Filhos da Noite escrita por Rick Batista


Capítulo 7
A Alcateia


Notas iniciais do capítulo

Andy não parece ter dado sorte até agora. Atormentado por pesadelos, espancado por outro lobisomem, parado pela polícia e então sequestrado por um grupo mal-encarado. Será que as coisas vão mudar pra ele, ou tudo vai apenas piorar de vez?



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Em um pátio de escola, um menino de oito anos desviou do olhar da mãe. Com o uniforme sujo de lama e sangue, o rosto machucado e os punhos fechados, o pequeno Andy se preparava para ouvir o sermão. A mulher tinha cabelos de um loiro escuro e olhos claros — assim como os herdados pelo filho — e usava um conjunto social, com um salto alto que batia nervosamente no chão.

— Eu não acredito que você fez isso de novo, que vai ser expulso de outra escola! — Olhos cheios de raiva, pausa para fumar. — O que você tem nessa cabeça, moleque? Merda!?

— Eles que provocaram — respondeu ele. — Se alguém me provoca, eu bato mesmo! — Sorriso desafiador no rosto.

Um tapa fez o menino dar um passo para trás. Sua mãe tremia de raiva quando se aproximou, apertando o rosto dele com força, olhos com lágrimas e voz tremida.

— Quem tá provocando aqui é você! — gritou ela, sua voz ecoando pelos corredores da escola. — Será que não consegue ficar um dia sem arrumar problemas, seu merdinha!?

Ela largou o menino, que abaixou a cabeça para esconder as lágrimas que tentavam forçar saída, enquanto a mãe se recompunha e limpava o rosto.

— Foram duas escolas já, Andy, duas. Você não pode ser expulso dessa também. Tudo por insistir em mandar as crianças dos outros pra enfermaria. — Pausa para apagar o cigarro com a ponta do sapato. — Por sua causa vou ter outra conversa com o escroto do diretor.

Ela parou um instante e olhou para o menino, e com ar de culpa, disse:

— Me espera aqui fora como um bom menino, tá bem? — E foi na direção da professora de olhar recriminador, enquanto o garoto finalmente deixava as lágrimas saírem.

***

Andy voltou a si sentindo cheiro de carne assada, de mato e saliva. Quando abriu os olhos, percebeu estar deitado na relva, sentindo dor na nuca e enjoo. Já era noite, e havia um cão lambendo seu rosto, ao que ele se ergueu, sentando e enxotando o cão com os braços.

"Gatas acusadoras e cães lambedores... minha vida virou um zoológico", pensou. E logo riu, lembrando que ele mesmo era um bicho muito pior que qualquer animal de estimação.

A sua volta, um acampamento: barracas montadas, grelha acessa, a carcaça de um cervo, uma caminhonete e duas motos estacionadas. Cuidando do churrasco havia um homem enorme, gordo e imponente, com cabeleira e barba grossas e ruivas, além de muitos pelos no dorso descamisado. Próximo a ele, o careca cheio de piercings do bar, mal humorado e entornando vodca. Sentados em troncos tombados, haviam o tal Malcom, com um prato com a carne numa mão e uma cerveja na outra, além de uma mulher apoiada em seu peito, com cabelos curtos e mal tingidos de loiro, um cigarro na mão e fumaça saindo dos lábios. Ela usava um vestido largo que cobria uma barriga de grávida de vários meses.

Escorado em uma árvore, um garoto aproximadamente da idade do Andy cuidava do cabelo da bela negra que o rendeu no bar. O rapaz vestia uma calça justa, um colete com blusa branca por baixo e tinha uma franja caída sobre o rosto levemente maquiado. A jovem foi a primeira a notar que o estranho acordou, e fez um gesto para o amigo deixar o que estava fazendo.

Já de pé, Andy só enxergou escuridão e árvores em volta do acampamento, até que a garota fez um gesto que o convidou a se aproximar.

— Andy Valentine, dezesseis aninhos e sem grana, o que você faz por essas bandas, gatinho? — perguntou, jogando de volta para ele sua carteira e documentos.

