Helena voltou para Hogwarts antes dos meninos, já que sentia que precisava ver algo importante, que mudaria sua vida.Ela demorou cerca de 20 minutos para descer o morro novamente e quando chegou perto de Hogsmead, colocou a Capa sobre si mesma e andou pela estrada de Hogsmead.

Observou os vários alunos ainda ali e sorriu ao ver Vitor e os meninos de Durmstrang.Andou até lá e se pôs atrás de Andrey.

—Quero saber Vitor...- começou Connor com um sorriso malicioso.-Como vai nossa aposta?- perguntou debochado.Vitor sorriu malicioso e Helena tirou o sorriso do rosto, abaixando a varinha.Iria fazer uma pegadinha neles.

—A Granger ta caidinha em mim, embora queira ficar mais com o Potter e o Weasley.- ele riu debochado, cruzando as pernas e tomando um gole de sua cerveja Amanteigada.

—E a baixinha?- perguntou Damien rindo junto com os outros.

—Ela é complicado.Me vê como um irmão, nunca conseguiria beija-lá.- Vitor e os outros riram e Helena sentiu a raiva correr na sua corrente sanguínea.-Mas não se preocupe, ainda vou ganhar 300 galeões por beijar as duas Granger.- Vitor falou malicioso e Helena se afastou, e correu para dentro do castelo.

Subiu as escadas rapidamente, as pulando de dois em dois e parou apenas quando chegou na Torre de Astronomia antiga.Tirou a capa e gritou furiosa.

—Como ele pode?- gritou revoltada, chutando a parede com força.-Como eles puderam?- gritou e chorou, não acreditando que seus melhores amigos fizeram isso com ela e com Hermione.

—Granger?- uma voz conhecida a chamou e ela limpou o rosto rapidamente, se virando para Draco.Ele estava bonito de calça preta e uma camisa social com as mangas dobradas até o cotovelo.Merda, pensou a ruiva mordendo o lábio.Draco parecia preocupado enquanto a fitava.-Ouvi seu grito lá do jardim e vim aqui saber se você es...- Helena o interrompeu, se jogando contra ele.Os dois caíram no chão e Helena o beijou calmamente.

Draco retribuiu, a segurando pela cintura e pela nuca.Era um beijo calmo e doce, mas cheio de fogo.Eles queriam mais, mas Draco não permitiu, a afastou delicadamente e Helena o abraçou.Ele não retribuiu.

—Draco, eu amo você.Harry não é meu namorado, é meu irmão mais velho.- a ruiva sussurrou e Draco a afastou sem pensar duas vezes, a encarando abismado.Ele se sentou e Helena também.

—Irmão?- perguntou de boca aberta.Ela assentiu corando.Estava com vergonha de ter mentido para ele.-E porque mentiu?!- ele exclamou seriamente e com um pouco de frieza.Helena suspirou.

—Menti porque você é um Malfoy.- sussurrou e Draco a olhou sem entender.-Você tem preconceito contra nascidos-trouxa, contra mestiços, contra traidores de sangue e lobisomens.- falou a ruiva seriamente, o encarando nos olhos.Azuis confusos e Castanhos doloridos.-Você me odeia por completo, Draco.Eu sou uma nascida-trouxa, mesmo não tendo dois pais trouxas.Eu sou uma mestiça, porque tenho sangue bruxo e sangue trouxa correndo pelas minha veias.Eu sou uma traidora de sangue porque sou uma Baker e uma Potter.E sou uma lobisomen porque fui mordida quando sequestrada.- ela falava baixinho, mas confiante.Enquanto isso, Draco a olhava.Era um olhar que Helena não conseguia decifrar.-Eu sou a pessoa que vai contra todos os seus ideais, eu sou a pessoa que junta tudo que você mais odeia.- a ruiva sussurrou dolorida, ainda o olhando nos olhos.

Draco se levantou e saiu sem dizer nada, deixando uma Helena conformada para trás.Ela foi para a torre da Corvinal e pegou alguns itens de seu estoque de pegadinhas trouxas.Colocou na mala, a colocou nas costas e com a varinha e a capa de invisibilidade em mãos, partiu para o navio de Durmstrang.

Colocou a Capa sobre si e entrou no navio.Desceu as escadas que levavam para os quartos e entrou no de Vitor.Calmamente, abriu seu armário e sorriu ao ver um monte de roupa.Tirou o pacotinho de pó de mico da mala e o multiplicou, jogando três saquinhos sobre as roupas.E enfeitiçou as roupas para que ficassem rosas quando entrasse no Salão quando anoitecer.

