— Você é a noiva mais linda que já maquiei! Parece um anjo... minha tela perfeita! Ah seu noivo bonitão vai ficar babando quando te ver assim Ana! – Josh fala para mim enquanto me observa pelo espelho a nossa frente que é rodeado de lâmpadas. Estou sentada em uma penteadeira muito linda, cercada de produtos de beleza de todo tipo para cabelo e maquiagem. Ele é um maquiador famoso das estrelas de hollywood e Mia fez questão de contrata-lo para maquiar a mim, Grace e ela mesma. Sorrio ao me encarar, realmente ele trabalhou muito bem, fez uma pele natural, nenhum pouco carregada, meus olhos estão super destacados com umas sombras misturadas entre tons claros e um pouco de esfumado em marrom e preto (ele que me ensinou a falar esse tal esfumado), um blush rosado e para completar um batom pêssego. Amei, tenho que confessar que gostei de me ver bonita assim.

— Obrigada Josh, você é o melhor! – Digo sorrindo para ele, que aplaude e sorri. Passa a mão para ajeitar seu topete platinado e me puxa pela mão para que me levante.

— Ladys venham ver a noiva! – Depois de ir para o meio da suíte ele grita para que Mia e Grace entrem, ele já havia as maquiado e elas foram se trocar para me aguardar na sala da suíte. Ambas surgem com a mais nova abrindo a porta em um lindo vestido longo azul royal leve e fluido com um pouco de renda na parte de cima e um decote em v nas costas, está com os cabelos presos em um penteado que deixou seu rosto ainda mais lindo. Minha futura sogra está linda em um vestido longo nude meio rosado, fechado na parte de cima com um broche em flor de brilhantes, tem mangas curtas e é fluido como o da filha, os cabelos loiros estão presos em penteado que remete aos anos 50 por causa do volume atrás, está super elegante. Elas abrem um sorriso iluminado e gigantesco ao me verem, claro que minha futura cunhada tinha que dar um gritinho e bater palminhas se não, não seria ela mesma.

— Você está deslumbrante Ana! Ai meu Deus! Esse penteado meio preso meio solto ficou lindo com o véu. Deixou seu rosto a mostra e ao mesmo tempo seu cabelo lindo caindo em cascata! E essa make está fabulosa, seus olhos parecem safiras! – Mia não parava de tagarelar e eu só consigo sorrir com sua felicidade.

— Você está lindíssima minha querida! Hora de colocar o vestido. – Grace fala segurando a minha mão como que me apoiando, suas palavras são um carinho para mim.

— Então eu vou esperar lá na sala, quero ver a obra de arte completa. – Josh pisca para mim e sai do quarto. Então minhas companheiras me ajudam a colocar o vestido, o fecham e me viram para o enorme espelho comprido fixado na parede ao lado da cama. Não posso acreditar no que vejo, estou vestida de noiva! De noiva! Eu nunca tinha pensado que isso fosse acontecer e chegou, é o grande dia, aqui estou eu faltando alguns minutos para a cerimônia do meu casamento. Está um dia lindo lá fora e a cerimônia ficou marcada para as dezesseis horas. Estamos em uma mansão histórica, é como um castelo ou palácio, a cerimônia e a festa serão nos jardins na parte de trás que é enorme e tem vista para a praia, só que ficamos no alto de um morro. Na frente da propriedade tem um lago com uma fonte, é realmente um lugar encantador. Toda a estrutura da mansão é clássica, cheia de lustres. Eu e as damas ficamos no primeiro andar para nos arrumarmos e os homens no segundo. No térreo está ocorrendo à recepção dos convidados para depois serem levados à tenda da cerimônia. Não vejo Christian desde a noite do jantar de noivado, o que me gera alivio e ao mesmo tempo nervoso. Pois não sei como será nosso encontro depois de oito dias, ainda mais logo no dia D. Estou muito preocupada com o que esse casamento me reserva, tenho medo de querer que ele me toque, porque cada vez que o vejo sinto algo dentro de mim que me aperta o peito, um nó na garganta, uma raiva que queima meus olhos, um misto de ansiedade e falta de ar. Eu só quero ajudar mamãe e Bob, estabilizar minha vida e acabar de algum modo com essa farsa. Olho atentamente para minha imagem no espelho e vejo o sonho de tantas mulheres concretizado em minha forma no momento, mas não sei o que sinto a não ser uma ansiedade e uma angústia que começam a apertar o meu peito, então lágrimas começam a brilhar em meus olhos.

— Não Ana, não chora! Não queremos borrar essa make diva! – Mia me tira de meus devaneios.