Era a segunda vez em uma semana que alguém pegava sua carteira. Ele não estava gostando nada daquilo.

— Resolvi dar um rolê por ai. Agora me diz, o que você tem a ver com isso?

Ela riu da resposta e olhou para Malcom, que mastigava um naco de carne assada. O garoto da franja estendeu um prato da carne de cervo e uma garrafa de cerveja ao Andy, de forma amigável.

— Pra tirar o gosto ruim da baba de cachorro.

A resposta dele veio na forma de uma pesada no garoto, que caiu bruscamente no chão, derrubando tudo. A atitude enfureceu o careca, que se aproximou apontando uma arma para a cabeça do Andy.

— Melhor baixar a crista, babaca! Faz outra gracinha dessas que estouro teus miolos e ainda entrego a carcaça pra o Boris ali comer — E apontou para o ruivo, que deu um sorriso sinistro, lambendo os beiços. — Ou de repente, a matilha resolve usar essa tua carne podre como tapete.

Só então ele se deu conta da situação.

— "Matilha"? Então todos vocês são lobisomens também? — perguntou, mais assustado com a informação que com a ameaça.

Dessa vez todos riram, exceto o garoto caído, que voltou para perto da amiga, um tanto envergonhado. Malcom se ergueu, sua altura e músculos se fazendo notar, e fez um gesto para Jeff abaixar a arma, se aproximando do garoto que sequestrou.

— Essa é minha matilha, garotinho, e eu sou o macho alfa desse território — disse Malcom, ameaçadoramente. — Pelo jeito, você nem mesmo consegue farejar os da nossa espécie, não é isso?

Andy permaneceu calado, sem demonstrar qualquer sinal de estar impressionado. Malcom gargalhou, sua saliva voando na face de um garoto que sorria em desafio.

— O careca esquentadinho aqui é o Jeff, ele é bom com armas de fogo e outros esquemas. — Jeff guardou a arma, olhando ameaçadoramente para o garoto.

— O metido a cabeleireiro é o Rickon, bom com computadores e um verdadeiro piloto de fuga. Aliás, como ele gosta de tipinhos feito você, acho que vocês podem se dar muito bem. — Rickon enrubesceu, desviando o olhar.

— A Evelyn você já conheceu, a garota tem uma língua que faz milagres... — Um sorriso malicioso por parte de alguns do bando, frieza da parte da garota de vestido. Evelyn só mordeu o lábio, sorrindo. —... Engana até o próprio Diabo!

— O grandão lá embaixo se chama Boris, é forte como um touro, e gosta de matar com as próprias mãos a comida. De vez em quando, ele come até gente. — E o homem mastigava grosseiramente um pedaço de carne ainda crua.

Malcom foi na direção da grávida, colocou as mãos na barriga dela e, com um grande sorriso no rosto, continuou:

— E essa aqui é a Peg, minha garota e a vadia mais letal que você já conheceu. — Ela o beijou, sorridente. — E essa coisinha que ela carrega na barriga é o nosso garoto, o lobinho que vai liderar a matilha quando eu tiver velho ou morto.

O cachorro voltou a se aproximar de Andy, latindo para ele e querendo brincar.

— Você pode achar que dá conta de tudo sozinho, garoto, mas uma vez que se vira um lobo, tem que aprender a agir como um. Um lobo pode até ser alguma coisa sozinho, mas é em bando que ele é foda. A matilha cuida um do outro, de noite ou de dia, e quando agimos juntos, nada fica no nosso caminho.

Um sorriso de concordância passou pelo rosto do bando, com exceção do Jeff. Malcom colocou o braço no ombro do garoto, e o guiou, prosseguindo:

— Tô falando de proteção, cara. De não se preocupar com tiras, com outros lobos e nem com vampiros! — Foi necessária toda sua teimosia para disfarçar a surpresa ao ouvir falar de vampiros. Tudo bem que lobisomens existissem, mas "vampiros"? O que mais poderia existir, ele pensou. — Tô falando de dinheiro, cara. A matilha sempre descola serviços que garantem muita grana! Inclusive, temos um importante daqui a uns dias, que dependendo da tua resposta, pode te incluir.

