Shit, my glasses! escrita por gaby


Capítulo 3
Capítulo dois


Notas iniciais do capítulo

Demorei um pouco mas não podia estar postando em dia melhor, não é mesmo? FELIZ ANIVERSÁRIO, SIRIUS BLACK, AMOR DA MINHA VIDAAAA ♥♥
E, como prometido, o capítulo ficou um pouco mais curtinho (eu ouvi um amém?). Pretendo seguir essa linha de quantidade de palavras, se não me vier nenhuma ideia a mais na cabeça hahah.

Sem mais recados, aproveite a leitura, e não esqueça do comentário!







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Shit, my glasses!

Capítulo dois

***

 

[DOMINGO (09/07) - EDIFÍCIO LUMUS SOLEM]

— Bom dia, princesa – cantou Sirius, entrando no quarto de James.

— Padfoot? – perguntou, ainda meio sonâmbulo, antes de ser atingido por uma almofada. – Vai se foder e me deixa dormir.

— Nada disso. A gente marcou de almoçar e assistir quadribol hoje.

— Mas tá de manhã, porra.

— Não tá não.

— Tá sim.

— Você acha mesmo que eu viria aqui de manhã?

— Você já fez isso.

— Seu aniversário não conta. Eu tinha que te acordar com classe pra gente aproveitar o dia.

— Me lembra de confiscar sua cópia da chave.

— Eu faço outra.

— Que horas são? – ele ainda não tinha aberto os olhos.

— Mais de uma. Levanta logo, eu tô com fome – arrancou o cobertor de cima dele. – Vamos direto pro Hog's Head, Remus falou que vai esperar a gente lá.

— Eu saí com a Lily ontem – finalmente abriu os olhos, sentando-se na cama.

— Que Lily?

— A secretária que te falei.

— Tá explicado porque você tá dormindo ainda.

— Pervertido. Não é nada disso que você tá pensando.

— Ah não? – arqueou uma sobrancelha.

— Não foi um encontro.

— Não tô entendendo. Saíram pra que então? Brincar no parquinho? – James rolou os olhos.

— Fui no British Summer Times a trabalho e levei ela comigo – Sirius fazia uma careta engraçada. – Que foi? Era a banda favorita dela.

— E não transaram depois?

— Não, Sirius – levantou, indo na direção do banheiro.

— Mas bem que você queria, né? – disse com o tom de voz que o outro conhecia por ser o mais cafajeste.

— Rolou um beijo.

— E por que não transaram? – jogou-se na cama.

— A gente mal se conhece, Padfoot.

— E desde quando isso importa?

— Sei lá. Ela é legal. Quero dizer, não é do tipo que eu só faria sexo e ok – Sirius sentou-se num pulo.

— Que merda você tá falando?

— Não é que eu não queira, Sirius, é que não tô desesperado... eu acho – contraiu o cenho enquanto dizia. – O que eu quero dizer é que conversar com ela também é bom.

— Calma aí... você não tá...?

— Quê?! – apareceu na porta do banheiro, a escova de dentes pendurada na boca.

— O que será de mim nas festas agora? Éramos uma dupla!

— Para de ser dramático, Sirius. Eu não tô... – se analisou em frente ao espelho. – Tô?

— Puta merda, eu tenho que ligar pro Remus. Perdemos um dos nossos.

 

[DOMINGO (09/07) – EDIFÍCIO SALVIO HEXIA]

— Por que comprou uma roupa quatro tamanhos acima do seu?

— Não é minha.

Lily corou ao dizer. Recolhia algumas peças para levar até a lavanderia do prédio, quando a jaqueta de couro caiu de seu ombro. Marlene fez uma expressão de divertimento.

Hmm, então quer dizer que o show de ontem foi prazeroso?

— Cala essa boca – conteve a vontade de sorrir, tirando a jaqueta de James das mãos da loura. – Não chegamos nem perto disso que sua cabeça indecente está imaginando.

— Finge que me engana e eu finjo que acredito – deitou largada no sofá.

— Não aconteceu nada demais... Só nos beijamos.