— Querida casamentos nos causam muita emoção mesmo, mas procure se tranquilizar está bem? Estaremos aqui com você até a sua entrada para o altar. – Grace me diz afagando meu rosto. Sorrio para as duas e as abraço. Nunca pensei encontrar duas pessoas como elas na família de meus inimigos, achar quem cuidasse de mim. Elas foram tão incríveis ao longo desses dias, me apoiaram em todas as decisões, me divertiram e me acolheram como da família verdadeiramente. Não posso esquecer-me de Kirkin que não nos largou nenhum minuto e hoje depois de me ver de manhã cedo e me falar lindas palavras na hora do almoço seguiu para continuar cuidando dos detalhes gerais do evento. Todas as revistas e sites estão noticiando o que é tido como o casamento da década. Quando chegamos hoje aqui já estava cheio de paparazzis, a sorte é que o carro tinha vidros escuros e os portões barraram a entrada dos inconvenientes além de um exercito de seguranças é claro. Conduzimos-nos para a sala da suíte que é enorme assim como qualquer cômodo desse lugar.

— Uma princesa, uma diva, um escândalo! Está linda Ana! – Josh quase explode enquanto fala.

— Ai meu Deus! Que visão do paraíso, minha querida você está um sonho. – Kirkin fala com toda a sua doçura entrando no cômodo.

— Ah gente, vocês estão me deixando sem graça. Obrigada pelos elogios, mas já está bom! Vocês são todos maravilhosos e eu nunca vou me esquecer de todo esse carinho e cuidado. Obrigada de verdade! – Agradeço verdadeiramente emocionada, nunca tinha sido tão bem tratada e cuidada antes. Todos me olham com os olhos cheios de lágrimas e um por um me abraçam.

— Você merece meu anjo. Continuaremos nos vendo até o final da festa. – Kir me fala enquanto me abraça.

— Tchau mon amour, amei ser sua fada madrinha neste dia especial! Espero seu chamado para que eu faça suas makes sempre quando for aos eventos badalados com o seu gatão! – Josh comunica depois de me abraçar e todos rimos.

— Ta bom. – Mal sei do que ele está falando, se Christian tiver eventos para ir nem sei se vai querer minha companhia. Logo os dois que me cumprimentaram saem do ressinto.

— Agora um momento muito importante querida. – Grace se aproxima de mim com uma caixa grande de veludo azul escuro nas mãos, a abre e vejo um colar estonteantemente caro com umas pedrinhas azuis todas ligadas umas as outras em um formato de folhinhas, fico paralisada. – Esse presente é do seu noivo, é o seu algo novo e também azul. – Ela me dá o cartão

“ Com certeza seus olhos de oceano irão se destacar ainda mais

com essa joia que ostentará a sua beleza aos olhos dos nossos convidados.”

Christian Grey Éllenis

Não posso acreditar nas palavras dele. Mas senhor Astolfo já tinha dito que eu seria uma noiva troféu então não tenho porque me decepcionar. Amasso o cartão rapidamente depois de coloca-lo de volta no envelope em que estava. E Mia e Grace me encaram.

— É algo bem intimo, então é melhor eu jogar fora para ninguém acabar lendo. – Digo sem graça para as duas que acabam dando de ombros. Então a minha futura sogra coloca o colar em mim.

— Esse é seu algo emprestado. – Mia me mostra um par de brincos pequenos são brilhantes ou diamantes, não sei a diferença.

— Obrigada Mia, são lindos! – Nos abraçamos depois de coloca-los.

— E esse é seu algo velho. Foi da minha bisa, depois da minha mãe e agora será seu. – Grace me mostra um grampo de cabelo, mas na verdade é uma joia, tem algumas perolas e uns brilhantes. Fico emocionada por ela me considerar da família a esse ponto. A mesma prende em meu cabelo na parte de trás do penteado, acho que combinou perfeitamente.

— Obrigada Grace de coração. – Nos olhamos com os olhos brilhando por lagrimas. Então batem a porta.

— Pode entrar. – Mia fala fungando um pouco. É Taylor.

— Senhoritas e senhora, a noiva é aguardada. Todos já entraram na tenda da cerimônia, Kirkin pediu para avisa-las.

— Por favor diga para Elliot nos aguardar no saguão Taylor, a cerimônia começará em mais 15 minutos. – Minha futura cunhada orienta-o.

— Certo senhorita Éllenis, avisarei a todos para estarem prontos. Está muito bonita senhorita Kaligarys. – Taylor em sua ultima frase olha para mim com seriedade, mas posso ver admiração.

— Obrigada Taylor. – Ele acena com a cabeça e sai. Sempre é sério e extremamente compenetrado em seu trabalho, mas ao longo desses dias acabamos nos vendo mais algumas vezes e ele é sempre simpático comigo.

