Spotted Todai escrita por Aleksia Kyle


Capítulo 6
Capítulo 6.


Notas iniciais do capítulo

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Já faz um mês que não tenho notícia alguma da Karin. No dia seguinte a calourada fui acordada ao meio-dia por ela aos berros me chamando de louca. Não estava entendendo nada do que ela dizia, a minha ressaca estava muito grande. Perdi as contas de quantos copos entornei depois que ela saiu com o Shikamaru e a Tenten, mas depois de vários insultos, puxões de cabelo e socos proferidos por nós duas compreendi a revolta dela.

Eu tinha feito uma merda muito grande.

Até mesmo pior do que ela e o Sai fizeram ao publicarem aquele retrato e o poema. E o pior de tudo é que: eu não faço a mínima ideia de qual momento fiz isso.

Minhas últimas lembranças antes de acordar sendo agredida são as que estou sendo amparada por Naruto e o namorado que não é namorado dele. Ainda consigo sentir o gosto ácido misturado com cravo na boca, com toda a certeza acabei parando nos braços do Nagato, o que só se confirmou quando vi Sai puto como nunca tinha visto na vida logo depois que a Karin saiu do nosso dormitório soltando fogos pelas ventas.

Depois disso apenas um borrão e pequenos lapsos de um poke em minha testa, que sempre que lembro me causa comichão por todo o corpo. Não sei quem fez isso, mas consigo lembrar do perfume que ele emana claramente. E o que mais me assusta é que já senti aquele perfume, mas minha memória resolveu silência-la de uma forma estranha, como se o rosto dessa criatura representasse perigo.

Esse último mês foi assim... tentando entender em que momento de embriaguez cometi a sandice de publicar aquilo. Eu nem lembro de ter aberto o direct e muito menos publicado!

Tenten é outra que teve amnesia alcoólica. Sai, o único que voltou a falar comigo uma semana depois, disse que ela não sabe em qual momento escreveu aquilo e que ela não sabia onde diabos enfiar a cara.

Quando briguei com o Sai e a Karin por conta daquele famigerado Retrato Spotted, não foi por conta da mensagem, mas sim deles não terem falado nada comigo antes. Aquilo me causou sérios problemas em casa. Eu não sabia, mas Ino ficava fuçando a page dia e noite, um vício quase igual ao meu e bom, ela viu... Gaara viu... e eles estavam num almoço que envolvia as duas famílias e da qual eu não era convidada e mesmo se tivesse sido não iria.

Gaara aproveitou a oportunidade e mostrou à toda a família, como uma forma de se vingar depois da ameaça que fiz devido a briga com Sai. Aquele pulha havia feito de propósito.

Horas depois de o ter ameaçado ele teve a faca e o queijo na mão para se vingar e não perdeu a oportunidade para tal ato. Enquanto eu via atordoada o maldito retrato e todas as notificações de pessoas diferentes, me marcando na mesma porcaria, meu pai tinha uma sincope do outro lado da cidade.

Toda família é complicada, cada uma com a sua especificidade, porém ninguém consegue ganhar da Haruno. Poucos são aqueles que sabem o que realmente minha família faz, dos meus amigos nem mesmo Karin sabe. Ela não tem culpa de não saber, sempre a enganei, menti para todos, exceto para Nagato.

O único que sabia era ele e apenas por um acaso do senhor destino que adora me foder.

— Estou apresentável para os seus pais? – lembro daquele dia como se fosse hoje.

— Deixa de bobeira, Nagato. Está lindo como sempre. – eu ria achando divertido o quanto ele estava nervoso.

— São seus pais, Sakura! – as mãos dele estavam geladas de suor. – Finalmente estou indo conhecer eles e se não gostarem de mim? Se o seu pai perguntar o que eu faço nas horas vagas? Eu vou responder o que?

— Ora! A verdade! – eu estava ficando meio nervosa com o nervosismo dele.

— Que pratico dança no principal jardim da Todai? Tá maluca! Eles vão pensar...

— Ai! Deixa de coisa, Nagato! Meus pais possuem mente aberta! – eu tentando acalmar alguém é foda. – Não vão achar nada demais.

— São tão abertos, que você não tem uma única foto que seja com eles e seja onde for, no celular, Instagram, Facebook...

— Eles só são reservados, Nagato! E odeiam fotos!

 – Igual a você!

— Deixa de frescura, meus pais são uns amores e, é só...

— Quantas vezes vou ter que repetir, Danzou? Não os quero juntos! Aquele moleque não está à altura de minha filha. Já disse para dá um jeito nisso!

— Sakura não irá gostar se sumirmos com mais esse namorado dela...

— Ela não tem que gostar ou deixar de gostar de nada. Mate-o se for preciso.

— Papa...

Eu não sei quem mais estava aterrorizado naquela sala... eu, Nagato, Danzou ou minha mãe que tinham finalmente percebido que estávamos ali. Porém, havia uma única pessoa que não transpassava temor algum... o senhor Haruno. Sempre imponente. Com a tez mais límpida que já o vi em toda a minha vida.

Nagato não sabia o que dizer, ele estava atônico com toda aquela situação, nossas mãos entrelaçadas demonstrava o nervosismo e insegurança de um para o outro. Nenhum silaba saiu de nossos lábios, apenas ouvimos tudo o que eles falavam. Só tomei coragem para dizer algo quando meu pai começou a se retirar da sala.

— Hiroshi... ele...

— Morto.

