Spotted Todai escrita por Aleksia Kyle


Capítulo 5
Capítulo 5.


Notas iniciais do capítulo

Olá, galera!
Tudo bom?!
Espero que sim! Não vou falar muito aqui, porque acho que algumas pessoas podem se identificar com o capítulo de hoje ou não. ^_^
Capítulo hoje todo narrado pela deusa ruiva da Karin! ♥
Boa leitura! ♥



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Quando Sai terminou o desenho que haviam mandado para a page eu juro que fiquei tentada em não postar. Sabia que a Sakura iria querer me matar, pois conheço muito bem a amiga que tenho, porém... se não o fizesse tenho certeza que iriam desconfiar, pois até hoje demoramos, mas sempre postamos todos os Spotted’s que nos enviam.

Então por que não publicar só o que era pra ela? Sem falar que também fiquei assustada por quem mandou, aquilo estava estranho. Muito estranho. Já tinha algum tempo que havia percebido um ar meio insólito sempre que estávamos juntos, mas se declarar para a Sakura? Nossa! Isso é muita coisa para a minha pobre mente que ainda está tentando entender como e quando foi que ele se interessou por ela.

Sério, até um mês atrás os dois nem se conheciam! Para falar a verdade... eles nem se conhecem, porque se se falaram no mínimo umas seis vezes foi muito! Tenho que investigar isso direito, mas fica muito complicado com a Sakura querendo me matar a todo instante. Está praticamente insuportável ficar perto dela, cada patada que levo dói na alma, mas eu sabia que seria assim quando postei o bendito Spotted.

Sem falar que, para piorar ainda mais a situação, estou sentindo o Shikamaru meio arredio nos últimos tempos, ele diz que está tudo bem e obrigado, só que... eu conheço o meu namorado, sei que tem coisa muito séria por trás de todo o desinteresse que ele tem demonstrado. Ok! Shika nunca foi alguém muito ativo, mas... eu não sei! Ele está cada dia mais distante de mim e de todos, tem dias que nem mesmo atende ao celular, não nos encontra para almoçar ou fica conosco na biblioteca.

Hoje é dia da última calourada do período. Eu não sei o motivo de ter uma festa para os calouros quase no final do período, mas... eu espero que Shikamaru apareça e que possamos conversar, porque as coisas estão indo por direções que não quero nenhum pingo percorrer. E desejo também que a Sakura entorne todas e pare de fulerar com a minha cara e se atraque no pescoço do príncipe encantado gótico dela.

Porra! Essa imagem na minha cabeça não dá muito bem não, mas... argh!

— Sabe se a Tenten vai pra a calourada hoje, Sakura? – a questionei enquanto me esticava da cadeira na mesa que estávamos dividindo junto com a Izumi na biblioteca.

— A meia irmã é sua e não minha. – ela me respondeu sem nem mesmo tirar os olhos do livro de neurologia que lia para a prova que teríamos mais tarde.

— Valha! Só te perguntei porque a Izu te viu mais cedo com ela. Não precisa dessa grosseria toda. – falei recolhendo minhas coisas.

— Só encontrei com ela no banco e nada mais. – grossa!

— Também não precisa disso tudo, Sakura! – até Izumi não aguenta mais essa situação.

— Não precisa do que, Izumi?

— Ser grossa com a Karin dessa forma por conta de uma besteira daquelas.

— Besteira? Por favor, Izumi! Karin não tinha o direito de ter postado aquilo sem me consultar. – falou entredentes, mas mantendo o tom de voz baixo.

— E por um acaso você me consultou quando criou a página? – ai! Izumi também gosta!

— Situações completamente diferente...

— Diferente uma pinoia, Haruno! – falei alto chamando a atenção para nós sem querer e me sentando ao mesmo tempo constrangida. – Foi a mesma coisa! A única diferença foi que era mensagem de uma de nós para um cara e não que recebemos uma.

— A diferença que a Izumi não teve um desenho dela circulando pela internet, porque um doente mental se diz apaixonado por ela.

— Alguém pode me dizer onde está a Sakura que eu conheço?  Porque essa que está na minha frente eu juro que não sei quem é! – Izumi bradou brava, mas controlando o tom.

— Deve ter sido abduzida, porque nem eu reconheço!

