The Chronicles of Charlotte Pierce. escrita por PoderosoSheldor


Capítulo 5
Temporada 1 x Episódio 5 - Retornos.




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Os olhos sombrios e malignos, que eram pontuados por um brilho intenso de sarcasmo, de Kai esquadrinharam cada um dos presentes. Liv se adiantou, determinada a atacá-lo, mas, foi contida por Luke, que exibia uma expressão enfurecida por estar na presença de seu irmão mais velho, e Valerie, que parecia assustada e exibia uma expressão que dizia que queria estar em qualquer outro local. Kai sorriu ao ver a movimentação de sua irmã mais nova e disse:

  - Mantenha a calma, minha pequena irmã, e prometo que sua morte será rápida e sem dor... Durante o período em que passei no Inferno, aprendi alguns truques novos que... Como posso dizer? São extremamente interessantes... Posso, além de sugar sua energia mágica, sugar sua energia vital... Eu sou mais poderoso do que jamais fui...

  - A única morte que será rápida esta noite será sua morte – disse uma voz feminina, cheia de determinação e coragem, das sombras do cemitério.

  Josette Parker emergiu das sombras. Em primeiro momento, Charlotte pensou que a bruxa do clã Gemini estivesse sozinha, mas, lentamente, mais silhuetas começaram a aparecer pelo cemitério, adentrando o círculo de luz e revelando sua verdadeira identidade. Dentre os rostos, a híbrida reconheceu Lexi Branson; Alaric Saltzman, que empunhava uma balestra e estava com um cinto cheio das mais diferentes armas para assassinar demônios e outros seres sobrenaturais; Jeremy Gilbert, que empunhava uma balestra semelhante à de Alaric e trazia pendurada em suas costas, uma mochila cheia de equipamentos de caçadores; Nadia Petrova, que empunhava armas semelhantes aos caçadores; e Bonnie Bennett, que provavelmente havia conseguido retirar Josette, Nadia e Lexi do Inferno.

  - Olá, minha querida irmã gêmea – disse Kai, se voltando para olhar diretamente nos olhos de Josette e sorrindo de modo sarcástico – É tão bom vê-la novamente – acrescentou, abrindo os braços como se pretendesse abraçá-la – Temia que jamais fossemos nos encontrar novamente, após seu casamento fracassado, qual não fui convidado... Não, não precisa se preocupar, não considerei isso como uma falta de respeito às tradições de nossa família... Além disso, mesmo que houvesse sido convidado, estava ocupado demais, planejando milhares de formas de assassiná-la – disse, fechando as mãos no formato de garra e fazendo com que Josette caísse ao chão, emitindo um grito de dor terrível.

  Liv conseguiu se desvencilhar de Luke e Valerie, que cambalearam para trás e quase caíram ao chão; a bruxa do clã Gemini berrou o início de um encantamento e criou uma barreira de chamas que cercou ela, Josette que estava caída ao chão ainda sofrendo os ataques de seu irmão gêmeo e Kai que parecia não estar prestando a atenção em nada além de sua própria irmã. Luke tentou ultrapassar a barreira, mas, com uma explosão que ergueu línguas de chamas semelhantes às de cobras contra ele, foi lançado para trás.

  Silas se lançou contra Stefan, que cambaleou para trás para tentar se defender do ataque da lâmina da espada que sua duplicata empunhava, e Qetsiyah se lançou contra Elena, que assustada e parecendo estar em choque por conta de sua nova experiência de quase morte, cambaleou para trás e caiu indefesa contra o chão.

  - Eu não consegui a oportunidade de assassinar sua duplicata, Amara, mas, terei a oportunidade de assassinar você – disse Qetsiyah, sorrindo de modo triunfante e fechando a mão em um formato de garra – A sensação será semelhante; ver um rosto idêntico ao de Amara pedindo clemência e sufocando até a morte será um triunfo – acrescentou, erguendo Elena do chão com a força de um encantamento silencioso e começando a sufocá-la sem nem mesmo encostar um dedo na pele do pescoço da vampira.

  - Deixe-a – disse Charlotte, lançando Qetsiyah, com um movimento rápido das mãos, para trás, a fazendo despencar pela lateral da colina, desaparecendo entre os túmulos e as lápides do cemitério escuro e sombrio – Está tudo bem? – acrescentou, erguendo uma de suas sobrancelhas e estendendo uma de suas mãos para Elena, que se levantou do chão com um salto e olhou para os lados como se estivesse procurando por Qetsiyah.

  - Sim – respondeu Elena, sorrindo de modo desajeitado e colocando algumas mechas de seu cabelo escuro para trás das orelhas – Obrigada – acrescentou, esquadrinhando o alto da colina, por onde todos estavam lutando.

  Um dardo com verbena em seu interior passou a poucos centímetros do pescoço de Elena, a fazendo se sobressaltar e cambalear para o lado, quase caindo pela lateral da colina em direção aos túmulos e as lápides envolvidas pela escuridão abaixo. Do outro lado, próxima a lateral do mausoléu dos Salvatore, emergindo das sombras e empunhando uma balestra carregada com dardos com líquidos que apresentavam estranhas colorações intensas estava à caçadora Rayna Cruz, que era estranhamente semelhante à Elena e Katherine.