Passou no quarto de todos os meninos que eram supostamente seus amigos e fez o mesmo com eles.Ao voltar para dentro de Hogwarts, trombou com um grupinho de Sonserinas que voltavam de Hogsmead.

—Sangue-Ruim!- lhe chamou Parkinson debochada e riu com as amigas.Lena se virou sorrindo e viu Parkinson rindo com Astória, Dafne Grengass, Emilia Bulstrode e Fabrizia Elis.Maya não ria e tinha a cara fechada.

—Buldogue!- exclamou sorrindo, mesmo vendo que Astoria ria dela.Parkinson e as outras fecharam a cara.A ruiva soltou uma risada debochada.-Que foi?Você gosta de falar, mas não gosta de ouvir?Achou que eu ia fazer o que?Abaixar a cabeça?- Helena riu novamente e voltou para a torre da Corvinal.

No domingo, ela foi visitar Potrus com Hagrid e ganhou um Pelúcio dele, pequena criaturas peludas e negras que gostam de coisas brilhantes e caras.Helena queria ficar um pouco longe da raiva dos meninos de Durmstrang, pelo que ela fez a eles.Eles tiveram sorte que os meninos não interferiram depois que Helena contou a eles sobre a aposta.

Segunda-Feira, durante o café da manhã, Helena comia o café da manhã junto com Cedrico, Mili e Eliane quando o correio chegou.Corujas vieram em direção a ela e despejaram milhões de cartas sobre seu colo.Helena bufou enquanto jogava as cartas no chão.

—Não vai ler?- perguntou Cedrico curioso, lançando um olhar confuso nas pelo menos 20 cartas no chão.

—Depois dessa enxurrada?- A ruiva riu, negando com a cabeça.-Vou comer primeiro.- falou e foi o que fez.Terminou de comer os ovos com bacon e depois bebeu o resto de seu suco de laranja.Pegou as cartas no chão e olhou uma a uma em direção ao Sol que entrava por umas das inúmeras janelas do Salão.

Três delas estavam cheias de líquido; Helena as queimou na hora.Outras 10 estavam escritas coisas do tipo: Você não merece esses meninos, sua mocréia ou Tomara que morra nesse Torneio ou Você não presta!;Helena as queimou também.Uma era de Gringotes e a outra da Sra Granger.

Abriu a de Gringotes primeiro, tomando cuidado para não sujar a carta enquanto comia um pedaço de bolo.

Cara Srta Granger,

Depois de finalmente visitar e analisar todas as propriedades pertencentes a família Wyler, vim comunicar que todos os reparos e manutenções foram feitos com sucesso e o Banco Gringotes já providenciou para que as transferências sejam feitas assim que os papéis forem assinados no dia 21 de Março as 10:45 da manhã, data estipulada pela própria senhoria.

Ass: Diretor Geral- Krampus.
Duende designado- Grampo.

Obrigado por fazer negócios conosco, Banco Gringotes.

Helena sorriu e pegou uma pena e um pergaminho de dentro da mala ao seu lado, enquanto Cedrico lia a carta de Gringotes.

Sr Grampo, Sr Diretor e compainha do Banco Gringotes,

Agradeço por todos os serviços prestados e minhas sinceras desculpas se os causei muito trabalho.Fico feliz que tudo tenha dado certo, isso só prova que vocês são extremamente meticulosos e competentes e eficiência é tudo!

Dia 21 as 10:45, estarei presente nas instalações do Banco Gringotes para assinar a transferência da herança dos Wyler para a família Weasley, parentes diretos dos Wyler.

Agradecida, Helena Evans Granger.

Helena fechou o pergaminho e o lacrou.Ela havia lembrado de algo importante depois de ler as outras cartas.Agarrou um segundo pergaminho e molhou a pena no tinteiro.

Caro Octus Bourbon,

Meu nome é Helena Evans Granger, e eu gostaria de contrata-lo como meu advogado.

Estarei em Londres do dia 10 ao dia 13, o Sr tem como se encontrar comigo em alguns desses dia em minha casa?

Agradecida, Helena Evans Granger.

A ruiva fechou o pergaminho e o lacrou, o colocando junto com a outra carta.Agarrou a carta da Sra Granger e a abriu calmamente.Viu uma letra bonita e delicada, parecida muito com a de Hermione.

Oi querida,

É a primeira vez que eu te escrevo depois do sequestro, por favor, não veja isso como algo negativo.Eu apenas não estava pronta, não tive coragem de escrever para você.

Como você sabe, ou Hermione lhe explicou, iremos fazer uma Social em casa, junto com todos os Granger e os Jean, para comemorar a sua volta e o casamento da Amélia com o Shawn.Você e Hermione viram no dia 10, sexta-feira, após as aulas.Venha pronta, sim?

