As Aventuras de uma Ruiva - 1° Temporada escrita por Anninha


Capítulo 9
Capítulo 9- Se vingando em tamanho gigante!


Notas iniciais do capítulo

OIEEE



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/738986/chapter/9

Quarta-Feira, foi, provavelmente, um dos dias mais comentados em Hogwarts.

Em primeiro lugar, Helena havia tido outro pesadelo, acordando suando e chorando.Ela vira Cedrico morrer a sua frente, e um homem gordo carregando um embrulho de bebê que o matara.Não conseguiu dormir mais e com o pijama, foi passear no castelo.Decidiu ir fazer uma visita a Hagrid, levando Potrus, seu filhote de Dragão, que nasceu na noite anterior, consigo.

Potrus era preto com uma pele cheia de escamas e seu rabo era longo e cheio de espinhos.Ele era manso, embora gostasse de ficar mordendo o braço da ruiva como se fosse um bife.

Ela não se preocupou em ser pega caso alguém a visse.Já passava das 3h da manhã e duvidava que os professores faziam a ronda pelo castelo a essa hora.Passou pelas portas do jardim e seguiu seu caminho para a casa de Hagrid.Pela chaminé de sua casa saía fumaça, confirmando que o guarda-caça estava acordado.Ela bateu na porta e Hagrid a abriu com sua besta em mãos.

—Epa!Eu sou perigosa mas não tão perigosa!- a ruiva falou rindo, com suas mãos levantadas em defesa.Hagrid a olhou severo e abaixou a besta, a convidando para entrar.A ruiva entrou rapidamente e Potrus a seguiu, fazendo Hagrid arquejar surpreso.

—Oh!Que lindo!- ele disse ao fechar a porta, seus grandes olhos castanhos brilhando em adoração ao encarar o filhote de dragão.A ruiva sorriu, se sentando perto da lareira.Canino foi para perto dela e deitou sua cabeça na coxa da menina, que automaticamente começou a acaricia-lo.

—O ovo chocou enquanto eu estava no banho.Imagina minha surpresa ao voltar pro quarto e ver minha cama pegar fogo?- a ruiva contou ao guarda-caça, suas sobrancelhas juntas, observando o grande homem brincar com o pequeno dragão.Ele era ágil, subindo pelo corpo de Hagrid e fugindo de suas grandes mãos.

—É normal e ele deve ter sentido a presença dos outros, por isso está assim agitado.- Hagrid soltou, agarrando Potrus e apontando o braço de Helena com marcas de mordidas.A ruiva parou de acariciar Canino e olhou para Hagrid, que corara.

Outros?- sibilou, o rosto corando em raiva.

—Porcaria!- o guarda-caça exclamou, soltando Potrus.O pequeno dragão correu e pulou na lareira.A ruiva não se abalou, muito menos Hagrid.Ele havia lhe contado semana passada que esse tipo de dragão é imune ao fogo.O dragão se deitou sobre as madeiras queimando e se enrolou em seu pequeno rabo.-Não era para você saber.- ele murmurou emburrado.A ruiva juntou as finas e ruivas sobrancelhas.

—Não era para saber que havia outros dragões aqui perto porque?-perguntou séria.Hagrid virou o rosto para a pequena janela e um pensamento fez a ruiva tremer.-Não me diga que a primeira prova...- ela não conseguiu terminar, Hagrid assentiu para ela.

A ruiva pensou um pouco.Não sabia se chorava ou se ria pela ironia da vida.Ia morrer na primeira prova e ia ser conhecida para sempre como a Ruiva que morreu carbonizada.

É lógico que precisava treinar e nem ao menos podia pedir ajuda para os professores.Hermione estava fora de questão, assim como Giseli e os outros.Não seria idiota ao correr atrás dos amigos, eles que fizeram a burrada.Seu rosto se iluminou e ela sorriu levemente.

Aluado e Almofadinhas.Poderia pedir umas dicas aos dois, eles sabiam azarações e Aluado havia sido professor de DCAT.Mas por outro lado, seu coração doía.Não queria machucar o dragão com que lutasse.Era um ser vivo que nem ela.E sua mente lhe pregou uma peça, fazendo-a pensar nos pais biológicos.

Seu sorriso murchou e ela se perguntou como os dois seriam.Ela tinha uma pequena ideia de como era a mãe, pois havia lido seu diário.Mas do pai não fazia ideia.Harry não falara com ela sobre ele.Ele não falara sobre nenhum dos dois pois nem ele sabia como eram.

