Que seja um novo dia escrita por Name Ishikawa


Capítulo 3
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— Ohhhh, céus!!!! – Gritava a Sra. Briefs, deixando a xícara de chá que segurava cair no chão.

Rapidamente Vegeta, Bulma, o pequeno Trunks  - carregado por Bulma - e Yamcha foram até o outro lado do jardim.

No local havia uma nave ainda encoberta por uma fumaça espessa e cinzenta, e o pouco que se podia enxergar dela denunciava um design muito semelhante ao das máquinas fabricadas pela Corporação Cápsula. Vegeta posicionou-se em frente a Bulma e Trunks, tentando identificar o Ki de quem quer que fosse o invasor.

De repente, a pequena porta de vidro meio arredondada da nave se abriu. Entre a fumaça podia se ver um par de botas cor de laranja pisar forte sobre a grama, uma calça cor grafite e o casaco azul peculiar com o conhecido logo da Corporação sobre a regata preta. Por fim, os cabelos cor de lavanda, desalinhados entregavam completamente o visitante.

— Trunks!!! – Bulma gritou surpresa ao ver o filho do futuro novamente, correndo à frente de Vegeta, que anda lhe fazia guarda.

— Ah, olá a todos! Desculpem esse barulho e essa fumaça toda, tive um problema na nave. Vou precisar da sua ajuda, mamãe!

— Que saudade! – Bulma o abraçou com o bebê ainda nos braços. Trunks a abraçou sem jeito, lhe era um tanto estranho se ver ainda bebezinho. Bulma logo o encarou. - Ah, mas, por que voltou? Não vai me dizer que deu tudo errado? – Ela fez uma feição preocupada.

— Não. Vim até aqui dizer que consegui derrotar os androides 17 e 18, e que a paz, aos poucos, está retornando.  – Sorriu o jovem.

— Que ótimo! Fico tão feliz e aliviada.

— Mas não quero demorar muito, para que nada se altere por lá e nem por aqui. – O rapaz olhou para Vegeta – E o senhor, papai, como está?

— Espero que tenha consciência de que suas vindas alteram o presente e o futuro. – Ele se limitou a dizer, disfarçando a felicidade que tinha em ver o filho novamente, inteiro, forte e com honra de saiyajin por vingar o passado de tudo o que os androides fizeram. Para ele seria muito mais eficiente e menos trabalhoso que o Trunks do futuro ficasse por alÍ, ocupando o lugar de sua fase bebê. Dessa forma pularia a fase infantil que Vegeta agora julgava ser entediante. Trunks bebê não lhe era útil.

— Sim, papai, sei disso. Mas, como não podemos nos telefonar, imaginei que vir aqui informar as novidades seria o mínimo para deixá-los tranquilos. E, claro, podemos aproveitar para treinarmos juntos. Estou em dia! – Sorriu por fim, dando um jóia para o pai. Vegeta sentiu o coração revirar-se no peito de tanta emoção. Mal esperava pelo momento. Algo que não fosse robô para ele nocautear era o sonho dele, que, aos poucos, retomava seus hábitos de luta.

Vegeta esboçou um pequeno sorriso de canto e dirigiu-se para dentro da mansão.

— Hei, Yamcha, como está? – Trunks agora cumprimentava o amigo.

— Ah, pensei que já tinha se esquecido de mim. – Sorriu e foi ao encontro do rapaz.

— Venham, rapazes! Vamos entrar para conversar um pouco. – Bulma seguiu Vegeta.

— Ah, mas é o rapaz bonitão de novo!!! – Sorriu a Sra. Briefs, por fim, parecendo ainda estar se inteirando da situação.

***

Todos ouviam atentamente o que Trunks contava. Estavam novamente na sala, em volta aos chás, sucos e docinhos, momento interrompido pelo sumiço do pequeno Trunks.

— E, por fim, eliminei a forma ainda em evolução do Cell. Ele queria vir para esta época para possuir os androides e tornar-se perfeito, assim como aconteceu nesta época.

— Ai, filho! Quanto orgulho tenho de você. Ah! – Bulma de repente se lembrou – Fiquei tão distraída que esqueci que estava indo visitar Chichi. Escuta, Trunks, no futuro o Goku também teve outro filho?

— Como assim? – Estranhou, um tanto preocupado. - Não que eu saiba. Até onde acompanhei, a senhora Chichi não teve outro filho além de Gohan. – O jovem disse pensativo.

