A Canção de Fogo - Faíscas escrita por Sapphire


Capítulo 22
Jakrá I


Notas iniciais do capítulo

"Ave maria quem é Jakrá" gente, chegou a hora de vocês conhecerem um novo arco que eu estava bem ansioso para adicionar, eu simplesmente estou amando escrever os capítulos desse arco, e eu espero que vocês curtam ler!!!



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Uma passagem retangular pouco estreita se abria entre um emaranhado de pedras disformes e grandes rochas, com tecidos leves colocados palmos acima de suas cabeças para esconder-lhes do sol forte. A pequena arena feita apenas para o treinamento dos Escorpiões estava a poucos metros de distância.  

Com um simples aceno os guardas que acompanhavam Jakrá se posicionaram como estátuas, deixando que ele andasse só. 

Quanto mais perto chegava da entrada, mais alto ficava o som do atrito das armas de batalha. Aquilo era música para seus ouvidos. 

 Os jovens batalhavam no meio daquela areia e abaixo do sol quente. E enquanto andava para mais perto do parapeito, Jakrá observava cada um deles. Começando pelo próprio irmão, Furki. 

O irmão mais novo de Jakrá foi o primeiro investimento do grande treinador. No começo a criança nem queria se envolver em batalhas, mas algo naquela mente o fez mudar de ideia, e em poucos meses Furki Taedaleshi treinava com o melhor lutador das tribos de Areia. Por ser irmão do Lorde das Tribos de Areia, era fácil Jakrá arrumar ótimos treinadores.  

Ele usava apenas uma calça de tecido mais flácido na área das coxas, mas que por sua vez apertava nos pés, calçados por sandálias carrancudas. Por sua vez a calça se mantinha presa à cintura por um cinto dourado com um escorpião gravado no centro. Seu torço estava nu, banhado a suor e areia, suas mãos estavam cobertas por uma espécie de pano, preparado para proteger suas mãos de socos muito fortes. Os cabelos ondulados pretos batiam na altura da orelha, e eles voavam a qualquer momento, seja vento seja luta. Tocou no corpo do outro e com suas pernas deu uma rasteira, com a mão direita pressionou o corpo do adversário no chão. 

O Próximo da lista era Golfa Jugrá, um jovem forte, filho de grandes professores de batalha corporal do Alto Campeão, a grande arena de treinamento na capital de Shurin.  

Após a morte misteriosa dos seus pais, Jakrá ofereceu um lar para o garoto em troca de treinamento de verdade, afim de servir as Tribos de Areia, Golfá aceitou sem pensar duas vezes e hoje faz parte do grupo de elite das Tribos. 

A cor de sua pele é um pouco mais clara que a de Furki, e o cabelo bem mais curto, mas ele possuía uma massa muscular bem avantajada, sendo um grande lutador. Tanto que conseguiu derrubar os lutadores que enfrentava com rápidos golpes. 

A Jóia dourada que dançava com a lança se chamava Ônix Taedaleshi, e ela era a filha do Lorde das tribos de Areia, sendo assim uma Lady, mas ali ela era apenas outra guerreira. Seus longos cabelos estavam presos por um elástico que parecia ser feito do próprio ouro tirado das minas subterrâneas. Seus olhos tão escuros quanto a pedra no seu nome, e um pequeno sorriso crescia no seu lado direito a medida em que ela causava um corte superficial em uma garota qualquer que batalhava contra ela.  

Diferente dos garotos, Ônix estava muito bem coberta, com panos de tons vermelhos, azuis e brancos. Enquanto desviava de um ataque da garota, deu um chute na barriga da mesma, a derrubando no chão. 

Os cachos que saltavam pelo ar pertenciam a Tétis Sun, ou como apenas Jakrá conhecia: Tétis Sunrise. Os Sunrise são uma das famílias mais ricas do Reino de Livada, um lugar próspero do outro lado do Mar de Hart, em Aksum. A garota chegou nas Tribos de Areia foragida da própria família, por se recusar a se casar com um nobre qualquer. Se fosse pelos homens da Tribo, a garota hoje estaria em um dos vários Bordéis, mas Jakrá viu potencial na garota e hoje ela é o que é.  

Antes que pudesse terminar seu pensamento, o garoto que lutava contra Tétis já estava caído no chão. 

