The Queen's Path escrita por Diamond


Capítulo 2
Capítulo II - 07 de Maio de 1863




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— Encontrei você — exclamou de maneira enfática, encurralando a pequena ladra num envelhecido beco sem saída.

A menina tremia da cabeça aos pés, denunciando seu intenso nervosismo. Tinha a face corada e ofegava com força, buscando recobrar o ar gasto naquela corrida, resultado de uma frustrada tentativa de fugir com os frutos de seu roubo, limitados a uma cesta cheia de guloseimas. Katherine aproximou-se lentamente, cada passo que avançava fazia com a jovem ladra recuasse. O involuntário gesto de autopreservação se repetiu até que suas costas se chocarem contra a parede de pedra, fazendo-a engolir seco.

Não tardou para que Jacques aparecesse junto ao beco, protestando nervosamente pela forma como sua companheira tinha saído correndo ao perseguir um saqueador. Estava pronto para proferir mais algumas exclamações indignadas quando emudeceu, ao reparar que Katherine lhe estendia um dedo ao alto, indicando que deveria manter-se em silêncio. A rainha encarava a moça à sua frente com curiosidade. Nada lhe passava despercebido e elas se entreolhavam com intensidade, nenhuma ousando sequer piscar, de modo que não foram necessários mais que alguns segundos daquele entrave mudo para que a pequena ladra se jogasse ao chão, de joelhos, completamente rendida àqueles olhos inquisidores.

— Mil perdões, milady  — rogou em tom de súplica, enquanto comprimia a testa contra o chão sujo. — Eu não tinha a intenção de roubar, eu juro.

— Ah, não tinha? — Katherine indagou no usual tom retórico e irônico que perturbava todos à sua volta. — Você me pareceu bastante resoluta em seus atos quando tomou a cesta de minhas mãos agora há pouco.

— Me desculpe — respondeu a menina, antes de ter a fala interrompida por um soluço, incapaz de conter as lágrimas de vergonha que corriam soltas pelo rosto imundo. — Eu não como nada há dois dias, e você estava tão distraída, segurando sua cesta com tanto descuido que simplesmente não pude evitar... Tome, pode ficar com ela.

— É claro que posso ficar com ela, pois ainda é minha, apesar de sua tentativa estapafúrdia e até mesmo um tanto amadora de tentar me furtar — a rainha rebateu de imediato, sua voz tornando evidente toda a sua autoridade enquanto recebia o objeto de volta.

Imediatamente, entregou seus doces recém recuperados à Jacques, quase com descaso, pois já não lhes importavam mais. Havia encontrado algo muito mais interessante para ocupar seus pensamentos. A menina trajava roupas maltrapilhas, além de manter um lenço velho sobre a cabeça que encobria parcialmente os fios da cor de trigo, opacos e empoeirados pela dura vida das ruas. Uma trouxa de pano atada às costas denunciava sua condição de andarilha, e à julgar pelos sapatos gastos, sua caminhada havia se iniciado em algum lugar muito distante dali.

Para a rainha, era certo que plebe tinha características que lhes eram inerentes, mas a jovem não aparentava portar nenhum daqueles atributos. Diferente daquilo que esperava, ao vocabulário da jovem destoava bastante de sua condição atual, que somados à sua falta de destreza com furtos mostravam que suas origens talvez fossem mais nobres do que seu deplorável visual demonstrava.

— Venha, menina — a jovem rainha proferiu de maneira estranhamente gentil, enquanto lhe oferecia a mão para que se levantasse do chão. — Vamos levar você para comer algo.

— Eu não preciso da sua caridade. — Sua resposta soou ingrata e ela praticamente cuspiu as palavras, enquanto se ocupava em limpar as lágrimas que não deixavam de surgir contra sua vontade. Tinha certeza que tinha uma aparência patética naquele momento. No entanto, traindo sua própria convicção, seu estômago esboçou um ronco alto, denunciando aquilo que seu orgulho tentava esconder.

