A Canção de Fogo - Faíscas escrita por Sapphire


Capítulo 26
Valquíria III




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Valquíria nunca havia visto aquele Salão tão cheio, todas as famílias importantes de Hangarus estavam lá, dos Parsons até os Sunrise. Ela se perguntou se os Grigori estariam lá, mas se estivessem teriam aparecido durante o dia na Sala do Trono. Seu corpo se colocava um pouco atrás da Rainha, ao lado das outras damas de companhia, que cochichavam entre si sobre os convidados que alcançavam seus olhos.  

Do lado direito da Rainha Penny, a Rainha Fiona de Livada repousava de forma serena observando tudo ao seu redor. Próximo dali as princesas do Norte e de Aksum corriam como se não houvesse amanhã, Selene e Praire sorriam, pulavam, e pareciam aproveitar bem o Banquete. Valquíria se lembrou de quando ela corria com Quor e também Selene, que naquela época era bem menor em relação aos dias atuais. Sentia saudade quando não tinha muitas obrigações em sua cabeça, a vida era bem mais fácil. 

— Selene é uma menina linda – Ouviu a voz de Fiona comentar com a Rainha. - É uma pena que ela já esteja prometida para o próprio irmão, seria uma ótima aliança para o nosso reino.  

— O Reino do Norte é tão grande quanto Aksum, querida Fiona– Valquíria fitou os cachos castanhos da Rainha Penny, e após alguns segundos virou para o chão, afim de que ninguém notasse que estivesse ouvindo conversas alheias. - Tenho certeza que o Rei Kloire Parsons ficaria contente em manter a aliança que começou com sua irmã, a Rainha Elli. 

 - Incesto não é comum entre os Pachini– Valquíria gostaria de olhar para o rosto de Penny quando ouviu Fiona dizer aquilo. - Praire é prima direta de meu filho, Lontres, não quero causar nenhum problema em nossa genealogia  

— O que você está querendo dizer com isso? - A pergunta de Penny fez com que Valquíria engolisse um seco. A dama de companhia olhou para o lado e viu todas as outras damas de companhia terem a mesma feição. 

Não era segredo para ninguém que os Tass eram adeptos do Incesto afim de manter a linhagem pura, mas com o passar dos anos isso não acabou muito bem. Aos poucos as crianças Tass iam nascendo com defeitos, a maioria morria algumas semanas depois do parto, outras nem chegavam a nascer, matando suas mães no ventre. A maioria dos filhos que conseguiam nascer e crescer acabaram se tornando estéreis e não podiam procriar. No Reino Rom, isso reduziu a linhagem da família a apenas duas pessoas: o Rei Orfeu Tass III e a Rainha Ártemis Tass. O único motivo dos Tass de Aksum ainda conseguirem se manter de pé mesmo por tanto tempo, é porque eles diminuíram bastante a prática do incesto, o suficiente, digamos assim. 

— Não me interprete de modo errado, Penny... Apenas estou tendo dificuldades em arranjar uma esposa para Lontres— A loira virou se para trás, e fitou as damas de companhia, todas formosas e jovens. - Todas elas já estão casadas? 

Valquíria engoliu um seco, essa era uma resposta que ela já sabia. Joana Mascur era a primeira, já tinha até um filho com seu esposo. Isla Dubois já estava prometida ao futuro Rei de Karlee, que devia estar cada vez mais próximo do continente de Hangarus. Uza Sunrise era casada com um lorde de Livada. Asami Taka também já era casada. A única ali sem nenhum prometido era a própria Valquíria.  

— Grigori, não? - A garota sentiu os dedos de Fiona desfilarem pelos seus cachos ruivos, e de alguma forma um arrepio preencheu seu corpo. - Uma bela combinação... Você é linda.  

Os olhos de Valquíria e de Fiona se encontraram por alguns minutos. Ela conseguiu contemplar o próprio rosto em calafrios dentro da imensidão verde que era a visão da Rainha de Livada.  

 - Depois conversamos sobre isso, Penny— Ela deu um sorriso e em seguida desfilou pelo Salão. 

Valquíria engoliu um seco e olhou para as damas de companhia que haviam ouvido toda a conversa. 

 - Você vai ser rainha! - Uza sorriu para a garota. - Que ótimo!  

— Isso quer dizer que sempre vamos nos encontrar – Isla deu um sorriso, a dama naquele dia estava tão bela quanto a lua. Seus olhos violeta eram como música para a própria feição, um toque mais do que especial. – Parabéns Valquíria.  

— Nada mais justo, que Rei não gostaria de ter esse rosto ao seu lado?— Joana soou da forma mais amigável possível.  

Valquíria por sua vez não disse nada. 

— Não está feliz? - Asami juntou as sobrancelhas. - Você vai ser Rainha de Livada! 