— Pois hoje soubemos que ela espera outro filho de Goku. Eu estava indo visitá-la antes de você chegar.

— Poxa, as coisas realmente tomaram um rumo diferente por aqui...

— Hei, Trunks, e quanto a mim? Será que fiquei rico e me casei no futuro? – Yamcha perguntou inocentemente, coçando a cabeça, num sorriso abobalhado na face.

— Bom, eu ... – Mas o rapaz teve a atenção voltada para um aviso televisivo, que também chamou a atenção dos demais.

De repente um aviso na televisão chamou a atenção de todos

“E atenção! Neste final de semana ocorrerá o grande torneio de artes marciais dos Mundos. Grandes personalidades do mundo da luta alienígena e da Terra se enfrentarão em busca de revelar quem será o melhor. Diferentemente dos anteriores, este contará com a participação ilustre dos maiores lutadores alienígenas, e o seu desafio é vencê-los! Inscreva-se já! Concorra a cem milhões de zens e a uma viagem com toda a família para as Àguas Termais”.

— Poxa, cem milhões na minha conta não seriam nada mal... – Yamcha suspirou.

— Por que não participa? Você ainda treina, não é? Tem capacidade para vencer. – Bulma animou o amigo.

— Até que não é uma má ideia, Bulma...  Fiquei sabendo que um milionário da Capital iria investir uma grana neste torneio para dar de presente ao filho. Acho que deve ser este torneio aí mesmo. É uma boa, vou me inscrever!  – Sorria esperançoso o guerreiro.

— Ah, e você, Vegeta, por que não participa também? Com certeza ganharia e poderíamos viajar todos juntos! – Bulma empolgou-se com a ideia.

— Hei, Bulma, não é justo! Me motiva a ir e convida Vegeta também? – Yamcha se revoltou, prevendo sua derrota.

— Ah, Yamcha, já está com medo? E você, o que me diz, Vegeta?

— Deixe de besteira! – O saiyajin foi tirado de sua paz, conseguida ao ficar num dos cantos da sala, de braços cruzados, apenas escutando tudo aquilo que ele considerava asneira. – Não tem nem graça participar de algo que este verme – apontou para Yamcha – ou outros iguais a ele participem. São uns fracos, uns inferiores. É uma humilhação ganhar deles num campeonato imbecil desses!

— Ah, calma! Foi só uma sugestão.

— Acho que também vou participar! – Trunks pensou alto, avaliando tudo o que escutava – Assim, se meu pai quiser, nos enfrentamos lá. 

— Não vai me convencer! – Vegeta protestou marrento, já saindo da sala  – Não me sujeitarei a isso!

— Esquece ele, filho. Agora me empolguei com a ideia. Com certeza você vencerá!

— Hei, Bulma, como assim? - Yamcha se fez notado.

— É , Yamcha. Você pode tentar! – Riu ela, sabendo que o homem nunca venceria um saiyajin. – Bom, vou ligar para Chichi de novo. Quem sabe ela não deixa Gohan participar! Ficará ainda mais emocionante!

— Ótima ideia, mãe! Bom, se conseguir alguma notícia, me fale. Vou aproveitar para treinar com meu pai.

— Ah, Trunks...  - Bulma chamou o filho num canto, a voz baixa - Seu pai tem estado bem desmotivado das lutas ultimamente. Sabe como ele é, nunca dirá que tem um problema para nós. Enquanto conserto sua máquina, motive Vegeta a lutar. Acho que nunca pensei que quisesse isso, mas sinto falta do Vegeta empolgado com algo, mesmo que com lutas. Minha esperança é que você possa ajudá-lo, já que apareceu assim de repente.

— Claro, mãe. Meu desejo é estar no máximo de tempo com ele. Ele me faz falta no meu tempo, ainda mais depois que o conheci. Mas, pode deixar que tentarei ajudá-lo. – O filho piscou, seguindo seu caminho até o pai.

Bulma via o quanto o filho ficava feliz por poder ter contato com o pai que não tem no futuro. E Vegeta, por incrível que pareça, parecia gostar também. Ele tinha seu típico jeito rude, mas com certeza estava mudado em alguns aspectos. Sabia muito bem que Trunks voltara mais para ficar ao lado do pai do que para comunicar sobre os androides. Pensou no quanto ele deve ter sofrido no futuro, sem amigos, família e com tudo indo de mal a pior. Tinha orgulho dele, e sabia que Vegeta também tinha.

