As Aventuras de uma Ruiva - 1° Temporada escrita por Anninha


Capítulo 37
Capítulo 37- Doninha Albina e Foguinho no armário


Notas iniciais do capítulo

E u v o l t e i!
De novo, para infelicidade das inimigas!beijos de luz!



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—...Então os duendes mataram o líder dos bruxos daquela região e o legado deles na Escócia se originou a partir desse assassinato!- Patrícia parou para respirar e Renata sorriu um pouco.

—Brilhante, está completamente...

—Errado.- Lena interrompeu Renata, seu rosto surgindo por detrás do livro de Feitiços.- O líder dos duendes torturou e assassinou a família do bruxo líder e, depois que escapou junto com todas as tropas de bruxos, os duendes se apossaram desta terra conhecida como Escócia.- narrou a menina e depois, riu bem humorada.- Acho que deu errado.Hogwarts ainda existe.- ela e seus amigos riram, todos bem humorados.

—Como você sabe tanto essas histórias?- perguntou Jack curioso, tirando os olhos do dever de Helena e parando a pena no lugar.

—Depois que você passa cinco anos com a sua irmã falando incansavelmente sobre Magia e tudo sobre ela, você aprende algumas coisas.- Lena deu de ombros e voltou a ler o livro de feitiço que tinha em mãos.Anotou algumas coisas no pergaminho ao seu lado e trocou de livro.

—O que está fazendo?- André questionou curioso, observando o que Helena fazia.

—Procurando feitiços para a tarefa.- respondeu sem tirar os olhos do livro de DCAT que ganhou de Remo a algumas semanas.-Tenho treinado pra caramba nessas últimas semanas.Surtei umas dez vezes antes de conseguir fazer cada feitiço.- explicou ao ver o olhar confuso dos amigos.Eles sabiam que a mesma havia batalhado.

—Vai pegar de Transfiguração?- Pat perguntou se encostando na cadeira.Ela assentiu, um tanto a contra-gosto.

—Eu odeio Transfiguração.- gemeu Felipe infeliz, largando a varinha sobre a mesa.

—Renata, ajuda o paspalhão.- Eliane disse um tanto maliciosa.Ela, a ruiva, Pat e até mesmo Mili, deram sorrisos maliciosos para Felipe, que corou.

—E eu aqui pensando que você gostava de mim!- Helena falou, falsamente ofendida.

—E quem gosta de você?- Edith Confer apareceu do nada, falando maldosamente.Todos sentados à mesa reviraram os olhos.

—Que tal Draco Malfoy?- Eliane respondeu com o mesmo veneno, saindo em defesa a amiga.Edith e a sua trupe de Sonserinas riram.

—Draco Malfoy...

—É pouca areia para meu enorme caminhão.- respondeu Helena por Edith, se levantando e a peitando.-Agora, da o fora antes que eu a azare.- sussurrou baixa, e completamente sínica.Edith não temeu, a peitou também.

—Ou o que?

—Fica que você descobre.

—Acha que eu tenho medo de você?- perguntou retoricamente.Lene respondeu do mesmo jeito.

—Acho!- afirmou a ruiva sorrindo. Nem preciso dizer que ela estava adorando a discussão.Helena tinha um abismo para confusões, ainda tem.-Tem tanto medo de mim, que parece sempre um coelho.Sabia que quando o coelho fica com medo, ele treme do mesmo jeito que você?- mais provocou do que questionou, aumentando o sorriso sínico no rosto.Edith rosnou, seus olhos azuis ficaram frios e irritados.

—Eu.Não.Tremi.- rosnou baixinho, o rosto furioso.Lena sorriu.

—Então imitou um móvel com um Bicho-Papão dentro.- E lá estava ele, o sorriso zombeteiro e arrogante que todos odiavam.Alguns deram risinhos, mas logo ficaram chocados.Não preverão o que aconteceu depois.

HPHPHP

—VOCÊS ESTÃO LOUCAS!- berrava Flitwick para os quatro ventos, andando de lá para cá em sua sala.Snape deixava o homem baixo falar, adorava ver um de seus alunos com cara de tacho mesmo.-SE AGREDIREM DESSE JEITO?E A EDUCAÇÃO QUE SEUS PAIS LHE DERAM?- berrou novamente, agora olhando para as duas alunas a sua frente.

—Eu tenho educação!Foi essa louca que me atacou!- Helena se defendeu, se levantando com tudo, e logo gemendo de dor depois.Flitwick se virou para a ruiva, um olhar feroz no rosto.