— Vamos, chegou o momento! – Mia me comunica e as duas me ajudam a sair da suíte segurando meu véu e o buquê que é todo de orquídeas brancas e de cor rosa de tons diferentes, não é redondo, é levemente mais comprido. Aliás essas são as flores tema do casamento orquídeas brancas e em alguns tons de rosa, assim segue a linha de toda a decoração das duas tendas. Uma onde será realizada a cerimônia que está lotada de flores e parece um mundo de fadas de tão encantador, mas ao mesmo tempo é suntuoso como condiz com a magnitude do evento. A outra tenda é ainda maior que a primeira, pois além das mesas para os convidados tem uma pista de dança enorme com as iniciais minha e de Christian entrelaçadas no chão. Confesso que achei desnecessário esse detalhe, mas pelo casamento ser de nós dois tem nossas iniciais grudadas e gravadas em tudo que é coisa. A tenda da recepção ficou mais clean do que a da cerimônia tem um pouco menos de flores para que possamos ver melhor o espaço. As mesas estão todas cobertas com toalhas brancas assim como as cadeiras almofadadas são brancas também, as primeiras são todas redondas menos a da família que é retangular e fica de frente para todas as outras em um canto. Nela sentaremos todos os membros da família Grey Éllenis e Kaligarys, no caso eu e meu avô. Como estou sentindo falta de mamãe esses dias, hoje então queria tanto tê-la comigo. Só consegui falar com ela um dia desde que cheguei aqui, expliquei todos os acontecimentos e ela só me desejou boa sorte, eu entendo ela estar meio distante e fria, deve ser preocupação com a saúde de Bob.

A decoração ficou realmente impecável Kirkin foi me atualizando sobre todos os detalhes ao longo do dia, me mandando fotos pelo tablet de Grace, pude ver como cada espaço ficou majestoso e delicado. Talvez tenha um pouco para o agrado de Christian e um pouco para o meu, já que sua irmã conhece bem seus gostos. Enquanto penso chegamos às escadas e acabo me deparando com uma sessão de fotos, tenho que fazer poses tanto sozinha quanto com minhas damas de companhia, depois da sessão sou levada para uma salinha que fica anterior a saída do casarão, onde terei que aguardar a entrada do noivo na cerimônia. Recebo mais abraços de minha futura sogra e de minha futura cunhada que vão para suas entradas com seus respectivos pares Carrick e Elliot, o segundo casal são nossos padrinhos. Elas me dizem lindas palavras e restamos eu e Kirkin. Alguns poucos minutos depois o mesmo me leva para o fundo da residência onde uma porta está fechada e sei que depois dela já irei dar de cara com a entrada da tenda da cerimônia. Começo a sentir um nervosismo se apossar de mim, minhas mãos ficam geladas, talvez seja a hora d’eu sair correndo, o que estou fazendo aqui?! Eu não posso fazer isso, eu não posso ficar ligada a um homem que me odeia, que eu odeio, em uma relação mentirosa, em uma farsa, eu não posso fazer isso... eu não...eu não posso...Meus olhos estão vidrados olhando para a porta e minhas mãos apertam o cabo do buquê, minha respiração está completamente acelerada e minha pulsação creio que dê para ouvi-la de longe.

— Querida você está parecendo tão nervosa... Olhe para mim, tente se acalmar, isso olhe para os meus olhos. Respire fundo, pense em quais motivos estão fazendo você se casar, eleve seus pensamentos para as coisas boas no seu interior. – Kir alisa meus braços enquanto me diz às palavras que precisava ouvir, com toda sua doçura. Eu sei que ele deve ter pensado em meu amor por Christian e todas essas coisas que levam a um casamento, mas com suas palavras me lembrei do real motivo que me fez estar aqui, todas as coisas que passei para ter coragem de vir atrás de senhor Astolfo. Tudo que tive que enfrentar até hoje, então sei que esse casamento é a solução e de alguma forma também será a chave para minha liberdade depois.

— Obrigada Kir! Estou pronta. – Digo com firmeza o olhando. Logo ele me ajeita mais um pouco, sorri amplamente para mim e fala no ponto em seu colarinho.