— Vejam só, ainda por cima é orgulhosa. — Katherine não se abalou com a recusa, limitando-se em recolher a mão estendida ao passo que se ajoelhava junto ao chão, ficando da mesma altura que a andarilha. — Não aceita minha caridade, pois prefere minguar enquanto rouba? Ouça, menina, não existe qualquer orgulho no crime. Já a redenção e o arrependimento são de muita valia. Agora deixe de bobagens e venha comigo.

Ela estendeu ambas as mãos desta vez, e ainda um pouco relutante, a jovem as aceitou. Ergueram-se as duas ao mesmo tempo. A rainha bateu os resquícios de poeira que havia na saia de seu vestido escuro, cobriu a cabeça com o capuz que trazia consigo e saiu do beco, indo em direção a carruagem que os trouxera até o centro da cidade. Atrás de si, caminhavam Jacques e a pequena desconhecida de maneira obediente.

Foi somente quanto já se encontravam à caminho do castelo que Katherine recordou-se de um detalhe na conversa em que tiveram, não se contendo ao perguntar:

— Hoje mais cedo, quando estava a se desculpar pelo roubo, você disse milady, estou certa? É o tipo de expressão que só se utiliza entre as famílias nobres de Hallbridge. Você veio de lá, não é mesmo?

A menina assentiu com a cabeça. Não parecia disposta a responder qualquer outra pergunta sobre suas origens. Não fazia mal, pois a jovem rainha nada mais lhe interessava. Ela refletiu por mais alguns minutos, até que teve seus pensamentos interrompidos pela jovem.

— Aquele é o castelo de Odarin? — A confirmação veio na forma de um positivo menear.  — Você é alguma dama de companhia da rainha?

Os olhos de Katherine cintilavam naquele momento. Que belo espécime aquele que havia encontrado! Apesar das circunstâncias em que se conheceram, a menina era letrada, aparentava ter vocabulário e bons modos, além de bastante astuta.

— Algo assim... Mas então, como se chama? Creio que não tenha se apresentado ainda. Não posso lhe chamar de “menina” o tempo inteiro. “Pequena ladra” também não me parece nem um pouco adequado.

— Anne Cuesta, milady – comentou com o ar incerto, sem saber se estaria revelando demais aquela senhorita, que mal conhecia e já a acompanhava para num caminho completamente novo.

— Sua mãe não tinha a menor delicadeza para nomes, percebe-se – Katherine pontuou de modo sincero, afora as usuais notas de zombaria, que lhes eram tão características. – Diga-me, o que acha do nome “Evangeline”?

— Acho muito bonito, milady – a menina respondeu com sinceridade. Soava-lhe elegante e firme, a imagem quase utópica que projetava para si no futuro.

— Perfeito! Pois a partir de hoje, se chamará Evangeline Cuesta – a rainha determinou, no exato momento em que cruzavam os portões do castelo. Era somente sorrisos, afinal, estava muito contente com o trabalho que tinha feito hoje.

Desde pequena sonhava em ter uma criada chamada Evangeline, que obrigatoriamente deveria ter as madeixas da cor de trigo, tais como a de sua irmã, talvez pelo motivo de nunca ter conseguido que a mais nova lhe desse sequer um copo d’água. Hoje, ela havia conseguido realizar sua pequena fantasia.



Sentada na beira da cama, Evangeline recordava-se do dia em que sua vida tinha mudado para sempre. Tinha certeza que na ocasião vivida anos  antes, encurralada naquele beco sem saída, não fugia uma senhorita comum, mas sim um verdadeiro anjo. Fora recepcionada naquele castelo com todas as graças que se poderia desejar, ao chegar acompanhada de ninguém menos que a própria rainha, para seu espanto à época. Já bem alimentada e devidamente banhada para livrar-se das sujeiras do mundo exterior, surpreendeu-se ver a si mesma trajando roupas novas. No quarto que passaria a ocupar, havia um baú com vestido comportados, todos em tonalidades sérias e escuras. Junto das vestimentas vieram livros, dos romances clássicos aos históricos, estando incumbida de dedicar-se a eles, ainda alheia aos motivos por trás daquele tratamento especial.

