A Casa de Íris escrita por Carol Azevedo


Capítulo 4
Capitulo 3 - O Vizinho




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Na escola, Lanne foi apresentada aos demais professores de outras disciplinas e recebeu as instruções necessárias para inicio. Já começou com sua primeira turma, Lanne era professora de Línguas, ensinava espanhol. Não tivera tanta dificuldade na sua primeira aula, embora sua mente não estivesse ajudando, sempre a recordando do sonho que tivera naquela sexta-feira e não a deixara esquecer desde então.
Lanne teve apenas uma turma neste primeiro dia, e seguiu mais cedo para casa, passou pela esquina e comprou alguns pãezinhos de queijo, seus favoritos, antes de ir para o ponto de ônibus. Seguiu no seu ônibus como esperado e ao chegar em casa, sentou-se no sofá e novamente pôs-se a pensar, porém não tivera tempo de pensar muito, logo ouviu batidas na porta.


Quando abriu viu um homem, alto, mais alto que ela mesma, e Lanne é bem alta para a maioria das mulheres. Ele devia ter 1,95.
Pele levemente bronzeada e cabelos longos, brancos ou loiros "platinados" talvez, bem lisos partidos de lado bem penteados. A blusa cinza de mangas curtas revelava os braços musculosos, aparentava frequentar a academia regularmente, usava calças jeans pretas skinny e botas. Más o que lhe chamou mais atenção foram os olhos, eram azuis, diante do sol poderiam até ficar brancos, eu ja vira olhos com o mesmo tom sim... "Ernesto" quando lembrou de Ernesto, desviou-se um pouco da beleza daquele homem extraordinariamente lindo.


— Oi... - Disse ele como se tentasse chamar-lhe atenção de volta a terra
— Ah... oi, desculpe!
— Boa tarde, eu vi que você se mudou essa semana. Sou seu vizinho, vim lhe dar as boas vindas! - disse ele abrindo um sorriso de lado "nossa que sorriso" pensou Lanne.
— Você mora na casa ao lado? achei que estivesse vazia, o senhorio não me disse que haviam outros inquilinos.
— Sim, moro - disse ele com um ar divertido
— Ah sim... Bom, Obrigada!
— Precisando de qualquer coisa é só chamar - disse-lhe entregando um papel com um número escrito
Lanne devolveu o papel no mesmo instante
— Não vou precisar, Obrigada!
— Esta me dizendo que nunca precisa de ajuda? - Disse ele arqueando as sobrancelhas ainda com ar divertido
— Estou dizendo que não preciso da "sua" ajuda.
— Nossa... tudo bem miss independencia, de qualquer forma moro ao lado... - Ele disse sarcasticamente - ... é só chamar.
— Olhe me desculpe a grosseria, mais não lhe conheço, então com certeza não irei "lhe chamar" - Disse ela fazendo "Aspas" com os dedos.
— Prazer... - Falou colocando o papel no bolso de seu casaco e aproximou o rosto ao ouvido de Lanne e num sussurro disse: - Anik! - Deixando um arrepio por todo o seu corpo ao ouvir a voz e o hálito quente do rapaz em seu pescoço. Ele se afastou. Ela tentou não demonstrar o quanto o gesto a afetou
— Agora ja me conhece. - Ele piscou para ela e saiu.


"Que carinha metido! Lindo... Muito lindo... Porém metido"
Lanne passou a mão pelo pescoço onde seu hálito havia lhe causado arrepios "que homem é esse" pensou involuntariamente
"idiota... o cara é um metido, não dê ideia! melhor trancar a porta, ele é bem atrevido também."
Trancou a porta e jogou as chaves na mesa. Subiu para um banho e enquanto sentia a água quente descer pelo pescoço, se lembrou daquele rosto que a pouco estava tão próximo a ela, e do seu hálito quente tocando-lhe a pele, curvou o pescoço para sentir a água quente, foi então que percebeu por onde seus pensamentos estavam vagando. Voltou a cabeça para debaixo do chuveiro tentando livrar-se desses pensamentos. "você o conheceu hoje... nossa esta mesmo carente" falou para si mesma e então prosseguiu com o banho.

Na casa ao lado, Anik entra e tira a camisa, fica de pé em frente a janela de seu quarto que dá para a casa de Lanne. " Vai ser fácil, difícil é ter que socializar com ela, completamente irritante. Como pode ser tão linda e ser tão irritante! " disse Anik a si mesmo. Teve seus pensamentos interrompidos por um ruído vindo da sala.
— Hellen?! Por favor use a porta! - Disse Anik revirando os olhos
— Para quê querido? Se eu não preciso disso, sem cerimônias por favor.
Hellen sentou-se na poltrona ao lado do sofá e esticou as longas pernas apoiando os pés na mesinha de centro
— Você é um homem lindo sabia?!
— Não estou com tempo para gracinhas agora Hellen
— Você me provoca ficando sem camisa na minha frente. Não quer que eu repare ?
— Já que não tem nada melhor para fazer pode ir embora!
— Calminha... Tenho informações para você sobre a princesinha.
— Chegou atrasada não acha? Já moro ao lado dela. Já até fiz uma visitinha! Não preciso mais de você, pode ir embora!
— É assim? Me usa e me dispensa?! - Disse Hellen, se aproximando de Anik e alisando suas costas em um abraço suave
— Nunca disse que seria diferente. - Disse Anik afastando-se dela.
— Estou próxima de uma pessoa que a conhece muito bem, posso lhe conseguir informações que " um vizinho " não consegue.
— Que pessoa? Que tipo de informações? - Disse Anik virando-se para ela
— Estou de caso com o ex-namorado dela.
— Hum... Parece bom! Me traga mais informações quando as tiver - Disse ele agora se sentando no sofá
— Vai dizer que não sentiu-se nenhum pouco enciumado ? - Hellen disse aproximando-se dele
— Pouco me importa o que você faz! Sabe disso.
Hellen sentou em seu colo de frente para ele
— Então diga-me que pouco se importa que meus lábios desenhem seu pescoço agora - disse enquanto deslizava suavemente os lábios por seu pescoço - E minhas mãos acariciando seu peito... Seu abdômen... - foi descendo as mãos por seu corpo.
— Você bem sabe que já não temos nada Hellen. Que não tenho mais sentimentos por você, pare de insistir - disse Anik virando o rosto tentando não pensar no corpo belo que o acariciava em seu colo.

Não tinha mais amor, nem sabia se um dia o teve. Mas não havia de negar o quanto Hellen era bela, tinha seios fartos que adorava exibir com belos decotes. Os cabelos ondulados estavam sempre tingidos de preto, ja que em seu natural eram brancos. O corpo era escultural. Seus lábios carnudos agora roçavam a boca de Anik
— E quem esta falando em sentimentos... - Sussurrou ela. Anik prendeu seu cabelo em sua mão e puxou-a num beijo intenso, sua outra mão apertava-lhe todo o corpo com voracidade, ele a jogou no sofá e se colocou por cima dela e ali mesmo fizeram sexo, intenso e bruto.

Fosse como fosse, Hellen o aceitava de bom grado. Estava sempre disposta a pegar qualquer migalha oferecida por Anik. Sua fixação não tinha fim. Mesmo sabendo que não teria nada mais que isso.


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