenou antes de sair.

A famosa vontade de estapear ele e seu sarcasmo estava forte.

Assim que Fred fechou a porta, eu levantei para trancá-la.

— Não sei por que Fred não pode saber.

— Você está louco? Ele é um linguarudo.

— Se ele ouvir isso vai achar que é um elogio sexual.

Revirei os olhos e voltei a me deitar na cama.

— Fale baixo ou ele vai reconhecer sua voz.

— Amor, não sou eu que grito quando estamos na cama.

— Vá se foder.

— É uma ótima ideia - Ele disse antes de me puxar para os seus braços. 

 


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Notas finais do capítulo

1. Mapa astral: É da Astrologia. Mapa astral é uma fotografia do céu no momento em que você nasceu. Ele mostra todos os posicionamentos astrológicos que compõe sua vida e personalidade.
2. Revolução Francesa em poucas palavras: Altos impostos. Revolta. Queda de Bastilha. Mortes. Fuga dos reis. Guilhotina. Cabeças rolando.
3. Maria Antonieta: Rainha da França, esposa do Rei Luís XVI. Figura controversa. Guilhotinada durante a revolução anteriormente citada. (Ela foi muito mais do que isso, mas não vou me estender).


Capítulo curto, eu sei. Sorry, guys.
Mas vamos pensar pelo lado positivo, este foi o último curto. Todos os próximos serão grandes (a minha definição de grande, pelo menos kkk), com exceção do penúltimo cap.
Mas sobre o capítulo, JAYROSE, gente. Amo tanto.
Ninguém aí não está escrevendo uma JayRose e não quer que eu leia? Estou necessitada desse casal, minha gente. Me ajudem.
Outra coisa também, vocês já ouviram Maracutaia, da Karol Conka? É TÃO James Sirius Potter!

Vejo vocês nos comentários (espero ver vocês, fantasmas também u.u). ♥



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