— Ah é? – sentou na mesma hora. – E aí?

— O que?

— Como foi? – a ruiva sentia as bochechas pegando fogo.

— Foi... Interessante.

— Interessante?

— É, interessante.

— Interessante como?

— Interessante do tipo muito-bom-mesmo.

— E quando vão terminar o que começaram?

— Céus, Marlene!

— O que?! Tá na cara que você quer.

— Você não presta, McKinnon – declarou, seguindo em direção a porta.

— E você não negou – sorriu vitoriosa quando a ruiva bateu a porta, sem contestar.

 

[SEGUNDA-FEIRA (10/07) - PRÉDIO DO PROFETA DIÁRIO]

James acordou mais indisposto que nunca na segunda-feira. Sua cabeça doía, a garganta parecia arranhada, o nariz escorria e, ao que tudo indicava, estava com febre. Levantou da cama com muita dificuldade e passou numa farmácia qualquer antes de chegar no trabalho.

— Bom dia, Lily – cumprimentou, rouco, quando a viu perto da máquina de café.

— Nossa, você tá péssimo – ele a encarou de um jeito que a fez querer rir, talvez porque estivesse com cara de zumbi. – Quero dizer, bom dia. O que aconteceu?

— Acho que peguei um resfriado, por causa da chuva.

— Eu disse que ia acontecer.

— Já pode dizer que vou ficar bem, obrigado – ela sorriu. Os dois se fitaram por um tempo, até que James espirrou.

— Você tem algum remédio?

— Passei na farmácia antes de vir. Daqui a pouco melhora... Eu espero.

— James, bom dia – Frank apareceu. – Vamos?

— Claro – e mais um espirro.

— Você tá bem, cara?

— Tô – atrás dele, Lily fazia sinais de negação.

— Se quiser ficar, eu chamo a Jones.

— Não, tudo bem – fungou. Frank ergueu uma das sobrancelhas. – É sério. Vamos logo.

— Então tá. Até mais, Evans – ela acenou, sorrindo simpática.

— A gente se vê mais tarde – James disse para a ruiva, antes de sair com mais um espirro.

***

— Eu realmente queria te dar uma carona, mas acho que as condições não são as melhores – ela sorriu. James tinha certeza de que aquele sorriso ajudaria no tratamento do câncer.

— Tudo bem, eu gosto de caminhar. E não é tão longe, você sabe.

— Nos vemos amanhã – pausa para um espirro –, se eu não morrer antes disso.

— Espero te ver amanhã, então – riu. – Se precisar de alguma coisa, me liga. Minha amiga trabalha numa farmácia...

— Obrigado.

James xingou internamente, observando a ruiva andar majestosa pela calçada. Queria convidá-la para sair, agora mais do que nunca, porém, com aquele resfriado, mal podia ter um diálogo. Praguejou de novo.

 

[QUINTA-FEIRA (13/07) - PRÉDIO DO PROFETA DIÁRIO]

Aquele, com certeza foi o pior dia. James pensou seriamente em ficar em casa, mas queria mesmo entregar aquela foto para Lily. Acabou chegando atrasado e só encontrou a ruiva no horário de almoço.

— Hey! – ele retornava ao prédio do jornal, enquanto ela saía.

— James, oi – sorriu, um pouco surpresa em vê-lo. – Chegou atrasado hoje, huh?

— Foi difícil levantar da cama – ela riu. – Está indo almoçar? – ela fez que sim com a cabeça. – Posso te acompanhar?

— Claro – se puseram a caminhar. – Conseguiu boas fotos hoje?

— Ah, sim. Fora as que perdi por conta dos espirros – riu.

— Eu tenho uma pergunta pra você – anunciou em alguns segundos.

— Fique à vontade.

— Por que você trabalha no Profeta? Quero dizer, sua família certamente tem contatos, você podia estar em qualquer revista, ou numa agência grande de fotografia – James pensou um pouco antes de responder.

— Bom... Na verdade, eu também não sei – ela olhou-o com cara de interrogação. – Quando eu saí da faculdade, queria achar um emprego por conta própria, então o Frank, que já era meu amigo, falou da vaga no jornal. E estou lá há dois anos.

