A Herdeira Stark - Livro I escrita por Jojs


Capítulo 15
Projetos de Quarto Grau




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Lila estava no laboratório, ela ficou olhando o avanços com a armadura enquanto ouvia a conversa do pai e Obadiah Stane no monitor das câmeras da sala, ela via Pepper no monitor também, arqueava a sobrancelha com as olhadas da ruiva principalmente para o seu pai, não tinha como não notar a sensação de proteção que ela tinha com ele, isso era bom, Pepper era uma pessoa legal e saberia cuidar de Tony quando Lila estivesse longe, não que Happy não pudesse fazer isso, mas a secretária teria um cuidado especial e Lila gostava disso.

A figura de Tony tirou Lila de seus devaneios enquanto ela se ajeitava na cadeira, ele entrava de novo em seu laboratório um pouco agitado, a conversa não tinha sido nada boa, ela olhava para ele ainda encarando o protótipo da armadura, ele estava aéreo e silencioso, ela concordava com ele sob as armas, mas ainda estava tensa e vacilante sobre o futuro das Industrias Stark perante aquela decisão que ele tinha tomado, por um lado ela sabia que era certo, por outro ela tinha muito medo com o que poderia vir.

— Ele não entende o seu lado. — Ela quebrou o silêncio e ele olhou a filha por alguns instantes. — Você é o dono da companhia, ele não pode tomar as decisões sem você, não é?

— Infelizmente ele pode. — Tony suspirou se aproximando da filha. — Ele tem o conselho ao lado dele, o que eu não tenho.

— Mas ainda somos donos da maior parte das ações. — Ela ponderou com a cabeça e Tony concordou. — É o nosso nome que está nas armas, se tiver que fazer algo, faça, você pode.

— Queria ver as coisas assim. — Ele beijou a testa dela. — Mas você tem razão, é o nosso nome nas armas, se eu quero um futuro pra você tenho que concertar as coisas.

— O que me preocupa é o presente, não o futuro, pai. — Ele ia se afastando quando ela segurou suas mãos. — Não haverá futuro se o nosso presente continuar a ser esse.

— Vamos continuar a cuidar da armadura, depois conversamos sobre isso, okay? — Ela piscou pra ela e Lila apenas concordou com a cabeça.

Os dois continuaram a mexer com a armadura, Lila não entendia muita coisa, mas tomava nota de quase tudo que o seu pai dizia e Tony gostava de mexer na sua nova invenção quando estava na presença dela, queria que a garota aprendesse tudo. Os avanços eram visíveis e até Pepper notava isso, Happy estava feliz ao vê-los juntos, mas um pouco preocupado com o fato de que Tony tinha envolvido a filha em tudo isso, ele tinha inimigos no mundo, não seria tão prudente a envolver tanto nisso, mas lá estavam os dois juntos novamente no laboratório.

— Está pronto para os testes iniciais com a Mark II? — Lila tinha um tablete nas mãos.

— Claro. — Tony sorria já dentro da armadura. — JARVIS verifique o espaço aéreo.

— Sr. Stark tem testes a serem feitos. — JARVIS alertou o patrão.

— Ele tem razão, pai. — Lila estava com a preocupação estampada na face. — Temos muitos testes para fazer.

— As vezes precisamos correr antes de andar. — Tony tinha um sorriso confiante no rosto. — JARVIS o espaço aéreo e Lila ...

— Não conte nada a Pepper? — Lila chutou colocando o tablete sobre a bancada.

— Também! — Tony balançou a cabeça de forma negativa. — Mas ajude o JARVIS nos controles aqui de baixo por favor.

Lila estava fazendo aquilo contra a sua vontade, ela tinha deixado bem claro quando resmungava com JARVIS, o robô fez o que o patrão havia pedido, já a vem Stark sentou-se a frente da tela do computador e colocou os fones no ouvido para falar com o pai, Lila encaixou os seus óculos no rosto, acessório que estava ficando cada vez mais presente na sua vida, já que suas vistas estavam se cansando cada vez mais, seu pai sempre dizia para ela não ficar tanto no laboratório.