  - Elena, corra! Katherine a enviou para assassiná-la! – disse Charlotte, recuando, tentando se afastar do campo de visão da habilidosa caçadora e olhando momentaneamente para a vampira, que estava do outro lado, próxima ao círculo de chamas projetado por Liv, que ainda lutava contra Kai, exibido uma expressão de medo e preocupação – Não permita que ela marque sua pele ou será capaz de encontrá-la aonde quer que você se esconda – acrescentou, olhando para os lados, procurando por um local, onde pudesse se esconder para que pudesse planejar um ataque contra Rayna.

  Um dardo com uma coloração amarelada e intensa, provavelmente uma mistura de verbena com toxina de lobisomem, atravessou o casaco de Charlotte e perfurou a pele da mesma, injetando o líquido na corrente sanguínea da híbrida. Ela começou a cambalear para trás, tropeçando em seus próprios pés, se sentindo cada vez mais tonta como se o mundo estivesse girando cada vez mais rapidamente, mas, não o suficiente para desmaiar. Ela retirou o dardo da pele, rangendo os dentes para conter um grito de dor, e se lançou da direção de Matt, que estava escondido atrás de uma pedra próxima ao mausoléu, se preparando para atacar Rayna.

  Charlotte parou ao lado dele, ainda se sentindo tonta por causa dos efeitos da presença da mistura de verbena com toxina de lobisomem em sua corrente sanguínea, e os seus dedos se entrelaçaram; Matt a olhou momentaneamente e então, retornou sua concentração a Rayna, que estava do outro lado da colina, perseguindo Elena, que se desvencilhava dos dardos, enquanto corria de modo cambaleante, tropeçando em seus próprios pés.

  Enquanto Matt se concentrava em Rayna, os sinos soaram sonoramente pelo céu estrelado e o ar se encheu novamente com os gritos e berros assustados das vítimas dos demônios que estavam sendo liderados por Katherine naquele momento no ataque ao centro da cidade. Charlotte olhou para seu relógio de pulso e com sobressalto percebeu que faltavam apenas trinta minutos para as dez horas da noite. Trinta minutos... Em trinta minutos, se eles não detivessem sua irmã mais velha, a cidade queimaria até o último prédio sob as chamas do Inferno; em trinta minutos, Mystic Falls deixaria de existir...

  - Matt... – sussurrou Charlotte, tocando com delicadeza o ombro dele e o olhando momentaneamente – Temos apenas trinta minutos... – acrescentou, olhando momentaneamente para o centro da cidade, iluminado pelas chamas das explosões dos ataques e então, o olhando novamente – Precisamos deter minha irmã...

  - Lamento, mas, isso não acontecerá – disse uma voz masculina atrás deles.

  Julian, um vampiro que Lily Salvatore havia conhecido após forjar sua própria morte, emergiu das sombras com um sorriso perverso em seus lábios carnudos e os olhos brilhando com uma frieza impenetrável como um verdadeiro príncipe das trevas.

  Ele se lançou contra ela e a tocou na nuca com uma força impressionante. Ela foi lançada para o lato e em seguida caiu para trás, batendo as costas pesadamente contra o chão; enquanto Matt foi lançado contra a parede do mausoléu dos Salvatore e caiu contra o chão inconsciente com a cabeça pendendo para o lado.

  No momento seguinte, Charlotte sentiu um braço musculoso, provavelmente o braço de Julian, pressionando com uma força surpreendente sua garganta como se pretendesse sufocá-la. O rosto do vampiro apareceu acima do céu, ocultando as estrelas do céu noturno mais acima e ocupando o campo de visão dela; ela tentou se afastar dele, mas, estava enfraquecida pela presença da verbena em sua corrente sanguínea.

  - Fui enviado por sua irmã, Katherine Pierce, para assassiná-la – disse Julian, em um tom homicida, formando um novo sorriso perverso em seus lábios manchados de sangue, o que indicava que havia se alimentado de vítimas inocentes durante o ataque no centro da cidade, antes de ir até a colina atacá-la – Sua irmã não a quer atrapalhando os planos dela para essa cidade e ela prometeu que não a torturará demais no Inferno... – acrescentou, aumentando a intensidade da pressão de seu braço musculoso contra o pescoço de Charlotte. 

  - Isso não acontecerá, Julian – disse Lily Salvatore, emergindo das sombras com os olhos brilhando de animação e um sorriso se formando em seus lábios avermelhados, envolvida por vozes que pareciam estarem recitando um encantamento contra o vampiro.

  Julian se afastou de Charlotte e começou a se contorcer descontroladamente, pressionando intensamente as mãos contra as laterais da cabeça, conforme, os Hereges, um a um, se aproximavam com os braços estendidos e as vozes se tornando apenas uma voz alta e poderosa o suficiente para derrotar o vampiro naquele momento.

  - Obrigada – disse Charlotte, se levantando do chão e olhando momentaneamente para Lily.

  Do nariz e dos ouvidos de Julian, filetes de sangue começaram a escorrer e no momento em que as vozes dos Hereges se calaram, o vampiro caiu para o lado com o corpo apresentando uma tonalidade acinzentada com as veias sobressaltadas. Estava morto.

   - Precisamos ir para o centro da cidade – disse Charlotte, olhando para todos os presentes e em seguida, olhando para a cidade – Precisamos derrotar minha irmã...

  - Jamais conseguirão derrotar Katherine Pierce – disse Kai Parker, desaparecendo em uma nuvem de fumaça como se jamais houvesse estado naquela colina.

  - Podemos ao menos tentar... – disse Charlotte, acompanhando com um olhar a nuvem de fumaça se espalhar sobre o centro da cidade para em seguida mergulhar em direção ao telhado do Mystic Grill no formato de um tornado.


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