— Vocês tão achando tudo isso engraçado, né?

— Não, Sakura! A gente tá é assustada com você! – falei furiosa.

— Não prestou nem atenção ao que você disse, garota! Que porra de sentença, foi essa? Caralho, Sakura! Você não é esse poço de amargor e fel e muito menos insensível!

— Tchau pra vocês!

Sakura saiu soltando fogos pelas ventas e deixando a mim e Izumi perplexas com o que víamos. Aquela não é a garota meiga e empática que conhecemos. Há algo acontecendo com ela, mas ela não se abre nem a força!

— Juro que não sei mais o que faço da vida, Izumi! – falei abaixando a cabeça na mesa. – Não sei se estudo, se me preocupo com uma Sakura louca que nunca vimos na vida ou com o Shikamaru. – sim, estou sem prumo algum no mundo.

— Ele ainda continua estranho? – senti a cadeira ao meu lado sendo arrastada por ela.

— Nem sei mais o que fazer de tão estranho que ele está. – cansaço era tudo o que eu conseguia transmitir na minha voz e fisionomia.

— Karin, o Shikamaru só está um pouco mais no mundo dele, eu sei que você vai conseguir trazer ele de volta ao nosso mundo. – ela afagou meus cabelos tentando me trazer conforto. – Lembra quando vocês se conheceram?

— Sim, o Sai nos apresentou... – falei levantando a cabeça para olha-la.

— Não estou falando sobre isso e sim de como ele era quando se conheceram. – Izumi sorriu brincalhona.

— Ele não fazia nada a não ser dormir! Tirava péssimas notas, mesmo tendo passado em primeiro lugar geral no vestibular e...

— E você o mudou!

— Não mudei ninguém, Izumi!

— Mudou sim! Não lembra o que o senhor Shikaku sempre fala quando vai pra casa deles? – questionou-me inclinando a cabeça para o lado direito enquanto arrumava os óculos de leitura.

— Senhora Yoshino...

— Exatamente! Você conseguiu trazer a luz de volta a vida daquele dorminhoco, ambulante, depois da morte da mãe. Vocês são até um pouco parecidas por sinal.

— Não sei, Izumi, eu não sei de mais nada, juro!

— Então faça o seguinte: faça aquela convocatória básica que só você sabe fazer, pra ele ir à calourada, e aí depois do que conversarem essa noite você decide o que é melhor.

O melhor a fazer... eu sei o que é melhor a fazer, mas não quero acreditar que realmente esteja acontecendo o que imagino. Eu amo o Shikamaru, mas... não vou aguentar o baque se todas as suposições que estou tendo, ao longo desses últimos meses, forem realmente verdades.

Porém sei que não quero viver dessa forma, sempre desconfiando e preocupada com ele o tempo inteiro. Shikamaru não é assim, não o cara com quem estou ao longo dos últimos anos e... não quero que ele decepcione o senhor Shikaku, não depois de tudo o que aconteceu. Izumi está certa, preciso decidir o que fazer depois de por todos os pingos nos i’s com ele. Dessa noite não vai passar!

As festas na universidade são estranhas. Não ao ponto de parecerem com aquelas que assistimos nos filmes americanos, mas isso também não quer dizer que são menos estranhas do que elas. São nelas que percebemos a diversidade gritante que existe em uma universidade, em algumas até há professores participando, bebendo, dançando com os alunos como se fossem um. Esses levam a sério o sentido de socializar.

Na maioria das vezes estou lá, bem no meio da galera me divertindo com gente que conheço apenas do corredor ou do banheiro, mas isso não importa e sim dançar e ser feliz em uma noite em que textos, resenhas, memorizações de alguma parte do cérebro humano estão esquecidas em um limbo praticamente impossível de ser salvo. Era isso o que eu deveria estar fazendo, só que aqui estou eu olhando para Shikamaru tentando entender o que está acontecendo, enquanto Sai e Sakura estão conversando animadamente ao nosso lado, na grama, junto com o casal maravilha que não largam mais do nosso pé, como se nem mesmo estivéssemos ali.

Dei todas as aberturas possíveis para que ele desabafasse, mas nada! Shikamaru está impassível e extremamente calado, mas o mais estranho é que em nenhum momento, desde que chegamos, ele reclamou de sono ou cansaço. Os olhos dele igualam-se ao de uma ave de rapina prestes a abater a pressa e isso faz com que eu o sinta escapar por meus dedos como se fosse água corrente.