—PRECISAVA QUEBRAR UMA CADEIRA NELA?- Berrou histérico.Helena teria rido com a visão do pequeno homem completamente estressado, Oh teria, se tudo não estivesse doendo.

—Ela me tacou 10 livros!10!Aqueles bem pesados e grossos!- se queixou a ruiva, completamente indignada.

—Você mereceu!- a menina ao seu lado exclamou friamente, sua voz aumentando consideravelmente.

—Assim como você vai merecer esse próximo soco!- Helena se jogou contra a garota, mas logo sentiu dois braços se fecharam em sua cintura e a puxarem para trás.Ela sentiu o cheiro daquela maldita locão e ficou tensa na hora.-Me Solta!- berrou, se debatendo.

—Sr Malfoy!Não a solte!- berrou Flitwick seriamente, dando a volta em sua mesa.Malfoy a apertou mais.

—Bem, creio que as duas irão ficar suspensas.Não vai ser detenção.Vai ser suspensão.- a voz de Snape soou fria e cortante em seus ouvidos e Helena gemeu.-E, iremos conversar pessoalmente com os pais de vocês.Principalmente com os seus, Srta Granger.A partir de agora, você está oficialmente com risco de ser expulsa.- Helena gritou, surpresa e indignada.

—NÃO!Isso não!Eu faço tudo que vocês pedirem!POR FAVOR!- É Helena, nada digno!Se humilhar assim na frente de Confer não estava nos meus planos.

—Vou ver se mudo de ideia.Por enquanto, Dumbledore instruiu que você lavasse todos os armários e você, arrumasse toda a biblioteca.- ordenou Snape, falando com Helena e Edith, respectivamente.

—Srta Confer, pode ir direto para a Biblioteca.- mandou o homem baixinho.A Sonserina se levantou e saiu da sala depois de mandar um olhar feroz e irritado para Helena.-Pode soltá-la Malfoy.- mandou o professor e Helena se afastou do loiro, arrumando a roupa e respirando um tanto pesado.-Você, vai direto para o primeiro andar.Quero todos os armários pronto daquele andar hoje!- rosnou irritado e Lena assentiu.Ele apontou para a porta e Helena praticamente correu para fora da sala.

Por onde passava, todos a olhavam.Apontando e cochichando.Não era para menos, a briga na biblioteca iria acabar com sua vida por um bom tempo.Ela já sentia o roxo no rosto começar a ficar mais evidente, levará uns três ou quatro socos no rosto de Edith, antes de conseguir se levantar e revidar.

Não se sentia culpada, Edith a provocava constantemente, a enchendo a paciência.As vezes tinha de sobra, mas hoje não conseguiu aguentar.Queria acabar com Edith, e foi o que fez, com a maior vontade do mundo.

Ela desceu até o primeiro andar e não ficou surpresa ao ver Filch lhe esperando na escadas.Helena reparou que ele estava feliz demais.Provavelmente por que terei que limpar todos os armários, pensou enfezada.

—Filch, amigo!Como vai?- sorriu ela assim que chegou no último degrau.-Por onde eu começo?- perguntou subindo as mangas e seguindo o passo vacilante de Filch.

—Por aqui.- mandou frio e abriu a porta de um dos armários.Helena espirrou no ato, havia muito pó ali.-Quero tudo isso brilhando.Todas as vassouras arrumadas e lustradas também.- já foi jogando ordem.E colocou um balde em frente à porta.-Sem magia.- sorriu maldoso e saiu.Lena bufou.

—Não tenho varinha mesmo.- torceu o nariz e desceu as escadas até a sala principal.Gemeu.Muitas vassouras.Inferno.

HPHPHP

Draco andava pelos corredores, pensando na vida.Ou melhor, em Helena.Já estava ficando completamente louco.Gostava da ruiva, mas não podia ficar com ela.Era três anos mais nova.Irmã do Potter e da Granger.Amiga de traidores de sangue.Lobisomen.Aliada da Luz.Ele estava perdido.

—Vou matar esse cretino!- uma voz muito familiar soou como um rosnado no primeiro andar.Draco parou, arregalando os olhos e olhando para tudo quanto é lugar.Estava ficando louco?Ouviu um gemido e ficou mais aliviado ao ver um dos armários abertos.O barulho vinha de lá.Se aproximou da porta e pigarreou.

—Olá?- perguntou, sua voz descendo em direção a pessoa.

