A Casa de Íris escrita por Carol Azevedo


Capítulo 5
Capitulo 4 - John




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/739671/chapter/5

A noite já havia caído, o telefone de Lanne tocou. Era John o seu padrinho.
Gostava de chama-lo assim, mas não era em realidade seu padrinho, ele a ajudara a se tornar quem é. Lhe deu abrigo e comida, lhe financiou os estudos. Lhe deu assistência quando a encontrou tentando voltar para o abrigo, logo depois de fugir da casa de Ernesto, John era segurança do abrigo e nao a deixou voltar. A alertou de quão dura era a punição para fugitivas. Tomado por um grande carinho por Lanne, John a ajudou e até hoje tem uma relação quase que paterna com ela.
John a chamou para mas uma noite de treinos em sua casa de campo. O faziam constantemente desde sempre. John sempre dizia que ela precisava saber se defender ja que vive só. A relação deles sempre foi escondida de todos. E mesmo agora que Lanne ja alcançara a maioridade ainda sim John prefere tudo como esta. Diz a ela que sua esposa nao compreenderia a situação.
Lanne foi ao encontro de John, avistou aquele homem alto, ja com idade suficiente para ser seu pai, ja com cabelos brancos e semblante cansado, Lanne se aproximou e o abraçou.  Os dois se sentaram no banco que havia no pátio da casa e conversaram alguns minutos, uma conversa comum "como você esta?" "o trabalho?" "saúde?" Porém o assunto mudou seus rumos quando Lanne citou Anik.
— Apareceu em sua porta do nada ?
— Sim John, coisas de vizinhos. Alguns ainda dão boas vindas!
— Huum... Anik não é? Sabe o sobrenome? - Perguntou John preocupado, porém tentando não demonstrar.
— Não! Não perguntei John. Também nao queria saber, relaxe o cara é um idiota
— Cuidado minha cara, são os idiotas que se deve temer.
— Relaxe já disse! Sei me defender, você me ensinou lembra-se?! Que tal uma demonstração de que tive um bom professor? - disse Lanne se levantando e tirando uma linda e dourada adaga Sai de dentro de uma bolsa preta. A adaga havia sido um presente de John, que quando começou a lhe ensinar a lutar deu-lhe para uso nas aulas e para defesa caso precise. Lanne achou um exagero usa-la como defesa. Mas amou o presente e parece se identificar bem com a arma e tem se desenvolvido uma ótima lutadora com ela em punho.
— Hoje não tenho vontade de lutar minha cara, estava mesmo precisando de noticias suas e saber como andava sua vida. Agora que começou a trabalhar e mora sozinha, apenas preocupei-me.
— Parece que esta tão velho que não sente-se mais apto a lutar. Ou não acha que tenha me ensinado tão bem, e teme machucar-me. - Disse Lanne apontando a adaga para ele. John riu
— Não abuse da sorte minha cara, o aprendiz ainda não superou o professor.
— Mostre-me! - Disse ela se pondo em posição ainda apontando a adaga e sorrindo - Penso o contrário.
John se levantou empunhando uma adaga simples, de ferro. Apontou a adaga para o pescoço de Lanne que bateu com a adaga Sai de forma que ela se prendeu a adaga de ferro e a torceu, porém John se virou junto e nesse movimento trouxe o pé num chute na altura do rosto de Lanne, porém este não a acertou, ela se abaixou no momento exato, como se esperasse por isso e se levantou dando uma rasteira em John, que também previra o movimento e deu um salto breve, Lanne atacou novamente com a adaga Sai, tentando cortar-lhe o braço num movimento giratório, passou perto porém não o feriu, John atacou com um soco e Lanne defendeu-se dele, nesse exato momento ele cortou-lhe o abdómen com a adaga, um corte superficial porém fez com q Lanne se curvasse.
— Esta distraída mocinha! Se deixar ferir num golpe tão simples.
— Foi sorte sua! - Ela disse atacando-o novamente, desta vez veio com uma sequência de socos, ele desviou-se de todos. O que q deixou mais furiosa, e o atingiu com uma joelhada no estômago, o que serviu para se afastar um pouco e retomar sua posição anterior, ele fez um movimento positivo com a cabeça e com a adaga de ferro tentou feri-la, não conseguiu, ela estava em vantagem com a distância. Lanne diminuiu a distância e o tentou golpea-lo com a adaga Sai, porém ele se desviou habilmente, nesse momento Lanne girou e deu-lhe um chute no rosto que o fez virar. Encostou a adaga Sai próximo ao peito de  John e disse:
— Renda-se, a idade ja afetou suas habilidades!
John a segurou pelo pulso, o que a fez olhar para ele, que desviou o olhar e abaixou a cabeça, o suficiente para não atrapalhar o movimento que se seguia. Torceu-lhe o braço para suas costas e com a outra mão apertou a adaga de ferro contra o pescoço de Lanne.
— Esta morta! - ele a soltou - Velho é a mãe! - Sorriu
— Você trapaceou!!! Sabe que é mais forte.
— Você poderia ter se defendido de varias formas. Ja disse, você esta distraída!
— Você usou muita força John, nunca o percebi ter tanta força.
— Acaso acha que quem tiver interesse em feri-la não vai usar toda sua força? Pensas que não irão jogar sujo? Precisa estar preparada para tudo Lanne.
— Diz como se eu corresse grandes perigos. Talvez um assaltou, sequestro. Não vou a guerra
— Nunca se sabe o que se pode encontrar por ai minha cara. Precisa treinar mais. Porém ainda sim acho que esta distraída. Você sairia daquele golpe, esta bem treinada, e quanto a força... Deveria explorar mais a sua!
— Não sou tão forte! E o que quer dizer com distraída? - Lanne o olhou de lado
John guardou a adaga de ferro em sua mochila. Olhou para Lanne enquanto o fazia.
— Distraída... Quero dizer distraída. Você se feriu duas vezes. Na verdade em uma delas te matei. A distração tem nome???
— Não! - Lanne fez cara de desdém - talvez seja o trabalho. Primeiro dia.
— Sim... Talvez seja! Concentre-se mais da próxima vez, seja ela quando e com quer for. - John não havia acreditado. Sabia que havia alguém lhe ocupando a mente. E temia que fosse o jovem Anik o culpado. Ja ouvira esse nome antes, deveria lembrar-se. Não tinha um bom pensamento quanto a ele, principalmente após ouvir a descrição do rapaz feita por Lanne.
— Devemos ir, a hora ja esta avançada e você ainda tem de voltar para casa.  Vou leva-la!
— Não precisa John, ainda quero tomar um milkshake antes de ir pra casa. Não quero que tenha problemas com sua esposa. Pode ir!
— Tem certeza? Acho muito distante para você seguir sozinha.
— Pode ir John, fique tranquilo. Qualquer coisa eu lhe mando uma mensagem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Casa de Íris" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.