A Profecia dos Renegados escrita por SBFernanda


Capítulo 1
I. Introdução


Notas iniciais do capítulo

Ao minha amiguinha (especialmente),

Eu espero que a história esteja de seu agrado. A pressão do AS é realmente uma loucura, mas fiz com todo o carinho.

Fique tranquila, ninguém brilha aqui! ;)



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A Profecia dos Renegados

Escrito por Fernanda Barroso

 

I.

Introdução

 

[Pendle Hill — Inglaterra]

 

A rua estava deserta por conta do avançado horário. Isaac, um homem alto e vestindo uma jaqueta escura — assim como o resto de suas roupas — andava até o local marcado há uma semana com seu informante. Convencera sua esposa, Agnes, a ficar em casa naquela noite, afinal, sua barriga estava muito grande. Em breve a filha dos dois nasceria e esse era um dos motivos para aceitar o encontro tão tarde: desespero.

A cada passo que dava, Isaac desconfiava mais do que aconteceria naquele encontro. Não se sentia confortável, ou mesmo seguro. Porém, o tão conhecido desespero estava fazendo com que seus pés se movessem.

Pelos cantos dos olhos, ele viu uma sombra. No mesmo instante parou. Seu coração acelerou e novamente o sentimento de armadilha lhe tomou. Os olhos azuis-acinzentados percorreram a rua rapidamente, enquanto retirava uma adaga do bolso de trás da calça. Havia uma inscrição no punho da adaga, exatamente onde Isaac passou a segurar. 

Muito mais desconfiado do que antes, reiniciou sua caminhada. O silêncio da noite era normal naquela parte da cidade àquela hora, mas seus pelos se arrepiaram conforme chegava perto do local combinado.

Antes, porém, que enfim alcançasse seu objetivo, estancou mais uma vez. No chão, exatamente onde ele estaria — em frente a um mausoléu abandonado próximo ao cemitério da cidade —, encontrava-se um corpo jogado ao chão. Isaac não precisou chegar perto para saber que se tratava de seu informante, mas o fez mesmo assim, pois sabia que a pessoa responsável por aquilo o esperava.

Tamanha foi sua surpresa ao conseguir contornar o mausoléu e nada encontrar. Mais surpresa foi se aproximar do corpo e não ver nenhum vestígio de sangue no chão. Não foi atacado durante os minutos que se seguiram, conseguindo rolar o corpo de Steven, o homem negro que se tornara seu amigo e informante nos últimos meses.

Foi nessa ação também que Isaac encontrou a causa da morte e da falta de sangue do homem: dois pequenos e discretos furos em seu pescoço. Apenas ali ainda havia resquício de sangue.

No mesmo instante o homem se levantou, afastando-se do corpo do amigo. Ele estava desprotegido e o monstro causador daquela morte poderia estar em qualquer lugar. Nunca sentiu tanto medo quanto nos minutos em que correu pela rua.

A cada passo que dava, a presença monstruosa parecia mais próxima, brincando com ele. Quando, ainda correndo, se permitiu olhar para os lados, viu o vulto passar por ele, o rodeando, deixando-o mais nervoso. Não havia escapatória.

O que um vampiro fazia em Pendle Hill? O que um vampiro iria querer com ele? Em busca dessas respostas e pensando em sua esposa e filha, felizmente seguras em casa, Isaac parou de correr e tentou controlar sua respiração.

Como que notando a rendição do homem, uma figura feminina apareceu a sua frente. Ela usava roupas comuns — calça jeans escura, camiseta branca e um sobretudo verde escuro — e possuía cabelos longos e vermelhos que atraíram a atenção de Isaac imediatamente. Ele nunca havia visto aquela mulher antes.

Quando os olhos azuis encontraram os jades, Isaac temeu por sua vida. De alguma forma, ele sabia que não viveria mais do que aquela noite. E como se soubesse o que ele pensava, ela avançou.

Tudo o que o homem sentiu ao fechar seus olhos, foi uma dor que lhe queimava a alma... Até não existir mais nada.


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