— Noiva pronta para entrada. - Nesse momento as portas se abrem, a marcha nupcial me anuncia e todos estão de pé. Nossa festa tem duzentos convidados, isso porque foi feito as pressas e os grandões desse casamento só puderam convidar as pessoas principais. O véu cobre meu rosto mas posso ver tudo, dou apenas dois passos olhando mais adiante a magnitude desse lugar espetacular. Mas então olho para frente e me deparo com a visão mais surpreendente que poderia ter. Um Christian lindamente vestido em um terno preto, camisa branca e gravata borboleta preta, seus cabelos estão bem penteados e sua barba por fazer o deixa ainda mais sensual, ela já está mais grossa desde que nos conhecemos. Seus olhos estão cravados em mim como se pudesse penetrar a minha alma, sua postura é séria e rígida, mas seus lábios estão curvados em um leve sorriso. Quando vou andar mais uma vez senhor Astolfo surge ao meu lado e me dá seu braço para que ele me leve ao altar. Fico um pouco atônita, mas entrelaço meu braço no dele, o que adiantaria causar uma cena a essa altura?! Voltamos a caminhar, olho um pouco para as pessoas ao meu redor, e então posso admirar as que estão no altar, à família Grey Éllenis parece de capa de revista, mas se pudesse faria Carrick desaparecer dali. O mesmo e Elliot estão vestidos iguais ao noivo, só muda a cor da flor em suas lapelas, já que a do ultimo é rosa forte como algumas flores de meu buquê. Volto a olha-lo estamos cada segundo mais próximos e posso assim praticamente sentir a energia que ele emana: poder, altivez, luxuria, empáfia. Seus olhos não saem de cima de mim, então chegamos ao altar. Christian caminha até nós, ele e senhor Astolfo trocam um comprimento de mãos simples, forte e rápido. Logo ele se aproxima mais de mim e retira o véu de cima do meu rosto o jogando para trás de minha cabeça. Nossos olhos se encontram e ele sorri como um animal prestes a prender a caça em suas garras. Segura minha mão e subimos ao altar. O padre começa a cerimônia, faz todo aquele sermão sobre o amor e logo chega à parte das alianças. Uma menininha linda de cinco anos traz as mesmas em uma cestinha, ela parece uma bonequinha de porcelana. É prima por parte da família de Carrick. O padre as abençoa e nos pergunta se é de livre e espontânea vontade que estamos nos casando, gostaria de dizer que não mas é o bendito sim que sai de minha boca assim como da de Christian. Logo meu noivo pega uma aliança, segura minha mão e começa a repetir seus votos ditos pelo padre.

— Eu Christian Grey Éllenis dou essa aliança a você Anastácia Steele Kaligarys como prova de meu amor e da minha fidelidade. Ela será símbolo da nossa união e da nossa força. Prometo-te ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, para toda a vida. – Depois de colocar a aliança em meu dedo, beija a minha mão, deve estar fazendo gracinha para a plateia. Então chega a minha vez. Também repito o que o padre diz.

— Eu Anastácia Steele Kaligarys dou essa aliança a você Christian Grey Éllenis como prova de meu amor e da minha fidelidade. Ela será símbolo da nossa união e da nossa força. Prometo-te ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, para toda a vida. – Colo a aliança em seu dedo e percebo que ele empurra sua mão em direção ao meu rosto, que lindo ele quer que eu a beije como fez comigo hahaha. Mas resolvo fazer só para ninguém achar estranho já que parece que puxei a mão dele, beijo rapidamente.

— Eu os declaro marido e esposa! Pode beijar sua noiva senhor Grey Éllenis. – O padre diz às palavras que mais temia, sabia que esse momento chegaria mas chegou rápido demais. O gavião a minha frente sorri vitorioso e me puxa com firmeza pela cintura, creio que até um pouco inapropriadamente para uma cerimônia de casamento. Sua mão direita sobe para meu rosto, afaga minha bochecha e corre para minha nuca, a outra está firme em minha cintura. Nossos olhos estão conectados e vejo desejo e ira vindos dele, em mim sinto um frio na barriga e ao mesmo tempo ódio por toda essa situação. Seu rosto se aproxima do meu e eu fecho meus olhos, sinto então seus lábios nos meus. São macios e delicados mas de repente se tornam famintos e puxam os meus para que eu abra minha boca, sua língua adentra vagarosamente e sinto seu hálito de menta possuindo-me. Acabo movimentando minha língua timidamente, mas a sua começa uma batalha com a minha, de uma forma sensual e instigante que começa a deixar meu corpo todo em alerta. Seu beijo é possessivo, dominador e forte, mas tão excitante e quente que sinto que posso derreter. Minhas bochechas estão queimando e sinto meu corpo se arrepiar, me apoio em seus ombros mas ele interrompe nosso momento de volúpia e está me encarando quando abro os olhos depois de um segundo do fim. Seus olhos estão de um cinza tempestuoso, me queimando de uma forma inexplicável. Ouço que as pessoas estão aplaudindo então nos viramos e sorrio de nervoso por vê-las em pé nos encarando. Ele segura minha mão, descemos e caminhamos para fora da tenda em meio a uma chuva de arroz. Entramos pela porta de onde sai mais cedo para aguardarmos os convidados irem para tenda da festa. Eu solto sua mão e vou um pouco mais para frente no hall, fico olhando as flores do meu buquê, não quero encara-lo. Estou de costas para ele.

— Vocês fizeram um excelente trabalho para tão poucos dias. Está tudo de muito bom gosto. – Christian fala com tranquilidade.

— Obrigada, Mia e Grace foram fundamentais em todo o processo. Além de Kirkin que é maravilhoso. – Digo tentando passar calma, mas fiquei um pouco acelerada depois daquele beijo.

— Quem é esse? – Sua voz soa irritada. Será ciúmes? Ah claro que não, pare de besteiras.

— Meu cerimonialista. – Digo simplesmente.

— Ah sim, o conheci hoje. Está coordenando tudo. – Passam-se alguns minutos então sinto sua mão em meu ombro me virando, continuo olhando para meu buquê.