Sem que pudesse se dar conta, Evangeline chorava silenciosamente enquanto relembrava sua chegada ao castelo Odarin, assim como de sua bondosa senhora. Jamais poderia negar, havia amado sua milady mais que qualquer outra pessoa em sua vida. Doía-lhe relembrar as circunstâncias de sua morte, a verdade ardendo em seu peito como brasa, atormentando-lhe todos os dias de sua vida. Tais circunstâncias jamais poderiam ser divulgadas. Ela teria de aprender a conviver com esta dor até o fim de seus dias. E assim vinha fazendo, com muito orgulho.

Enxugando os olhos, não precisou de mais que uns segundos para retomar compostura. Dirigiu-se até o criado mudo, lavando o rosto com a água de um vasilhame. Com o auxílio de um pequeno espelho, prendeu as mechas loiras em uma trança, seguido de um coque firme, trocando suas roupas e rapidamente seguindo em direção à cozinha. Era preciso verificar como se encaminhava o desjejum antes de acordar a infanta.

Seguia pelos corredores com passos decididos, e chegando a entrada principal não pôde deixar de perceber um tumulto incomum, com serventes entrando e saindo da cozinha para o Hall, e então até os aposentos do rei. Era definitivamente uma movimentação atípica. Descendo as escadas com pressa, acabou por encontrar Maria transportando cuidadosamente um jarro cheio de água.

— O que se passa aqui? Nem bem são nove da manhã e já temos esse alvoroço todo logo na entrada do castelo! — O sermão severo fora entoado para que não só Maria, mas todos os demais serventes pudessem ouvi-la.

— Oh Evangeline, você nem ao menos imagina. Nosso rei se indispôs ontem, logo ao entardecer. Sequer pôde apreciar o jantar adequadamente. Voltei para casa após terminar com a louça, mas quando cheguei hoje cedo, soube que sofreu a noite toda, não sustentando no estômago um pedaço de pão sequer. Levo essa jarra para seus aposentos, pois ao que me parece, também tem febre. — O relato de aprendiz de cozinha mostrava-se franco e apressado. Não podia negar explicações a Evangeline, pois todos a viam como um modelo a ser seguido. Ainda assim, tinha pressa em terminar a tarefa a qual fora designada.

— Como pode ser? O Rei Henrique costuma ter uma saúde de ferro, espero que não seja nada grave.

Maria apenas concordou com um menear, correndo em seguida. Tinha perdido tempo demais, e estava certa de que seu soberano tinha pressa. Enquanto retomava seu caminho até a cozinha, a governanta avistou o Secretário Real a dar ordens a torto e à direita. Aproximou-se com cautela, pois ele parecia exasperado em seus gestos. Ao menos tinha a certeza de que saberia informar mais detalhes que os demais serventes.

— Augusto — ela o chamou, de modo autoritário. Afastaram-se dos demais, para que pudessem conversar reservadamente, se é que poderia haver um pouco de privacidade diante de tamanho alvoroço. — O que dizem sobre o rei encontrar-se adoentado é verdade?

— Mais verdadeiro impossível. Não pude dormir a noite inteira — informou num tom de voz baixo, mas visivelmente irritado. Agora que havia comentado, ela podia reparar aros escuros em volta de seus olhos. — Se pudesse vê-lo, sequer reconheceria. Tem os olhos e a gengiva amarelados. Mandei chamar um médico às pressas, que acabou de sair daqui. Nos deixou com duas poções e a informação de que, o que quer que fosse, atacava-lhe o fígado. Agora diga-me Evangeline, que faço eu com essa informação? Nada disso me adianta nada!

— Mas isso é terrível — a governanta pontuou, levando as mãos à boca para disfarçar seu espanto. Henrique era conhecido por ter uma saúde inabalável. Em todos os anos que esteve lá, sequer chegou a vê-lo resfriado. — Transmita-lhe meus cumprimentos, diga que anseio por sua recuperação.

