Quartevois escrita por Lily


Capítulo 13
Barry




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Se começar a cantar, eu vou cair fora. -  Mauí falou tão desinteressado quanto ele próprio, já estava ficando cansado de assistir filmes infantis, primeiro a Bela e a Fera, depois A pequena sereia e agora Moana.
—Então somos dois amigo, somos dois. - Cisco disse remexendo no pote de pipoca e pegando os últimos grãos estourados. - Por que ainda estamos assistindo isso se Natali já foi dormir?
—Eu não sei cara, apenas não consigo não assistir isso. Não que o filme seja ruim, é que a Disney consegui fazer qualquer coisa ser um sucesso.
—Ela aliena nossas crianças e as transforma...
—Em mulheres super fortes e determinadas? - sugeriu.
—Cara, não tem como falar mal desse filme. - Cisco bufou irritado. Rindo Barry se levantou, seu celular apitou. -Alerta de meta-humano?
—Não. Ligação da delegacia. - falou olhando para a tela do celular. - Alô?
—Barry, é a Caitlin.
—Ei Cait, o que houve?
—Não ria, mas eu estou presa e preciso de sua ajuda.
—Você o que?! - ele prensou os lábios tentado impedir o riso.
—Houve uma confusão na festa, o noivo da Kristen apareceu e ela estava se pegando com um stripper, rolou a maior confusão e não estaríamos presas se Íris não tivesse socado um garçom por acidente, nem se Kara tivesse jogado o noivo por cima do balcão de bebidas.
Ele respirou profundamente contendo a gargalhada que ameaçava sair.
—Ok, já estou indo pra aí.
—Obrigada Bar. Ah, me faz outro favor.
—Claro.
—Não conta pro Cisco, se não serei zoada pelo resto da vida. - ela pediu e ao fundo ele pode ouvir a voz de algum policial a chamando.
—Ok, não se preocupe, Cisco nunca saberá. - assegurou e desligou o celular, Cisco já estava em pé o encarando. - Caitlin foi presa e preciso ir na delegacia solta-la. Fique aqui cuidando de Natali que eu já volto.
—Ah não, se Cait foi presa eu preciso ver isso com meus próprios olhos.
—Mas Natali está dormindo.
—Exatamente, ela está dormindo. Sincroniza a webcam do seu notebook com o seu celular, assim caso ela acorde você verá e poderá voltar correndo. - Cisco sugeriu. - Cara eu necessito ver Cait agora.
—Você nunca vai deixa-la esquecer isso e Cait me matar por isso. - disse pegando o casaco. - Então vamos logo acabar com isso.

[...]

A porta se abriu e Caitlin quase correu em sua direção, ele podia notar que ela estava se segurando para não fazer isso e que ela também não tinha a expressão mais agradável do mundo assim  que notou Cisco ao seu lado.
—Eu pedi para não contar pra ele.
—Ele estava lá na hora. - justificou abraçando-a. Logo avistou Felicity, Kara e Íris, se separou de Caitlin sobe o olhar atento da ex-noiva.
—Ainda não acredito que vocês conseguiram ser presas. - Cisco falou sorrindo tão abertamente que até ele tinha vontade de bater nele. - Briga de bar? Isso é um outro nível até para a gente.
—Meu pai já sabe? - Íris perguntou, Barry sentiu seu coração bater descompassado.
—Sim, ligamos para ele quando chegamos. Já deve estar vindo. Você vai esperar ele?
—Vou, provavelmente papai vai querer uma explicação plausível para isso tudo. - ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e ele não pode deixar de sorrir como um bobo, mas obviamente seu sorriso se desfez no exato momento em que Caitlin pisou no seu pé.
—Aí!
—Foi mal, escorreguei. - ela se desculpou, seu rosto estava impassível, mas ele podia ver em seus olhos um rastro de ciúmes.
—Cait tenha mais cuidado e menos ciú... Porra! - Cisco resmungou porque  Caitlin também pisou no seu pé.
Cait sorriu calmamente como se tudo estivesse normal, seu celular apitou no bolso, puxou o aparelho e ligou a tela.
— O que é?
—É Natali, ela acordou e está me procurando. - falou sem pensar, Caitlin riu, Cisco colocou a mão sobre a boca, Barry fechou os olhos e passou a mão na nuca finalmente percebendo o erro. - Isso na minha cabeça soava melhor.
—Quem é Natali, Barry? - Íris indagou com os braços cruzados.
—An...ah, é...olha, é.