— O que há com você? Ansiosa para nossa noite de núpcias? – Não consigo responder, ele sorri. – Pela química que constatamos pelo nosso beijo percebe-se que esta será uma noite bem interessante para nós. – Suas palavras atingem minha mente, meu coração e minha barriga onde sinto um frio se instalar.

— Não seja convencido. Acha mesmo que vou querer fazer amor com você hoje? – Falo criando um pouco de coragem, olho para seu rosto. Então uma expressão predatória e um sorriso cínico surgem em sua face.

— Anastácia nós não faremos amor, nem hoje nem nunca. Eu fodo, fodo com força e essa será a nossa noite de núpcias. Prazer garantido com certeza. – Depois de falar essas palavras pausadamente ele umedece os lábios me encarando. Acho que meu corpo todo está tenso, minhas bochechas estão escarlates e sinto uma contração no baixo ventre. O que será que ele quis dizer com isso, minha cabeça só dá voltas não tenho como responder a isso.

— Meus queridos pombinhos, o mestre de cerimônias já vai anuncia-los na tenda da festa. Venham comigo. – Kirkin aparece adentrando rapidamente onde estamos e falando ao mesmo tempo, nos encara um pouco porque acho que o calor desse lugar deve estar palpável. Eu sorrio para ele para disfarçar então ele sorri de volta e vai a nossa frente nos impulsionando a sair em direção à tenda que fica a direita da onde foi a cerimônia. Claro que Christian segura a minha mão e caminhamos lado a lado. Chegamos à entrada da tenda e esperamos o senhor grisalho de voz potente parado na pista de dança que fica no meio da tenda nos anunciar.

— E agora lhes apresento pela primeira vez: senhor e senhora Éllenis. – Nós entramos e todos batem palmas, nós sorrimos enquanto caminhamos até ele. Cumprimenta-nos e volta a falar ao microfone. – Agora a primeira dança do casal. – Ai mais essa agora, quando acho que estou livre pelo menos um pouco de ter que ser tocada por esse homem, vem mais surpresas. Mia aparece ao nosso lado, pega meu buquê e com a ajuda de Kirkin retira o meu véu, sorrio para ambos. Ela está com cara de quem chorou, provavelmente a mesma e Grace devem ter se debulhado em lágrimas durante a cerimônia. Então Christian puxa minha mão para que eu o acompanhe para o meio da pista, a música começa a tocar e ele me puxa para que nossos corpos fiquem mais colados. Sua mão esquerda segura a minha mão e a direita está apoiada no final de minhas costas praticamente em meu bumbum. Seguro seu ombro com a mão esquerda e com a direita sua mão. Ele olha para meu rosto mas prefiro olhar sua gravata, já que ele é bem mais alto que eu.

— Você ficou estonteante nesse vestido. Está bem sexy senhora Grey. – Fico confusa e olho para seu rosto. Ele me olha com um sorriso zombeteiro.

— Como? Eu fiquei com seu sobrenome Éllenis, já que é o ultimo. - Digo confusa.

— Mas gostaria que tivesse ficado com o Grey, já que assim seu avô ficaria bem puto da vida e creio que você também, já que gostam de zombar de quem tem origens estrangeiras.

— Mas eu sou metade americana. Se quiser pedir para que troquem o sobrenome com o qual fiquei não tenho problema nenhum com isso, só não sei se é possível. – Ele me olha com uma cara de confuso até meneia a cabeça para o lado, então levanta as sobrancelhas e solta um hãm com um meio sorriso.

— Vamos ver então. – Ele diz. Para mim tanto faz o sobrenome, já me casei mesmo. Não é possível que ele ficou com isso na cabeça desde o dia da ilha, claro eu percebi que senhor Astolfo falou seu sobrenome americano como que querendo afronta-lo e eu acabei aproveitando disso para provoca-lo depois, mas foi coisa de momento. Vejo que ele achou que tem algo por trás disso. Christian me aperta mais, sinto nossos corpos se esfregarem um no outro, aquele calor volta as minhas bochechas, ele sorri para mim e acaricia minha coluna onde sua mão está pousada. Então abaixa o rosto e esfrega o nariz por meu pescoço subindo até meu maxilar, me seguro mais firmemente a ele pois sinto que minhas pernas estão bambas. Ele sobe o rosto passando seu nariz pela minha bochecha e chega aos meus lábios onde rapidamente ele puxa com os dentes o de baixo, o qual estava mordendo, coisa que nem tinha me dado conta. Sinto um calor entre as minhas pernas quando ele passa a língua por onde mordeu e começa a movimentar os lábios famintos sobre os meus. Nossas línguas se movimentam ao encontro uma da outra, queremos mais, queremos sentir mais o gosto um do outro. Então vou puxar a minha mão de encontro aos seus cabelos, creio que ele perceba, pois interrompe o beijo e me rodopia. Nossa tinha esquecido que estávamos dançando... Envolve-me como num abraço comigo de costas para ele e então me joga para o lado com o braço esticado, aqueles passos de dança bonitos de ver, parece que ele é um pé de valsa e tanto. Voltamos a unir nossos corpos e continuamos a dançar, então quando a música vai acabando ele me dobra para baixo em um movimento rápido, como aquelas cenas de filme onde ocorrem aqueles beijos românticos, mas ele encara meus seios pelo decote, seu rosto está nessa altura e ele sobe lentamente até meu rosto encara a minha boca e dá um selinho em meu nariz, cretino quer me provocar de todo jeito. Me puxa para cima e a música já terminou. Todos aplaudem e eu sinto minha boca seca, isso foi praticamente um ritual de acasalamento em vez de uma dança de noivos. Ele volta a segurar minha mão e nos dirigimos para nossa mesa. Todos nossos parentes já se encontram na frente da mesa nos aguardando. Nos olham com as emoções mais variadas, senhor Astolfo está com a cara mais aborrecida do mundo, Elliot sorri com uma expressão safadinha, Carrick está com uma aparência emocionada, como Mia e Grace. Essas são as primeiras a virem até nós quando chegamos à frente da mesa.