—Hagrid?- ela chamou o homem em tom baixinho, fitando suas mãos pequenas.

—Hm?- o guarda-caça murmurou, distraído ao limpar sua besta.

—Como eram meus pais?- a ruiva perguntou, aceitando que Potrus escalasse seu corpo e se enrolasse em seus ombros.Hagrid fitou a ruiva, pensou e então suspirou, colocando a besta de lado.

—Seu pai...- Hagrid começou e sua mente lhe levou ao passado.E ele gargalhou.-Seu pai era sua versão masculina, só que moreno e mais alto.- Hagrid sorriu e os olhos da ruiva brilharam.-Ele tinha talento para fazer uma pegadinha e sabia muito bem fazer alguém enlouquecer com elas.Os professores tiveram muita dor de cabeça com ele, igual a que eles tem com você hoje.- Hagrid riu e a menina lhe acompanhou, sabia que era verdade.-Ele não era um dos mais esforçados, mas se virava nos exames e tirava um Ótimo em todas as matérias.Ele era um completo maroto.- Hagrid viu lágrimas se formarem no canto dos olhos castanhos da menina e deu um sorriso melancólico.

—E minha mãe?- perguntou a ruiva com a voz um pouco tremida.Hagrid sorriu.

—Sua mãe é igualzinha a você, só que possuía olhos verdes amendoados.Ela era inteligente e muito estudiosa.Extremamente responsável, acabou se tornando Monitora-Chefe em seu último ano.-Hagrid disse, enquanto Lena assentia, absorvendo cada palavra e imaginando a mãe-Ela era doce...bem quando se tratava com os outros era um doce, agora com seu pai...- Hagrid deu outra gargalhada.

—Pera, mamãe não gostava de papai?-a ruiva perguntou e começou a rir.Em seu diário, Lilian elogiava James Potter mil vezes a cada página que escrevia.

—Seu pai não facilitava também.-falou Hagrid com um tom sério.-Sempre provocando sua mãe e a perseguindo pela escola.Era raro não ver aquele dois brigando até o sétimo ano deles.-Lena bocejou, mas se manteu ainda mais acordada para saber mais.-Sua mãe finalmente aceitou sair com seu pai no fim do quinto ano e os dois começaram um romance que se estendeu depois de Hogwarts.Eles se casaram e tiveram você e Harry.-falou Hagrid e a ruiva ficou um pouco mais quieta.Hagrid temeu que ela fosse chorar, não sabia lidar com meninas que choram.Mas a ruiva fungou e pediu um relatório completo das pegadinhas que seu pai fizera em seus anos em Hogwarts.

Hagrid contou tudo do que se lembrava de James a ela, nos mínimos detalhes.A ruiva não parara de rir por um momento se quer, ficando admirada cada vez mais pelo pai.E eles passaram horas assim, até o momento que a ruiva precisou meter o pé na tábua.Ela se despediu de Hagrid e Canino e partiu de volta para a torre da Corvinal com Potrus em seus ombros.

Tomou um banho demorado e se trocou ali dentro mesmo.Ao voltar para o quarto, encontrou Potrus brincando com Pullman e Nestlé, Felpudo estava dormindo.Ficou com receio de deixar Potrus ali, mas logo viu que não precisava se preocupar e partiu para o Salão Principal para tomar café da manhã.

Se sentou na ponta da mesa e começou a se servir de poucas coisas, não estava muito faminta.Comeu enquanto anotava as possíveis pegadinhas que iria fazer aos amigos se eles não viessem pedir desculpas a ela.

Antes mesmo da sineta tocar avisando o início da aula, Helena já se encontrava a caminho da sala de Transfiguração.Minerva se encontrava atrás de sua mesa como sempre quando Helena passou pela porta.

—Bom dia.- falou a professora a fitando.Helena não a respondeu, jogando seu material sobre a mesa e se sentando na cadeira.A professora suspirou, arrumando seus óculos e colocando a pena que segurava de lado.-Bem, temos um tempo.Desembucha.- a professora falou.

—Aqueles panacas não me pediram desculpas ainda!- a ruiva falou revoltada, fazendo a professora soltar outro suspiro.-E eu preciso deles para me ajudarem para esse Torneio sem nexo!-Lena resmungou, batucando sua varinha na carteira que estava sentada.Minerva pensou seriamente em falar para a menina ir atrás dos amigos, mas conhecendo o orgulho dos Potter, de nada iria adiantar.