Mamãe te ama e por favor, não brigue com suas primas quando vier e esqueça suas tias, que eu e seu pai damos um jeito.

Com amor, mamãe.

Helena suspirou e agarrou um terceiro pergaminho.

Olá, mamãe

Sei que ainda vive em sua memória a dor que sentiu quando fui levada.E tudo bem, eu também não teria coragem de escrever, já que teria o receio de minha filha não me ver como sua mãe.E tudo bem, é um medo reconhecível.

Não sei qual meu problema com as minhas primas e nem com as minhas tias, mas vou fazer meu melhor para não desaponta-lá.

Com amor, Helena.

           HPHPHPHP

Helena sonhava.Não era um sonho bom.

Os sussurros eram cada vez mais nítidos a medida que Helena se aproximava da porta.Ela estava novamente naquela casa, mas dessa vez, era com outra pessoa que o homem que falava a língua das cobras sussurrava.

—...Dia 12, sim!- ansiou o homem ofidioglota.-A menina estará longe de bruxos e seis dos meus homens a pegaram facilmente!- o homem riu gostosamente.

Helena se sentou rapidamente na cama, ofegando um pouco surpresa.Dougal, o pelúcio, subiu em seu colo e Helena o acariciou, sorrindo marota.

—Quem quer que seja, vai acabar chorando.- sorriu debochada.

Como não conseguiu mais dormir, foi arrumar sua mala para passar o fim de semana em casa.Abriu o malão e foi em direção ao armário.Pensou um pouco e pegou um vestido preto de alças, duas calças jeans e uma camisa de manga comprida e duas de manga curta.Separou a roupa com que iria, uma saia rodada azul , com sapatilhas pretas e uma camisa de manga cumprida branca e fechou o malão.

Abriu a mochila preta e colocou o caderno de desenho, o estojo e o Kit que ganhou dos gêmeos.Depois, abriu o fundo falso da gaveta do armário e puxou o estoque de bomba de bosta que tinha ali.Contou as bombas e colocou 15 dentro da mochila e o resto guardou no fundo falso.

Pegou Dougal, seu uniforme e foi para o banho se aprontar para as aulas.Dougal se divertiu na água enquanto Helena se ensaboava.Ele colocava a água na boca e a jogava para cima, para cair sobre ele.A ruiva não conseguia parar de rir.

Se secou com a toalha e colocou o uniforme rapidamente, já que estava frio.Fez com que vapor quente saísse de sua varinha e secou o cabelo ruivo.Quando terminou, decidiu fazer uma trança lateral meio soltinha.Catou a mala com o material e saiu do quarto, o trancando bem para Dougal não sair.

Ao chegar perto do Salão Principal, trombou com Draco, fazendo os dois caírem no chão.Helena bufou de raiva e se levantou do chão, nem olhando uma segunda vez para o Sonserino.Ela estava puta com ele, pois o vira beijando Astória terça-feira a noite.

—Idiota.- murmurou saindo de perto dele e correndo para entrar no recinto.Se sentou entre Harry e Lívia e se concentrou em comer.

As aulas que se seguiram pelo dia se resumiram a muita teoria e pouca prática.Como faltava cerca de dois mês e meio para os exames, os professores passavam a parte teórica das matérias ao invés da prática.

Helena tirou milhões de dúvidas com os professores e no final de cada aula, tinha ao menos de 10 cm de redação de cada matéria para explicar qualquer coisa que os professores mandassem.

Depois que saiu da aula de voo, a ruiva tomou um bom banho e se trocou, colocando a saia, a camisa e a sapatilha que separou de manhã.Deu comida a Felpudo, Nestlé, Pullman e Dougal e acariciou cada um, antes de pegar a mochila e o malão e sair do quarto.Desceu as escadas e viu Olívia, Matt, Luna e Giseli conversando no sofá.

—Já vai?- Olívia perguntou assim que a viu se aproximar.Ela assentiu e deu um beijo em seu bochecha, assim como fez com Matt, Luna e Giseli.

—Até segunda pessoas!- ela exclamou abrindo a porta que da para fora do Salão Comunal.

—Tchau Lena!- seus amigos se despediram e ela sorriu, saindo e fechando a porta.Andou entre os corredores sorrindo para alguns alunos e dando tchau a outros e quando virou o corredor no andar do escritório de Dumbledore, bateu com alguém, caindo sobre a pessoa.

Ao abrir os olhos, fitou os olhos azuis conhecidos abaixo de si e controlou o sorriso que iria escapar.

—Malfoy.- ela sussurrou baixinho e ele sorriu.