— Nunca pensou em sair?

— Acho que não... Eu sempre tirei fotos além do trabalho, nas horas de folga, e pra mim sempre esteve bom assim.

— Então pretende continuar fotografando matérias pra um jornal pequeno?

— Eu... realmente não sei – ela sorriu.

— É bonito o jeito como você fala sobre as fotos, como segura a câmera. Devia pensar sobre isso.

Entraram no restaurante naquela hora e James esqueceu completamente o que iria entregar para a ruiva. Ele passou o resto do dia, e o final de semana inteiro, refletindo sobre o que ela disse. Por que ainda estava onde estava? Por que nunca tinha considerado sair do Profeta? Afinal, ser fotógrafo num jornal não permitia que demonstrasse o potencial que tinha, não o faria crescer no ramo. E fotografia era o que amava, o que queria fazer pelo resto da vida.

 

[SEGUNDA-FEIRA (17/07) - PRÉDIO DO PROFETA DIÁRIO]

Para a sorte do rapaz, a ida ao médico e os remédios certos surtiram efeito com rapidez e ele finalmente se sentia bem. Conseguiu então lembrar de entregar a fotografia para a ruiva, antes de ir embora do trabalho. Desceram pelo elevador junto com Frank naquele dia; ele os tinha convidado para sua festa de aniversário, dali alguns dias.

— Já vou dizendo, se você aparecer com outro presente daquele, eu nem te deixo entrar – direcionou-se a James. – Boa noite, Evans.

— O que você deu de presente? – perguntou curiosa, quando ele já tinha ido.

— Ah, nada demais... Na época ele estava noivo e meus amigos e eu achamos legal ele passar o último aniversário antes do casamento num clube de strip – Lily abriu a boca num perfeito “O”. James riu. – Levamos ele vendado, pra ser surpresa. A noiva dele descobriu depois e quase arrancou nossas orelhas.

— Eu teria arrancado – riu.

— Ah! – exclamou, de repente, então abriu a porta do carro e se pôs a procurar algo. Lily o observou.

— Tudo bem aí?

— Falando em presente... lembrei que tenho uma coisa pra você – respondeu, pouco antes de sair de dentro do Jeep.

— Você o quê?

— Tome – entregou um envelope branco para ela, que o encarou de olhos semicerrados, antes de se voltar para o papel, receosa depois do que ouviu.

— Não é nada demais, eu só achei que gostaria de lembrar daquele dia, então eu revelei-

Foi interrompido por um abraço inesperado da garota; ela praticamente se jogou sobre ele depois que viu o que era o tal presente. Ele não pôde evitar de sorrir.

— Isso é muito legal, James – disse, um tanto envergonhada, quando o largou. Suas bochechas avermelharam de leve.

Desviou o olhar para a fotografia novamente. Nela, Lily estava de costas para a câmera, os braços erguidos, cabelos voando, e, mais ao fundo, a banda tocava para a multidão.

— Não achei que gostaria tanto.

— Eu gosto de guardar memórias. Podemos perdê-las a qualquer momento, não? – se entreolharam por uns instantes. – Obrigada – ele sorriu em resposta, meio perdido nos olhos dela. – Eu... Tenho que ir.

— Claro. Boa noite.

— Boa noite, James – sorriu, antes de dar meia volta.

 

[SEXTA-FEIRA (21/07) - EDIFÍCIO SALVIO HEXIA]

— Está atrasada, então eu jantei – Marlene disse, assim que a outra entrou no apartamento.

— Ok. Eu fiquei conversando com uns amigos e perdi a hora.

Hmmm, amigos? – Lily rolou os olhos.

— Cala a boca.

— O quê? Não é culpa minha se você não admite que estão juntos.

— Não estamos juntos.

— Viu?! Ei, o que é isso aí? – viu o envelope nas mãos dela.

— Nada – respondeu rápido.

— Evans... – semicerrou os olhos.

— Sai, Marley, eu não fico xeretando suas coisas – disse para a garota, que agora a seguia.