—Tenha paciência.Uma hora eles viram atrás de você.- a professora falou calmamente.

—Eles tem até o jantar, ou não responderei pelas minhas ações.- a ruiva falou antes do restante de alunos entrarem e a professora iniciar a aula.

           HPHPHPHPHPHPHPHP

Helena estava andando com os gêmeos na hora do almoço.Os ruivos reclamavam que Bagman lhes roubara durante a Copa Mundial, fazendo a ruiva ficar irritadíssima com o homem.Os meninos estavam tentando começar o próprio negócio deles e precisavam de dinheiro para isso.

Até que os três se depararam com Hermione, Rony e Harry em um corredor cheio de alunos.Os alunos usavam broches no peito e a ruiva conseguiu ler um que estava escrito em letras garrafais no peito de um colega de sua casa:

Apoie Cedrico Diggory-o VERDADEIRO campeão de Hogwarts.

—Gostou, Granger?- a ruiva reconheceu a voz de Draco Malfoy, que se apressava para chegar a sua frente.-E não tem apenas isso, olhe!- Malfoy apertou o distintivo contra o peito e a mensagem desapareceu.Outra apareceu em seu lugar, emitindo uma luz verde:

GRANGER FEDE

Os Sonserinos e outros alunos rolaram de rir, fazendo o mesmo que Malfoy e apertando o peito.A ruiva não se abalou, deu um sorriso presunçoso.

—Fred, Jorge...- a ruiva disse lentamente.-Vocês que deram a ideia desse broche?- a ruiva perguntou aos amigos, que negaram com a cabeça.

—Eu gostaria de saber quem foi que lhe apresentou essa ideia Malfoy...- começou Jorge, um sorriso maroto lhe enfeitando o rosto, indo na onda de Lena.

—Por que sabe, você não é muito criativo e nem muito inteligente.- falou Fred com o mesmo sorriso que o irmão.Os três ruivos desataram a rir, enquanto Malfoy corava de raiva.Os Sonserinos que o acompanham fizeram o mesmo.

—Querem um Granger, Potter e Weasley?Talvez para apoiar sua amiguinha.- Malfoy os ignorou, se virando para Harry, Rony e Hermione que assistiam a cena no canto deles, estendendo três distintivos.-Mas não toque em minha mão Granger, eu acabei de lavá-la e não quero que uma sangue-ruim a suje.

Jorge e Fred não tiveram tempo de segurar a ruiva.Ela jogou sua mala no chão e se aproximou de Malfoy, dando um chute entre suas pernas.O menino caiu no chão de joelhos, o rosto virado para a dor e o desespero.A ruiva se preparou para dar o primeiro soco no menino quando Jorge e Fred a afastaram do Sonserino

—Nunca, mas nunca mais, se atreva a chamar minha irmã de sangue-ruim Malfoy, ou você vai se arrepender de ter nascido homem.- a ruiva falou com ódio, ainda sendo segurada pelos ruivos mais velhos.

—Sua...sangue-ruim imunda!- o menino gaguejou, o rosto virado para uma expressão de ódio e dor ao mesmo tempo.

—Eu vou lhe meter outro chute menino.- a ruiva gritou, se debatendo nos braços de Jorge e Fred.

—Segure essa sangue-ruim, Weasley's!- Parkinson mandou aos gêmeos com nojo e com autoridade na voz.Os dois se olharam e soltaram a ruiva.Pansy gritou quando Helena se jogou sobre ela, lhe dando um tapa na cara.-Sua maluca!- a menina gritou, se defendendo dos tapas de Helena.

—PARA!- Hermione gritou, enquanto Rony e Harry puxavam a ruiva de cima da Sonserina.

—NÃO!- a ruiva gritou, parando de se debater nos braços de Harry e se virando para a irmã.-AGUENTEI ESSES BABACAS POR DOIS MESES TE OFENDENDO, ME OFENDENDO E OFENDENDO A OUTRAS PESSOAS!SE NINGUÉM VAI SE DEFENDER, EU MESMA OS DEFENDO.- a menina gritou a plenos pulmões, o rosto vermelho.Em sua testa, três veias pulsando eram visíveis nitidamente.