Serastin Treine talvez fosse o mais novo dos Escorpiões, mas suas habilidades compensavam. Sua família morreu quando ele era apenas uma criança, e em uma das suas viagens até a capital, Jakrá o encontrou roubando dos ricos e diferente de todos aqueles que o perseguiam, o Treinador dos Escorpiões viu futuro nele e agora ele estava ali.  

Como uma sombra ele se aproximou da garota e com alguns toques no corpo da mesma ela caiu imobilizada no chão. 

Serastin fitou o garoto com atenção, gostava de pensar nele agindo no escuro, seria um perigo. 

Assim que viram o homem parado olhando para eles, os cinco pararam de se mover e se ajoelharam perante ao treinador. Jakrá deixou que eles continuassem assim durante alguns minutos antes que pudessem voltar ao treinamento. Ele se sentou na cadeira e cruzou suas pernas.  

— Continuem. 

O som do treinamento fez com que uma vaga memória batesse contra Jakrá, por alguns minutos ele se viu no Palácio central das Tribos de Areia, observando a batalha de longe. Os exércitos de Shurin eram ferozes demais para os pobres lutadores das Tribos, aquilo foi uma vergonha.  

— A Rebelião das Tribos de Areia foi uma injustiça - O homem carrancudo soou, ao ouvir passos em sua direção. Ele pegou a taça de vinho que um servo qualquer segurava. O gosto doce na sua boca o ajudou a prosseguir com as palavras. - Você lembra quando eles eram apenas crianças? Agora, são o futuro do que nossas cidades estão preparando para a capital. 

— Pensei que tivesse aprendido com seu pai – A voz feminina soou calma e calculista. - Nunca revele seus planos em lugares abertos. 

Os longos cabelos pretos de Destinus caiam pelas costas. Seu torço estava coberto por um véu dourado quase transparente, seguro por um cinto tão escuro quanto as pedras sombrias do Deserto, assim como seus olhos. Ela tinha um rosto semelhante ao de Ônix, e isso se devia ao fato do parentesco das duas: mãe e filha. A mulher possuía uma pele cor de oliva, que era o reflexo dos moradores das Tribos de Areia. 

Eram três principais espalhadas por todo o local árido: Tribo Oeste, Tribo Leste e a capital.  Como já diz o nome, a Tribo Oeste fica a oeste, protegida por uma série de montanhas, que fazem sombra na maioria do tempo. A Tribo Leste já não tinha tal formato, mas não era necessário. Ela ficava na parte mais sólida do deserto, logo assim foi possível a construção da cidade no subsolo, sendo a segunda maior, perdendo apenas para capital. 

 Tecnicamente as Tribos de Areia não deveriam ter uma capital, já que não são um reino, mas não tente dizer isso para um deles. Com suas próprias regras, costumes e religião, a extensão do Reino de Shurin é praticamente um Reino, só não foi oficializado por causa da negligência dos Oakenridge, mas era questão de tempo.   

— Lutadores de plantão - A voz da mulher soou alta o suficiente para que todos que estivessem batalhando parassem. - Estão dispensados. 

Jakrá fitou com um olhar de surpreso para a cunhada que começava a tomar direção do treinamento. 

Os rapazes e moças que lutavam contra os escorpiões começaram a se retirar aos poucos, alguns deles com certa dificuldade por causa das feridas recém-abertas.   

— Ah.. O treinamento já acabou? - Golfa franziu as sobrancelhas, seu rosto estava coberto por um pano, de forma que sua cabeça e parte do rosto ficasse protegida dos raios solares, mas ele não se preocupava muito com isso, já que seu torço não estava tão coberto quanto devia. 

 - Para eles sim – Destinus se calou durante alguns minutos, deixando os garotos confusos. - Escorpiões, batalhem entre si.  Tétis e Golfa. Serastin e Furki... contra Ônix. A garota levantou as sobrancelhas enquanto olhava para o lado. Jakrá entendeu a preocupação dela, Furki era um monstro em combate corporal, enquanto Serastin era o mais furtivo dos Escorpiões, sabendo sempre aonde atacar.  

Jakrá observou Destiny observa-lo com um sorriso antes de prosseguir com os comandos.  

— Vamos começar? - Soou. - Tétis e Golfa, vamos. E alguém me traz um assento? Estou cansada de ficar em pé. 

