As Aventuras de uma Ruiva - 1° Temporada escrita por Anninha


Capítulo 24
Capítulo 24- A Social não tão Social dos Jean-Granger


Notas iniciais do capítulo

E AEEEEEEE!



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Helena se sentia livre, livre e admirada.Nunca havia visto tantas casas, tantos rostos e tantas culturas diferentes em menos de dois minutos.A ruiva sempre gostava da sensação de ser e de tentar ser livre e seu instinto aventureiro aumentava mais ainda essa vontade.Portanto, ela ria enquanto sentia a liberdade e a adrenalina correr por sua veias.

Até que exatos 3 minutos depois que entrou na lareira da sala de Dumbledore, Helena bateu a testa com tudo em uma parede.A raiva e a dor tomou o lugar da animação e os palavrões que saíram de sua boca vieram em um tom alto e com bastante raiva explicita em sua voz.

—Quem foi o engenheiro acéfalo que meteu uma parede aqui?- resmungou a ruiva, saindo da lareira enquanto acariciava a testa.Deixou o malão ali mesmo.Certamente que alguém o pegaria.

—Bem, Cory não fazia ideia que bruxos saiam da lareira que nem o Papai Noel.- uma voz feminina falou sarcasticamente e a ruiva olhou para frente.

Ao olhar as várias pessoas lhe encarando, tanto com saudade e animação quanto arrogância e sarcasmo, ela soube que aqueles três dias seriam o máximo.Ela sabia identificar um problema quando visse um, e aquelas pessoas, seus tios e tias, avôs e avós, primos e primas, eles eram um enorme problema.Problemas dos quais ela se divertiria a beça.

Não se lembrava de ninguém ali, com exceção de um velho senhor acomodado em um sofá de couro marrom.Os olhos estavam frios e um tanto opacos, que combinavam perfeitamente com seu rosto fechado e sua postura agressiva.Ela percebeu que os outros estavam levemente afastados dele e ela mordeu o lábio, pois sabia que por semanas, ela mesma carregara esse mesmo olhar e que ainda hoje, mesmo depois de semanas, as pessoas a tratavam desse jeito, como se ela carregasse uma doença.Ela não ligava e podia ver que seu avô Preston também não ligava.

Ela riu um pouco ao olhar para a mulher morena, que possuía um corpo muito bonito.Seu olhar era debochado e tinha um brilho de ódio enquanto fitava a ruiva. Apesar do corpo belo, o que mais se destacava era sua pele pálida, muito parecida com as dos vampiros.

—Bruxos são universais.Entram por qualquer lugar e entram sem permissão.Já sangue-sugas, são barrados na porta mesmo, você só passou por aquela porta porque minha mãe autorizou, caso contrário, estaria mofando na porta.- a ruiva falou com bastante deboche e ela viu Mione morder os lábios para não rir.Ela viu duas tias e um tio revirar os olhos, junto com a grande parte de seus primos.Já o tal Cory, sorria para ela calmamente e até mesmo com graça.

—Ora, sua...- a morena começou, mas Helena logo sorriu.

—Cachorro!- gritou animada e se agachou para receber o Husky Siberiano, que era ainda um pequeno filhote.Ele correu até ela, abanando o rabo e com a língua toda pra fora.Por ser forte, ao pular sobre a ruiva, a derrubou de costas e ele não hesitou ao cobri-la de lambidas e mais lambidas.Helena gargalhou e gritou "eca", mesmo deixando o filhote perto de si.

—Own, que fofo!- Hermione exclamou, saindo de perto de uma das primas e correndo até a irmã e o filhote.Ele a lambeu bastante, do mesmo jeito que fez com Lena.As duas riram.-De quem é?- perguntou Hermione curiosa, observando Lena caminhar para o banheiro.

—Jackson deu para você.- falou a Sra Granger sorrindo para a filha.A morena sorriu surpresa.E todos escutaram um berro animado vindo do banheiro.Era um grito feminino, mas não era de Helena.2 minutos depois, Helena apareceu no colo de um loiro alto e musculoso.Ele sorria animado e Helena tinha os olhos fechados, um sorriso brilhando em seu lábios.Parecia se lembrar de algo.- Oh, finalmente encontrou seu presente!- a mãe das duas bruxas riu para o homem, achando graça.Parecia que ele estava em um parque de diversões.

—Melhor presente de todos.- falou ele sorrindo, apertando a ruiva em direção ao corpo.Ela riu, abrindo o olhos e fitando o amigo de longa data.Ela assume que se lembrou dele, não tanto quanto gostaria, mas se lembrou o suficiente para saber que o ama como um irmão.

