Spotted Todai escrita por Aleksia Kyle


Capítulo 8
Capítulo 8.


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais, por favor! ♥ ^_^



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Eu estava completamente atordoada. Aquilo não podia ser verdade. Aquelas palavras não faziam sentido algum.

Quem era aquele Shikamaru?

Nunca o imaginem traindo Karin, ainda mais assim... dessa forma, na cara dura. Sem falar com quem! Que mundo paralelo é esse em que estou? Pois não consigo nem mesmo mensurar as probabilidades em que: Shikamaru é um traíra da pior espécie; conhece e possui um relacionamento com Temari No Sabaku, a filha do reitor da Todai e irmã do psicopata do Gaara, ao mesmo tempo que namora a Karin.

Alguém para o mundo, porque quero descer!

Meu ser estático foi confrontado por Nagato me sacudindo, com ar de: que porra é essa, Sakura?

E com toda a certeza do mundo o meu olhar perdido foi a resposta de que ele não precisava; um lindo e autêntico: não sei de nada dessa merda!

Lemos e relemos aquela mensagem infinitas vezes e o choque não passou em nenhuma delas, na verdade só aumentava junto com o desejo de moermos a cara do Shikamaru com nossos próprios punhos. Karin guarda diversos segredos dele, mas entendo todos os seus motivos e concordo de não socializá-los, seja para ele ou para qualquer outra pessoa que a cerque  , pois faço igual, porém... há algo de tão profundo na única Uzumaki turrona que conheço, que me faz ter mais ódio do que deveria neste exato momento olhando para o preguiçoso de uma figa. Sinto que se não fosse pela prima ter entrado no hall de entrada do apartamento, Nagato teria socado Shikamaru no mesmo momento em que ele abriu a porta.

O início do namoro do casal mais improvável do Universo, não foi as mil maravilhas como todos possam pensar. Ao contrário desse ser dorminhoco e totalmente despreocupado, Shikamaru teve que se desdobrar para conquistar definitivamente o coração quebrado de Karin. E isso é que é o mais louco de toda essa situação. Ele nunca soube dos motivos, exatamente, mas sabia o quão quebrada ela estava, pois ao longo desses anos ele a ajudou a colar cada um dos caquinhos que Karin era e agora isso? Lembro que quem o conheceu antes deles dois serem apresentados pelo Sai, estranhou o empenho e a dedicação para mover o céu e a terra para conquistá-la. E por isso digo: nada faz sentido!

— O que você faz com ela, Nagato? – o tom rancoroso que ela direcionou a mim foi pior do que se tivesse sido atingida por milhares de agulhas de costura.

— Porque precisamos conversar com vocês dois – o ouvi travado ao meu lado.

— Depois de tudo o que ela fez para você? E para a Tenten? Como você tem coragem?

Ok! Eu realmente precisava ouvir isso, mas não pensei que ia doer tanto!

— Acho melhor vocês dois entrarem. – Shikamaru retirando Karin da frente e assim desbloqueando a porta, para que pudéssemos passar.

— Pelo menos nisso você está certo, Nara!

— Por favor, Nagato! Calma! – cochichei enquanto entravamos.

— Impossível ter calma numa hora dessas, Sakura – respondeu baixo, para que apenas eu ouvisse.

— O que vocês querem? – curta e grossa, como sempre.

— Acho bom vocês dois se sentarem – falei enquanto via Nagato abrindo o computador que havíamos trazido.

— Para de enrolação, Sakura! Fala logo o que vieram fazer aqui – o tom impetuoso dela só deu munição para a raiva do Nagato aumentar.

— Isso querida, prima!

E a bomba foi lançada!

Shikamaru sempre foi muito branco, mas ele conseguiu superar até mesmo a tonalidade de palidez do Sai. As expressões faciais dele quase me fizeram sentir pena, porém no mesmo segundo direcionei meu olhar para Karin e vi cada um de seus pedaços sendo deslocados um a um, por uma mão invisível, mas que estava fazendo um estrago gigantesco. Ela não conseguia nem mesmo respirar, era nítido todo o sofrimento, toda a dor a preenchendo, juntamente com toda a certeza de que ela e Shikamaru teriam um final feliz indo para o espaço.