Com a ordem dela, uma série de empregados se mobilizaram, trazendo uma poltrona de almofada roxa e pés de ouro, e enquanto Tétis e Golfa se preparavam para a batalha ela se sentou, cruzando suas pernas e olhando atenta para os jovens. 

Os cachos de Tétis pulavam a medida em que ela se esquivava dos socos do rapaz. Em uma tentativa de machucar o rosto dela, a garota gritou "Ei!" Ao mesmo tempo em que se esquivava e dava um chute nas costas dele, e fazendo tropeçar para frente.  

Serastin, Furki e Ônix que estavam encostados em uma das paredes da Arena riram da situação, deixando Golfa bem irritado. O garoto fechou a cara e viu Tétis se aproximar, no instante em que ela iria cortar sua cintura com uma adaga simples, ele virou rapidamente para trás, tocando seus braços com força no pescoço e nas costas dela, em seguida passou a sua perna direita nas pernas dela, a lançando com força no chão.  

— Como ele é feroz - Ônix riu batendo palmas.  

— Você tem sorte de que não era para valer - Tétis limpou a poeira de seus cabelos e jogou na cara de Golfa, andando na direção dos outros escorpiões encostados na parede.  

— Serastin, Furki e Ônix... Vamos – Ela soou bebendo uma taça de vinho que haviam trago para ela. 

Enquanto os garotos andavam até o centro da arena, Jakrá disse sem olhar para o rosto da mulher.   

— Não se esqueça, Destinus, eles são meus... Meus escorpiões. 

Ela deu um pequeno sorriso, mas não falou nada. Bebeu mais um pouco de seu vinho, e só depois disso disse:  

— Não se esqueça, Jakrá, eu sou Lady das Tribos de Areia, em breve Rainha do Deserto... Eu faço que eu quiser. - Deu uma pausa e fitou os três escorpiões. - Comecem. 

Ônix era um verdadeiro prodígio, até mais do que os outros. Ela era rápida do seu jeito, e quando atacava era certeira. Serastin correu na direção dela, e enquanto a garota desviava dos socos rápidos de Furki, ele juntou os dedos, os tornando duas mãos com dedos únicos, após isso tocou na parte de trás de seu joelho direito e em um lugar bem próximo a sua axila. Isso fez com que ela perdesse os movimentos da perna direita durante alguns segundos, assim como o do seu braço esquerdo.  

— Argh – Ela bufou quando via Furki se preparando para finalizar o ataque. Apoiou sua mão direita no chão, e com força girou sua perna afim de derrubar o garoto que vinha para soca-la. O ataque acabou por se tornar fiel, derrubando Furki. 

Destinus deu um sorriso e se levantou, e começou a andar, parando sua mão direita no ombro de Jakrá, dando as costas para a luta.  

 - Chegue no horário do jantar, seu irmão tem novidades para todos nós. 

O Líder dos Escorpiões não disse um adeus para mulher, ela sabia como irritar o homem que beirava os 42 anos. Sua mente ficou tão turva que durante alguns minutos parou de prestar atenção na batalha a sua frente. Ele se levantou e bateu duas palmas fortes.  

— Estão dispensados. 

Após alguns minutos saiu, sem dar muita atenção para os garotos. Naquela altura do campeonato, Destinus já tinha ido para o Palácio, e isso era bom, já não sabia o que faria se visse aquela mulher antes do jantar. 

 - Meu senhor, para onde quer ir? - Um guarda perguntou.  

Um rinoceronte se encaminhou até a frente da saída da Arena, onde o homem estava. O animal era grande, tendo quase 2,3 metros de altura e também era forte. Com patas pesadas e grandes. Os chifres eram enormes, dois saíam da cabeça e o maior da ponta do nariz. Todos eles eram afiados o suficiente para atravessar o corpo de alguém infeliz o suficiente para se meter com Jakrá. O rosto possuía uma espécie de máscara que tinha abertura apenas para os chifres, olhos, boca e o nariz, a cor era preta e vermelha, carregando um escorpião bordado com couro, o símbolo dos Taedaleshi. 

— Deixem-me só com meus pensamentos. - Sua voz soou cansado enquanto ele subia no seu rinoceronte. 

O Guarda que havia perguntado fez que sim com a cabeça e se afastou. 

Com uma batida nas rédeas, o animal entendeu o recado e começou a andar. A Arena não ficava muito próxima da cidade por motivos especiais, planos de guerra que ainda seriam revelados com o tempo.  