—Isso! - Caitlin jogou as mãos pra cima em comemoração, ele a encarou incrédulo. - Que foi? Isso se chama carma.
—Ok, nós já vamos. - falou, então rapidamente a pegou em seus braços, estilo noiva, e começou a caminhar para fora da delegacia sobe uma chuva de xingamentos e bolsadas por parte dela.
—Barry, me solta! Agora!
Todos na delegacia pararam para vê-los passar, era uma cena um tanto quanto cômica e peculiar, Caitlin rosnava xingamentos, alguns até em francês.
—Ei Joe, segura a porta por favor. - pediu assim que chegaram a porta, o detetive o encarou incrédulo, mas manteve a porta aberta. - Valeu.
O vento frio atingiu eles, isso fez Caitlin se calar e se aconchegar nele. A rua estava vazia e assim foi amistoso fácil usar a sua velocidade para leva-la para o seu apartamento.
—Você é um idiota! - ela gritou jogando a bolsa sobre o sofá.
—E você está com ciúmes. - acusou, Caitlin colocou as mãos sobre a cintura.
—Não estou não.
—Claro que não está, porque Caitlin Snow nunca fica com ciúmes. 100% cabeça, zero coração.
—Retire o que disse Barry.
—Mas não é isso que você sem diz.
—Eu não...
—Mamãe? Papai? Vocês estão brigando? - Natali indagou em um sussurro, ela apertava o urso com força e com a mão livre esfregava os olhos. - Eu não gosto quando vocês brigam.
—Não meu anjo, a gente não está brigando. - falou se aproximando dela, se ajoelhou a sua frente e sorriu, Caitlin repetiu seu gesto.
—Olha querida, Barry e eu estamos apenas conversando.
—Vocês estavam gritando um com o outro e eu não gosto quando isso acontece, mamãe.
—Não vai acontecer de novo. - assegurou acariciando o rosto dela.
—Promete papai?
—Prometo.
—Promete mamãe?
—Prometo. - Caitlin sorriu para ela. - Agora já está tarde e alguém tem que voltar a dormir.
Natali bocejou, ele então se levantou pegando-a em seu colo.
—Mamãe você canta uma música pra eu dormir? - a pequenina indagou já fechando os olhos.
—Claro querida.
Os três seguiram em direção ao quarto, Barry deitou Natali sobre a cama, então ele e caitlin se ajeitaram cada um ao seu lado.
—Canta mamãe, canta. - Nat pediu, apertando o urso de pelúcia e puxando o cobertor.
—Hold me close and hold me fast, this magic spell you cast. This is la vie en rose.
Barry a observava, gostava da voz de Caitlin, gostava do jeito como ela deixava se envolver com a música, fazia anos que não a escutava cantar daquele jeito, se lembrava da noite no karaoke, do sorriso dela ao cantarem Summer Love, mesmo que ela estivesse um tanto quanto alcoolizada na época.
A respiração de Natali regularizou, isso significava que ela havia voltado a dormir. Olhou para Caitlin que observava a pequenina com  olhos de águia, estranhamente ele viu um pouco de sua mãe refletida nela.
—Íris ainda ama muito você. - ela falou em um sussurro e ele foi tomado pela surpresa ao ouvir aquilo. - E eu sei que você ainda ama ela também.
Ele não podia negar aquilo sem se sentir um canalha, ainda ama Íris sim, mas algo estava mudando e isso tinha haver com Caitlin, quanto mais se aproximavam, quanto mais a conhecia, mais se encantava e se apaixonava por ela.
—Sei que Íris sempre vai ser especial para você e não a nada nem ninguém que poderá mudar isso.
—Aí que você se engana dra. Snow. - sussurrou pegando em sua mão. - A uma mulher que está mexendo comigo de uma maneira que eu não consigo explicar, ela me faz sentir coisas que eu nunca senti antes, ela linda, inteligente, canta bem, mas é uma péssima cozinheira. - ela riu baixo. - E além disso tem o riso mais bonito que eu já ouvi, não posso dizer que ela é perfeita porque perfeição não existe, mas posso dizer que ela é única em todos os sentidos. - avançou com cuidado, puxou a nuca dela e lhe deu um beijo demorado. - Íris pode ter sido a mulher que eu sonhei para mim por bastante tempo, ela faz parte do meu passado e não posso apagar o que sinto por ela tão rápido assim, mas você faz parte do meu futuro Cait, a parte que eu estou mais ansioso por ver. - acariciou a bochecha dela. - Você me dará meus dois maiores presentes e eu serei eternamente grato por isso. Por favor nunca se esqueça disso, porque por mais que os dias possam ser nublados sempre à um arco-íris depois da tempestade.
Caitlin riu melodiosamente.
—Você é um idiota Barry Allen. Mas eu sinto muito por pisado no seu pé, fiquei enciumada quando sua atenção estava em Íris, foi uma atitude boba.
—Meus dedos do pé agradecem a desculpa e lhe perdoam. Mas por favor, não tenha outro ataque, n ao acho que eles aguentariam um segundo round.
Ela riu um pouco alto, porém tampou a boca e o socou no braço.
—Você é um bobo.


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