A Canção de Fogo - Faíscas escrita por Sapphire


Capítulo 5
Praire I


Notas iniciais do capítulo

Oi gente!!! Muita gente ficou me cobrando o novo capítulo no facebook, e para falar a verdade? Eu fiquei muito feliz!! É MUITO bom saber que eu tenho leitores que me apoiam e ficam ansiosos para o próximo capítulo. Muito obrigado pelo apoio e eu espero que vocês continuem cada vez melhores ♥
Quero dar um bem-vindo especial a todos os leitores novos que começaram a acompanhar ou favoritar, também quero agradecer a LC_Pena, NGomes que são leitoras maravilhosas que nunca falta seus comentários aqui!!! Se quiserem saber algum spoiler só me chamarem no facebook rsrsrs
Também obrigado a EndDmd, ChrysEmille que comentaram desde que eu postei o último capítulo. A todos os leitores que dão aquele up no facebook, conversam comigo querendo saber sobre o futuro da história, vcs são 10000 ♥ ♥

Sem mais delongas, vim apresentar a vocês esse novo capítulop da fic que se passa ao mesmo tempo que o capítulo da Clair, e vocês vão saber já já o porquê.

Trailer da fic: https://youtu.be/pJD9bNJIWxk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/739834/chapter/5

Aquela era uma das piores sensações da vida da garota. A parte de trás da carruagem estava repleta de arcos, espadas e machados com suas "tampas", para que não houvesse acidentes posteriores, e Praire agradeceu isso. 

  As rodas e os cavalos se movimentavam velozmente, criando uma forte movimentação na área onde a garota estava. A cada solavanco causado, as armas pulavam, as vezes caíam por cima da garota. O pano por cima dela a sufocava com o calor, e a cada vez que ela conseguia colocar o pequeno rosto para o lado de fora e podia sentir o ar gélido, era um alívio. 

Uma das coisas menos admiráveis em crianças, até em alguns adultos, é o fato de agirem na maioria das vezes sem pensar em consequências, e naquele instante, Praire começava a se perguntar se devia agir menos assim. 

Tudo começou naquela manhã. 

... 

Comidas no norte em sua maioria eram quentes, o que era completamente normal levando em conta o frio. Praire era a mais nova entre os quatro filhos do Rei Kloire Parsons.  

Seus cabelos brancos estavam trançados perfeitamente, ela mesma havia pedido esse penteado, inspirada em sua irmã. Sua vestes quentes pesavam o seu olhar. Seu rosto se voltou por uns instantes para Verirsis. O garoto tinha nascido por volta de um ano depois de sua irmã Clair, mas por algum motivo,  todos achavam que eles eram gêmeos. Além das suas características iguais, algo comum na família Parsons, os dois possuíam uma personalidade parecida, sempre confundindo as famílias vizinhas. 

O mais velho dos irmãos Parsons era Aeris. Um príncipe invejável aos olhos de toda Hangarus. Tanto em beleza quanto em personalidade e habilidade. Seus cabelos haviam acabado de passar do pescoço, os olhos com um intenso cinza que parecia se misturar com o azul dos Pachini, a família de sua mãe.  Era um mistério em como ele ainda não tinha se casado, talvez já estivesse tudo preparado e ninguém tinha contado para Praire. Enquanto todos conversavam entre si, ele era o único que não rendia o assunto aos demais familiares e se focava na comida. 

— Onde está Clair? – A voz de Verirsis soou. 

Praire rodou seu rosto mais uma vez. Sua irmã costumava chegar no local em um horário mais tarde, uma das grandes reclamações de seu pai a ela.  Mas mesmo com a demora, ela sempre chegava, e pelo jeito isso não ia acontecer. 

— Xufta 

A serva que estava de pé a centímetros das parede mais próxima, se aproximou da Rainha Elli e esperou as ordens.  

— Quero que vá nos aposentos de Clair e a chame. 

A Rainha do Norte era a única sentada a mesa que tinha características diferentes. Antes de se casar com o nortenho, Elli era princesa de um dos maiores reinos de Hangarus: Livada.  