— Vocês estão trocando cartas? Meu Deus, não me diga que usam pombo correio também?

— Você é insuportável – fechou a porta do quarto na cara dela.

Desabotoou a camisa e se livrou, enfim, do sutiã. Olhou o celular por algum tempo, respondendo algumas mensagens de sua mãe e de alguns amigos de Cambridge, até seus olhos encontrarem o envelope mais uma vez. Tirou a fotografia de lá e a encarou até que sua mente fosse invadida pelas lembranças daquela noite e um sorriso surgisse em seus lábios.

 

[QUARTA-FEIRA (26/07) - PRÉDIO DO PROFETA DIÁRIO]

— Você é o único dos fotógrafos que fica até mais tarde todos os dias – a ruiva disse, enquanto andavam pelo corredor.

— Gosto de adiantar umas coisas por aqui, pra ter um tempo livre em casa, sabe?

Aham— respondeu irônica; James a encarou.

— Ok, talvez eu também goste de te acompanhar na descida do elevador – entraram nele naquele exato momento.

— Há! Eu sabia! – sorriu e encostou o indicador no peito dele. A porta se fechou.

Ficaram estáticos naquela posição por pouco mais de dois segundos. James sentiu como se uma enorme carga elétrica fluísse pelo seu corpo quando alcançou a boca dela com a sua. Lily não pareceu surpresa com o beijo; retribuiu o avanço na mesma intensidade, escorregando as mãos pelo peito dele, até que chegassem a nuca. O rapaz, sentindo a extensão da sua pele arrepiar com o simples toque, contornou a cintura dela com os braços, recebendo uma leve mordida no lábio inferior como resposta.

Quando o elevador parou, foram obrigados a se separar. Lily soltou uma risadinha quando encarou James; seus óculos estavam completamente tortos em seu rosto. Eles se despediram, na calçada, como de costume, e aquele beijo se repetiu pelos dois dias seguintes.

 

[SÁBADO (29/07) - EDIFÍCIO SALVIO HEXIA]

Hey, Lily!

— Hey.

Tudo bem?

— Uhum. Eu espero não estar incomodando... – ouviu o barulho de algo caindo. – Eu estou incomodando?

Não, não. Isso foi o Merlin derrubando outro vaso. Já falei pra minha mãe que não adianta, mas ela insiste em comprar novos— ele soltou um suspiro. – Mas a que devo a honra dessa ligação?

— Você vai no aniversário do Frank?

Com certeza. Ele me mataria se não fosse. Por quê?— ela riu sem graça.

— Eu me dei conta de que não faço ideia de onde ele mora...

Ah, tudo bem, eu te levo— respondeu, com simplicidade.

— De novo, não quero incomodar.

— “Você” e “incômodo” não cabem na mesma frase— ela rolou os olhos, entretanto sorriu. – Quando você está pronta?

— Quando você está?

Eu não sou bom com horários...

— Tudo bem às 13h?

Posso atrasar um pouco... Você sabe.

— Tudo bem, James – riu. – Obrigada. Juro que não vou mais te encher. 

Pode encher quando quiser— ela podia ver claramente a expressão dele: um sorriso de lado, completamente sacana; não pôde conter o seu.

— Até amanhã.

Se eu atrasar, me liga.

— Ok.

Se não atrasar, pode ligar também— Lily riu.

— Ligo – e desligaram.

 

[DOMINGO (30/07) - CASA DOS LONGBBOTOM]

— Você não ia trazer sua amiga? – James questionou, assim que saíram do carro.

— Ela não pôde vir, também tinha uma festa – sua expressão revelava preocupação. Queria a companhia de Marlene pra não se sentir tão deslocada.

— Relaxa, o pessoal vai gostar de você. Além do mais, você tem a mim – se fitaram por uns instantes, até que ele afastou o portão para que ela entrasse na casa.

Por onde James passava, todos o cumprimentavam; o rapaz acenava de volta, abraçava alguns, e apresentava Lily. Ela apenas sorria e dizia poucas palavras, um tanto tímida, como sempre foi. Guga, Amélia e o pessoal do jornal também estavam lá, o que a fez sentir um pouco mais confortável.