—Então... Vamos as apresentações?- perguntou um dos homens ali presentes.Ele agarrou Helena, a tirando do colo de Jackson. Ela riu, mesmo que se sentisse um tanto desconfortável.-Sou seu tio preferido, Kevin Granger.-ele gentilmente beijou sua mão.Seus olhos verdes fitaram os olhos castanhos de Helena.Ela não teve nenhuma lembrança com Kevin, mas soube que poderia confiar nele.-Essa é a sua tia Amanda, minha linda esposa.- Ele a mostrou uma loira muito linda, sentada em uma cadeira de rodas.A ruiva sorriu e a cumprimentou com um beijo na bochecha.A loira sorriu.-E esse é seu primo Shawn, graças a ele que você está aqui hoje.- falou Tio Kevin apertando o ombro do filho com força, fazendo o menino rir um pouco.Nos olhos de Tio Kevin, Helena claramente percebia muito orgulho.

—Como vai ruiva?- perguntou o menino sorrindo, dando um beijo na testa da prima.

—Melhor impossível.- sorriu abertamente.

—Essa aqui é a Amélia Elliot, minha noiva e sua prima.Ela é filha do Tio Cory e da Tia Aline.- Shawn apresentou a noiva, que abraçou Helena com carinho.E logo depois os tios.Cory a abraçou sorrindo, mas Aline não.As duas nem se olharam.- Aquele é o vovô Preston e a vovó Chandra.- A ruiva beijou Preston e deu um abraço na avó, que não o devolveu.Helena percebeu que a idosa não gostava dela.

—Como vai vovó?Aproveitou o tempo que eu estive fora?- a ruiva não segurou a língua e foi sarcástica.A mulher fez uma careta horrível em sua direção e a ruiva foi abraçar o outro avô, que mantinha os braços abertos em sua direção.Ela o abraçou e ele a apertou.

—Ah minha pequena peste ruiva!Como senti saudades de suas pegadinhas contra os outros!- Justin Sean Granger afalou calmamente, fazendo Lena rir.

—São dois dias e meio aqui, acho que terá pegadinhas o suficiente.Inclusive no senhor.- a ruiva se afastou, dando um tapa carinhoso na enorme barriga do senhor.Ela sorriu para a senhora ao seu lado, que ria da cara meio emburrada do marido.- Você deve ser a vovó, a vovó legal.- a ruiva sorriu marota e logo recebeu um tapa na cabeça.Um tapa leve, mas um tapa.Foi sua própria avó que o fez, a olhando um tanto severa.

—Não seja malvada.- falou vovó Sarah e piscou para a ruiva.-Como vai ruivinha?Aproveitou bem a escola?- sorriu ela, apertando a neta em um abraço apertado e cheio de carinho.

—E como!- a bruxa mais velha riu, ao passo que Lena sorria meio amarelo.-Quantas detenções mesmo?- Hermione perguntou do sofá, com o pequeno filhote de Husky no colo. Todos olharam a ruiva.

—Nos últimos três meses foram umas 33 detenções, já antes disso, em Setembro, Outubro, Novembro e metade de Dezembro, 58.- a ruiva sorriu e viu seus familiares a encararem com muita surpresa.Hermione nem tanto assim.

—91 detenções?Em 6 meses e meio de aula?- A Sra Granger perguntou brava, colocando as mãos na cintura.- E a escola não avisa os pais não?- perguntou extremamente brava.

—Não quando os filhos interceptam as cartas.- Lena resmungou mordendo a boca por dentro levemente.Se possível, a Sra Granger ficou com mais raiva ainda.

—Tudo bem senhorita.Você tem lições a fazer?- perguntou seriamente.

—Tenho.- falou a ruiva meio desconfiada.

—Pois bem, suba e faça-as.E, sem celular e computador.Se quer escutar radio, pode escutar.Você não sairá daquele quarto até a segunda ordem.- A surpresa foi geral, e Helena ficou até mesmo um pouco assustada e surpresa.Ela até tentou pestanejar, mas o olhar de Hermione a fez fechar o bico e entregar o celular a mãe.Ela pegou seu malão de dentro da lareira e sua mala e subiu as escadas para o andar de cima.A festa para ela havia terminado naquele instante.