Naquele dia Vegeta e Trunks passaram a tarde treinando.

***

Bulma estava em seu laboratório consertando a nave de Trunks. Já passava da meia noite e todos já dormiam, inclusive os dois Trunks.

Enquanto avaliava o mapa de peças em seu computador, mordiscava uns biscoitos e tomava um suco. Devido a correria do dia não teve tempo para jantar e acabou tendo que improvisar um lanche mesmo. Não percebeu que, de fininho, Vegeta entrava no laboratório.

— Ainda está aí... – A voz seca de Vegeta tirou sua atenção.

— Ah, é você... Preciso terminar isso antes do Torneio, para que Trunks não fique tanto tempo preso aqui. – Ela girou a cadeira para vê-lo, levando o copo de suco de uva até a boca. - E você, não vai mesmo participar? É uma boa oportunidade para se distrair.

— Já disse que não vou perder meu tempo com isso. Enfim, vim até aqui lhe dizer que quebrei um dos robôs.

— No treino de hoje?

— Sim.

— Hum... E como foi?

— Como foi o quê?

— O treino! Seu filho veio do futuro e está treinando com você, então, quero saber como foi.

— Ora, não lhe interessa. Tem mesmo que fazer tantas perguntas? – Ele fechou a cara.

— Vegeta, faço perguntas porque quero saber se está tudo bem... É tão difícil perceber que me importo com você?

Houve um silêncio. Vegeta deu as costas e foi andando para fora. Bulma apenas o olhou.

— Mas é um cavalo mesmo!  - Sacudiu a cabeça em protesto.

Levantou-se da cadeira confortável que estava e foi até a máquina do filho, dando seguimento ao seu trabalho. Abaixou-se e levantou-se para verificar as avarias, mas quando fez isso uma segunda vez...

— Aaaaaaaaaiii!! – Gritou indo ao chão. Vegeta, que estava a alguns metros dalí, voltou para a sala, vendo Bulma caída ao lado da nave.

— O que houve? – Gritou ele nervoso, já imaginando que tipo de loucura Bulma teria feito para se machucar sozinha e em tão pouco tempo.

— Vegee... Câimbra... Aiaiai, não consigo mexer a perna direita... – Ela esfregava as mãos em torno da panturrilha, tentando amenizar a dor latejante.

— Não se mexa... – Ele abaixou-se perto dela, tocando-lhe na perna e fazendo movimentos circulares, numa massagem suave a fim de amaciar o músculo.

Bulma olhou incrédula e não disse nada. Vegeta se preocupando e a ajudando era uma marco na história. Queria apenas contemplar aquilo e guardar em algum arquivo da própria memória.

— É melhor parar por hoje... – Ele disse levantando-a do chão e a colocando nos braços. – Um pouco de água quente deve ajudar.

Ela permaneceu quieta, apreciando tudo. Rodeou o pescoço dele em seus braços e encostou a cabeça em seu ombro, deixando-se levar. Vegeta a levou até o quarto dela e a colocou na cama cuidadosamente, mas mantinha a cara de raiva. Naquele momento ele imaginava se algo grave acontecesse a ela, como reagiria. Ela era tão frágil, tão pequena e tão sensível se comparada a ele que imaginava que até mesmo algo como uma câimbra pudesse ser algo irremediável para ela.

— Vegeta... Minha dor não passou ainda... Pode me ajudar? – Ela disse antes que ele fosse embora dalí.

— Vou chamar sua mãe...

— Não, ela teve muita emoção por hoje e os demais estão todos dormindo... Só quero que me ponha na banheira, depois me viro sozinha.

Vegeta revirou os olhos e suspirou. Voltou até a cientista e a pegou novamente, levando-a para o banheiro. Deixou-a sentada na borda da enorme banheira de hidromassagem e já ía virando para ir embora.

— Vegeta!! Vai me deixar assim? Estou toda vestida e a banheira está vazia! Como espera que eu faça tudo sozinha deste jeito? – Ela disse baixo, categoricamente.

— Disse que se virava sozinha se eu a deixasse aí!

— Mas veja como estou! – Indicou a perna ainda encolhida pela dor.