—Da o fora!- berrou a pessoa, e um sorriso irônico cresceu no rosto de Draco.Ele andou para dentro do armário e tropeçou no banquinho.O banquinho e ele saiu rolando escada abaixo.Ele gemeu de dor e ouviu a risada escandalosa de Helena.-Avisei para dar o fora.- disse entre as risadas, se apoiando na vassoura para não cair.

Draco gemeu novamente e demorou um bom tempo até que conseguisse se sentar.Estava com raiva e se sentindo humilhado.A menina que gostava estava rindo descaradamente de sua cara.

—Você...- conseguiu começar a falar e Lena começou a prestar atenção, cessando as risadas.-É um porre!- murmurou e Lena riu.

—Cala boca Bola de Bilhar.- murmurou ela humorada e Draco se perguntou como ela conseguia ficar assim depois de tomar uma surra.Ele tentou se levantar e caiu novamente.-Vamos lá Bola, eu te ajudo!- ela sorriu e se aproximou dele.Segurou sua mão e aos poucos, conseguiu levantá-lo.O sentou na cadeira que havia ali.-Vou ver se acho alguém da sua casa.Um minuto.- resmungou ela e subiu as escadas rapidamente.Puxou a porta e a mesma não saiu do lugar.Puxou de novo e ela não abriu.A empurrou.Ela gemeu.

—O que houve?- perguntou Draco lá de baixo, sua voz saindo dolorosa.

—Estamos presos!- gemeu a ruiva e Draco arregalou os olhos e ouviu a ruiva socar a porta.-SOCORRO!- berrou a ruiva, entrando em pânico.-POR FAVOR!ME TIRA DAQUI!- ele escutou um soluço e se preocupou.Rapidamente subiu as escadas e encontrou a ruiva agachada e chorando.Ele a tocou no ombro e ela gritou.-ME SOLTA!- berrou ela se debatendo.

—Sou eu!O Draco!- ele rapidamente segurou suas mãos e a olhou nos olhos.Ofegou surpreso.Ele nunca tinha visto tanto medo e pânico na vida, não como Helena sentia nesse momento.-Está tudo bem, vem.Vamos lá para baixo.-Ele a levantou e desceram junto, com Lena ainda soluçando e tremendo de medo.-Merlin, o que houve com você?- perguntou um tanto espantado, mas mantendo o tom frio.Ela não disse nada, apenas se encolheu no canto, o olhar perdido.E talvez ele tenha entendido quando percebeu o tamanho do local onde se encontrava.E o quanto ele estava danificado, frio e escuro.

Pensou na ruiva, e no tempo que ela estava sequestrada.Havia uma possibilidade da mesma ter ficado em pânico por conta desse sequestro.Afinal, ela ficou três semanas em um mesmo lugar.Sendo torturada e o caramba a quatro.Ele entendeu.Ainda bem.

Se aproximou da ruiva e a abraçou.Ela enterrou seu rosto em seu peito e chorou.Ele a deixou lá.Sentia um enorme carinho por ela.Isso é.E uma vontade imensa de protegê-la.Também.E de amá-la.Infelizmente.Não, estava fora de questão.E se fosse escondido?É, era uma opção.Mas do mesmo jeito se afastou, transtornado com seus próprios pensamentos.

Ela permaneceu no canto, chorando e resmungando alguns coisas que ele não entendeu e no momento não quis nem ouvir.Queria abrir aquela porta e sair correndo para longe daquele lugar, dela, e da vontade insaciável de tê-la para si eternamente.

Ela não tardou a ficar quieta, e muito menos a tentar arranjar uma saída daquele lugar.Ela não perguntou se ele estava ou não com a varinha, se ele estivesse, já estariam bem longe dali, bem longe um do outro.Quer saber?Uma hora Filch aparece e me tira daqui, pensou e voltou a consertar as vassouras.Na realidade elas só precisavam de uma nova pintura e de alguns acertos nos fios.

O único problema era o silêncio.Era constrangedor e tedioso ao mesmo tempo.Helena não era a pessoa mais calma do mundo.Gostava de agitação, de barulho, de pessoa se movendo.Quando suspirou por uma vigésima vez, foi que Malfoy surtou.

—Será que pode parar?- explodiu, se virando com tudo para olhá-la.A mesma o olhou friamente.

—Os incomodados que se mudem.- murmurou e depois riu sem humor algum.-Ah é, não podem se mudar, já que o PANACA nos trancou aqui dentro!- acusou rancorosa, agarrando com força a vassoura em seu colo.Ele corou de raiva.

—A única panaca aqui é você!- rosnou irritado.Ela o tacou a esponja cheia de sabão.