— Vocês dançaram muito bem, até parece que ensaiaram. Foi lindo e romântico! – Mia sorri para mim depois de me abraçar e praticamente pula em Christian o abraçando, o mesmo recebe o abraço a segurando firme e beijando a sua face. Sorri amplamente para a irmã, posso ver um sorriso genuíno. – Vocês formam um lindo casal, parecem tão apaixonados. Parabéns! – A ultima palavra ela fala olhando para nós dois.

— Meus queridos parabéns! Que vocês possam ser muito felizes, estarei aqui sempre que precisarem. – Grace segura uma mão de cada um enquanto fala, depois me abraça e então abraça o filho e dá um beijo em sua testa, ele sorri e afaga o rosto da mãe.

— Parabéns meus filhos, que esta união seja abençoada. – Carrick quem fala nos encarando, sinto vontade de dar as costas para ele, mas não posso. O mesmo me abraça rapidamente pois não o seguro firme, depois abraça o filho daquele jeito bem cumprimento masculino, sorrindo amplo e no final ele dá um beijo no rosto de Christian que aperta o ombro do pai.

— Muito bem, quem diria que Christian um dia se casaria mesmo não é?! Parabéns e aproveitem muito as vantagens do casamento! – Elliot diz nos olhando e pisca para mim, não tenho como não rir do jeito dele, que então me abraça. – Bem-vinda a família irmã! – Ele diz para mim ao final do abraço, fico um pouco emocionada pela sinceridade da forma como disse. – É isso aí irmão casou com uma tremenda gata! – O irmão mais velho aperta o braço do noivo e os dois se abraçam sorrindo. Christian o chama de moleque apertando a gravata do irmão e os dois gargalham. Então percebo senhor Astolfo se aproximar de nós, agora vejo que está ainda mais pálido do que o de costume, com os olhos abatidos e caminha devagar. Quando está a dois passos de mim começa a tossir muito, pega um lenço e coloca na boca durante o processo e quando para percebo que olha rapidamente o lenço, faz uma careta e o guarda no bolso.

— Anastácia Steele Kaligarys minha neta, o último membro da minha família, da minha linhagem. Você é tão parecida com seu pai, olho nos seus olhos e o vejo. O engraçado é que todos diziam que ele se parecia comigo, mas ele tinha tanto da mãe. Olho para você e me lembro dos dois. – Meu avô fala suas palavras olhando diretamente em meus olhos, fala pausadamente com um notável cansaço. Seus olhos transmitem uma emoção e suas palavras um pesar que nunca vi antes. Meu coração se aperta, meus lábios tremem um pouco pela tristeza que sinto. Vovó Pietra não tive a oportunidade de conhecer, mas papai contava muitas histórias sobre a lindíssima bailarina russa, sobre como era amável e carinhosa. E dói tanto não tê-lo aqui, meu coração se estilhaça nesse momento, pois sinto todo o amor que ele me transmitiu e os acontecimentos o roubaram de mim. Se ele estivesse vivo tudo teria sido diferente. Lágrimas começam a cair vagarosamente, sinto minha boca amarga. Então num impulso abraço meu avô, de alguma forma estamos unidos na mesma dor. Ele também me abraça pela primeira vez na vida talvez, pela primeira vez demonstra afeto por mim. Mas depois de alguns segundos ele se afasta de mim e aperta a mão de Christian. – Parabéns e boa sorte. – São as únicas coisas que ele diz ao noivo seguindo para se sentar a mesa ao lado da cadeira que vou me sentar. Christian olha para mim e vê como estou consternada e aérea então retira um lenço do bolso de dentro de seu paletó para que eu me recomponha. Também me puxa para um abraço, não sei se é de pena ou cena para nossos espectadores, somente fico ali alguns poucos minutos me recompondo. Seguimos todos para a mesa, como os noivos ficam ao centro e eu não teria muitas pessoas para ficarem ao meu lado, depois de senhor Astolfo estão Mia e Elliot respectivamente. Do outro lado Grace e Carrick depois do noivo respectivamente. Começam a vir alguns antepastos para nós comermos, conversamos, sorrimos, mas quando somos avisados de que é o momento dos brindes senhor Astolfo diz que precisa ir embora, pois estava muito indisposto, ele estava quieto até então. Depois de seu breve momento emotivo se fechou em sua concha particular. Após sua ida minha cunhada se levanta.