 Pelo jeito suas amigas estavam mais contentes do que ela. Valquíria não sabia ao certo o porquê de não estar feliz, talvez pelo fato de Lontres Pachini ser bem mais novo do que ela, ou um casamento naquele momento significaria abrir mão de tudo o que conhecia.  

— Eu não sei o que pensar...  

— Não precisa pensar em nada, farei o possível para que você se torne uma nova Pachini... Apenas tente não se entristecer, tenho certeza que terá uma vida maravilhosa, pois você merece. - Sentiu os dedos de Penny acariciando o seu rosto.  Em seguida a Rainha olhou para suas damas e sorriu. - Vocês não ficarão atrás de mim o banquete todo, não é? Vão se divertir!  

 Valquíria forçou seu melhor sorriso, mas não comentou nada, ainda não sabia o que dizer em relação a tudo aquilo, preferia ficar calada e talvez tentar aproveitar a festa. Caminhou sozinha mesmo com tanta gente a sua volta, andou até a mesa das refeições apenas para pegar uma pequena uva.  

— Comida é a substância certa para ajudar a pensar – Ouviu a voz de Isla se aproximar. - Fico feliz que será uma rainha, você merece.  

— Eu nunca saí de Aksum, e quando eu sair quer dizer que será para me tornar uma Rainha? - Engoliu um seco. - Estou com medo. 

 - Você é forte Valquíria, não deixe se abater com este possível casamento, apenas seja quem você é - A dama deu um sorriso e passou a mão pelas costas da garota, em um gesto carinhoso. 

Os músicos ali próximos começaram a tocar uma música animada o suficiente para conseguir contagiar as garotas, o suficiente para Valquíria se ver dançando com Isla em meio a risadas e rodopios saltitantes. Em A volta delas várias pessoas dançavam também, até mesmo o príncipe Hélius se divertia com sua futura esposa, Jane. Olhando para ele naquele momento ninguém poderia imaginar a peste que ele traria para Aksum ao sentar-se no Trono, mas a garota não gostaria de pensar em Hélius naquele momento.  

— Isla— Um homem que Valquíria não conhecia se aproximou dela, suas vestes eram bonitas e não aparentavam pertencer a um plebeu. - Gostaria de dançar comigo?  

— Ah... - Ela olhou para Valquíria, que deu uma risada e fez que sim com a cabeça, como se estivesse dizendo “tudo bem, eu não me importo de ficar aqui sozinha”. — Aceito.  

A dama ficou parada por alguns instantes vendo a amiga dançar com alguém aleatório, e virou as costas, gostaria de encontrar com Quor para contar o que estava acontecendo, mas não o achava em lugar nenhum. Talvez ele nem estivesse mais no banquete, porém havia tantas pessoas naquele lugar que seria difícil dizer ao certo quem não estaria de fato. 

Sentado em uma mesa mais elevada do Salão, o Rei Átila II ria com sua taça de vinho em mãos, ao que parecia o Rei Kloire do Norte havia contado algo engraçado já que eles riam tanto a ponto de bater suas mãos pesadas na mesa de madeira. Ao lado dos Reis estava o pai de Jane, um homem um pouco misterioso, mas que parecia ser bem agradável aos olhos dos outros reis ali. Ela fitou a mesa por todos os lados e em nenhum dos lugares Quor estava. Talvez ela precisasse pensar mais um pouco para encontrar o seu príncipe. 

Enquanto andava até o guarda Real que estava próximo do Rei, viu Isla dançando com um homem diferente do que ela tinha deixado Valquíria para dançar, e do jeito que os outros a olhavam esse não seria o último a dançar com ela.   

Sor Martwin– Valquíria deu um sorriso ao se aproximar do manto negro. - Sabe aonde posso encontrar Sor Lemi? 

Sor Lemi Horan era o Guarda responsável por Quor. Normalmente os guardas faziam um rodízio e era comum ve-los acompanhando pessoas diferentes da família em dias comuns, mas Lemi não, ele sempre estava com Quor, sempre. 

— A última vez que vi, "O Ágil" andava com o príncipe Quor pelo Salão - Respondeu olhando para ela. A ruiva suspirou desapontada, e foi surpreendida com a voz do homem que era bem maior que ela. – Você está linda, quem sabe até o final do banquete eu não possa te convidar para dançar?  

Valquíria deu uma risada e agradeceu com a cabeça, em seguida deu meia volta e continuou a procurar. Ela sempre se sentia envergonhada quando alguém elogiava sua aparência, não sabia ao certo o que responder então sempre se mantinha em silêncio e respondia com um sorriso.  