Malcom apenas olhou para o bando, que instintivamente se pôs de pé.

— Vamos, amigos, vamos mostrar para o garoto nossas formas verdadeiras — disse ele, desafivelando o cinto e se despindo sem qualquer pudor. Logo seguido pelo bando.

— Q - que diabo deu em vocês!? — resmungou um Andy que virou o rosto de vergonha.

— Esconde a cara não, gatinho. Vai perder meu striptease — disse Evelyn, se despindo de forma provocante. Seu corpo cheio de curvas somado a sua sensualidade natural, atraindo a atenção involuntária do garoto.

E então começou o show de horrores! Cada uma daquelas pessoas passou pela transformação em licantropo, assumindo formas que de certo modo mantinham algumas semelhanças com sua forma humana. Boris virou um monstro grande e robusto, com pelugem alaranjada e presas que ficavam para fora da boca. Jeff se tornou um lobo marrom, de focinho pontudo e mantendo os piercings, agora rearranjados. Evelyn assumiu uma pelugem cinza, com um corpo menor e mais esguio que o dos machos. Peg tinha pelos negros, com porte semelhante ao da outra garota, com a diferença por conta da sútil barriga saliente. Quanto a Rickon, era o menor de todos do grupo, com pelugem castanha e mais cheia que o normal ali.

E então ele viu Malcom, seus pelos negros como a noite, olhos brancos, maior e mais ameaçador que qualquer outro que tinha visto. E isso incluía o Jimmy.

— Sua vez, Valentine, mostre sua verdadeira forma! — a voz do líder se tornou mais gutural e ameaçadora, arrepiando os pelos do garoto, que fingiu confiança.

Andy olhou para aquele bando de aberrações como ele, para seu líder, e sem afetar medo, respondeu:

— Não curto essa coisa de virar lobo. Não pedi por isso, e se dependesse de mim, nunca mais viraria de novo.

Os sorrisos sumiram das faces monstruosas. O bando apenas olhou para o líder, enquanto o garoto ainda humano se afastava sem virar as costas.

— Não comprei esse discurso de matilha não, desculpa ai. É que prefiro fazer as coisas do meu jeito, sem ter que abaixar cabeça ou cheirar o rabo de ninguém.

O que se seguiu aconteceu em um piscar de olhos. Um vulto se moveu, e logo uma dor terrível percorreu o peito do garoto quando garras afiadas como facas o cortaram! Antes que pusesse reagir, Andy caiu rumo a um despenhadeiro que ele nem sabia existir. Então foi tudo dor e vertigem, uma sucessão de imagens girando até seu corpo parar na metade da ladeira, sangrando não só pelas costas, como por outros vários lugares que machucou durante a queda. Uma costela quebrada e sangue na boca o fizeram se dar conta de que ainda estava vivo, mas em péssimo estado.

— Alguém não parece mais tão confiante agora, né? — Voz do Jeff, gargalhando e descendo lentamente a ladeira.

Naquele momento o garoto realmente ficou frustrado, cuspindo sangue. Andy esperava ao menos que tivesse sido o líder, o que era um sinal claro de que até os mais fracos daquele bando poderiam matá-lo. Ele tentou se levantar, sentiu a costela e percebeu que qualquer movimento errado resultaria em mais uns cinco metros de queda. Acima, não só o Jeff, podia ver a cabeça de cada um deles na escuridão, e um olhar de desprezo por parte do Malcom, algo que feriu profundamente seu orgulho. E raiva, Andy sentiu muita raiva!

— Última chance garoto, me mostre o que você é — falou o líder, olhos frios. — Ou morra.