Sempre desconfiei de que algo sério tivesse acontecido com meu ex-namorado, mas nunca imaginei que minha família havia o matado. Afinal, nunca cometei com ninguém sobre ele, mas era de se imaginar... que toda a família soubesse sobre ele. Não por Ino, pois ela nunca abriria a boca sobre, mas sim, porque nunca dei um passo sem ninguém estar a me vigiar.

Todos os seguranças que tomavam conta de mim haviam sido selecionados exclusivamente por Danzou, o braço direito dos Harunos. Ele me adorava, dizia que eu era a filha que ele nunca pode ter, mas dias antes de Hiroshi e toda a família dele sumir sem eu saber de nada havia Danzou havia adoecido e com isso um novo membro havia entrado em minha comitiva particular.

Nunca havia o visto antes, mas ele parecia idolatrar a família. Ainda lembro do sorriso de ave de rapina quando retornei da escola entristecida, depois de milhares de mensagens e ligações para Hiroshi e nenhuma com sucesso.

Eu não queria que a mesma coisa acontecesse com Nagato. Eu não desejava que ele tivesse um alvo nas costas apenas por namorar comigo... a filha da máfia. Foi pensando nisso e em meio à lágrimas derramadas aos borbotões, súplicas e promessas que terminei com Nagato.

Ainda lembro de como ele ficou devastado. Tentei de todas as formas evita-lo, mas era como se ele fizesse de propósito. Sempre nos esbarrávamos, fosse onde fosse. Os olhos pedintes dele sempre me apunhalava. Quase pirei por isso.

Quando as férias daquele semestre em fim chegaram parti para fora do país. Necessitava por minha vida nos trilhos novamente e aplacar a falta que ele fazia. Acabei me desconectando de tudo e todos. Karin, Izumi, Sai, Shikamaru, Ino estavam insanos com meu sumiço, mas Nagato compreendeu meus motivos. E com isso acabou silenciando o que sentia por mim.

Era necessário.

Agora, o pesadelo de minha família me atormenta novamente. Eu não sabia quem havia enviado o poema e muito menos me descrito para que Sai conseguisse fazer o retrato, mas... eu temia pela vida fosse quem o fosse.

Ninguém entendia os meus motivos, mas Nagato sim e por isso eu estava ali, chorando em seu colo.

— Calma, Sakura! Isso vai passar. Logo todos vão esquecer, outra coisa vai aparecer e será a nova sensação da vida deles. – fazendo cafuné em meus cabelos.

— Se fosse tão fácil assim ainda estaríamos juntos, Nagato. – o respondi em meio a fungadas incessantes.

— Só não estamos porque você não quis.

— Você fala como se fosse fácil. – levantei revoltada. – Ele ameaçou te matar. E nós dois sabemos que ele faria isso sem nem pensar. – o choro saia esmagado de ressentimentos.

— Podíamos ter fugido para fora do país.

— Ele nos caçaria, nos esquartejaria e daria nossos pedaços aos cachorros.

— Não seja exagerada. Já me basta Karin e Tenten na minha vida assim.

— Ah! Por que minha vida é tão complicada assim? Por que diabos minha mãe foi se casar justo com o troglodita do meu pai? – falei enfiando o rosto novamente em sua perna, sem parar o choro.

— Se eles não tivessem casado, você não teria nascido e não teríamos nos conhecido. – Nagato quando quer ser fofo é em triplo.

— Você precisa descobrir quem foi que mandou aquele Spotted, Nagato. Por favor, a vida dele corre perigo.

— Tudo bem, mas você vai ter que me prometer que vai acabar de uma vez por todas com aquela maldita página e... que vai fazer as pazes com a Karin.

— Prometo! – levantei num pulo indo pegar o notebook dele que estava na escrivaninha.

— Vai apagar agora? – gesticulando para que eu voltasse para a cama.

— Sem sombras de dúvidas. – sentei ao lado dele, já colocando a senha no Facebook.

Com toda a certeza do mundo eu iria apagar aquela maldita página. Essa merda apenas estava acabando com a minha vida. Não iria de forma alguma perder a oportunidade de deletar essa droga de uma vez por todas. Porém, eu não acreditava que tivéssemos tido aquele horror de solicitação de mensagem privada.

Até mesmo Nagato ficou curioso em saber o conteúdo delas, mas eu sabia que era só o ego de macho querendo ser inflado e nada mais. Ele queria saber se tinha algo para ele, o que não era surpresa alguma. Sempre tinha.

Convenhamos, há todo um fascínio em cima dos caras do Jardim das Sakura’s, principalmente em torno do líder deles... Nagato Uzumaki. Não foi surpresa alguma descobrir várias direcionadas a ele, a surpresa foi para uma única mensagem.

Um choque que nos deixou devastados e devastaria muitas outras pessoas que amamos, principalmente porque nunca imaginaríamos o que estava escrito ali.

Por Kami-sama! Quem era aquele Shikamaru que estava descrito naquela mensagem? Como foi que nunca percebi nada? Isso não pode ser verdade. Se for... Karin...

 

Temari No Sabaku

Gente, tem uma garota ruiva que cursa o quarto semestre de Medicina. Ela insiste em publicar fotos e status com um boy que, segundo ela, estão juntos há 2 anos. O mesmo boy está comigo há quase 3 anos! EU SÓ DESCOBRI AGORA!!! Pior que sou apaixonada pelo traste, e pelas postagens dela... ela também é. E agora? Digo a ele que sei tudo, converso com ela antes?!

 

É sempre bom saber a opinião dos universitários.

Borra meu nome!!!


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Notas finais do capítulo

O caso do spotted é real e oficial.

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