—Que barulheira é essa aqui?- Snape perguntou friamente, vendo a cena.Os gêmeos rindo baixinho no canto; Lufanos, Grifinos, Sonserinos e Corvinais olhando de Helena para Malfoy e Parkinson deitados no chão enquanto gemiam e Helena virada para Harry, Rony e Hermione com os punhos fechados.

Os Sonserinos começaram a falar todos de uma vez, apontando Helena e depois Malfoy e Parkinson no chão.Snape os calou com o olhar e apontou para Malfoy ainda no chão, gemendo.

—Explique-se!- mandou o homem.

—Essa sangue-ruim me atacou!-gemeu o menino.A ruiva tentou correr até o menino, mas Snape foi mais rápido e a segurou pela gola da camisa.

—Você.Está.Ferrado.- a ruiva falou entre dentes, colocando a varinha discretamente dentro da manga e a apontando para Malfoy.Snape soltou a gola da camisa da ruiva quando viu que ela não faria nada.-Densaugeo!- Helena sussurrou o feitiço, que acertou Malfoy em cheio.O menino gemeu de dor, levando as mãos a boca.Os dentes da frente do menino começaram a crescer em um ritmo assustador, se alongando e ultrapassando o lábio inferior em direção ao queixo.

—Quem foi o infeliz que fez isto?- perguntou Snape bravo, enquanto a ruiva guardava a varinha com um sorriso satisfeito no rosto.

—Fui eu.- a Corvinal assumiu, alongando mais o sorriso no rosto.-Agora ele sabe que se se meter mais uma vez com a minha irmã, vai ter que aguentar as consequências.- a ruiva disse triunfante, sorrindo marota ao ver os dentes de Malfoy crescerem cada vez mais.

—Vou retirar 50 pontos de sua casa Granger e ficará de detenção por duas semanas por atacar Malfoy e Parkinson.- Snape rosnou, fazendo uma careta para os estudantes de sua casa.

—Valeu a pena.- a ruiva deu de ombros, agarrando sua mala do chão.-Até mais tarde meninos.-Helena sorriu para Fred e Jorge, que beijaram sua testa, e partiu para a sala de Poções de cabeça erguida.A escola toda já sabia do que aconteceu antes mesmo de Helena entrar na sala de poções.Ela se sentou na frente, como sempre fazia, e aos poucos a sala ia se enchendo de alunos da Sonserina e Corvinal.

—E ai sangue-ruim, ta muito nervosinha é?- perguntou Edith Confer debochadamente a Lena.

—Se eu fosse você, tomava cuidado com a boca.Pode entrar um bicho morto nela.- a ruiva falou calmamente, olhando para a Sonserina com um brilho maldoso no olhar.A menina tremeu um pouco.

—Está me ameaçando?- perguntou com coragem.A ruiva deu de ombros, elevando às sobrancelhas.Ela tornou a se sentar, sob o olhar da menina e agora sob o do professor Snape, que entrará na sala a pouco.

—Em seus lugares.-falou friamente para aqueles que ainda estavam de pé.Os alunos se sentaram rapidamente, temendo que Snape retirasse pontos de sua casa.Ele acenou com a varinha e instruções se escreveram no quadro:

Poção para acalmar:

Ingredientes-Xarope de Heléboro; Hidromel

Instruções na página 76.

Helena soltou um suspiro.A poção era a maioria líquido e até agora, a ruiva não conseguia acertar a medida certa.Andou até o armário e pegou um frasco de cada ingrediente.Ligou o fogo e colocou a água dentro do caldeirão.Esperou aquecer por três minutos e mediu o Hidromel.Lentamente, despejou-o na água.A poção explodiu.

As risadas invadiram os ouvidos de Helena, que suspirou aceitando o pano que Snape lhe jogará.Ela limpou o rosto e limpou a bancada.Antes mesmo dela começar a poção novamente, Colin Creevey entrou na sala discretamente e andou até a mesa de Snape.

—O que foi?- perguntou o homem frio.

—Preciso levar Helena Granger lá para cima professor.- Colin falou com um sorriso enorme no rosto.

—Infelizmente não vai rolar.- a ruiva falou, não olhando o menino e colocando água dentro do Caldeirão.

—Mas é o Sr Bagman que lhe chama.-disse o menino nervoso.-Todos os campeões tem que ir,acho que querem tirar fotos...

—Tire três de mim e mande a eles então.- a ruiva disse meio nervosa, errando a quantidade de água.

—Vá logo Srta Granger.- falou Snape em um tom frio.-Depois você retorna e termina sua poção.