Ele enfim se levantou, limpando o sangue da boca com as costas da mão, e olhando para o Malcom, sorrindo em desafio. Ao ver isso, Jeff desceu em frenesi assassino na direção do Andy. Diante da morte iminente, o garoto fechou os olhos e abriu os braços.

— Desgraçado! — Jeff gritou, puro ódio na voz monstruosa.

— Não! — gritou Malcom, parecendo lamentar a morte do garoto sem nem mesmo ver sua forma verdadeira.

Jeff saltou com as garras estendidas e a boca escancarada na direção do garoto, que já quase podia sentir os dentes destroçando seu pescoço humano!

***

Lua cheia, poucas noites atrás.

— Se concentra, Andy, lembre de quem você é! — gritou Jammes Duncan, em forma de licantropo e bastante ferido. — Pense no que é importante pra você, naquilo que te traz paz!

Andy caiu sobre ele, mesmo com uma coleira presa em correntes de aço no pescoço, e muito ferido, ainda era capaz de ameaçar seu treinador. O barman forçava a boca do garoto a permanecer fechada, fazendo questão de se arriscar ficando cara a cara com a fera, na esperança de trazer sanidade a ela. Mandy observava a tudo parecendo preocupada, já fazia mais de uma semana que o treinamento prosseguia noite após noite, e o garoto que não gostava de revelar nada sobre si não saia da fúria animalesca.

Andy acordava para ir a escola, ajudava no pub a tarde, e então voltava a noite, para continuar seu treinamento. Nunca revelava nada sobre si, nunca se abria, nem sobre o treinamento e nem sobre coisa alguma que sentisse. Agora, tanto ele quanto Jimmy estavam no limite, e todos pareciam temer o desfecho daquela história.

Por alguns instantes o lobo parou de atacar, seus olhos revelando um pouco mais de humanidade, focando nas palavras do lobo marrom e dizendo:

— Eu ser... Andy. — Jimmy o observava, soltando um suspiro de alívio. — Eu Sou Andy — ele repetiu, surpreso com as próprias palavras.

O lobisomem se aproximou do garoto com um sorriso na face monstruosa, parecendo satisfeito com o avanço. Infelizmente, ao ver o lobo marrom se aproximando, os instintos dominaram o adolescente novamente. E em um ataque rápido, Andy derrubou seu treinador, descendo com presas e garras selvagemente sobre o lobo ainda surpreso. Uma sucessão de golpes brutais espalharam sangue por todos os lados, em uma questão de instantes Jimmy seria morto!

— Não! — gritou Mandy, abraçando o lobo branco pelo pescoço, se colocando entre os dois de forma inconsequente. — Andy, não! Por favor... — ela suplicava, com lágrimas molhando a face. — Ele é minha única família.

Então o monstro parou, ofegante. De repente, ele reconheceu o cheiro dela, sua voz suave, sua necessidade de uma família. Reconheceu Jimmy e Mandy Duncan, reconheceu aquilo que ainda era importante para ele. A única coisa que poderia trazer alguma paz a sua raiva: família.

— Família... eu tenho uma família.

***

De volta ao passado, uma mãe chorava em um quarto de criança, abraçando seu filho rebelde com todo carinho, enquanto repetia olhando nos olhos dele:

— Me perdoa, Andy. Perdoa a mamãe, eu não devia ter dado aquele tapa em você — disse ela, dando beijos nas bochechas dele. — Se tem algum culpado aqui sou eu, acho que é tudo falta de um pai, de uma família de verdade não é mesmo? Não foi por isso que você bateu nos outros meninos, porque hoje foi comemoração para os pais e eles foram com os papais e você não?

O pequeno Andy, já de banho tomado e curativos nos machucados da briga, finalmente deixou a mãe ver as lágrimas que voltavam a jorrar. E ao ver os braços dela abertos, a abraçou com força.

— Eu tenho uma família de verdade mãe. Você é minha família, a única que eu preciso.

***

De volta ao tempo presente.

Um grito de dor cortou a noite fria. Não do Andy, mas do Jeff.