Os guardas estavam todos espalhados pelo Salão, menos Sor Lemi que segundo as últimas informações andava com o príncipe Quor. Eles eram bem próximos, e Valquíria ficava feliz em saber que Quor tinha outros amigos a não ser Selene e ela. Se a vida no palácio era complicada para uma dama, para o príncipe devia ser muito maior.  

O casamento de Hélius era amanhã, e ela não sabia ao certo como todas aquelas pessoas conseguiriam se manter de pé mesmo pulando e dançando até tarde. E mais uma vez Valquíria pecou em não pensar em Hélius, mas era difícil ignora-lo quando ele estava andando em sua direção. A ruiva revirou os olhos e procurou uma forma de andar para o mais longe possível dele, mas enquanto pensava nesse plano ele se aproximava cada vez mais. 

 - Você está linda, Valquíria! - Jane sorriu. Era horrível admitir, mas a futura rainha de Aksum era bonita demais. Seus cabelos negros lisos e seus olhos verdes pareciam pinturas, ela não se comparava a Isla, claro, mas era realmente linda. Assim como o príncipe. 

— Mentir é feio, meu amor – A risada de Hélius penetrava na mente de Valquíria de um jeito inacreditável.  

— Agradecida pelo elogio, vossa alteza - Valquíria fez uma reverência e saiu o mais rápido possível dali.  

Aquela situação a fez pensar que se ela casasse mesmo com o príncipe de Livada ela seria de um patamar tão elevado quanto Hélius, seria engraçado e gostoso demais ve-lo sendo obrigado a conversar com Valquíria como uma Rainha. "Talvez não seja uma má ideia" Pensou. 

Sentada em um banco encostado em uma parede, Selene comia alguns pães e ria ao mesmo tempo com a princesa do Norte, Praire, que parecia aprontar tantas travessuras quanto a garota. A princesa de Aksum estava bem triste desde que seu dragão foi preso, era bom que alguém havia conseguido fazer a garota sorrir, nem mesmo Jun havia conseguido. O Guarda Real, Sor Jun Taka estava imóvel ao lado das garotas as protegendo, e do lado de Praire uma moça de pele branca e cabelos tão ruivos quanto os de Valquíria, mais escuros talvez.  

— Com licença! - Uma voz masculina gagueja ao se aproximar da Dama de Companhia. Quando ela se virou viu um homem um pouco mais alto que ela de cabelos negros e olhos da mesma cor. - Será que pode me conceder uma dança?  

Valquíria não estava com a mínima vontade de dançar, só queria correr para Quor e lhe contar as novidades. Mas pelo menos durante a dança ela poderia olhar em volta do Salão e descobrir se ele estaria ali ou não. Então apenas esticou sua mão direita e viu seu corpo ser puxado para o centro, onde começava a dançar uma música tão animada quanto a que dançava com Isla.  

— Ora Ora, veja quem está dançando - A dama de companhia com olhos violeta riu ao fitar o rosto da outra. Isla já dançava com outro homem.  

— Céus, você não cansa? - Valquíria Riu.  

— Óbvio que não! - Isla deu uma risada. - Meu banquete de casamente iro durar sete dias! 

As duas riram durante algum tempo enquanto dançavam. Os casais foram trocados e ela se viu nas mãos de outro homem, e aquele ela conhecia, era o Rei de Karlee, Fernis Konorra. Ele era um homem que não aparentava a idade que tinha, arregalou os olhos ao ver a coroa em sua cabeça, havia tantos rubis nela que na luz do sol devia refletir como nunca.  

— Vossa Majestade - Valquíria abaixou a cabeça, enquanto prosseguia com a dança.  

— Reparei em seu rosto na Sala do Trono – Sua voz era firme, e a garota precisava olhar para cima se quisesse ver seus olhos. - Minha filha soube escolher bem suas damas de companhia.  

Respondeu com um sorriso sincero. As vezes ela esquecia que a Rainha Penny havia nascido no Reino de Karlee, sendo filha do Rei Fernis. Olhava para os lados, procurando por Quor, mas nada do Príncipe, apenas o mesmo.  

— Você é uma Grigori, não? - O Rei continuou a conversar com ela.  

Os Grigori eram de Karlee, assim como o Rei, talvez ela conseguisse descobrir um pouco mais de sua família conversando com ele. Ela fez que sim com a cabeça, e ele arregalou os olhos, como se não acreditasse no que ela havia acabado de falar. Valquíria não entendeu a surpresa dele, mas por alguns instantes ficou em silêncio esperando que ele respondesse, e como não aconteceu ela perguntou.  

— Algum problema?  

A música parou, e todos pararam de dançar e passaram a bater palmas para os músicos que agradeciam com sorrisos e acenos. E em meio àquela alegria o Rei de Karlee respondeu: 

— Você não parece muito com eles. 