Lila permanecia calada ouvindo o pai pelos fones de ouvido falando com Jarvis, Tony sabia que o silêncio fazia parte da desaprovação para com aquilo, ele sabia também que só havia uma forma de fazê-la falar, era a tirando do sério, então Tony decidiu quebrar o recorde de altura e isso fez sua filha arregalar os olhos, mas se manteve calada, ela sabia que aquilo era pura teimosia dele, Tony chamou por Lila algumas vezes até que a última saiu cortada no meio.

— Pai? — Ele nada respondeu. — PAI, VOCÊ ESTÁ AÍ?

— Srta. Stark perdemos o contato com seu pai. — A voz robótica de Jarvis se fez presente.

— Continue tentando! — Lila vociferou olhando a dela do computador. — Ele não pode só cair do céu naquela armadura.

— Lila? Jarvis? — A voz de Tony chamava. — Vocês estão aí?

— Pai? Pai como você está? — Ela olhava o monitor tentando entender o que se passava na tela. — Fala que você está bem.

— Eu consegui, estou voltando pra casa. — Tony tinha um sorriso no rosto que Lila não poderia ver. — Eu sou um máximo!

Lila jogou os fones de ouvido na tela do computador bufando, ao ver dela o pai tinha sido infantil e completamente idiota, mal tinha voltado para casa a poucas semanas e já estava se arriscando dessa forma, ela não conseguia assimilar como ele conseguia ser tão desprendido de responsabilidades. Ela já levantava para sair quando ouviu o estrondo do teto se rompendo e Tony jogado sobre o que antes era um de seus belíssimos carros, ele tinha rompido o teto de pelo menos dois andares da residência levando em conta o peso da armadura.

— O que você tem na cabeça? — Lila ainda ocupava a cadeira de antes, mas agora virada pra Tony. — Já não basta quase ter morrido naquele sequestro?

— Isso é ciência, você não entende, mas estamos revolucionando o mundo. — Tony falava enquanto tirava a parte da frente da armadura do rosto. — Jarvis me ajude aqui.

— Eu entendo pai, entendo sim. — Ela se ajeitou na cadeira. — Tanto entendo que estou pensando em aceitar o convite do Nick para me juntar ao time de jovens cientistas da SHIELD.

— Você o que? — Tony era colocado de pé com a ajuda de Jarvis. — Com a autorização de quem? Eu sou seu responsável legal e não permiti, você não tem idade e nem conhecimento suficiente para isso, jovens cientistas? Por favor, você vai aprender bem mais comigo ou indo para faculdade, não te quero com a SHIELD, foi o Phil que colocou isso na sua cabeça?

— Não foi o tio Phil e ...

— Primeiro de tudo, o Coulson não é o seu tio. — Ele a corrigiu. — Segundo, vai pro seu quarto, terminamos por aqui.

— Ele é o meu padrinho, minha mãe quis assim. — Ela se levantou batendo pé e indo rumo a porta. — A mãe que você esconde de mim, que talvez tenha me amado mais e me apoiaria a seguir o que eu quero.

Tony ficou ali divagando sobre como era difícil criar uma filha e ainda mais uma adolescente, não importava o quanto ela crescia, ainda não conseguia compreender Lizandra totalmente para sua infelicidade. Ele ficava em casa e depois do seu retorno era tratado com muita cautela por Obadiah Stane, não que Lila achasse exagero, em partes ela até concordava com o executivo, Tony precisava mesmo de um pouco de descanso, de calma, mesmo que ele discordasse.

O laboratório estava quieto enquanto Tony Stark limpava algumas peças e percebia que aquela noite acontecia uma festa em seu nome, mas nem ele, nem Lila estavam lá, como dar uma festa em nome dos Stark e não ter nenhum deles presente? Era quase uma ofensa, ainda mais por todos saberem que Starks fazem festas como ninguém. Ele queria ir, mas não queria fazer isso sozinho, sabia que também seria um ponto para entrar de novo em um momento de paz com a sua filha, depois da conversa nada amistosa dos dois alguns antes do laboratório eles mal tinham trocado palavras nas refeições do dia a dia ou quando se viam.