— E aí, Emmeline? – uma moça de cabelos castanhos deu meia volta para vê-los. Os olhos cinzentos dela pararam sobre Lily por um tempo.

— Olá, James. Como vai?

— Bem – a expressão dela era uma mescla de curiosidade e algo que parecia tédio. – Essa é a Lily. Trabalha comigo e com Frank.

— Prazer, Emmeline Vance.

— Lily Evans – sorriu por educação, apertando a mão que a outra oferecia.

— PETER! – James gritou, acenando, quando olhava para um outro lado. – A gente se vê, Emme – com um último olhar da morena, Lily o seguiu.

— James! – o baixinho ergueu a mão e James tocou.

— Lily, Peter, Peter, Lily – os apresentou, sem muita cerimônia. – Cadê o Moony e o Padfoot?

— Estavam na sala, da última vez que os vi.

— Você não contou que era o popular— Lily comentou, depois que mais algumas pessoas o saudaram no caminho até a sala.

— Achei que não precisava – respondeu, convencido. – Lá estão eles – puxou-a pela mão. – E aí, Marauders?

— Prongs! – o moreno já ia abraçar o amigo quando seus olhos se desviaram.

— Essa é a – James ia dizer, mas foi interrompido.

Ruiva?

Sirius?— ela arqueou uma sobrancelha.

Evans?— o loiro apareceu atrás do outro.

Lupin?

Lil?— a voz feminina vinha do outro lado.

Marley?!— agora estava realmente chocada.

— Oi gente – Peter se aproximou, com um sorriso que murchou quando viu as expressões ao redor. – O que foi?

— Vocês... já se conhecem? – James perguntou devagar, encarando cada um.

Eles são os seus amigos? – Lily indagou.

— Eu não acredito que era o James esse tempo todo! – Marlene estava boquiaberta. A ruiva sentiu o rosto aquecer e só então se deu conta de que ainda segurava a mão dele. Largou-a rapidamente.

— O que está acontecendo aqui? – Peter era o mais perdido ali.

Como vocês se conhecem? – James ainda processava as informações.

— Ela faz parte do meu clube de leitura – Remus contou.

— Você sabe da onde eu conheço ela – Sirius disse com obviedade.

— Você estava na casa dela, sabia o nome dela, a cor do cabelo, e não desconfiou de nada, Padfoot?

— E eu por acaso tenho cara de policial investigativo?! – retrucou, na defensiva.

Peter ainda os observava, completamente desorientado. Lily então soltou uma risada, incrédula de que aquilo realmente estivesse acontecendo.

— Eu ainda estou chocado – soltou James. – Como isso aconteceu?

— História pros netos vocês já têm – Marlene comentou, recebendo uma olhada feia de Lily.

Naquela hora, Frank apareceu, ao lado de sua esposa, Alice. Lily a reconheceu de algumas fotos das redes sociais de Marlene e descobriu que elas tinham feito faculdade juntas. Logo as duas a tinham arrastado para a cozinha, onde podiam surtar um pouco.

— Espera, deixa ver se eu entendi – começou Alice. – Você estava saindo com James, conhecia Remus e Sirius, mas não sabia que eram os amigos dele?

— E muito menos esperava que Marlene o conhecesse – acrescentou.

— Como ninguém descobriu nada?! – a morena riu.

— Fica aí o questionamento – Marlene declarou. – Agora, o que eu realmente quero saber, é como você ainda não foi parar no apartamento de James Potter e nem ele no meu – sorriu com malícia.

Emmeline adentrou a cozinha e ninguém disse nada pelos cinco segundos que se seguiram. A morena pediu um copo para Alice, lançando alguns olhares na direção de Lily, e deixou o cômodo em seguida, rebolando exageradamente enquanto caminhava.

— Quem ela é, e por que me olha como se eu fosse o Voldemort? – Lily externou a pergunta que veio à sua mente desde o primeiro contato com a morena.