— É o que também desejo — Augusto respondeu com resolução, ainda demonstrando sinais de irritação. — A esta altura tem febre e delira como um louco dentro daquele quarto. À princípio, chamava pelo nome da rainha Katherine, mas logo depois rogava-lhe tantas pragas e maldições que fui incisivo em requerer uma jarra de água para baixar a febre, antes que dissesse coisas piores.

— E será que não está louco de vez? Que milady Katherine teria em relação a sua doença? — ela questionou, estupefata com tal informação. Não admitia que ninguém falasse mal de sua antiga senhora.

— Pelo que pude compreender, dizia que era ela que estava adoecendo-o. Bom, tenho de ir. Preciso me certificar de que em um desses delírios ele não se atire da janela. — Com o mero prospecto causando-lhe arrepios, o Secretário afastou-se com um ar pesado, e a urgência estampada em seu semblante.

Na cozinha, o desjejum parecia bastante atrasado tendo em vista os acontecimentos inusitados daquela manhã. Tentando reorganizar a situação da melhor maneira possível, a governanta orientou que quando tudo estivesse pronto, uma bandeja completa deveria ser encaminhada aos aposentos da princesa, que deveria comer em seu quarto naquela manhã. Sem perder tempo, ocupou-se em preparar uma pequena xícara de chá com biscoitos amanteigados ao lado, seguindo então para o quarto da infanta, enquanto desejava intimamente que aquele mimo pudesse distraí-la.

Chegando ao final da escada, seus olhos capturaram uma cenas inusitada. A menina encontrava-se de pé junto à porta do quarto, bocejando e coçando os olhos, ainda trajando suas roupas de dormir enquanto observava a intensa movimentação em torno do quarto de seu pai há poucos metros dali.

— Evangeline, o que está acontecendo? Por que todos parecem estar tão nervosos? — ela questionou, logo que percebeu a aproximação de sua companheira habitual.

— Imprevistos, minha querida. Volte para o quarto, seu desjejum não está pronto ainda, mas lhe trouxe xícara de chá com biscoitos para que não sinta fome — ela esclareceu, com um ar gentil que raramente se permitia exprimir.

Voltando para o cômodo com passos incertos e um olhar cheio de desconfiança, ainda tentou vislumbrar por cima do ombro algo que lhe indicasse o que realmente acontecia ali. A menina ocupou-se em degustar dos biscoitos e bebericar de seu chá, enquanto a governanta pôs-se a arrumar a larga cama repleta de travesseiros. Seguiram-se então longos minutos de silêncio, o que não era nada típico da pequenina. Receosa do que pudesse estar se passando em sua mente infantil e imaginativa, julgou que seria prudente esclarecer-lhe a situação.

— Parece que seu pai amanheceu um tanto indisposto esta manhã, por isso estão todos tão preocupados mencionou com uma expressão impassível, tentando não demonstrar alarde nem como aquilo poderia ser realmente grave.

— E já sabem o que houve? — a menina questionou, sem muito interesse aparente. Evangeline não poderia esperar por uma reação diversa, mas constatar o quão distante e indiferente era o relacionamento dos dois. Seu contato com o pai beirava o inexistente, salvo pela ceia que costumavam compartilhar. O rei vivia absorto em suas funções, enquanto Sarah tinha os dias inteiramente preenchidos por sua governanta.

— Comeu qualquer coisa que não lhe fez bem, imagino — respondeu de modo vago, julgando ser um caminho seguro a seguir. Conhecendo bem sua pequena, sabia que não haveria mais perguntas sobre aquele assunto específico.

A princesa se arrumou em silêncio, portando um ar taciturno. Seu desjejum, por outro lado, não parecia ficar pronto nunca. Deitando-se novamente em sua cama, seu semblante demonstrava com clareza que algo não estava certo, o que preocupava profundamente sua governanta. Foram longos minutos de introspecção até que ela tornasse a se manifestar.

