Coração de Carmesim escrita por Narrador sem nome


Capítulo 1
Parte 1 – Mundo da imaginação.




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Era uma vez uma garota chamada Jade, uma desenhista renomada que conquistou muitos fãs ao redor do mundo e após cinco anos de trabalho bem sucedido ela começa a passar por uma crise de criatividade jamais vista, mesmo recebendo pelo trabalho anterior, ainda faltava originalidade em suas criações.

O seu dia praticamente se resumiu em encarar um papel em branco completamente desolado, nada o impulsionava em criar alguma história, filmes, quadrinhos, livros, músicas, todo o tipo de mídia não despertava a criação em sua mente...

No caminho de descobrir qual história iria iniciar, Alan, seu representante, entra para lhe trazer uma boa notícia. Uma entrevista em um talk show.

Completamente sem ideias ela cai sobre as folhas.

— Eu desisto, não tenho nenhuma ideia para a próxima história...

Alan suspira e coloca sua pasta sobre a escrivaninha.

— Porque não tira o dia de folga, vai espairecer um pouco.

— Mas não consigo criar algo novo há meses.

— Você lançou cinco histórias de grande sucesso Jade, todo mundo tem seus limites.

Jade pensou um pouco e logo se rendeu aos argumentos de seu amigo.

— Tem razão, como você mesmo disse, é melhor eu espairecer.

Jade a Alan decidiram ir a um boliche que havia aberto a meses, enquanto ela jogava, Alan explicava sobre a entrevista em um programa de TV, Ela logo se irritou com o método de Alan.

— Pensei que eu vim aqui para espairecer.

Alan sem graça fechou a pasta.

— Tem razão, me desculpe...

Jade entregou a bola de boliche para Alan.

— Sua vez!

O jogo voltou a acontecer sem mais interrupções, No fim do jogo Alan decidiu ir ao banheiro, deixando a última jogada para ela, mas algo que ela mal imaginava iria acontecer um velho senhor não parava de encará-la, tanto que começou a incomodá-la.

— Posso ajudar senhor?

— Você é a Jade? Sou um grande fã seu.

— Nossa! Obrigada.

— Estou ansioso para ver seu novo trabalho.

Ela suspirou e depositou a bola no suporte, o que fez o velho senhor se perguntar.

— Algum problema? – Indagou o velho senhor.

— Não, é que... Estou com uma crise de criatividade e não consigo criar nada de novo.

— Bloqueio criativo heim.

O velho senhor começou a mexer em sua mochila, Jade com uma expressão confusa a encarou e viu-o retirar um lápis dourado.

— Tome.

— Não entendi.

— Esse lápis é mágico, permite o autor ter criatividade.

Jade mostrou um olhar cético e pegou o lápis, na superfície dele tinha uma escrita em latim que traduzido para nossa língua seria mais ou menos como a chave da imaginação.

— Sério!

— Pois teste, eu aposto que sua criatividade virá instantaneamente.

Ela franziu os lábios e analisou o lápis um pouco mais perto.

— Não custa nada tentar.

Alan chamou sua atenção, trazendo consigo um copo de plástico.

— Estava falando com quem?

— Ah, é só um moço... – Quando ela se virou, viu que o velho senhor não estava mais presente – Que estava logo aqui...

Alan riu e logo pegou a pasta que estava na mesa.

— Pelo placar, parece que venci.

— Até parece, na ultima jogada você roubou. – Disse Jade dando-lhe uma tapa nas costas.

Na madrugada Jade não conseguiu dormir, ela apenas encarava o lápis dourado em suas mãos, ela deu de ombros e decidiu escrever um pouco, como o velho senhor descreveu, ideias começavam a borbulhar em sua mente, quando finalmente percebeu ela tinha escrito um capítulo inteiro de seu novo conto.

— Coração de carmesim, sim, esse vai ser o título.

Alan reapareceu na sala completamente assustado.

— Não me diga que você não dormiu?

— É porque aconteceu algo incrível, esse lápis mágico de repente me fez criar um capítulo de um conto.

Ela pegou a pagina inicial e mostrou ao Alan.

— Veja. O nome do conto é coração de Carmesim, e conta a história de um reino onde os cidadãos se misturam com criaturas antropomórficas, e tem bruxos, e fabulas e...

Alan colocou as mãos nos ombros de Jade.

— Vá dormir, você está completamente desgastada.

— Mas, eu ainda tenho ideias.

Alan a empurrou para fora da sala, tirou o lápis dourado da mão dela e depositou na mesa.

— Vá dormir, eu aposto que essas ideias não irá sumir.

— Acredita em mim Alan, esse lápis é mágico.

— Está bem, está bem, vou acompanhar você até o seu apartamento.

A porta se fechou e na escrivaninha os papeis com o manuscritos começavam a brilhar, o lápis respondeu com uma ressonante de luz tremeluzente, as palavras em latim “chave da imaginação” começava a fazer sentido.

No dia seguinte ela se perguntava de como havia parado em sua cama, se levantou confusa e foi até o banheiro escovar os dentes, o telefone tocou e o barulho do toque era ensurdecedor para os ouvidos sensíveis dela.

Ela logo atendeu para não ouvir mais aquele som perturbador.

— Alô.

— Finalmente acordou, quer que eu leve o almoço?

— Almoço? Que horas são? – Disse Jade com a escova de dente na boca.

— Duas da tarde.

A surpresa a fez cuspir a pasta de dente no espelho.

— Ah droga, meu expediente.

— Eu já liguei avisando que você vai faltar.

— Que assistente útil, obrigada, mas eu ainda tenho uma dúvida.

— Diga.

— Como vim parar em minha cama.

— Eu a trouxe ao seu apartamento, você estava completamente anestesiada de tanto escrever.

— Entendo, mas como sabia que eu não tinha ido para casa?

— Liguei para seu apartamento e você não atendeu e uma vizinha sua me ligou dizendo que viu luzes acesas no escritório aí eu liguei os pontos e...

O silêncio tomou conta no outro lado da linha, Jade sem entender perguntou.

— Você está bem?

— Rápido, venha aqui no seu escritório.

— Por quê?

— Porque tem uma porta esquisita no meio da sala.

Ela sem entender apenas desligou o telefone e se trocou.


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