— Bandeira da paz. — Tony balançava um lenço na frente da porta do quarto dela. — Cansei desse gelo nessa casa.

— Que bom, que bom. — Ela sorriu largando a caneta que usava para fazer algumas anotações. — Já estavam ficando chato.

— Eu sei que você poderia continuar com isso para sempre, maldita teimosia. — Ele revirou os olhos arrancando um sorriso dela. — Então ... Vim te fazer um convite.

— Deixa eu adivinhar. — Ela encostou a caneta que escrevia no queixo. — Você quer ir a festa que está rolando em nosso nome, mas que você nem sabia, acertei?

— Você realmente tem algum poder mental que eu ainda não descobri. — Tony estreitou os olhos a encarando. — Em todo caso, vista qualquer coisa, vamos ser breves.

— Pepper deixou um vestido pra mim. — Lila voltou a olhar para seu caderno, mas apontava para o guarda roupa. — É pai, ela pensa em tudo.

Os Stark cortavam as ruas com o seu carro conversível, Tony e Lila cantavam músicas de rock antigo juntos enquanto o som alto de suas vozes era a única coisa que deixava as ruas vazias terem algum barulho. Na festa Tony e Lila não eram esperadas e as pessoas olhavam para a dupla que deveria ter ficado em casa, de longe Obadiah balançava a cabeça de forma negativa, Tony deveria descansar e aquela maldita garota deveria estar em casa sendo antissocial como quase sempre era.

Tony driblou os jornalistas e se encaminhou até o bar, Lila vinha ao encalço do pai e na sua mente ainda se lembrava das coisas que aconteceram na Suíça quase 10 anos antes, vez que Tony a deixou sozinha e ela passou a virada do ano com Happy, ele tinha mudado bastante desde então. O Stark mais velho fora abordado por alguém enquanto Lila se pendurava no balcão tentando pedir alguma coisa decente para beber, um suco talvez.

— Você não tem laranja? — Ela torcia os lábios. — Mas a herdeira Stark quer suco de laranja!

— Desde quando você fala com esse nível de arrogância? — A voz masculina chamou a atenção de Lila. — Pensei que tivesse te criado bem, mas o Tony te estragou.

— Tio Phil. — Lila riu pulando de cima do balcão para olhar em volta. — Onde está meu pai? Ele te ignorou enquanto falava de algo chato, não é?

— Bom ...

— Aí está você! — A voz de Happy cortou Phil antes que ele pudesse dizer algo a Lila. — Temia que Tony tivesse te largado em casa, mas temia mais ainda que ele tivesse trago você, oh! Sr. Coulson.

— Sr. Hoogan. — Phil sorriu de lado. — Tenho que ir, você tem meu número, Lila, me ligue mais vezes. — Ele se aproximou dela a acolhendo em um abraço.

Lila olhou por onde Phil tinha ido por algum momento e depois voltou a atenção para Happy que a encava, o garçom tinha providenciado o suco de laranja que ela tanto queria e isso deixou Lila feliz. Happy e a jovem Stark ficaram observando Tony conversando e dançando com Pepper, os dois estavam vidrados em silêncio até que o segurança ouvira o barulho dela tentando sugar o suco de um copo vazio e ela devolvendo para o balcão.

— Você e ele fizeram as pazes? — Happy ainda olhava para Lila.

— Não. — Lila suspirou. — Resolvi dar um acordo de paz a ele, estava muito chato não mexendo mais com ... Bom, você sabe.

— Eu ainda sou contra o que ele está fazendo, mas foi uma forma legal de unir vocês. — Happy olhava para Tony conversando com Pepper. — Ele tenta ser um bom pai, mas as vezes ele não tem razão, como essa coisa da SHIELD.

— Acha mesmo que eu deveria aceitar? — Lila encarava o segurança, até mesmo ela estava incerta da decisão. — Ele me acha nova demais.

