Estou olhando o pôr do sol, sentado em uma árvore, o vento bate em meus cabelos e em meu rosto. Fecho os olhos por um momento, lembrando dos acontecimentos de toda a minha vida. É tudo culpa daquela pizzaria, aqueles robôs, o Henry........ Eles devem pagar! Levanto e dou um soco na árvore, com toda a força, mas quase não sinto dor e começo a andar sem rumo pela rua. 

Vejo crianças rindo e brincando no parque, até que vão embora, está à noite. Percebo um barulho de choro, vejo uma pequena menina que usava um belo vestido amarelo e branco, cheio de laços e detalhes e sapatilhas pretas. Tinha os cabelos ruivos trançados e belos olhos verdes. Ela passa por mim, correndo e chorando, vou atrás dela e encontro-a num beco escuro sem saída.  

— Olá, pequena. O que houve? Porque está chorando?  

— M-minha mãe brigou comigo...... Ela vai embora. - Eu chego perto dela e limpo suas lágrimas. 

— Que terrível! Uma pequena dama como você.  

— Você é tão legal. Totalmente o contrário daquele minha família idiota! - Ela afina a voz de tanta raiva, deixando-a ainda mais fofa.   

— Ei, quer brincar de esconde-esconde?  

— Quero! - Ela fica tão animada que dá pulinhos e bate palmas.   

— Que bom! Mas, primeiro tenho que te mostrar meu brinquedo favorito. Olha! - Coloco a mão no bolso, pacientemente e a garotinha fica curiosa. Tiro minha faca de lá e miro ela em sua barriga, ela começa a recuar, com lágrimas nos olhos. Não demoro e dou um único golpe, fazendo-a cair no chão, imediatamente. Ouço gritos desesperados e saio de lá, me escondendo nas sombras.   

— Lara! Lara! - Era a voz de uma mulher, ela chegou no beco e viu a menina no chão. Saiu correndo, chorando. Depois dela sair, corro rapidamente para longe dali, e me deito na mesma árvore em que estava, momentos antes e suspiro bem alto. Vou abrindo um sorriso, devagar.  

— Finalmente, achei outra presa! - Vejo que está perto da hora do trabalho. Vou para casa e me arrumo.  

Ao chegar na pizzaria, vejo Henry e ele me encara, hesitante. Acho que ele ficará quietinho. Passo direto e vou para o escritório, ne sento e como sempre, o telefone toca. 

— Alô? Alô? Uh, olá, noite quatro! Eu disse que você ia pegar o jeito!

Ok, então, uh, só pra te atualizar, uh, há uma, uh, investigação ocorrendo. Uh, podemos acabar fechando em alguns dias... Eu não sei. Quero enfatizar que é realmente apenas uma precaução. Uh, a Fazbear Entretenimento nega qualquer irregularidade. Essas coisas acontecem às vezes. Um... Tudo será resolvido em poucos dias. Apenas fique de olho nas coisas e irei lhe manter informado.

Uh, apenas como lembrete, tente evitar qualquer contato visual com qualquer animatrônico durante a noite, se puder. Alguém pode ter adulterado o reconhecimento facial - nós não temos certeza. Mas os personagens têm agido estranhamente, são quase agressivos com os funcionários. Eles interagem com as crianças normalmente, mas quando se deparam com um adulto, eles apenas... encaram.

Uh... De qualquer forma, aguente firme. Tudo vai passar. Boa noite!

— Pode fechar, é? Interessante! - Vejo as tubulações e aparece um robô bizarro. É completamente quebrado, deve ser o tal foxy, que chamam de Mangle. Coloco a máscara e o robô sai, olho nas câmeras e vejo Chica e Bonnie no salão principal. Eles encaram o câmera, com rancor e fúria. Vejo o Foxy no corredor, e ele se prepara pra pular, coloco a máscara rapidamente e ele sai, furioso. Baloon Boy aparece e roub parte da minha energia, ainda não consigo entender como ele faz isso.

A noite foi bem difícil, mas consegui sobreviver. Que chato, esses robôs irritantes! Mas, amanhã é o último dia em que irei enfrentá-los. Saio da pizzaria, e ando vagamente pela rua.

— Olá, Joey! Ou será que devo dizer..... Michael? - Olho para trás e vejo "ele".

— O que você quer? E eu já te disse pra não me chamar assim.

— Só vim dizer que estou feliz, que finalmente seguiu o ramo da família. Mas, Michael é seu nome, Michael Afton!

— Ah, você acha que eu vou acreditar em uma mentira furada como essa? Você sempre quer alguma coisa, Willian.

— Você é esperto! Que isso, filho? Me chamando pelo nome?

— Já falou o que queria? Eu tenho que ir.

— Certo. Só vim dizer que está fazendo um ótimo trabalho! Mudar seu nome, fazerem acreditar que você era pai do Zack. Imagine se soubessem que você era o irmão dele.

— Não quero falar disso. Ficou no passado, não há motivo pra falar disso, não mais.

— Certo, então..... Também vim dizer que abri um circo de animatrônicos, Circus Baby Pizza World. Pode dá um passada lá, um dia.

— Já estou cansado de robôs. Mas, talvez eu passe. - Ele bagunça meus cabelos e sai andando tranquilamente.

— Ele não muda, não é mesmo? Parece ser uma pessoa gentil, mas se você ver mais à fundo....... - Saio andando para casa, sem terminar a frase.

Continua......