—Granger.- disse debochado.Ela resmungou alguma coisa e Draco puxou sua nuca para baixo, beijando-a.Helena não queria retribuir, mas retribuiu e retribuiu com gosto.

A língua de Draco invadiu sua boca rapidamente e a explorou com desespero.Helena sorriu um pouco antes de se afastar do loiro.Ela se levantou e agarrou o malão que havia caído na queda.

—Nossa relação acaba aqui, sinto muito doninha.- ela sorriu debochada antes de se mandar para a sala de Dumbledore.Logo na entrada havia os gêmeos, Harry, Rony, João, Sower, Thiago e Lívia junto com Hermione.-Oi!-a ruiva sorriu ao dar um beijo na bochecha de todos.

—Temos que ir, Lena.- avisou Hermione enquanto a ruiva sussurrava com os gêmeos.A menina abanou a mão e continuou a falar.Mione revirou os olhos e a pegou pela gola da camisa, a arrastando escada acima.

—Qual é, Mione!- a ruiva bufou.-Tchau gente!- a ruiva gritou escada abaixo.

—Tchau Foguinho!- todos gritaram de volta e a ruiva sorriu.As duas Granger bateram na porta e Lena finalmente percebeu como Mione estava vestida.Era um vestido longo e azul escuro de manga cumprida.Ela usava botas preta com um pouco de salto.A porta se abriu e Lena e Mione entraram na sala de Dumbledore.

As duas não se conterão em olhar novamente a sala de Dumbledore.A sala circular muito bem iluminada, com uma arquitetura que combinava perfeitamente com as paredes medievais, causavam arrepios nas duas Granger.Ambas tinham uma tara por arquitetura medieval desde que se entendiam por gente.

As varias prateleiras espalhadas pela sala estavam cheias de livros, tanto de magia quanto de livros trouxas.Helena já tivera o prazer de ler alguns daqueles livros, já que passa um grande tempo do dia na sala de Dumbledore.A menina conhecia aquela sala como ninguém.

Alguns dos quadros dos diretores antigos as fitaram.Pareciam curiosos e ficaram ainda mais ao verem as malas que carregavam.Eram malas pequenas, com apenas algumas roupas para passarem o fim de semana em casa.

Dumbledore estava sentado atrás de sua mesa, mexendo em uns papeis e falando com o Ministro da Magia Fudge, Ludo Bagman, uma mulher de roupas toda rosa e Percy Weasley, o irmão mais velho dos quatro Weasley's que estudam em Hogwarts no momento.Os cinco as fitaram quando entraram.

—Boa tarde.- Mione falou gentilmente, ainda parada no mesmo lugar.

—E ae.- Helena cumprimentou sem muita vontade.

—O que seria isso, Dumbledore?- a mulher de rosa falou docemente, tirando os olhos das meninas e os direcionando para o diretor.Helena fez uma careta, já que percebeu que a falsidade transbordava da mulher.Quando ia abrir a boca para falar algo um tanto mal educado, Dumbledore resolveu calar a menina com o olhar e falar de uma vez:

—As Srtas Granger irão passar o fim de semana em casa, uma vez que seus primos irão se casar.Usaram a rede de pó de Flú, é claro.- a mulher torceu o nariz, já que sabia que Dumbledore podia autorizar a saída de alunos, ao passo que Ludo Bagman sorria energeticamente para as meninas.Percy nada disse e o Ministro as fitou.

—A Srta acha prudente sair da escola antes da última tarefa?- perguntou Fudge um tanto bravo para Helena.A ruiva revirou os olhos.

—Mione, você primeiro e eu vou logo depois.- a ruiva ignorou o Ministro, enquanto se encaminhava até Dumbledore.Bateu na mão erguida dele e sorriu.

—Até depois Diretor.- Hermione sorriu para o diretor e os outros quatro que conversavam com ele.Pegou um punhado de pó de flú do saco anexado a lareira do escritório de Dumbledore e o jogou no chão ao mesmo tempo que falava em alto bom som:

—CASA DOS GRANGER!- as chamas verdes se elevaram gradativamente, produzindo um som de crepitação alto.Helena se afastou de Dumbledore e andou até o ninho de Fawkes e agora também de Pullman, que acabara de entrar pela janela.Acariciou a cabeça dos dois calmamente e entrou na lareira.

—Olhos de águia, hun.- a menina falou calmamente a Dumbledore, enquanto agarrava um punhado de pó de flú.O homem a encarou seriamente.A ruiva Firmou a mão no malão e jogou o pó de Flú no chão.-CASA DOS GRANGER!- as chamas verdes a envolveram em segundos e quando baixaram, Helena já não se encontrava mais ali.