—Por favor, professor, ela precisa levar o material...- o menino disse com uma voz esganiçada.

—Granger, pegue suas coisas e dê o fora da minha frente.- falou o professor irritado.Ela o olhou brava e pegou sua mala da mesa.A jogou sobre os ombros e saiu da sala murmurando palavrões em Búlgaro.

—É fantástico, não é, Lena?- disse Colin carinhosamente e excitado, andando ao lado de Lena.-Você ser a campeã de Hogwarts!- Lena assentiu.

—Com certeza!- disse sem muita emoção.-Pra que é que eles querem fotos?- perguntou a menina curiosa, subindo as escadas ainda ao lado de Colin.

O Profeta Diário, acho!

—Ah sim.- a ruiva concordou, se enforcando mentalmente.Profeta Diário e Helena Granger não combinavam em nenhum ponto.

—Boa sorte!- exclamou o menino quando chegaram a sala certa.Lena acenou com a cabeça, bateu na porta e entrou.

Era uma sala de aula pequena, as mesas foram afastadas para o fim dela, deixando um amplo espaço no meio.Três das mesas estavam enfileiradas lado a lado em frente ao quadro negro, com um pano de veludo as cobrindo.Outras cinco cadeiras tinham sido arrumadas atrás das cadeiras cobertas de veludo, Bagman estava sentado em uma delas, conversando um uma bruxa loira que Lena se lembrava vagamente.

Vitor estava de pé no canto, sem falar ou olhar para alguém.Cedrico e Fleur conversavam juntos, a menina jogando charme para o Lufano.Um homem barrigudo que segurava uma câmera fotográfica olhava para a loira de rabo de olho.

Bagman avistou Lena, e parando a conversa com a bruxa loira, andou apressado até a ruiva.

—Aqui está ela!A quarta campeã!Entre Helena, entre...apenas é a pesagem das varinhas, não tem com que se preocupar.

—Pesagem das varinhas?- a menina perguntou confusa, retirando a varinha do bolso e batucando-a, como sempre faz quando fica ansiosa.

—Temos que verificar se as varinhas estão em perfeita condição de funcionamento, sem problemas, sabe, pois as varinhas são fundamentais para as tarefas.- Lhe disse Bagman.-O perito está la em cima com Dumbledore,agora.E depois vai haver uma sessão de fotos.Esta é Rita Skeeter,-acrescentou indicando a bruxa de vestes caras e cabelos loiros.-ela está escrevendo um pequeno artigo sobre o Torneio para o Profeta Diário....

—Talvez não tão pequeno assim, Ludo.-disse ela, com os olhos em Helena.Seus cabelos loiros estavam arrumados em cachos perfeitos.Ela usava óculos com aros dê pedrinhas.Os dedos grossos que seguravam uma bolsa de pele de crocodilo terminavam em longas unhas pintadas de vermelho.-Gostaria de saber se poderia dar uma palavrinha com Lena antes de...

—É Srta Granger para você.- a ruiva interrompeu a bruxa, sem se importar se foi ou não grossa.Os seis outros bruxos lhe olharam surpresos.A bruxa loira pareceu um pouco desconcentrada, ao voltar a falar.

—Hm, posso dar uma palavrinha com a Srta Granger?- pediu a bruxa a Bagman, os olhos fixos na ruiva, que a encarava com tédio.-A campeã mais nova, sabe...para dar um toque mais...apimentado?- a mulher perguntou.A ruiva nada disse, apenas olhou para Bagman com um pouco de tédio.

—Certamente!- exclamou o homem.-Isto é, se Helena não fizer objeção...

—Não, obrigada.- a ruiva falou educadamente, mesmo que um sorriso debochado lhe enfeitasse os lábios pequenos e levemente avermelhados.

—Beleza.- falou a mulher, agarrando o braço da menina do mesmo jeito.Antes mesmo de dar um passo, Helena travou no lugar, perdendo o sorriso.

—Você tem três segundos para me soltar, ou eu vou te processar por agressão.- a ruiva falou seriamente e todos viram que ela não estava brincando.A bruxa a soltou no ato, se afastando consideravelmente da ruiva.

—Eu apenas quero uma entrevista Srta Granger.- mulher falou educadamente, mas com um quê de raiva na voz.

—E eu recusei.- a ruiva falou friamente, olhando desafiadora para a mulher.