A garota juntou as sobrancelhas, não havia entendido muito, mas antes que continuasse no assunto em busca de esclarecimento, o Rei já havia andando para outro lugar, ela gostaria de correr na direção dele e perguntar o que ele quis ter dito com aquilo, mas não seria atitude de uma dama. Sua intuição dizia que uma hora ela saberia. A música voltou a tocar, e ela tratou de sair dali antes que fosse puxada mais uma vez. 

Tornou a caminhar na direção de Selene, que ainda conversava com Praire. 

— Olá, Jun– Valquíria se aproximou e sorriu para ele. O garoto não respondeu muita coisa, apenas o suficiente. Seu rosto se dirigiu a Praire e fez uma reverência. - Vossa Alteza, espero que esteja gostando de Aksum.  

— Estou sim! Obrigado por perguntar - A garota tão pálida quanto a lua sorria e encarava a ruiva com seus grandes olhos cinzas. - Aqui é muito divertido!  

— Nós te vimos dançando com o Rei de Karlee! Como foi? - Selene perguntou.  

— Foi uma experiência legal – Ela riu e olhou em volta. Uma coisa era certa, Quor não estava mais no banquete, então precisava saber aonde ele estava urgente. - Sel, você viu o Quor por aí?  

— Vi sim! - Sorriu. - Faz um tempo em que o vi sair para seus aposentos com o Sor Lemi, ele me disse que estava cansado demais.  

Finalmente ela sabia aonde devia ir. A garota começou a caminhar pelo corredor, alguns servos andavam com bandejas cheias de comida, enquanto isso alguns levavam para a cozinha os restos provavelmente para lavar a prataria. 

Valquíria subiu as escadas, já sabia o que faria depois dali, iria até o quarto de Quor e conversaria com ele, depois se dirigiria para seu quarto e por fim dormiria até o casamento. Finalmente aquele dia estava acabando.  

A porta do quarto do príncipe ficava no final do corredor, ela esperou encontrar o Guarda Real ali do lado de fora mas ele não estava lá, como resposta a porta estava entre aberta, e a dama se aproximou lentamente. Chegou perto o suficiente para ouvir alguns suspiros e sons peculiares. O coração de Valquíria gelou assim como seu corpo inteiro, não sabia o que fazer.  

— Você não contou a ninguém, não é? - Era a voz de Lemi. 

— Não - A voz de Quor estava apreensiva.  

— Eu não sei o que aconteceria comigo caso todos descobrissem que eu quebrei meus votos como Guarda Real... E ainda por cima me envolvesse com o príncipe. 

 - Eu gosto muito de você... De verdade, e faria qualquer coisa para que ninguém possa descobrir sobre nós. 

 - Eu também gosto de você, Quor, muito. 

Valquíria andou o mais rápido que pode para fora dali. A voz dos dois ficava em sua cabeça. Caso alguém descobrisse, os dois estariam muitos ferrados, Lemi seria o mais, porém Quor com certeza não sairia ileso 

 - Isso não vai acabar bem – Ela trancou o próprio quarto e encheu uma taça de vinho. Valquíria nunca havia tirado uma roupa de forma tão rápida. E com um tecido leve ela se deitou, tomando sua taça de vinho pensando no que tinha ouvido. - Céus isso não vai acabar nada bem. 

Muita coisa tinha acontecido naquele dia, e Valquíria esperava de coração que tudo aquilo passasse de um sonho. Por que diabos um príncipe e seu Guarda Real se envolveriam? E o que o Rei de Karlee quis dizer com “Você não se parece com eles”? Naquele instante um som estrondoso fez com que Valquíria pulasse da cama rápido, eram como os gritos dos dragões, mas isso era impossível... era. 

Da janela do quarto, ela viu o teto da Caverna dos Dragões se romper em uma coluna de fogo tão viva que por alguns instantes ela pensou ter sentido conseguido sentir o calor. Dois dragões saíram do enorme buraco recém-formado, eles estavam tão grandes que com suas asas foram capazes de destruir algumas partes do teto, abrindo ainda mais a estrutura. No final, o terceiro dragão subiu e aterrissou no teto da Caverna e deu um grito estrondoso, e em seguida bateu suas asas. 

Agora era sério, aquele dia precisava ser um sonho. 


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Notas finais do capítulo

Oi gente, então eu queria conversar um negócio meio delicado com vocês, eu estou bem desanimado com a história sabe, eu to sentindo que ninguém está lendo sabe kkkk poxa, se alguém tiver lendo fala alguma coisa, me manda uma mensagem sei lá, pq parece que eu to jogando todas as palavras no vento. Eu gosto muito de escrever essa história, mas eu to sentindo que ta sendo em vão sabe?
Sei lá, se não quiserem se pronunciar eu vou entender.



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