— Você sempre foi mais inteligente que as garotas da sua idade. — Happy tocou a testa dela com o indicador. — Até mesmo para repelir meninos.

— Ah! Connor. — Ela mudou de semblante na hora. — Você não acha que os dois formam um belo casal?

— Não muda de assunto. — Happy olhava na direção de Pepper e Tony que agora dançavam juntos. — Mas você tem razão, porém seu pai não merece a Srta. Potts.

— Infelizmente Happy meu caro... — Lila prendeu o ar. — Você tem a total razão, me leva pra casa?

— Claro querida, vamos. — Ele completou balançando as chaves a frente do rosto dela.

Os dias passaram na casa dos Stark, Lila e Tony tinham seus momentos juntos, mas na maior parte do tempo eles estavam ligados nas suas tarefas particulares, os Stark eram pessoas ocupadas, mesmo que não quisessem ser, isso acabava deixando pai e  filha sem se verem por dias. Lila tinha feito as provas finais, porém, ainda tinha algumas provas a fazer antes do baile de formatura dali um tempo, ela não conversava com Connor como antes, o lance do beijo tinha afastado os dois, ela nunca tinha se aproximado tanto assim do amigo, mesmo que admitisse que um beijinho entre eles não fosse algo tão ruim.

Lila também se dedicava ao convite que Nick Fury tinha lhe feito, os dois conversavam bastante, mesmo que fosse ainda pelas costas de seu pai, o caolho via nela um potencial e mesmo que soubesse que ela é menor de idade, Nick tinha a certeza que quando Tony visse o que Lila poderia fazer ele mudaria de ideia, além de que ela faria 17 anos no tardar de pouco mais de 6 meses, estava cada vez mais independente e poderia fazer as próprias escolhas, por isso ele tinha chamado ela para aquela conversa em um cemitério.

— Eu ainda estou tentando entender esse lugar. — Ela olhava as poucas pessoas que estavam tão distantes que ela não via seus rostos. — Deixa eu adivinhar, coisas de espião, eu vou ser espiã também?

— Não, você não vai ser. — Ele sorriu. — Minha proposta é sob integrar o time de jovens cientistas da SHIELD, queremos trabalhar com mentes juvenis e geniais, estamos até em contato com um pessoal da África, mas não vem ao caso agora, eu sei que você é menor de idade, a maioria deles já chegou aos 20 anos, mas vejo muito potencial em você.

— Só tem um problema né? — Ela pendeu a cabeça pro lado. — Anthony Stark, ele nunca autorizaria.

— Você pode estar sob a tutela da sua tia Angelica, soube que ela voltou pra cidade.

— Eu preciso conversar com ela, minha guarda ainda é do meu pai. — Lila torcia os lábios. — Não posso me ausentar tanto assim sem que ele desconfie, preciso de uma boa desculpa, agora por exemplo ele saiu com o Happy e eu disse a Srta. Potts que eu fui tomar um café com algumas amigas da academia.

— Fale sobre a faculdade, ele parece ansioso com isso. — Nick sugeriu.

— Okay, será isso. — Um sorriso brotara nos lábios da Stark enquanto ela apertava a mão de Nick. — Considere sua proposta aceita!

Tony gostava do empenho dela sobre a faculdade, ela até mesmo tinha pedido algumas coisas a ele nos últimos dias, mas Lila não conseguia se decidir pra onde ir, ele também não pressionava, se ela não quisesse ir de uma vez para a faculdade sabia que ela tinha coisa melhor para fazer, era jovem, um ano a frente dos jovens da sua idade, tirando o fato de que ela não falava mais sobre SHIELD ou Nick Fury, Tony sabia que ela tinha ficado com raiva e ainda guardava um pouco de rancor, mas o obedecia e ele se sentia orgulhoso por isso.

