A Casa de Íris escrita por Carol Azevedo


Capítulo 6
Capitulo 5 - Noite Agitada




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Logo Lanne se foi, não conseguia parar de pensar no sonho que tivera e as vezes até lembravam do homem maravilhoso que lhe causara alguna arrepios. Sabia que estava distraída, e que isso afetou-lhe na hora do combate. "foi uma luta fraca... Rápida, nao teria por que ter perdido nem ao menos me ferido" pensou enquanto tomava seu milkshake sentada a mesa de uma sorveteria de frente a praia.
 Lanne foi até a orla, admirar o mar, após caminhar um pouco sentou-se em um banquinho a beira-mar. Um homem de meia idade, moreno, usando um boné sentou-se ao seu lado. Nada foi dito entre os dois. Após alguns longos minutos, Lanne resolveu sair. Pediu um táxi e foi andando mais adiante, o homem se levantou e a seguiu furtivamente. Lanne percebeu o rapaz em seu encalço e andou mais rápido, tentou despista-lo entrando na rua das malhas, onde só haviam lonas de malhas, porem aquele horário não haviam mais lojas abertas. Sua tentativa foi inútil e o homem ainda a perseguia. Agora ele estava muito perto e dentro de poucos segundo tocou-lhe o braço. Lanne virou-se num susto e pôs se em posição de ataque.
— Perdoe-me se a assustei, não vou machuca-la. Só preciso de ajuda.
— Ah sim, com certeza assustou. De que precisa ?
—  Não sei onde estou, gostaria de uma informação, onde posso pegar um ônibus por aqui? - Disse o homem que carregava um lenço nas mãos.
— A parada de ônibus ficava bem do outro lado da rua em que estávamos... - Antes que Lanne terminasse ele segurou o pano com força em seu nariz e boca. Lanne foi pega de surpresa porém reagiu, deu-lhe uma joelhada entre as pernas o q o fez se afastar, partiu pra cima dele se aproveitando do fato de estar curvado e deu-lhe socos e chutes no rosto. O homem não teve tempo de se defender, apenas caiu ajoelhado. Mas algo estava errado com Lanne, sua vista ficou turva, seu corpo parecia leve, não... Pesado, não sabia explicar, só tinha certeza de não estar bem, não conseguia mais caminhar e nao enxergava com clareza. O homem de boné a percebeu recostada em uma porta de loja e se levantou, do até a ela e antes que suas mãos a tocassem, outro homem apareceu, este pegou o homem pelo pescoço e o atirou longe como se fosse um pedaço de papel.  
Lanne não enxergava com clareza, mas vira que o segundo homem a ajudara.  O homem perguntou como se sentia. Disse que mal, e ele a escorou no ombro e a levou de volta a orla, a sentou no banco e perguntou se queria que que levasse para casa. Ela pediu-lhe apenas que chamasse um taxi. Ele o fez.
— Esta ferida! - O homem afirmou apontando o local onde levara o corte de John - Ele a feriu?
— Não foi nada! - Lanne respondeu ainda um pouco atordoada, provavelmente pela substancia que havia inalado.
Quando entrou no táxi, Lanne agradeceu ao homem, que lhe entregou um cartão com seu numero.
Lanne não conseguiu lê-lo na hora, então o colocou no bolso.

Quando chegou em casa parecia melhor, porém ainda estava tonta, encontrou dificuldades com as chaves para abrir a porta.
— Precisa de ajuda ? - Lanne ouviu uma voz masculina logo atrás de si, virou-se para olhar. O movimento foi brusco de mais para sua situação, o que a fez desequilibrar. Anik a segurou.
— É parece que sim! - Disse Anik ainda a segurando nos braços e pegando as chaves de sua mão - Parece que alguém aqui gosta de beber.
— Eu não bebo! - Lanne disse com a voz ainda embolada. Anik entrou porta a dentro  segurando Lanne
— Estou vendo! - Disse ele com ar divertido, porém logo mudou o humor ao ver o sangue em sua blusa - O que é isso? Esta ferida! - Tocou - lhe a blusa, Lanne afastou sua mão
— Não foi nada. Obrigado por me ajudar, ja pode ir. Estou bem! - Disse ela tentando subir as escadas, tropeçando e apoiando no corrimão
— Não seja orgulhosa, não esta nada bem. Eu lhe ajudo! - Anik pegou-a no colo, Lanne quis protestar mas além de realmente não estar bem, gostou da sensação de estar nos braços fortes de Anik. Se censurou por esse pensamento, mas estava tonta de mais as censuras ficariam para amanhã. Anik subiu as escadas e a levou para o quarto, deitou-a sobre a cama e sentou-se ao lado
— Me diga o que houve? Foi agredida?
— Não foi nada demais. Ja me sinto melhor
— Você é muito insistente em suas mentiras. Mal consegue andar - Anik baixou o tom da voz e aproximou seu rosto ao de Lanne - Diga-me o que aconteceu, esta ferida.
— Alguém me seguiu e me atacou. Mas um homem me ajudou. Como eu disse nada de mais. - Lanne começou a diminuir a voz, seus olhos se fecharam
— Lanne? Ainda esta me ouvindo?
— Sim - Ela respondeu muito baixo, quase não se ouvia a sua voz.
— Durma! Talvez precise disso.
— Ok. Não faça nada comigo - A voz dela era um sussurro quase inaudível. Anik riu
— Não sou covarde! Você esta ferida princesa. Lanne quis responder mas seu corpo não mais obedecia a mente e a própria mente não queria mais protestar e sim adormecer e foi o que fez sem muito esforço.
Anik permaneceu ali, sentado, por um tempo a observar Lanne. Depois limpou o pequeno corte em seu abdômen e fez um curativo. A cobriu com um lençol e sentou-se na poltrona ao lado e observou-a um pouco mais. Era muito bela, ele admirava a beleza dela, os traços finos de seu rosto, os cabelos longos agora caídos sobre o rosto. Ele levantou e livrou-lhe o rosto dos cabelos. Sentou-se novamente e prosseguiu em sua avaliação. Lanne tinha o corpo magnífico, ele admirava cada centímetro dele. Lamentava pelo que tinha de fazer. Por um instante não o queria fazer, mas era necessário. Prometera ao seu avô que o faria, e uma promessa feita em leito de morte nao deveria ser quebrada.
Percebeu que sua blusa estava suja de sangue, resolveu colocar-lhe roupas limpas. Vasculhou o guarda roupas e encontrou um pijama, retirou cuidadosamente sua blusa, tentando evitar olhá-la intimamente. Colocou-lhe a blusa do pijama e tirou-lhe a calça jeans, cuidadosamente e vestiu-lhe o short do pijama. Cobriu-lhe com o cobertor e passou o polegar pela lateral de seu rosto.
— Mais linda que imaginei! - falou baixinho, logo sentiu que não era o certo a dizer nem pensar, afastou a mão, virou o rosto e fechou os olhos. Os abriu decidido a ir e se foi.


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Notas finais do capítulo

E ai pessoal o que estão achando? É minha primeira história, espero estar indo bem! '-'



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