Andou pelo corredor e viu uma porta com os dizeres:

"Não Vale a pena mergulhar nos sonhos e se esquecer de viver"

—Mione.- resmungou baixinho, passando pela porta. Ao lado direito do quarto, havia outra porta com os dizeres:

" Sr e Sra Granger "

—Mamãe e Papai.- resmungou novamente e avançou a esquerda do quarto de Hermione.Havia outra porta, com os dizeres:

" Hospedes "

—Ave Maria!- exclamou frustada a avançou o corredor.Viu uma porta toda coberta de desenhos, feitos a mão com tinta e lápis de cor.Ela soube que aquele era seu quarto logo de cara.Aqueles eram seus desenhos, ela tinha certeza.Girou a maçaneta e entrou no quarto.

A primeira coisa que percebeu foram os desenhos.Milhares deles cobriam as quatro paredes pintadas de vermelho do quarto.Eram desenhos de diversos animais, de pessoas, de objetos e de lugares, todos eles possuindo ricos detalhes e traços delicados. Logo depois ela viu o mural de fotos.Havia fotos dela ali com Harry, Rony, os gêmeos.Enfim, com todos os seus amigos de Hogwarts.Havia fotos de família e fotos de quando era menor.

O sorriso lhe envadiu os lábios quando notou o tamanho da cama. Era uma cama de casal, com fronhas azuis escuras e com imagens de coruja na capa dos travesseiros, na capa do colchão, no lençol e no cobertor.Uma homenagem a Corvinal?, pensou enquanto deixava a mochila sobre a cama.Tocou o violão que estava sobre a cama e sorriu um pouco, observando o resto do quarto.

Ao lado da porta de entrada do quarta, havia a parede de frente para a cama.Havia uma prateleira com livros e uma TV ali, logo acima da escrivaninha de madeira.Nela havia várias folhas de sulfite, lápis de cor, tinta e alguns pincéis.Havia outros itens como seu computador, algo que parecia ser leve de ser carregado.

Ao lado da cama, havia um criado mudo com um abajur e uma caixinha de óculos.A ruiva se aproximou e abriu a caixa.Seus olhos se arregalaram levemente ao ver um óculos de graus bem altos e enormes.Ela observou rapidamente o mural e viu que usava aqueles óculos na maioria das fotos.Riu um pouco, pois com óculos ela se lembrava de Harry e James/Thiago.

Retirou as lentes de contato e as guardou em sua caixinha.Ficou cega por uns segundos, antes de colocar os óculos.O achou um tanto pesado, mas continuou com ele e observou o resto do quarto.Abriu a porta que tinha ao lado da cama e observou o closet.Era grande, mas não havia tantas roupas.Era mais caixas e quadros pintados.

—Que lugarzinho peculiar para guardar quadros em Helena.- resmungou uma voz masculina atrás da ruiva.Ela se virou, um tanto assustada e fitou os três meninos que estavam atrás de si, parados na porta.A ruiva os observou com cuidado.

O que estava no meio era o mais baixo, mas continuava sendo maior que Helena.Seus olhos eram azuis claros, com um brilho maldoso nele.Tentava parecer assustador.Ele não tinha músculos e nem era tão assustador assim.Até Neville é mais assustador que ele, ela riu baixo.Seus cabelos eram morenos, assim como o dos dois meninos e a maioria de sua família.Com certeza era um de seus primos, só não sabia qual.

O que estava na direita era uns 3 ou 4 centímetros mais alto que o do meio.Ele era muito magricela.Seus olhos eram azuis como o do menino do meio e Helena julgou os dois como serem irmãos, já que eram muito parecidos.

O da esquerda era o mais alto dos dois e provavelmente o mais velho, já que possuía uma fina camada de barba crescendo.Os olhos eram verdes claros e possuía um pouco de prazer enquanto mordia o lábio.Ele quem havia falado, isso estava na cara de idiota dele.

—Porque peculiar?- perguntou fingindo curiosidade, enquanto retirava os sapatos do pé e os jogava para debaixo da cama.

—Só um idiota guarda quadros dentro de um closet.- falou o menino da direita, soltando uma risadinha debochada.

—Ainda bem que eu que guardo, não você Vira-Pau.- falou a ruiva sorrindo tão debochada quanto o menino.Podia até aceitar ser chamada de idiota, só não garantia que seguraria a língua.Ela viu o Vira-Pau rosnar baixinho.

—Ora, cale a boca sua quatro olhos esquisita.- disse o Duende, o menino do meio.Pode ser mais alto que ela, mas Helena nunca perde um apelido.Ela arqueou uma sobrancelha, nada abalada com o apelido.