 

— Diga-me, Evangeline, recebemos alguma correspondência de Allen esses dias? — A mais velha estremeceu ao ouvir aquele nome ser mencionado. Sempre que o jovem príncipe era mencionado, por quem quer que fosse, ela logo se arrepiava enquanto um frio sombrio percorria sua coluna.

— Não, nenhuma. A última correspondência chegou há três semanas atrás. Sabe que ele esta bastante ocupado, estudando e estabelecendo amizade com o nobres do reinos vizinhos. De certo é convidado para muito bailes e jantares importantes, e não tem tempo a perder com inutilidades. A Família Avelar o acolheu com todas as regalias, mantendo vivos e fortes os laços que unem Odarin e Hallbridge. Você saberia se lesse os registros históricos que tenho mencionado em nossas aulas.

— Eu sei disso! — Sarah rebateu de maneira enfática, revirando os olhos diante do comportamento de sua governanta, que ralhava consigo sempre que a oportunidade aparecesse. Seu gesto de desconformidade foi prontamente repreendido, apenas reforçando seu pensamento. — Gostaria de saber quando virá me visitar novamente, sinto muito sua falta.

— Imagino que não tão cedo. — Se a menina não estivesse tão irritada, teria percebido o alívio presente no semblante de Evangeline ao proferir aquelas palavras.

Quando sua refeição finalmente foi trazida ao quarto, as duas puderam desjejuar juntas, mas o silêncio perdurou durante o desjejum. Não tornaram a falar sobre a doença repentina de Henrique, muito menos em um suposto retorno do príncipe Allen. Logo seguiram para a biblioteca, pois sua fuga no dia anterior havia causado um considerável atraso no cronograma de aulas de história.

Os relatos históricos relevantes eram separados por décadas, fazendo com que cada exemplar fosse exageradamente volumoso, tornando seu objeto de estudo ainda menos interessante do que parecia ser.

 

Evangeline lia muitos parágrafos seguidos em voz alta e ao final, elaborava questões que Sarah deveria responder. No entanto, ainda mais do que nos outros dias, a menina mostrava-se dispersa, com o olhar sempre fixo sobre as vidraças. Num determinado momento, quando pôde reunir um mínimo de concentração para replicar aqueles questionamentos, ouviu pequenos estalos vindos da mesma janela que antes era objeto de seu interesse. Desviando o olhar por um segundo, seus olhos reconheceram a figura de Elliot do outro lado, a disparar pequenos cascalhos para chamar-lhe a atenção. Não custou nada para que a governanta percebesse o que se passava ali. Foi com suas passadas firmes e determinadas que se dirigiu até ali, puxando as cortinas de modo que não pudessem mais ser interrompidas.

— O que preciso fazer para que dê o mínimo de atenção necessária às suas tarefas? — ela questionou, colocando-se aberta a sugestões. Nada daquilo parecia estar dando certo, e a situação beirava o insustentável.

— Duvido que consiga tornar o conteúdo mais interessante — a pequena retrucou com franqueza e desinteresse. — Além do mais, nunca tenho um momento de descanso, essas tarefas todas me aborrecem. Eu gostaria de poder passar mais tempo lá fora…

— Então façamos o seguinte: caso cumpra seus deveres sem distrações e sem fugas inesperadas por sete dias, dou a você um dia livre para fazer o que quiser.

— Mas sete dias é muito tempo! O que acha de três dias? — a menina esboçou um sorriso amarelo, tentando negociar com sua governanta. Raramente Evangeline mostrava-se tão maleável, precisava aproveitar a oportunidade.

— Cinco dias de foco sem interrupções para ganhar um dia de descanso, e não se fala mais nisso! E começaremos agora mesmo.

Sarah sorriu consigo mesmo. Seria bastante exaustivo lidar com todas aquelas tarefas por cinco dias sem pausa, mas poderia prometer a si mesma que quando tivesse seu almejado dia livre, faria todo aquele esforço valer a pena.


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