— Olha, não tenho que fazer nada disso. Já está se aproveitando demais da minha paciência. – Rosnou ele, encarando-a.

— E como espera que eu tome banho? De roupa? A banheira vazia? Francamente! Como pode ser tão insensível comigo... Sou mãe do seu filho... A minha perna está doendo, precisa me ajudar!

O saiyajin estava contando mentalmente até mil para não afogar Bulma na banheira assim que ela enchesse. Dirigiu-se até o registro e liberou a água. Bulma foi jogando os sais de banho e seus sabonetes especiais, fazendo um cheiro suave de jasmim tomar o banheiro. Depois passou a despir-se, com certa dificuldade. Vegeta, que não aguentava aquilo, partiu para ajudá-la. Bulma estranhou a atitude dele, mas imediatamente imaginou o que poderia esperar daquilo. Vegeta arrancou-lhe os sapatos, a caça jeans e a blusa regata de seda que ela vestia. A mulher ficou apenas em sua lingerie, deixando pouco a imaginar para o guerreiro que agora a olhava com atenção. Engoliu seco e Bulma pode ver o pescoço do saiyajin se esticar para isso. Apontou para a banheira, como se demonstrando que ele deveria colocá-la dentro. Ele resistiu um pouco, mas fez o que pode entender.

 - Aiiii, devagar, minha perna ainda tá doendo! – Reclamou.

— Como é chata e mandona! – Ele a erguia novamente.

— E você insensível!

Olharam-se por segundos, travando um silencio incômodo. Bulma então fez com que Vegeta se desequilibrasse e ambos caíssem na banheira. A espuma passou a tomar todo o banheiro. A água da banheira, que já estava um pouco cheia, agitava-se com os dois tentando se levantar.

— Aaaaaiiiii! – Ela gritou de dor de novo.

— Ora, já chega! Olha o que fez!

— Não fiz nada, você que me derrubou!

Vegeta levantou-se e ficou de pé dentro da banheira, olhando-se todo molhado.

— Aproveita e tira... – Bulma sorriu num olhar malicioso, abaixando-se pela água, deixando apenas o rosto de fora. Jogou para fora da banheira o restante do que vestia, vendo o olhar de Vegeta seguir o movimento e depois a encarar perplexo.

Na verdade ele estava perplexo consigo mesmo, pois estava ali a serviço de Bulma e só agora se dava conta disso. A situação lhe era pouco favorável. Qualquer terráqueo em sua posição já teria agido. Mas ele, saiyajin orgulhoso, não tinha feito nada. Rendia-se com tal facilidade que se desconhecia. Fez tudo o que ela lhe pediu e agora estava alí, na banheira com ela.

— Anda logo!  - Ordenou ela, erguendo para fora da água parte uma das pernas e roçando na dele numa provocação sem rodeios.

Naquele momento, não havia mais dor na perna...

O saiyajin apenas rendeu-se a ela naquela noite.

***

Mais uma vez ele estava ali, na mesma cama que o atraiu meses atrás. O cheiro inconfundível dos lençóis dava conta de que sim, era o quarto dela. Olhou pela fresta da janela que reluzia entre as cortinas os traços da luz da lua, demonstrando que ainda era madrugada. Não se mexeu. Podia sentir a presença do outro corpo atrás do seu, em suas costas, lhe aquecendo. A pequena mão rodeava-lhe a cintura num abraço, dando uma gostosa sensação de paz e cuidado. Virou-se cuidadosamente entre os lençóis, tentando desvencilhar-se dela. Inevitavelmente encontrou o rosto sereno, dormindo em paz, alguns fios de cabelos azuis cobrindo algumas linhas do suave rosto. A boca entreaberta denunciava a respiração tranquila. Ela deveria ter os mais belos sonhos pelo reflexo do rosto. Admirou-a por mais um momento. Havia sido por ela? Ou por Trunks? Ou pelo que ele agora chamava de família? Por que essa sensação o invadira daquela forma? Não sentia nada daquilo antes de... Antes de Cell. Mas não pelo monstro. Fora o ocorrido por consequência dele. Antes, nenhum sentimento. Depois, a vontade de defender o que agora entendia ser seu. Era um pedaço seu ali deitado. Era um pedaço seu no quarto ao lado, em forma de um pingo de gente que cresceria e seria seu maior orgulho. Ele havia formado uma família, a sua família, algo que não havia entendido por toda vida o verdadeiro sentido de existir.