Aquilo não era certo. Eu não queria ser a pessoa responsável em trazer à tona toda essa sujeirada, mas era necessário. Pois sei que se eu estivesse no lugar dela e ela no meu era assim que ela agiria.

— Traz um copo de água para ela, Nagato.

Declarei com a voz embargada e ele de prontidão partiu para a cozinha ali próxima e não conseguiu visualizar com exatidão a hora em que o olhar dos dois se chocaram em incredulidade.

— Por que?

— Isso não é verdade, Karin! – se esse era o plano dele eu juro que o mataria em vez dela. – Sakura, por favor!

— Eu também quero entender, Shikamaru – o respondi atônita por ele ainda me perceber ali.

— Eu...

— Você o que, Shikamaru? Você não namorava comigo e com essa garota ao mesmo tempo? Você não transava comigo e ia foder com ela logo em seguida? Ou fodia com ela e depois comigo? Você não dizia “eu te amo” para mim e para ela? Você não dizia que queria casar comigo e depois para ela também?

Nagato só chegou novamente à sala quando Karin havia partido com socos para cima de Shikamaru, o pedi para me ajudar a retirá-la de cima dele, mas a sua única resposta foi “Melhor ser ela do que eu, porque te juro que o mato!

— Eu não namorei vocês duas ao mesmo tempo!

O berro que ele deu foi no mesmo instante em que consegui imobilizar o furacão ruivo e a abraçava por trás, impedindo que avançasse mais uma vez.

— Então, por que diabos ela mandaria essa mensagem? Por que ela inventou essa história?

— Vamos, Nara! Diz! Por qual motivo ela inventaria isso? – Nagato assistia tudo sem nem ao menos piscar, seus olhos estavam nublados de tal forma que conseguia visualizar tonalidades roxeadas neles.

— Dois dias antes da briga do Sai com o tal do Gaara, nós dois havíamos discutido, Karin. Você se lembra? – eu estava tentando não sentir pena, mas o olhar dele não estava ajudando em nada.

— O que o cu tem a ver com as calças, Shikamaru?!

Senti a confusão dos sentimentos da Karin vindo de dentro dela ao proferir o questionamento. Tudo dentro dela vibrou, o que me fez a apertar com mais força em meus braços a olhando temerosa para sua face retorcida de ódio. Ela nem de longe parecia a ruiva maluquinha de quem me tornei amiga, ela parecia uma raposa raivosa prestes a dá um bote em sua presa.

— Na noite em que brigamos eu fui com o Sai para o Akatsuki, bebi todas e mais algumas e acabei conhecendo-a e ficamos.

Não sei se o choque da declaração do Shikamaru foi pior estampado no rosto de Karin ou no meu. Akatsuki é um dos bares utilizados pela minha família para a lavagem de dinheiro, sempre ouvi pelos cantos da casa as conversas sobre como era lá, de como eu devia conhecê-lo, pois um dia ele seria meu. Nunca pus os meus pés lá. O quão mais longe eu estiver dos negócios da família, melhor será para a minha sanidade mental.

— Eu só a beijei, Karin! Juro!

— Você me traiu! – por muito pouco ela não conseguiu se soltar do meu abraço de urso.

— Eu sai de lá com o Sai, Karin! – o desespero dele era quase tocável. – Eu só dei um beijo nela no bar, e logo em seguida percebi a merda que eu estava fazendo e fui embora! Depois ela me encontrou na Todai e começou a me ameaçar.

— Não acredito em você!

De tanto se debater, não consegui aguentar a manter em meus braços e o voou ruivo foi certeiro para cima de Shikamaru. Os gritos dela de “Eu vou te matar”; “Como você teve coragem de fazer isso comigo?”; “Por que? Por que, Shikamaru?” eram respondidos pela fala mansa e descontrolada dele de “Me desculpa!”; “Eu fui um infantil!”; “Eu não sei o que eu tinha na cabeça”; “Você me odeia e eu mereço isso”; “Eu te amo!

Eu estava atônita diante do drama shakespeariano a minha frente. Nunca havia visto uma ira tão ferrenha em Karin daquela forma e nem mesmo um desejo por perdão tão genuíno no olhar do meu amigo. Não. Eu não acreditava 100% na versão dos fatos que ele havia narrado, mas pelo quadro clínico de psicopatia patológica do Gaara (que eu havia diagnosticado, no último período em Psiquiatria), não me surpreenderia de descobrir que Temari mentiu por ter se sentido usada por Shikamaru.