—O Anão de jardim, minha conversa com o Vira-Pau não chegou na sua toca ainda.Cala a boca aí!- falou um tanto brava.-E você!- ela olhou para o Vira-Pau.-Vai tomar um pouco de leitinho para ficar mais forte, vai!- a raiva inundou os olhos do Vira-Pau e do Duende, mas antes que um deles tomasse a frente, ou até mesmo o Armário, como Lena nomeou o terceiro garoto, uma linda mulher entrou no quarto segurando uma bandeja cheia de comida.

A mulher tinha um longo cabelo moreno, acompanhado de um brilhante sorriso e intensos olhos azuis, cheios de carinho e amor.O vestido que usava não fazia jus ao corpo fino e curvo da moça.

—Olá meninos, olá pequena!- ela colocou a bandeja sobre a escrivaninha e rapidamente arrumou os papeis e a bagunça que havia ali.Helena torceu o nariz, um tanto incomodada com a bagunça sendo arrumada.A moça se virou para ela.Sorriu mais ainda ao ver os óculos que usava.- Sou sua tia Elga, e esses são meus filhos.Alex, Drew e Garry.- Tia Elga os apontou um por um.Armário, Duende e Vira-Pau, pensou a ruiva abrindo um sorriso para a tia.A morena reconheceu o sorriso de quando Helena pensava em algo engraçado.

—Olá Tia Elga, como vai?E quem mandou o rango?- perguntou ainda sorrindo, e passando pelos três primos para abraçar a tia.

—Vou bem, gostou do tempo que passou na escola?- perguntou a mulher sorrindo, enquanto acariciava gentilmente a testa de Helena, que possuía uma cicatriz pequena.-Sua mãe mandou a comida, querida.Ela pode até estar decepcionada com você, mas nunca lhe deixaria com fome.- a moça sorriu e Helena suspirou, vendo de canto de olho que Duende, Vira-Pau e Armário saiam do quarto.

—Eu tenho um gênio difícil tia, não posso me segurar quando vejo uma boa oportunidade de fazer uma excelente pegadinha.- a ruiva sorriu mais, fazendo a tia rir.

—Apenas maneire um pouco nas pegadinhas.Você sabe que os problemas não são as detenções, foi a sua falta de bom senso.Não deveria ter interceptado as cartas de aviso, querida.- a mulher acariciou seus longos cabelos ruivos.Com Helena em silêncio, absorta em seus próprios pensamentos, Elga se levantou e beijou a testa da ruiva.- Se alimente e faça seus deveres, sua mãe conversara com você depois.- e ela saiu do quarto, fechando a porta logo em seguida.

HPHPHP

A ruiva ficou quieta por uns minutos antes de ir comer e fazer a lição de casa.Enquanto comia, escrevia as redações e exercícios que os professores passaram.Pesquisou em todos os livros que tinha sobre os temas mandados e quando o relógio marcou 21:30, ela terminou tudo.Durante todo esse tempo tentou não ligar para as risadas que ouvia lá debaixo, ela achava um tanto injusto a punição que recebera da mãe, mas não fez objeções, sabia que na história toda, ela era a errada.

Como sabia que a última porta que sobrara dentro do quarto pertencia ao banheiro, agarrou uma toalha de dentro do closet e entrou no mesmo.

—Ui!- exclamou sorrindo, vendo a banheira a sua frente.Rapidamente a encheu com água quente e bastante espuma.Afinal, ainda tinha 11 anos.Ainda era uma criança.E não perderia essa oportunidade por nada.

Brincou por 1 hora dentro da banheira, fazendo espuma e usando a magia, fazendo com que bonecos se formassem e encenassem uma luta entre si.A menina ria, realmente se divertindo.E quando a água estava bem fria, esvaziou a banheira e colocou o pijama, dormindo logo em seguida.

HPHPHP

—Eu te amo minha pequena, mesmo você me deixando cheia de cabelos brancos.- a Sra Granger sussurrou com doçura, sentada ao lado de Lena.Ela estava acordada assim que adentraram o quarto.Sorriu levemente com a fala da mãe e a sentiu dar um beijo em sua testa.A mulher se levantou e caminhou até a porta e quando estava quase a fechando, ouviu:

—Também te amo mamãe, mesmo você demonstrando sua autoridade em frente a família toda e me expulsando da festa.- a ruiva brincou um pouco, sussurrando.A Sra Granger sorriu e fechou a porta.Helena dormiu sem problemas.


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Notas finais do capítulo

ATÉ PESSOAS!



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