Franziu as sobrancelhas em protesto ao que pensava. E as lutas? E o que aprendera por toda a vida sobre ser um saiyajin? Era para ele ter feito daquele planeta seu reino, cheio de súditos, afinal, era um príncipe. Ou enganava-se?

Pensou seriamente se havia se iludido com Kakaroto. Tentava ser como ele em todos os aspectos, sendo mais forte e também constituindo uma família com uma terráquea? Não, a ideia não era essa. Envolveu-se com Bulma a partir do momento em que aceitou hospedar-se na casa dela. Envolveu-se com sua família, tendo que aturar os pais dela a todo momento, quando aceitou hospedar-se na casa dela. Envolveu-se com seus amigos tendo que suportá-los a cada confraternização que ele classificava como ridícula, mais uma vez por estar na casa dela. Por quanto tempo aturaria aquilo? Não sabia. Não sabia o que esperar da hora seguinte, do dia seguinte.

Talvez, na falta para suas respostas, fosse melhor deixar tudo como estava.

Seguiu levantando-se da cama, mas aquela mãozinha o puxava novamente.

— Não vai... – o sussurro entre os travesseiros parecia acertar-lhe em cheio o fundo do peito.

— Eu...

— Fique! Está tão bom... – Ela o puxou de volta, abraçando mais apertado. Os olhos não se abriram, estava sonolenta. – Te amo tanto... – Disse acomodando-se junto a ele. As palavras afundaram-se nas plumas dos travesseiros, mal sendo audíveis para ela mesma. Só não para ele.

***

Todos partiram bem cedo para o grande Torneio de Artes Marciais, menos Vegeta, que restou acompanhado na mansão pelos pais de Bulma. Ela tentou convencê-lo com diversos argumentos, todos devidamente contestados pelo príncipe saiyajin. Preferiu ficar em casa a ter que suportar aquele torneio que para ele era insignificante. Se participasse não poderia usar todo seu poder. Não lhe interessava nem um pouco.

— Hei, Vegeta, consertei aquele seu robô. Depois quero fazer uns testes com você para aumentar a gravidade da sala. – O Sr. Briefs passou pela porta do quarto em que o guerreiro estava. Não esperou uma resposta, pois sabia que para qualquer teste na sala de gravidade Vegeta fazia o uso do bom senso: se era para sua própria evolução, cooperaria

Vegeta estava vestido com a roupa de treino. Aproveitaria o dia livre, sem Bulma e sem choros de Trunks para treinar ao ar livre, sobrevoar pelos céus em busca de lugares isolados para treinar seus ataques.

O quarto em que estava era o mesmo em que Trunks do futuro estava hospedado. Viu que, no canto do cômodo, estava embainhada a espada do meio-saiyajin. Estranho. Trunks não levou a arma. Talvez pensasse como Vegeta: Seria tão fácil ganhar o Torneio que a espada lhe seria somente um peso.

Deitou-se na cama e ligou a TV. Sabia que, pela grandiosidade do Torneio, tudo seria televisionado. Bem na hora que ligou o aparelho, era transmitido um trecho do momento da luta de Trunks contra... Tenshi-han? Vegeta não acreditou que seu filho estava lutando contra aquele estranho de um olho a mais na testa. A luta lhe era tão ridícula que não suportou assistir por muito tempo. Trunks poderia acabar com aquele inseto em um só golpe se quisesse.

— Arght, que chateação! – E desligou a TV imediatamente. Era melhor não assistir mais a fim de não se aborrecer com o próprio filho lutando daquela forma vergonhosa, assim como Vegeta esperava que fosse com todos os participantes.

Acabou cochilando na paz que o lugar proporcionava. Não se passaram muitos minutos e acordou incomodado, o coração apertando-lhe o peito. Com o choque, ergueu-se bruscamente.

— O que, o que aconteceu? – E olhou para trás num impulso, buscando a espada do filho, ligando imediatamente o sentimento a ele.

Havia acontecido algo a Trunks, sentia isso.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Tanto este capítulo como o próximo foram baseados no filme “Dragon Ball Z : Batalha nos dois mundos”, onde Bojack e sua gangue invadem o Torneio e causam problemas aos nossos heróis. Considero um dos melhores filmes de DBZ, recomendo muito!

Agradeço a leitura, até o próximo!!



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