Assim como os Parsons, os Pachini possuíam características parecidas entre si. Os cabelos loiros, olhos azuis e a pele branca. Por causa de tais características, os filhos de Vroiner e Elli não nasceram diferentes de outras gerações da família real do Norte. 

— Não - A Voz firme do Rei fez com que todos olhassem para ele. - Tenho avisado diariamente sobre esse atraso... Hoje irá servir de lição.  

— Ela ficará sem a refeição?  

Praire ficou surpresa pelo seu irmão mais velho ter falado alguma coisa. 

 - Se Clair estivesse se importando tanto com sua refeição matinal, teria chegado junto conosco... - Ele iniciou um silêncio que se estendeu até que todos terminassem suas refeições. O Rei Kloire foi o primeiro a se pôr de pé diante da mesa. -Aeris e Verirsis, espero que estejam prontos para a caça semanal.  

— Nossa... – Verirsis soou desanimadamente, ele deu uma olhada para Praire, que ameaçou dar uma risada. Uma risada que só não ocorreu porque Aeris fixou seu olhar firme nos dois, e quando o clima dos caçulas pareceu diminuir, o mais velho respondeu:  

— Sim. 

Aos poucos os membros da família foram saindo, até sobrar Praire e Verirsis. Quando o garoto se levantou, sua irmã o seguiu. Ela era poucos centímetros menor que ele, se os vissem separadamente podia até dizer que são da mesma altura.  

— Ver! Você vai caçar de novo? Que inveja – A garota chutou uma pedra imaginária. 

— Eu não diria tais palavras com tanto prazer. - O garoto cruzou os braços na medida em que andava. 

— Por que? Eu quero muito fazer isso! Será que papai não me leva também?  

Uma risada saiu dos lábios do menino. 

 - Em seus sonhos? Talvez. 

Os dois entraram em uma parte do Castelo onde se mantinha guardado as carruagens. Normalmente, o Rei e o Príncipe mais velho já deviam estar ali, e tal ato não tinha se firmado.  

— Onde eles estão? - Praire perguntou. - Pensei que estariam aqui.  

— Eu também... - Após alguns minutos, ele voltou a falar. - Não devia estar com Sheva?  

— Shera – A caçula corrigiu. - E eu já estou indo, só queria passar um tempo com meu lindo irmão! - Deu um sorriso e ficou mais próxima dele. 

 O rapaz arqueou as sobrancelhas e deu um passo de distância da criança. As palavras de sua irmã eram preocupantes. Felizmente, Verirsis não era uma pessoa estúpida, ele sabia o que a irmã queria. Praire observou seu irmão revirar os olhos, e o sorriso cresceu no rosto da caçula. 

 - Nós vamos para aquela ali – Apontou para uma das carruagens mais simples. - Só tome cuidado para não se machucar. 

Praire abriu um sorriso e abraçou seu irmão com força. 

 - Obrigada! 

 - Certo, Certo – Ele respondeu o afeto. - Vá de uma vez, eles podem chegar a qualquer momento.  

... 

Agora ela só se perguntava o porquê de ter feito isso. Quando uma aljava bateu em suas costas, a princesa do norte soltou um gemido de dor, um barulho que logo foi abafado pelas mãos da mesma. 

 - Ouviram isso? - Assim que ouviu seu pai, a garota tremeu. 

Os cavalos foram diminuindo os passos, e logo a carruagem parou.  

— Sim! Fui eu – A voz de Verirsis estava nervosa, parecia estar mais trêmulo do que a própria irmã. 

 - Estás do meu lado, caso fosse você eu teria ouvido nitidamente... - Praire nunca quis tanto que Aeris ficasse quieto. - Esse som veio lá de trás... Deixe que eu irei ver.  

— Não - Kloire disse em seguida. - Eu vou. 

Era agora que a caçula dos Parsons morria. O silêncio era absoluto naqueles longos e infelizes minutos. O único som que se ouvia, era o da sola dos sapatos do Rei do Norte se aproximando cada vez mais da garota. 