—Mas é apenas para seus fãs lhe conhecerem melhor.- tentou a mulher, um sorriso arrogante dançando em seus lábios.Quando se trata da fama ou imagem de alguém, Skeeter sabia que ninguém iria resistir de se tornar alguém conhecido.

—Se é assim....- a ruiva falou, colocando um sorriso arrogante no rosto.Os olhos de Skeeter brilharam.

—Sério?- a mulher sorriu, realmente esperançosa.

—Não.- a menina falou, tirando o sorriso do rosto.A mulher assumiu uma postura irritada para Helena, que não se intimidou.

—Dê logo a porcaria da entrevista.- Vitor se pronunciou pela primeira vez, irritado, encarando Helena friamente.

—Se quer tanto assim se gabar da sua vida para uma jornalista medíocre, vá em frente.Ninguém lhe impede.-a ruiva falou friamente para o ex-amigo.A bruxa pareceu ofendida.-Por que a surpresa, você sabe que é assim.Se eu lhe desse uma entrevista, você falaria um monte de mentiras nela.- a ruiva deu de ombros e não deu brecha para a bruxa lhe falar algo, andou até uma das carteiras do fundo e se sentou.

Poucos minutos se passaram, quando Dumbledore entrou na sala acompanhado do Sr Olivaras, o fabricante de varinhas, os diretores Karkaroff e Madame Maxime, e o Sr Crouch.Karkaroff, Madame Maxime, Sr Crouch e Bagman tornaram a se sentar nas cadeiras atrás das cadeiras cobertas com o pano de veludo.

—Gostaria de lhes apresentar o Sr Olivaras- Disse Dumbledore ocupando seu lugar na mesa dos juízes, e olhando para os campeões.A ruiva se juntou a eles, se sentando ao lado de Fleur e cruzando as pernas.-Ele vai verificar suas varinhas para garantir que estejam em boas condições antes do torneio.

—Olá Sr Olivaras.- a Ruiva cumprimentou o velho homem de olhos azuis sorrindo marota.Ele a olhou e riu, jogando sua cabeça trás.Ninguém além da própria ruiva, o Sr Olivaras e Dumbledore entenderam a reação do homem.

—É um prazer revê-la querida.- o homem lhe sorriu, secando as lágrimas do canto dos olhos.Ela acenou com a cabeça e o senhor fitou Fleur.-Mademoiselle Delacour, poderia entregar sua varinha por favor?- disse o Sr Olivaras postando-se no espaço vazio no centro da sala.A menina fez o que o velho senhor lhe pediu e entregou a varinha a ele.

O homem a avaliou atentamente, e quando terminou, soltou um feitiço e devolveu-a para a loira.Fez o mesmo processo com Cedrico e Vitor.

—Helena, querida.- o homem chamou carinhosamente e a ruiva jogou sua varinha para o Sr Olivaras, que a pegou no ar com agilidade.Todos dos recinto a encararam reprovadores, com exceção de Dumbledore e o próprio Sr Olivaras, que sorria.-Trinta e dois centímetros...inflexível...sabugueiro...lágrimas de Fênix com sangue de duende...- o homem murmurou, a girando entre os dentes.-Vejo que aprontou bastante com ela hm?- o senhor encarou a ruiva por cima de seus óculos.

—Você não faz ideia.- murmurou Dumbledore com humor, enquanto via a ruiva sorrir marota.

Expelliarmos!- exclamou apontando para uma das carteiras do fundo da sala.Como esperado, a carteira foi lançada para trás e bateu com tudo sobre a parede, se partindo em pedaços.-Hm, perdão.A varinha está em perfeito estado.- o homem exclamou, jogando a varinha de volta a Helena, que a guardou na capa.

—Muito obrigado a todos.- disse Dumbledore, levantado-se da mesa dos juízes.-Vocês podem voltar a suas aulas agora, ou talvez seja mais rápido descerem logo para jantar, já que elas estão prestes a terminar....

Os campeões se levantaram para ir embora, a ruiva sorrindo aliviada, mas o homem com a câmera fotográfica se levantou em um rompante e pigarreou nervoso.

—Fotos, Dumbledore, fotos- exclamou Bagman, excitado.-Todos os juízes e campeões.O que acha, Rita?

—É, claro...tiramos essas primeiro e depois umas individuais.- a mulher concordou.E Todos se arrumaram para tirar as fotos.

