A Profecia dos Renegados escrita por SBFernanda


Capítulo 6
VI. Allison


Notas iniciais do capítulo

Olá, caro leitor! Se você, além do meu amiguinho, chegou até aqui e curtiu, tudo o que posso dizer é: obrigada!

Amiguinha (♥), não sei se essa história foi de seu agrado até então, mas tenha certeza que a escrevi com muito carinho. Inclusive, me rendeu ideias para uma coisa maior que, infelizmente, o tempo não permitiu que eu escrevesse no momento, mas que irei (ou pretendo) em breve.
Espero, de todo o coração, que tenha curtido e que isso deixe o seu dia mais leve de algum jeito.

Obrigada pelos momentos divertidos e maravilhosos que passamos na Liga. Nosso contato tem sido um pouco maior graças ao projeto e sou muito feliz por poder ter esse contato e amizade.



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A Profecia dos Renegados

Escrito por Fernanda Barroso

 

VI.

Allison

 

[Salem — Estados Unidos da América]

Os dois vampiros tinham acabado de chegar de Washington e estavam decididos a pedir a vampira que os perdoasse por não poderem mais a ajudar em sua vingança. A esperança de Alexander em voltar a ser um bruxo era muito maior do que o laço com sua criadora. Ou assim ele pensava até estar de frente à ela.

Rachel tinha porte de líder e poderosa. Ela os olhava com essa superioridade, mesmo os dois sendo pouco mais altos do que ela. Era como se a vampira os olhasse de cima. E toda aquela superioridade parecia sufocar os desejos de Alexander.

Mas não os de Isaac, que foi quem começou a falar:

— Preciso me afastar de sua causa. Não posso ficar um momento mais longe de minha família.

Apesar de não concordar com aquilo, Rachel desviou os olhos para Alexander.

— E você?

— Descobri algo que pode me ajudar com o meu dilema interno. — Isaac não sabia sobre aquilo, imaginou que pudesse ser uma desculpa do vampiro, mas Rachel pareceu saber do que se tratava. — Irei com ele.

— Você não pode! Você é o único que possui meus poderes, que é capaz de ser uma força significativa nessa luta...

— Eu sinto muito. Sempre serei grato por isso...

— EU SOU SUA CRIADORA! — Assim que Rachel gritou, o grande corpo de Alexander se encolheu, como se ela estivesse o controlando. Isaac nunca soube de nada do tipo, mas imaginou que por eles compartilharem também o poder, o laço se tornara mais forte.

Ela se aproximou do vampiro americano, sua atitude mais confiante do que nunca. Seu olhar parecia estar perfurando a alma de Alexander e, naquele momento, Isaac percebeu que ela usava seus poderes no amigo.

Movido por uma fúria que o consumiu naquele instante, o inglês se jogou sobre o corpo da vampira, impedindo que ela continuasse a avançar e livrando Alexander do controle dela.

Os dois vampiros caíram no chão, trocando socos. Mas Rachel tinha a vantagem da magia, a usando para afastar o corpo de Isaac de si. Quando ia se levantar, porém, sentiu-se impedida. Seus olhos seguiram para sua primeira criação.

Alexander percebera que seu laço só era mais forte com a mulher porque ela o enfeitiçava todo o tempo, ela usava seus poderes nele para isso. A mesma fúria que tomou Isaac agora o tomava também. Sozinho ele não conseguiria vencê-la, sabia disso e tivera a confirmação quando ela rebateu o feitiço, fazendo com que ele cedesse para conseguir se defender.

Mas ele não estava sozinho. Isaac estava novamente na luta e agora atacava a vampira pelas costas. Uma mordida no pescoço, exatamente como a que ela lhe dera para o transformar. Mas com essa, ele lhe arrancou uma traqueia, fazendo sangue jorrar.

Se precisava decapitar a ruiva, ele faria, mesmo que demorasse.

Distraída com a dor que sentiu, Rachel parou de atacar Alexander para tentar se livrar de Isaac. E aquele foi seu erro.

Quando o inglês caiu no chão, a vampira abriu um sorriso triunfante. Sorriso que só durou dois segundos.

O olhar da ruiva ficou congelado e seu corpo caiu no chão com um baque quando Alexander tirou a mão de seu peito. Ali havia um coração parado, apertado entre os longos dedos do vampiro.

Os amigos se entreolharam, sentindo o laço de fidelidade sumir. Rachel estava, definitivamente, fora de suas vidas.

 

[Pendle Hill — Inglaterra]

Parado a uma distância segura do cemitério, Isaac observava ao longe sua amada esposa com um bebê no colo. Ela encarava a grande lápide que os dois haviam combinado de ser o ponto de encontro com seus informantes. O mesmo lugar que ele fora em sua última noite.

Em sua carta, havia deixado claro tudo o que acontecera e os seus motivos para se afastar. Por algum motivo, Agnes esperava que ele voltasse. Ali era o seu ponto de encontro.

Ele não sabia, mas todos os dias ela ia até lá com a filha. Talvez ele estivesse por perto, talvez as observasse. Era arriscado deixar a casa, ainda mais tendo um bebê, mas não podia abrir mão do que lhe dava forças: a esperança.

Alexander havia ficado em Londres. O vampiro não se achava pronto para se socializar com mais ninguém e precisava de um tempo para se firmar na sociedade inglesa. A criança precisaria de treinamento, ele lembrara, e até lá achava que deveria ser invisível para os covens ingleses.

Esse era o motivo de ele estar ali, sozinho, encarando sua família e sem saber como se aproximar. Tinha falhado com as duas.

Agnes se virou, o olhar preso na criança em seus braços e um pequeno sorriso no rosto. Não viu seu marido saindo do esconderijo, mas percebeu quando ele parou a sua frente. De imediato pensou que fosse uma ameaça e por isso abraçou forte sua filha.

Quando o olhar da mulher chegou ao rosto, ela o reconheceu.

Isaac não precisou dizer nada para que recebesse a mulher e a filha em seus braços. Por mais monstro que ele fosse aos olhos das bruxas, eles tinham aprendido a não acreditar em tudo que lhes fora ensinado.

Ainda com o bebê entre eles, abraçou e beijou Agnes, sentindo-se, pela primeira vez em muito tempo, confiante de novo.

— Deve conhecer sua filha... — Agnes falou, ajeitando a filha nos braços para que ele a visse melhor.  — Allison, conheça seu papai.

Mesmo com a touca que a menininha usava, caíam fios loiros por seu rosto. Loiros como os da mãe. Os olhos que encaravam Isaac eram tão azuis que poderiam ler sua alma, se não fosse uma criança tão pura.

Não havia nenhuma dúvida de que sua pequena Allison era seu anjo. A sua eterna esperança.


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Notas finais do capítulo

O fim ficou um pouco aberto, não é mesmo? Mas a intenção é essa mesmo! O que imagina que acontece?
Sim, eu pretendo fazer a continuação, mas adoraria saber o que pensou sobre a história e esse final aberto.

Um grande abraço ♥



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