Com olhos arregalados, o licantropo se deu conta de mãos fortes segurando sua cabeça, impedindo a boca de se fechar sobre um pescoço agora muito mais grosso e musculoso do que era à um segundo atrás. Para a surpresa de todos, Andy se transformou em um instante! Músculos sobre-humanos rasgando roupas e calçados, pêlo branco contrastando com a escura noite, olhos vermelhos cor de sangue, transmitindo toda a fúria que guardava dentro de si.

E na ponta do despenhadeiro, um bando de licantropos testemunhou surpreso a reviravolta da luta.

— O pelo dele, os olhos... nunca vi nada assim — falou uma Evelyn que pareceu surpresa.

Andy jogou o inimigo no chão com violência! Urrando de modo assustador, desferiu uma chuva de golpes sobre um alvo que não teve qualquer possibilidade de reagir. A matilha assistiu ao sangue de seu membro molhando a grama, seus ganidos de dor deixando todos sem reação, enquanto garras e presas transformavam seu mundo em sangue.

Andy enfim cessou os ataques, largando o corpo ainda com vida do lobisomem despenhadeiro abaixo. E sob o olhar dos outros, subiu o caminho de volta, presas a mostra, pronto para enfrentar todos eles se fosse necessário. As garotas e Rickon recuaram instintivamente, enquanto Boris começou a andar em sua direção, repentinamente detido pelo líder.

— Não, ele já provou o que tinha que provar — disse Malcom. — Agora, mais do que nunca, quero você na matilha, garoto!

Todos olharam para Andy, que passou direto pelo bando enquanto suas feridas começavam a se curar. Ele assumiu novamente a forma humana, e olhando para os trapos rasgados em seu corpo, para o acampamento e para Malcom, disse:

— Eu disse não. Não curto grupos, não curto virar lobo. O que não quer dizer que não posso virar de novo pra enfrentar vocês — falou, confiante. — Eu vou embora, e é pra nunca mais.

O silêncio imperou no acampamento, até Malcom soltar sua gargalhada, voltando a forma humana. Ao que foi seguido pelos outros.

— Se quer tanto assim bancar o lobo solitário, não vou ficar no seu caminho. — E puxou Peg para junto de si, a beijou e disse para os outros. — Rickon, arruma umas roupas inteiras para o garoto e procura a carteira dele que caiu por ai. Cuidem do Jeff, e expliquem isso pra ele quando acordar: não quero ninguém perturbando Andy Valentine a partir de hoje.

Pouco depois, Andy vestia roupas do Rickon, as menos apertadas que encontrou. O garoto o observava a distância, se aproximando no fim para entregar a carteira, dizendo:

— Você fica muito bonito quando está como lobo.

Andy ficou irritado e vermelho, e ignorando o comentário, pegou a carteira e saiu de perto. No caminho se deparou com a Evelyn, já vestida e o olhando, debochada.

— Você é fortinho, lobão. Pena ser muito pirralho, senão até que eu te dava uns pegas.

Andy passou esbarrando nela, depois parou e respondeu, com um sorriso convencido:

— Desculpa ai, mas não gosto de comer resto dos outros.

Pouco depois, Andy foi deixado nos limites da cidade. Quem o levou foi o Malcom, na garupa da própria moto. Ele preferia ir sozinho, mas sabia que poderia passar a noite toda vagando perdido pela floresta antes de achar o caminho de volta.

— Uma pena não ter se juntado ao bando. Temos alguns trabalhos grandes pela frente, coisa que daria grana pra um homem fazer a vida — reclamou o motoqueiro, sentado em sua moto e diante de um Andy com roupas de couro apertadas.

— Não volto atrás no que eu falo — Andy afirmou, virando as costas para o homem mais perigoso que já conheceu. — Até nunca mais.

O som da moto acelerando cortou a noite fria da cidade, deixando Andy com seus pensamentos, com frio, roupas estranhas e sem dinheiro. Mas ainda assim, confiante.  


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo: dois vampiros, dois caçadores, um jantar e um jogo perigoso.



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