— Karin, a Tenten está bêbada.

— ...

— Karin!

— Oi! – me assustei ao ouvir a voz dele enquanto me tocava.

— Tenten está bêbada.

Shikamaru apontou para o meio do anfiteatro aberto, onde as calouradas ocorrem, tomando minha atenção para a figura pequena e máscula de minha meia irmã, totalmente enlouquecida dançando com o telefone na mão, como se mandasse áudio para alguém.

— É melhor levarmos ela para casa. – ele me olhou já se levantando do gramado.

— Ok! – fazendo o mesmo movimento, mas com a ajuda dele para levantar. – Galera, estamos indo, Tenten resolveu dá o ar da graça e bebeu demais pelo visto. – comuniquei o pessoal enquanto apontava para trás.

— Quer ajuda, Ka? – Naruto às vezes é um anjo, mas isso é bem raramente, mesmo!

— Vou com o Shika, pode ficar. – falei me virando para Sakura. – Não volto para o dormitório, Sakura.

— ... – pra variar nada de resposta. Kami-sama, dai-me paciência!

— Vai lá para casa?

— Não. Vamos para a casa da Tenten. – falei o olhando seriamente.

— ... estou completamente apaixonada pelo senhor, professor... eu sei que não deve...

— Que merda você está fazendo, Tenten?

Caralho! Estou rodeada apenas de gente maluca! Não é possível!

Eu não acredito que a insana da Tenten fez o favor de mandar um áudio bêbada para o professor dela? Eu não sei o que está passando pela cabeça dela, mas tenho certeza que a ressaca que ela vai ter será gritante.

Eu só queria ter uma noite de conversa franca com o meu namorado, mas passei boa parte da madrugada cuidando da sem noção da minha meia irmã que resolveu entornar todas e mais algumas. A outra parte eu jurava que iriamos conseguir nos entender depois que conseguimos fazer ela dormir, mas... estou tentando em que momento saímos do quarto dela e começamos a nos atracar feito dois animais no cio.

 Sério! Em um segundo estava fechando a porta do quarto da Tenten e no outro já estava sendo imprensada na parede pelo Shikamaru, enquanto ele subia minha blusa e arrancava meu sutiã. Logo depois estava sendo jogada no sofá-cama que há na sala enquanto terminávamos de tirar nossas roupas, sem que os beijos cessassem, as únicas ocasiões que realmente paramos foram apenas para que ele pudesse colocar a camisinha e nas outras duas rodadas que ele teve que trocar.

Na noite passada não conversamos. Não colocamos nenhum pingo nos i’s com palavras, mas com ações, respirações entrecortadas, olhos revirados de prazer e batidas cardíacas aceleradas, como se estivéssemos no meio daquelas baterias das escolas de samba brasileira, que assistimos na TV. E mesmo assim tomei a minha decisão... nada me faria ficar sem o Shikamaru.

Mesmo que depois que acordamos e de inúmeras outras caricias trocadas com o Sol como testemunha do que sentimos um pelo outro, o mundo parecesse que estava desabando sobre a minha cabeça. Principalmente nos quesitos Spotted Todai e Tenten alcoolizada.

— Eu vou te matar, Tenten!

#0102

Tenho uma “amiga” que é perdidamente apaixonada pelo orientador, ela bebeu demais e mandou áudio se declarando.

Ela não conseguiu apagar o áudio, porque estava tão bêbada que só viu depois, já com ressaca que havia enviando mensagem para ele, sendo que ele já tinha ouvido o áudio e até agora nada dele responder.

E agora?


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Notas finais do capítulo

E ai quem mais se identificou com a Tenten? Ou com a Karin? Ou a Sakura? rsrs
Tantas possibilidades, né? rsrs
O que o Shikamaru teve? Era TPM?
E quem é o casal maravilha que a Karin falou? ^_^
E o admirador gótico? rsrs
Adoro questionários, já perceberam, né? kkkk

Próximo capítulo teremos a Sakura como narradora novamente e algumas coisinhas sendo respondidas.
Beijinhos e até a próxima! ♥



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