Ao chegar na cidade, os guardas ali abaixaram a cabeça como sinal de reverência. As pessoas abriam caminho para que o rinoceronte e Jakrá, o líder dos Escorpiões, passasse. Ele acenou com a cabeça para algumas pessoas, mas sem abrir nenhum sorriso.  Seus olhos de repente pararam de se focar nas pessoas e passaram a prestar atenção nas bandeiras. Lá estavam elas, brilhando com seu contrate de cores, um escorpião preto e atrás um fundo vermelho. Mas o que o incomodava era a bandeira que estava ao lado, bem maior e vibrante, era a dos Oakenridge a família real de Shurin, uma naja verde em um fundo branco.    

"Um dia eu vou arrancar você daí de cima, e pisar com meus próprios pés" Pensou. 

O dia já estava no fim, e as estrelas que brilhavam no céu eram bonitas, mas Jakrá não se importava com nenhuma delas. Ele estava na sacada de seu quarto olhando para além dos campos de areia que voavam com o vento gélido do deserto. Seu corpo estaria completamente nu se não fosse pela capa de seda, tecido para parecer como se fosse possível fazer uma roupa de sangue. Ela tampava a parte de trás de seu corpo, mas deixava seu pênis amostra. 

Duas servas se aproximaram do homem e retiraram essa vestimenta, o encaminhando para uma banheira circular que tinha no seu quarto, construída com madeira e pincelada com piche para impedir que a água escapasse. O homem entrou, e fechou seus olhos, encostado a cabeça na ponta da estrutura. Sentido as garotas passarem a mão pelo seu corpo o lavando. 

Sua mão direita foi de encontro com a mão de uma das servas. Ela limpava o peito dele lentamente. Sua pele era negra e os cabelos caíam pelos ombros, ela não negou o comando de Jakrá e o deixou encaminhar sua mão até o pênis dele. Seus olhos focaram na outra serva que limpava os pés, e ela se aproximou dele, tocando seus lábios no dele. A segunda serva era mais clara do que a primeira, seus cabelos não eram tão cacheados, mas eram pretos. Em questão de minutos as duas servas estavam na banheira nuas com o homem. 

A primeira colocava o membro do homem que era cerca de 20 anos mais velho do que ela na boca e retirava, circulando sua língua no topo de pênis, deixando Jakrá soltar alguns gemidos grossos pela boca, ao mesmo tempo que a segunda beijava seu pescoço.  

— Suba – Ordenou a primeira serva e ela encaixou o pênis na entrada de sua buceta, depois de alguns segundos ela deixou que o homem a penetrasse, e sua voz baixa mostrava o prazer que ela sentia, enlouquecendo ainda mais o home que passava seus dedos pelos lábios inferiores da segunda serva, que ainda beijava seu rosto e entre intervalos deixava um gemido ou outro escapar. 

Alguém bateu na porta, assustando as servas que faziam o seu trabalho.  

 - Entre – A voz de Jakrá soou, e a porta foi se abrindo lentamente. Ele fez um sinal para a servas, para que elas não saíssem da banheira.  

Serastin entrou lentamente no quarto de seu líder. Ele usava uma saia azul marinho com uma listra vermelha no lado direita da perna e entre elas símbolos dourados de sóis. Um pano cobria apenas seu peito e ia bem cima do umbigo, amostrando sua barriga deixando o resultado de anos de treinamento visíveis, o pano não cobria seus braços, e ela era azul marinho e possuía um sol dourado no peito direito. Os cachos do garoto estavam emaranhados, ele olhava para seu mestre, mas quando viu a cena em que se encontrava, abaixou a cabeça envergonhado.  

— Diga, rapaz.  

— O Jantar vai começar, Lady Destinus mandou que eu lhe chamasse – Disse ainda com o olhar no chão. 

Jakrá revirou os olhos e deu uma bufada, olhando para a serva ainda no seu pênis. - Quer se juntar a nós? 

Serastin não respondeu, continuou de cabeça abaixa.  

— Não gosta? - Ele riu, e depois de alguns minutos disse. - Tragam minhas vestes. 

Ele se levantou, ainda nu e com seu pênis duro, deixando Serastin ainda mais envergonhado.  

— Eu devo ir – O garoto abriu a porta novamente e atravessou.  

Jakrá deu uma risada baixa, mas ao olhar para trás viu as garotas na banheira e logo fechou a cara. - Onde estão minhas roupas? 