— Senhoras e senhores sua atenção por favor! – Mia fala um pouco mais alto quando o som é desligado e bate um garfo levemente em sua taça de champanhe. – É chegado o momento dos brindes. – A mesma sorri e todos aplaudem. – Sabem Christian sempre foi um irmão urso, protetor, amigo, prestativo e companheiro. Sempre foi um homem de fibra e obteve sucesso em todos os seus objetivos. Sempre foi ímpar, mas eu tenho certeza que desde que conheceu Anastácia percebeu que passaria a ser par. Esta jovem chegou trazendo um vigor e uma luz muito grande para nossa família, agora ganhei uma irmã também. Viva os noivos! – Enquanto fala ela alterna o olhar entre as mesas dos convidados, a mim e ao homem ao meu lado. Ao final todos gritam: viva e a ovacionamos. Sinto meu coração cheio de tanto afeto, a cada dia sinto uma ligação maior com ela.

— Eu e Christian sempre fomos melhores amigos e por isso nunca pensei que ele fosse se casar. – Elliot começa e todos riem. – Ele é um tremendo mandão e rabugento, não sei como Anastácia pode se apaixonar por esse casca grossa, até porque como todos sabem o bonitão da família sou eu. – As pessoas continuam rindo e algumas mulheres gritam gostoso, não consigo ver quais. – Obrigado ladys. Mas brincadeiras a parte, eu sei que esses dois têm os corações mais bonitos que se pode ter, tem qualidades e defeitos que se completam, logo a caminhada que decidiram começar hoje será especialmente bonita. Que vocês sejam muito felizes! Viva os noivos. – O irmão mais velho fala também dividindo a atenção entre nós e os covidados, sorri para nós no final do discurso e nós sorrimos de volta. Sinto que ele quis passar algum recado para mim, será que ele já sabe sobre o contrato?! Mas ele foi tão carinhoso e suas palavras expressaram emoção real. Depois Grace e Carrick falam juntos algumas palavras brevemente, e erguem um brinde. Então chega a nossa vez de falar e nós nos levantamos.

— Senhoras e senhores, gostaríamos de agradecer a presença de todos nessa data tão importante para nós. É com imensa felicidade que eu minha esposa brindamos a nossa união! – Nesse momento batemos nossas taças com a de nossos familiares, então eu e ele entrelaçamos nossos braços com as taças nas mãos e bebemos, todos bebem e gritam viva os noivos. Os gregos parecem ser muito animados quando se trata de casamentos, o sol está terminando de se pôr todos bebem animadamente, comem e dançam muito. Mia me arrasta para pista de dança e acabo me divertindo demais, meu noivo aparece e continuamos dançando. Como são músicas animadas não precisamos de toda aquela intimidade anterior. Elliot está engraçado como sempre e toda hora dança com uma mulher diferente. Os pais deles alternam entre dançar um pouco e ficar na mesa. Chega a hora de uma tradição que eu nem sabia que existia, nós ficamos ao lado da mesa do bolo que além de lindamente decorado com as orquídeas tema, tem oito andares redondos exuberantes. E então uma fila de convidados se forma para nos cumprimentar. São muitas pessoas e minhas bochechas já doem de tanto sorrir, não vejo a hora de poder me sentar. Vejo Gail se aproximar de nós, lindamente vestida para festa, está sorrindo amplamente e segura primeiro as mãos de Christian.

— Meu menino, você cresceu tão rápido. Tenho orgulho do homem que se tornou e de ter finalmente decidido ter sua própria família! Estarei sempre aqui para o que precisarem. – Ela diz muito emocionada, o abraça, ele retribui o abraço fechando os olhos, posso sentir o carinho que os dois têm um pelo outro. Ele beija a testa dela ao final e a mesma se dirige a mim, segurando minhas mãos.

— Você é tão linda, tem pureza em sua alma dá para perceber. Quero que saiba que desejo toda a felicidade do mundo para vocês dois! – Ela segura meu rosto por fim e então nos abraçamos, Gail acarinha minhas costas e eu a aperto um pouco mais, nosso abraço é caloroso e sentimental.

Depois que ela vai rumo à festa os próximos na fila são uma senhora com um rapaz e uma moça. A moça tem cabelos loiros em cachos bem revoltos e está em um vestido rosa choque colado ao corpo, com um decote bem provocante, seus olhos verdes estão destacados em uma maquiagem forte e seu sorriso é perfeito e brilhante, me olha com muita simpatia. O rapaz tem o cabelo loiro curto e está num terno azul marinho sem gravata, se parece muito com a moça inclusive os olhos, só que é da altura de meu noivo. A senhora mais velha tem as mesmas características que os dois e está em um vestido azul marinho com um xale de renda por cima.