Elas consumiram um tempo muito grande para serem tiradas.A todo instante Helena fugia de Bagman e Skeeter.Madame Maxime insistia que deveria tirar as fotos de pé, mas o fotógrafo não conseguia enquadrar o corpo todo na mulher na foto e enfim ela desistiu, se sentando na cadeira.Depois foram tiradas fotos individuais e finalmente todos foram liberados.

Helena correu para o Salão Principal para o jantar, estava morrendo de fome e precisava escrever as cartas para Aluado e Almofadinhas.Se serviu de carne de porco acompanhada de batata frita e arroz.Abriu a mala e pegou dois pergaminhos, um tinteiro e uma pena.Mergulhou a pena no tinteiro e começou a escrever.

Caro senhor Aluado,

Aqui quem fala é a única e ilustre filha de um maroto.Venho aqui lhe agradecer pelos presentes que me deu, fiz bom uso daquela receita.E vou fazer mais um bom uso para ela em 10 minutos.

Como Harry provavelmente já deve ter contado ao tio Almofadinhas e tio Almofadinhas já deve ter lhe contado, eu fui selecionada para ser uma das campeãs que participaram do Torneio Tribuxo.

Eu estou desesperada por ajuda tio Aluado, briguei com todos os meu amigos, até mesmo com Harry,por causa desse maldito Torneio e agora eu preciso da ajuda e apoio deles!Não faço a mínima ideia como passar pelo dragão (essa é a primeira prova e não me pergunte como eu sei disso, marotos nunca revelam seus truques.) e eu sou orgulhosa de mais para correr atrás da ajuda deles para me darem umas dicas.

E eu queria sua ajuda.Sei que é um bruxo brilhante, e como você me ama (todos me amam), poderia me dar umas diquinhas, certo?

Obrigada novamente pelos presentes e eu prometo que eu estou honrando os Marotos com minhas épicas pegadinhas e brigas.

Com muito humor,

A filhote ruiva de um Maroto.


A ruiva fechou o pergaminho e o separou.Abriu um segundo pergaminho e molhou a pena dentro do tinteiro.


Caro senhor Almofadinhas,

Você conheceu um maroto que brigava muito com uma ruiva esquentada, em que os dois se odiavam muito mas no final se casaram e deram herdeiros ao mundo?Bem, eu sou uma desses herdeiros.A única e exclusiva Helena Potter Granger.

Venho por esta carta agradecer seus magníficos presentes, fiz um bom uso de uma azaração que tinha no livro.O menino aprendeu a não mexer mais com uma Potter-Granger.

Como Harry já deve ter lhe contado(menino fofoqueiro), eu fui selecionada para o Torneio Retardado Tribuxo.E a primeira tarefa é passar por um dragão.Isso mesmo, você não está cego e nem sob o efeito de Cerveja Amanteigada, você leu DRAGÃO mesmo.

Por isso lhe peço com muito amor e desespero.Me de umas dicas para não ser conhecida como a ruiva que morreu carbonizada aos onze anos de idade.Por favor!

Com minhas sinceras promessas de não fazer nada de bom(eu sei do mapa),

A filhote ruiva de um Maroto.

Por uma segunda vez a ruiva fechou o pergaminho e fez um traço nele, para saber que era para Sirius.A ruiva terminou de tomar sua água e se levantou da mesa.Colocou a mala nas costas, pegou os pergaminhos sobre a mesa e puxou a varinha da capa enquanto saia do Salão lentamente.

Incantatem.- ela guardou a varinha e saiu do Salão Principal no mesmo ato.

La dentro, as coisas saíram do controle.O nariz de uma Sonserina começou a crescer e a crescer, fazendo todos gargalharem.Mas as risadas cessaram quando aconteceu o mesmo com todos no salão.Nem os professores, juízes e convidados se safaram dessa.As meninas choravam de desespero e os meninos gemiam indignados.

Na mesa dos professores, Karkaroff e Madame Maxime resmungavam nervosos para Dumbledore, enquanto Sr Crouch e Bagman tentavam parar o crescimento de seus narizes usando alguns feitiços, mas eles não paravam de crescer.

Dumbledore encarou Minerva e Snape.Os dois professores pareciam frustados vendo seus narizes crescerem.Dumbledore suspirou, havia alguém para colocar a culpa, mas ele não tinha certeza se estava certo.E nem queria ter.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Heyy!!Como vocês estão?
Até a próxima!!
Ps:Cap 10-Um novo aliado!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "As Aventuras de uma Ruiva - 1° Temporada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.