— Acho que ela preferia que você fosse Voldemort – Marlene replicou. Voldemort era o líder terrorista que estava causando distúrbios em Londres nos últimos tempos.

— É a ex do James – Alice disse; a loura fez uma careta.

— Ela é um pé no saco.

— Por que eles terminaram? – claro que a ruiva estava curiosa.

— Não sei exatamente – Marlene falou. – Mas eu diria que ele foi esperto. Ninguém aguenta ela por muito tempo.

— Ele que terminou então?

— Foi. Por isso ela não gosta muito da cara dele – respondeu Alice.

— Ela é insuportável – Marlene parecia realmente detestar a garota. – Só aparece nas nossas festas porque namora um dos nossos amigos, o Fabian Prewett, coitado.

— Ela não é tão ruim assim... – Alice tentou amenizar. – Só um pouco convencida, interesseira, mau caráter... ok, talvez ela seja meio merda mesmo – riu.

Passaram bastante tempo ali, até que os Marauders e Frank apareceram procurando por elas e se juntaram à conversa – que àquela altura já era outra, bem diferente. No fim, Lily parecia conhecê-los há anos. Quando os Marauders, Lily e Marlene saíram de lá, rumaram para o pub perto do apartamento da loura, o Three Broomsticks.

— Bom, eu já vou indo – Remus disse. – Tenho que abrir a biblioteca cedo amanhã. Boa noite pra vocês – os outros o desejaram uma boa noite e ele saiu. Lily deu um bocejo, pouco depois.

— Cansada? – James perguntou, enquanto Sirius e Marlene riam de alguma coisa.

— Um pouco – sorriu. – Está tarde – já passava de uma da manhã.

— Quer uma carona?

— Se não for incômodo.

— Já disse que não – ele sorria de um jeito que fez o coração dela falhar uma batida. – Lene, quer uma carona? Vou levar Lily.

— Ah, não. Vou ficar um pouco mais, obrigada.

— Boa noite então – ele disse, deixando uma nota em cima da mesa. Lily acenou antes de sair.

— Juízo, vocês dois! – Sirius gritou. James ergueu o dedo do meio pra ele, mas sorria.

Quando o rapaz estacionou, em frente ao prédio, Lily ia agradecer pela carona, mas ele quis levá-la até a porta. Sem objeções, os dois subiram as escadas, ainda comentando sobre aquele dia, que tinha sido engraçado e realmente agradável para ambos. Lily então destrancou a porta do apartamento e deu um passo à dentro.

— Sã e salva – riu. – Obrigada, James.

— Quando precisar... – sorriu para ela.

Se entreolharam pelo que pareceu um longo tempo e então se aproximaram com rapidez. A ruiva prendeu todo o ar que tinha nos pulmões, se colocando na ponta dos pés e puxando-o pelo colarinho do casaco. James embolou os dedos por entre os cabelos dela, ao mesmo tempo que a enlaçava pela cintura. O beijo começou urgente, quase como se precisassem dele para se manter vivos. No entanto, diferente dos beijos do elevador, eles não tinham um tempo para se separar, podiam ficar ali a noite inteira se quisessem. Assim, o beijo foi se tornando mais calmo, à medida que o fôlego se perdia. Quando terminaram, desgrudaram as bocas, mas não os corpos.

— Quer sair comigo? – perguntou, assim que recuperou o ar.

— Agora? – ele riu.

— No próximo sábado.

— Às sete? – James apenas fez que sim com a cabeça. Ela mordeu o lábio inferior e ele se sentiu convidado a beijá-la novamente; o fez, com muito mais calma agora.

— É melhor eu ir – declarou, quando se afastaram pela segunda vez.

— Boa noite, James.

— Boa noite, Lily – passou a mão pelos cabelos, bagunçando-os, antes de descer as escadas. 

***


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Notas finais do capítulo

♡ Não seja um leitor fantasma, comente! ♡

Obrigada você que leu mais esse capítulo ♥ Aguardo ansiosamente pelo seu comentário! Nos vemos em breve, no próximo capítulo.

*Agradecimentos especiais à SrtaProngs, minha beta maravilhosa ♥

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