Em meio aos meus devaneios Nagato retirou Karin do apartamento, enquanto ela estava aos berros dizendo que mataria Shikamaru. Eu não sei como meu ex-namorado perturbado conseguiu se segurar tanto para não socar o mais novo sem noção de Tokyo, mas algo dentro de mim havia se compadecido dele ao longo de toda a discussão e agora só pensava em uma única coisa.

— Você lembra o dia exato em que ficou com ela, Shikamaru? – o questionei retirando meu olhar da porta em que Nagato e Karin haviam passado e direcionando para ele, que não parava de chorar no meio da sala.

— Sakura, por favor! Acredita em mim...

— Preciso saber a data exata que vocês ficaram, para que eu possa tentar acreditar em você – o cortei friamente, mesmo que por dentro eu quisesse passar a mão nos longos cabelos dele e dizer que tudo ia ficar bem, logo depois de ver como ele tremia em meio ao choro compulsivo.

— Por que?

— Apenas me dá a droga do dia, Shikamaru!

— A fatura do meu cartão, paguei a conta com o cartão – falou correndo em direção as correspondências jogadas em cima do balcão entre a sala e a cozinha. – Aqui! – me mostrando a fatura e marcando com os dedos o dia.

— Era tudo o que eu precisava saber – falei indo em direção a saída.

— Por favor, Sakura...

— Se você realmente estiver falando a verdade, ela vai te perdoar. Vai demorar, mas antes tarde do que nunca.

Ele sabia que eu falava a verdade. Karin é rancorosa, guarda magoas por longos períodos de tempo. Tanto é que estamos brigadas ainda, mas sei que ela vai me perdoar e voltaremos a ser inseparáveis como nunca. Mas antes que isso ocorra, preciso descobrir o que realmente aconteceu entre Shikamaru e Temari, porque ver os dois daquela forma me destruiu.

Karin e Shikamaru para mim sempre me pareceram o casal ideal. O relacionamento de ambos era o sonho de consumo meu e de Izumi, não consigo nem mesmo imaginar como seria os dois separados. E só havia uma única pessoa que poderia me ajudar a resolver a confusão que coloquei todos, ao criar a maldita página de Spotted Todai.

— Como ele teve a coragem de fazer isso comigo? Eu não sou boa o suficiente para ele? O que ela tem que eu não tenho?

Encontrei Nagato tentando coloca-la dentro do carro sem sucesso e: que merda estava passando na cabeça dela para dizer aquelas coisas?

— Não tem nada a ver com você, Karin! – fui me abaixando na altura em que ela estava meio dentro e meio fora do carro. – Ele ter ficado com ela, não diz nada sobre você e sim sobre ele. Pelo amor de Kami-sama, não fica se menosprezando por algo que ele fez de errado.

— Ele não podia ter me traído assim, Sakura! Eu sabia que ele estava estranho, mas...

— Calma, vamos descobrir a verdade de tudo – ela havia se jogado no meu colo e por pouco não havíamos caído no chão – Vai ficar tudo bem, Nagato vai te levar para casa e vai ficar com você até que a Tenten ou eu chegue, ok?

— Não! Não me abandona que nem ele, Sakura!

— Eu não vou te abandonar, só preciso resolver uma coisa antes de te encontrar.

Falei me soltando dela e a colocando, da melhor forma possível, direito dentro do carro. Quando fechei a porta apenas respirei fundo me virando e dando de cara com o olhar inquieto de Nagato, sobre o porquê de o deixar sozinho com ela.

— Akatsuki é da minha família – era tudo o que ele precisava saber.

— Ok! Qualquer coisa me grita que vou correndo.

— Obrigada!

O abracei e logo em seguida os esperei partir com o coração na mão, totalmente estilhaçado por ver meus amigos tão indefesos daquela forma. Eu precisava tomar uma atitude e enquanto me encaminhava para a estação de metrô próxima a casa do Shikamaru, enviei mensagens de texto para Izumi e Tenten avisando-as sobre o que havia acontecido e pedindo que elas encontrassem Nagato e Karin. Após as devidas notícias serem socializadas com minhas amigas, liguei para aquele que sempre me tirava dos piores apuros que poderia me envolver, e como sempre, no segundo toque fui atendida.