— Boa noite senhor e senhora Éllenis! Prazer senhora, sou Karolina Kavanagh. Estes são meus filhos Katherine e Ethan. – Ela fala se direcionando a mim com simpatia, claro já que não os conheço. Trocamos beijos no rosto, igualmente com os filhos dela, enquanto me dão os parabéns com amistosidade.

— Prazer em conhecê-los, obrigada pela presença. – Digo com meu sorriso já congelado.

— Obrigado por virem ao nosso casamento. – Christian os cumprimenta também, então vão embora quando a senhora e o filho estão mais a frente, vejo Elliot se aproximar rapidamente da moça que ainda está um pouco próxima a nós. Vejo que ele sorri e tenta pegar no braço dela, mas a mesma o empurra de leve, a vejo olhar para trás na direção dele e rolar os olhos depois gargalhar e se perder entre as pessoas.

— Quem são esses Kavanagh? – Pergunto ao meu noivo depois de falarmos com as ultimas pessoas.

— São membros da alta sociedade grega, na verdade o ex-marido de Karolina era bem amigo de papai antes de ir embora para a França, os filhos ainda eram crianças quando os pais se divorciaram. A senhora e os filhos não são próximos a nós, mas como você pôde perceber aqui temos convidados muito mais pela necessidade que um casamento desse porte implica do que amigos das famílias. E tem muitos parentes de papai também, as famílias gregas são muito numerosas, chega a ser um espanto de sua parte não ter ninguém aqui. Faço uma careta pela conclusão de seu discurso. Temos então que partir o bolo, tiramos muitas fotos e passamos por todas as partes necessárias de uma festa de casamento. Vejo Kirkin o abraço apertado e agradeço por tudo que fez por mim, tenho certeza que permaneceremos amigos e manteremos contato daqui para frente. São umas dez horas e a festa está em seu auge, vejo as pessoas se divertindo e eu estou sentada a mesa. Christian aparece ao meu lado puxa minha mão para que eu me levante.

— Não me diga que teremos que fazer mais nada. Não aguento mais andar, sorrir ou tirar fotos. – Digo fazendo um biquinho de emburramento. Ele ri e me olha nos olhos.

— Não se preocupe, estamos indo embora agora. O que você terá que fazer não precisará andar, nem sorrir ou tirar fotos. A menos que seja um fetish seu. – Termina passando a mão em pescoço o acariciando. Sinto um pavor tomar conta de mim, junto com um calor que abraça meu corpo. Não é possível que chegou esse bendito momento. Teremos que ir embora e ficar a sós, prefiro voltar para a andança com meu sorriso já congelado na face e os flahs incessantes.

— Não é educado deixar os convidados no meio da festa. – Digo tentando me salvar.

— Já passou do meio da festa, já cumprimos todos os protocolos e ninguém vai notar a nossa ida. Por isso sairemos agora à francesa. – Ele fala já me puxando para sairmos de mãos dadas, vejo que ninguém nem repara. Quando saímos da tenda ele me pega no colo, acabo soltando um gritinho pelo inesperado. Ele me conduz pela lateral da mansão, chegamos ao pátio e Taylor nos aguarda ao lado de uma limusine preta com a porta aberta.

— Senhor e senhora Éllenis parabéns pelo casamento. – O mesmo diz com um com sua tradicional postura simpática e profissional, mas estou tão atônita que só o olho com os olhos arregalados e balanço a cabeça afirmativamente. O brutamontes que me carregou, me coloca dentro da limusine, fecha a porta e dá a volta para entrar pelo outro lado, onde Taylor já está a postos. Fico olhando minhas mãos, apertando meus dedos, minhas unhas feitas francesinha por sugestão de minha cunhada, tenho vontade de arrancar todo o esmalte. O troglodita retira sua gravata e abre alguns botões da camisa, olho para seu peito e posso ver uma camada fina de pelos aparecendo. Então prefiro não encara-lo mais, pois só essa visão foi suficiente para me causar borboletas no estômago. Encosto minha cabeça no encosto do banco e finjo que durmo, já que isso vai ser meio impossível. Os minutos passam mais depressa do que eu gostaria, sinto que o carro para, a porta é aberta e o peso de quem estava ao meu lado sai, ouço abrir a porta ao meu lado e a voz grossa mais não quista nesse momento.

— Chega de dormir minha noivinha, chegou a hora de ficarmos bem acordados. – Abro os olhos e vejo Christian me olhando predatoriamente, me puxa e me carrega novamente. Olho para os lados e sei que estamos em sua mansão, onde foi o jantar de noivado. Subimos os degraus da entrada me seguro mais em seu paletó, pois imagino o que me espera.