—Não sou suas vagabundas, Malfoy!Olha lá como você fala comigo!- se botou de pé enquanto caminhava até o loiro.A parte da frente de sua camisa começava a ficar mais molhada.

—Sou louca!

—Otário!

—Quatro olhos!

—Filhinho de papai!

—Cabeça de cenoura!

—Capacho!

—Rodada!- ela lhe meteu um tapa no braço.

—Tá achando que eu sou a Parkinson, é?- rosnou irritada.-Não é porque você gosta daquela vagabunda rodada que acha que pode me chamar de rodada sendo que eu apenas Beijei você a minha vida inteira!- gritou a quatro ventos.

—E quem disse que eu gosto dela?- berrou de volta, o rosto vermelho e raivoso.Isso a desmontou, só um pouco.

—Eu!- berrou de volta.

—E quem disse que eu não gosto de você?- perguntou mais baixo, se aproximando da ruiva perigosamente.Ela se afastou em direção a escada.Ele a agarrou pela cintura e Lena se debateu.

—Me Solta!- pediu entre-dentes, virando os olhos para qualquer lugar menos para os olhos azuis a sua frente.

—Não!Você nunca deixa eu falar!É sempre a dona do pedaço!Sempre a pessoa que tem razão!Você não tem razão!- ele cuspiu e ela riu sem humor.

—Tenho sim razão!-rosnou.-Eu não estou certa quando digo que você odeia lobisomens?- murmurou e o aperto em seus pulsos enfraqueceu.-Não tenho razão quando digo que você não gosta do meu irmão?Ou da minha irmã, a Sangue-Ruim?Ou dos meus amigos, os traidores de sangue?- Ah, é, ele titubeou.Soltou os pulsos dela.- Somos diferentes, Draco!Já lhe disse!Eu vou contra todos os seus conceitos!Posso até te amar, mas você não pode me amar igualmente!- ele se afastou, completamente desnorteado.Ela se sentou na escada, enterrando o rosto nas pernas.Então ele explodiu.

—Você não sabe o que eu sinto!Não sabe o quanto eu amo você!Mas como vou fazer isso se estamos destinados a seguir caminhos diferentes?- berrou, a fazendo levantar a cabeça.

—VOCÊ está destinado!Eu sigo meus próprios conceitos!Eu luto pelo que é certo, você luta por sobrevivência!

—Então seja minha aliada!Venha para o meu lado!- pediu desesperado.Ela negou com a cabeça.

—Não.Eu não sou assim.Eu não deixo os outros morrerem a bel-prazer.Não sou sádica a esse ponto!

—Mas é sádica pra outras coisas, não é mesmo?- riu sarcástico.-Engraçado que eu não posso ficar com ninguém, mas você pode ficar com o seu amiguinho Sonserino, não?- questionou extremamente irônico.Helena riu alto, jogando a cabeça para trás.

—VOCÊ FICOU COM 5 MENINAS DESDE A ÚLTIMA VEZ QUE NOS BEIJAMOS SEU CRETINO!- berrou se levantando.-E Felipe gosta de Renata, seu grande cuzão!- ela se jogou de volta na escada e ficou resmungando o quanto Draco é um idiota.-Somos diferentes de mais, não nos aguentamos!- murmurou tristemente, de coração completamente partido.

—Não, não, não!- se desesperou Malfoy, e correu até a ruiva, se apoiando em seus joelhos.-Precisamos fazer dar certo!Se não o fizermos, iremos nos arrepender depois!- murmurou com uma voz dolorida e esperançosa.Helena o encarou, completamente hesitante.Por fim, juntou sua testa com a de Draco e fechou os olhos.

—Eu preciso pensar.- sussurrou e abriu seus olhos.Doeu ver os olhos do garoto completamente apagados.- E você também.-Pediu, agarrando com força a camisa dele.-Você precisa me prometer que vai pensar.- ela o viu hesitar.-Draco, é sério.Precisamos pensar nisso.Amar um ao outro só vai bastar se ele for real.O mundo vão estar contra nós.Nossos pais, nossos amigos, as pessoas que amamos.- ela fechou os olhos e ele negou com a cabeça.

—Vamos dar um jeito.Eu prometo.- ele a abraçou calmamente e ficaram assim por um longo tempo.Talvez eles ficariam juntos, talvez não ficariam.Nenhum dos dois sabiam o que iria acontecer, no momento só queriam curtir um ao outro enquanto tinham tempo.


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Notas finais do capítulo

Admito q n gostei muito desse cap, mas espero q curtem!!Era importante demonstrar o quão difícil é amar alguém quando tem uma guerra estourando no seu quintal.



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