Senhorita? Aconteceu alguma coisa? — a voz solícita e ferina do outro lado atingiu meus tímpanos causando uma onda de calmaria na tempestade que me assolava.

— Onde você está, Danzou? – o questionei descendo as escadarias para acesso a plataforma do metrô

Na Akatsuki, menina.

— Ótimo! Chego em 30 minutos.

Desliguei sem esperar nenhum questionamento do mesmo, pois sabia que sua resposta mesmo que duvidosa e até mesmo curiosa seria apenas um simples “Ok”. E como pensei: meia hora depois eu entrava na rua que dava acesso a boate. Era de dia ainda, por isso não foi difícil atravessar toda a via até chegar na porta de letreiros agora apagados, mas que eu sabia serem de neons vermelhos em formato de uma nuvem flamejante.

Dois toques na porta e um segurança, que um dia foi da casa principal dos Haruno saiu e mesmo espantado por me ver ali me deu passagem sem ao menos me questionar, apenas com um simples acenar de cabeça e um “Boa tarde, senhorita!”. Mesmo sendo de dia a pouca luz se fez presente, meus olhos tiveram que se acostumar rápido e por alguma razão encontrei Danzou no meio do bar com mais algumas pessoas, que supus erroneamente serem seguranças.

— Danzou – chamei sua atenção chegando no último degrau da escada de acesso a parte baixa do bar.

— Senhorita Sakura?

Seus olhos incrédulos me disseram que não fui levada a sério durante a ligação.

— Avisei que viria – o respondi levantando minha sobrancelha direita e com um meio sorriso.

— Sim, apenas...

Não lembro o que Danzou me respondeu, pois minha atenção se voltou apenas para duas figuras que me olhavam em choque, mas não tanto quanto eu os olhava.

— O que diabos você está fazendo aqui, Itachi?

— Sakura, eu...

— Você não devia estar com... – não consegui completar meu raciocínio, pois algo no olhar de Itachi me gritava como um alerta bem grande e sonoro. – E você? Não é a parte inseparável do Naruto?

— Sou o Sasuke, Sakura, e não sou parte do Naruto.

— Não importa! O que vocês dois estão fazendo aqui?

Eu era o ser mais incrédulo da face da Terra. Estava pior do que quando vi a caixa de mensagem do Spotted Todai, e a revelação da perturbada da Temari.

— Vocês três se conhecem? – ouvir a voz de Danzou me lembrou o porquê de estar ali.

— Sim, mas isso não vem ao caso agora, preciso da sua ajuda Danzou – falei, levando toda a minha atenção para ele.

— O que quer que você tenha vindo pedir para o Danzou pode esperar, Sakura. Quero saber como você e os pequenos Uchiha se conhecem.

Essa voz! Era a única que eu não queria ouvir.

— Também estou muito curioso em saber como nossos filhos se conhecem, Kisahi.

Olhei para trás e vi além do meu “preciosíssimo” pai um outro senhor, que me fez olhar imediatamente para onde Itachi e Sasuke estavam. E um sonoro “Puta que pariu!” saiu da minha boca assim que várias peças se juntaram na minha cabeça.

Caixa de mensagens do Spotted Todai

Gente, surgiu uma dúvida aqui em relação à ménage. Se eu usar preservativo e alternar as penetrações entre as duas mulheres e uma delas tiver alguma DST, é possível “eu” transmitir DST para outra através da parte externa da camisinha?


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Notas finais do capítulo

Eita! Dois meses seguidos postando capítulo aqui, será se consigo continuar nessa frequência de postagens?
Não sei, mas vou tentar! rsrs

Sobre o capítulo: Eita confusão da desgrama!!! Mas olha... Sasuke apareceu!!! ♥
Será que foi para ficar agora? rsrsrs

Se vocês fossem a Karin, perdoariam o Shikamaru? E qual é a verdade por trás desse imbróglio todo? Namorou as duas ao mesmo tempo ou só ficou?

Sobre a mensagem do dia na caixa de mensagens do Spotted, que foi um oferecimento do Spotted UFOP: TROQUEM AS CAMISINHAS A CADA NOVA PENETRAÇÃO, PELO AMOR DE SANTO CRISTO!!!

Espero que tenham se divertido...
E até a próxima, galera!



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