O pano se levantou, e Praire deu um sorriso fraco ao mesmo tempo em que forçava uma voz simpática:  

— Oi 

... 

A garota focava nos seus dois pés juntos, seu braços estavam grudados nas costas e ao mesmo tempo cruzados, seus cabelos soltos sob o rosto, a trança havia sido desfeita a minutos atrás. Na sua frente, seu Pai, o Rei Kloire Parsons, e a direita dele Aeris Parsons, seu irmão mais velho, e a sua esquerda Verirsis Parsons, que estava com a mão no rosto, com um significado de nervoso. 

 - O que você tinha na cabeça quando decidiu que iria entrar escondida na carruagem? Você tem noção do quanto poderia ter se machucado?  

 - Mais? - Aeris fez um sinal com a cabeça. - Olhe seus braços e pernas, repletos de marcas roxas. - Você já parou para se perguntar se uma das armas estivessem sem capa você estaria morta agora? 

 - Não...  

— Isso é óbvio nem precisava responder – O Rei respirou fundo e fechou seus olhos. Mais uma vez ele iniciou um silêncio pesado. Só depois de alguns minutos que ele voltou a falar. - O que você tinha em mente?  

— Eu só queria vir caçar também! Não é justo o Verirsis vir sem vontade, enquanto eu que estou morrendo de vontade tenho de ficar sentada o dia todo... Isso é entediante. 

 - Por que não me pediu? - Perguntou. 

 - Porque ele disse que era impossível - Praire respondeu seu pai, ao mesmo tempo em que apontava seu dedo indicador para o irmão da esquerda. 

 - Não, eu disse que talvez pudesse se realizar em seus sonhos. - Veririsis cruzou os braços e levantou uma das sobrancelhas. 

— Vamos decidir uma coisa? Da próxima vez em que você quiser fazer algo que ache impossível, me pergunte antes. - Seu pai disse. 

 Aeris olhou para sua irmã envergonhada, e para os familiares ao seu lado. Ele soltou o ar preso em seus pulmões e se voltou para o homem ao seu lado.  

— Nós vamos caçar ou...  

— Vamos – Ele respondeu, em seguida andou até a parte de trás da carruagem, de onde retirou um machado.  

Aeris escolheu um arco e flecha. Ele foi pintado para parecer que tinha sido feito com a mesma prata da coroa da realeza nortenha. Verisis havia escolhido uma adaga comum, com detalhes enevoados no cabo e com a ponta mais fina. Mesmo estando próximo da área de caça, eles subiram na carruagem e se prepararam para partir. 

Praire observou seu pai e irmãos prontos para partir. Ela suspirou triste, e o pior de tudo é que nem lembrava o caminho para voltar a capital, se imaginou andando sozinha durante horas. "Talvez um lobo me encontre e me mate, ou melhor, talvez ele cuide de mim como se fosse sua filha! Ao menos ele me deixaria caçar" 

— O que faz parada aí? - Kloire perguntou. - Suba logo. 

Praire demorou poucos segundos para raciocinar a fala de seu pai, depois que ela entendeu abriu um enorme sorriso e começou a correr na direção da carruagem. Após sentar ao lado de Veririsis, olhou para a vista e disse imitando a voz dele:  

— Em seus sonhos? Talvez. 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Oi gente, sei que foi um capítulo mais curto do que o costume, e venho dizer a vocês que eu não sou muito um autor que fica enrolando só para ter muitas palavras, eu apenas gosto de mostrar o que quero, sem muita enrolação para não ficar maçante e enrolar vocês.

Vou fazer 2 perguntas para vocês e queria muito que vocês me respondessem: O que acham de um Site ou Tumblr (ou os dois) para vocês terem mais informações sobre o universo da fic, famílias, acontecimentos importantes e etccc, o que acham??

e também o que acharam desse capítulo de hoje? To aqui esperando os comentários de vocês!! Bjs e até o próximo ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Canção de Fogo - Faíscas" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.