Ela tinha saído aquela tarde, depois de semanas afastada do filho do prefeito, Connor, era bom escutar dela que estava se reaproximando de um amigo para todas as horas, por mais que ele soubesse quais eram as reais intenções do garoto com Lila, uma parte de Tony não se importava. O Stark passou pela frente do quarto a filha, a porta sempre aberta estava fechada o que o deixou desconfiado, o tempo lá fora estava fechado, não custaria nada que ele verificasse as janelas, como assim fez.

O cômodo sempre bem arrumado tinha algumas gavetas do criado mudo aberto e as portas do guarda roupa também abertas, Tony fechou todas e ainda fechou as portas da sacada, quando sentou sobre a cama percebeu que havia algo sobre as cobertas que cobriam a cama, ao puxar a pasta que estava por baixo daquilo ele passou a ver o que não queria, pois uma logo da SHIELD estava estampado na pasta e assim que ela passava as páginas percebia que sua filha tinha mentido para si, algo que ele pediu que ela não fizesse e ela tinha feito. Tony ainda ficou sentado por lá esperando que ela chegasse, mesmo que aquilo demorasse algumas horas, atitude que deu-lhe tempo para ler todo o conteúdo da pasta com um grande cuidado.

— Pai? — O sorriso no rosto dela se desmanchou ao vê-lo ali com a pasta nas mãos. — O que faz aqui?

— Eu vim fechar as janelas do seu quarto e estava fechando as portas e gavetas que você largou abertas. — Ele bateu a pasta nas mãos. — Então eu encontrei isso.

— Porque você estava mexendo nas minhas coisas, pai? — Ela ainda olhava confusa para a pasta na mão dele.

— Você me prometeu que iria ficar longe disso e mentiu pra mim. — Ele se levantou a encarando. — Eu quero te dar um voto de confiança, mas tudo que você me dá é motivos pra desconfiar.

— Eu iria te contar, mas não precisava fuxicar nas minhas coisas. — Ela estava visivelmente ofendida. — Eu confio em você, poderia fazer o mesmo por mim.

— Eu faço, mas te dei uma ordem e você não me obedece. — Ele jogou a pasta sobre a cama. — Não te proíbo das coisas pois eu gosto, mas por ser perigoso! Eu não quero te privar de nada, mas não tenho outra chance, você vai ter um segurança no seu pé o dia inteiro a partir de amanhã.

— Você não vai fazer isso! — Ela falava entre os dentes. — Você não tem moral para dizer nada sobre mentir, nem sobre a minha mãe você fala.

— MAS EU TENHO AUTORIDADE POIS EU SOU SEU PAI! — A voz dele aumentou e a fez arregalar os olhos, Tony percebera naquela hora que tinha exagerado. — O que estou fazendo é te proteger.

O silêncio pairou entre eles, os olhos castanhos de Lila estavam brilhosos por causa das lágrimas que surgiam, Tony queria abraça-la e ter em seus braços a filha, mas ele sabia que não poderia passar a mão em sua cabeça, Lila tinha errado, tinha lhe desafiado e ele não poderia permitir isso, já que ela mentira pra ele, contara uma versão e seguira outra, se permitisse que ela continuasse assim não sabia onde isso poderia chegar, mas tinha certeza que não seria tão bom.

Ele ultrapassou a porta a deixando sozinha, o Stark bateu tão forte a porta do seu quarto quanto entrou que as janelas tremeram, ele olhava a foto do pai que estava sobre a escrivaninha, uma foto que era idêntica a que tinha na pasta dela, ele tinha medo sobre onde a filha estava indo, ela era jovem e poderia ser perigoso pra ela, toda a história de Samantha era algo que ele preferia a poupar de saber, não queria que Lila sofresse ou fosse levada pelo ódio.

— Ai pai, como é difícil. — Ele deitou sobre a cama se virando de lado para ver a foto de Howard, ele só queria que ela se movesse e o pai lhe desse uma dica de como fazer aquilo ser um pouco mais fácil. — Eu só estou fazendo o melhor pra ela, Lila não pode saber da verdade, ela vai sofrer demais, mas ela não entende que ela é meu legado e eu não quero que ela se perca.

O silêncio pairou por alguns instantes. — Como é difícil ser pai.


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