As servas se retiraram da banheira velozmente, e depois de alguns minutos elas trouxeram uma túnica preta com alguns detalhes brancos, não era nada muito especial.  

A mesa de Jantar dos Taedaleshi estava lotada de comida e de gente. Na ponta estava o Lorde das Tribos de Areia, Sloan, um homem negro de pouco cabelo e com os olhos de profundos castanhos escuros. A seu lado direito estava sua filha mais velha, Ônix Taedaleshi, a jóia das Tribos de Areia, depois dela a filha caçula, Safira Taedaleshi, ainda do lado direito era Golfa e Furki. Do lado esquerdo do Lorde a sua esposa, Lady Destinus Taedaleshi, depois dela vinha Tétis e Serastin. Na outra ponta da mesa Jakrá se sentou.  

— É muito bom ver todos vocês reunidos. - Sloan soou sério. -  No horário. 

Uma corrente de risadas baixas se ergueu pela mesa. 

— Alguns de nós temos compromisso... - Jakrá levantou as sobrancelhas ao notar que seu irmão estava comentando sobre seu atraso. - Qual anúncio você tem para nos dar? 

 - Aguarde o final do jantar, meu irmão - O lorde sorriu enquanto via todos comerem. 

Jakrá não tinha paciência para aquilo, a cada minuto que se passava Shurin fortalecia seus exércitos, enquanto as Tribos de Areia perdiam seu tempo com momentos assim. Nem olhando para a comida ele tinha vontade de comer, sua cabeça estava ocupada demais pensando no próximo passo, ocupado demais pensando na hora em que provaria da vitória.  

Observou todos conversando entre si, menos Serastin, que comia sem pronunciar nenhuma palavra com outra pessoa. Jakrá viu seus olhos se encontrarem com o jovem durante alguns segundos, e ele logo desviou, talvez ainda estivesse assustado com o que tinha visto. 

Tétis e Ônix eram a que falavam mais alto, sempre rindo sobre coisas que talvez o mais velho nunca fosse entender. Golfa por sua vez devia estar se gabando sobre suas aventuras sexuais, enquanto Furki fingia estar interessado.  

O barulho dos garfos foi silenciando aos poucos, e quando todos terminaram de se alimentar, Sloan olhou atentamente para todos dizendo: 

 - Chegou um convite a mim, em relação ao casamento do Rei de Shurin, Hyde Oakenridge.  

— Eu pensei que ele nunca se casaria – Golfa disse rindo.  

— E se ele nunca se casasse, qual o problema? - Ônix levantou uma das sobrancelhas, em uma feição de dúvida. 

 - Está aí um fato interessante sobre casamento, Golfa, alguns querem se casar, alguns não querem se casar... Outros nunca vão conseguir se casar - Tétis disse bebendo sua taça de vinho. - Assim como você - Sorriu.  

— Cale a boca sua puta! - Ele bateu na mesa.  

— Que criativo! - Tétis riu olhando para Ônix que respondeu com uma risada baixa.  

— Silêncio! - Jakrá gritou, e todos se calaram. - Voltaram a pré-adolescência e não me avisaram? 

Após alguns minutos de silêncio, Sloan agradeceu a seu irmão e continuou.  

— E nós vamos a esse casamento... É o momento perfeito para...   

— Atacar. - Jakrá deu um sorriso. Definitivamente era o momento perfeito para que Shurin fosse atacada. A cidade inteira estaria mobilizada para o casamento e ninguém estaria preparado. Os Escorpiões entrariam com o exército, furtivamente e quando eles notassem a cidade já estaria tomada. 

 - Não. - Sloan fechou a cara olhando para seu irmão. - É o momento perfeito para conhecer como está a capital... Para posteriormente atacarmos. 

 - Não sabemos quando teremos outra oportunidade. 

 - Confie em mim, irmão, teremos. 

Jakrá fitou o irmão durante alguns minutos, queria falar alguma coisa, mas nada saía de sua boca.  

 - E nós precisamos de um plano – Sloan sorriu.


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Notas finais do capítulo

Iai galera, o que vocês acharam??
Acreditem quando eu falo que to bem ansioso pra saber o que vocês acharam desse arco novo repleto de personagens novos, então não esqueçam de deixar seu comentário!! Beijos e até o próximo ♥



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