50 Tons - Sem Saída escrita por Mary Kate


Capítulo 3
Uma família agridoce.


Notas iniciais do capítulo

Olá minhas lindezas ! Terça-feira chegou para nossa alegria ! Aqui vai mais um cap feito com todo carinho, uma excelente leitura para vocês ! Não deixem de ler as Notas Finais. ;)



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É a noite do jantar de noivado dois dias após aquele encontro, nem posso acreditar como fiquei nervosa. Tudo foi novo e intenso demais para mim. Primeiro aquele voo assustador de helicóptero sobre o mar grego, a pressão do meu avô o tempo inteiro ao longo da viagem para que eu fizesse durante o encontro tudo conforme ele tinha mandado, já imaginava que senhor Astolfo fosse machista e extremamente mandão, mas percebi que ele realmente tem as mulheres na pior conta possível, nos vê de forma inferior e com desprezo por aquelas que querem mostrar sua personalidade. Pior ainda as estrangeiras, ele tem ódio por mulheres que não sejam gregas, acho que por isso odeia tanto mamãe. Justamente por já saber que ele nunca gostou dela, não contei em nenhum momento porque preciso do dinheiro, ele chegou a perguntar para que queria a ajuda dele, se não tinha mais mãe para ter responsabilidade por mim, então disse que isso não o interessa já que sou primordial para sua vingança, o fato de estar com problemas financeiros é o que basta para ele saber. Como realmente muito o interessa esse plano, me deixou em paz. Tenho medo de contar e ele inventar algo ainda pior para que eu consiga o dinheiro que preciso se é que isso é possível, esse casamento já é o pior castigo que alguém poderia ter, ainda mais entre inimigos nítidos.

Este bendito casamento, com aquele homem, rude, grosseiro, cheio de empáfia, que se acha o homem mais irresistível da face da terra... com aqueles olhos tão profundos de um cinza tempestuoso, cabelos castanho acobreados de uma cor única, nunca tinha visto em alguém antes. Alto e imponente, tão forte, percebi seus músculos sob a camisa, além de serem firmes como aço quando me apoiei nele para tirar os sapatos... sua pele suave e quente, um sorriso perfeito, dono de uma voz grave e forte...chega Anastácia o que te deu na cabeça ?! Meus miolos só podem ter fritado devido esse sol escaldante que nunca cessa nesse lugar. Aquele homem é meu inimigo, o odeio porque odeio seu pai, e assim toda a sua família já que todos devem saber o que ele fez, foi o responsável pela explosão do barco em que estávamos. Seu filho é o meu fel, o destino cruel que me imputaram, não importa o quanto ele seja atraente, afinal o que sei sobre homens atraentes se nunca deixei nenhum me tocar? Os poucos beijos que dei na adolescência serviram para me mostrar que não sirvo para ter intimidade com homem nenhum. Por saber que não posso gerar filhos acho que o lado mulher em mim adormeceu, meus desejos, ou qualquer coisa do tipo foram apagados, claro eu não sirvo para ninguém, para que iria querer sexo?

Coloquei o outro único vestido de grife que tenho aquele azul do senhor Astolfo, mais os sapatos vermelhos, afinal ainda tenho que fazer o papel de patricinha nesse jantar de noivado, só de pensar que vou conhecer essa família maldita já me embrulha o estômago. Vou manter o papel de boneca engessada sem expressão para não acabar vomitando no carpete da mansão do senhor Christian Grey Éllenis, já que é no seu palácio em Atenas o bendito evento. O pior é que ele me tira do sério completamente com aquele jeito de rei do universo, que se acha irresistível demais. Esse é o mal das mulheres idiotas que ficam caindo aos pés dele, o deixaram mal acostumado, acha que pode fazer qualquer uma se derreter em seus braços. Na praia ao mesmo tempo em que tentava não encarar o mar, me concentrar com aquele calor das arábias, tinha que fingir ser uma patricinha desmiolada e que só se importa com luxos e futilidades. Mas quando ele me olhava com aquele jeito profundo e intimidante com aquela boca sexy, ficava sem jeito e morrendo de vergonha. Por isso acabei o confrontando um pouco, até gostei de dar umas provocadas no “senhor se acha o gostosão” mas confesso que nem sabia direito o que estava fazendo. Só sei que ele me causa um misto de raiva e calor que nunca senti antes. Fiquei com medo também de irrita-lo a ponto dele não querer esse casamento, não podia correr esse risco ainda mais depois de senhor Astolfo ter me alertado tanto sobre como deveria agir, mas acho que ele se casaria com qualquer uma para obter a empresa.

— Chegamos! Vê se mantenha a postura, sua imprestável! Já estava vendo a hora de você ter estragado tudo na ilha anteontem. - Senhor Astolfo me olha gelidamente enquanto fala comigo e tosse uma vez, dentro de seu Bentley parado em frente aos portões da mansão.

— Estou fazendo meu papel muito bem, se não nem estaríamos aqui. Trate-me com respeito por favor ! – Digo no mesmo tom que ele usou comigo, também não vou permitir que ele me trate dessa forma, já basta. O motorista é liberado e rompemos para dentro do pátio enorme e maravilhoso, não posso negar é lindo, mesmo a noite posso ver jardins para todos os lados, tudo muito bem iluminado de uma forma agradável e tropical, quem diria eu dizer agradável e tropical juntos... reparo na mansão é realmente um palácio suntuoso, apesar de enorme como de meu avô não tem aquele mau gosto de decoração antiquada cheio de estátuas gregas e tapetes vermelhos para todo canto desde a entrada. É toda branca, tem muitas janelas e uma porta enorme depois de alguns degraus. O motorista vem abrir a porta para nós, me auxilia a descer do carro que nem sei como consigo sem mostrar a calcinha, esse tipo de roupa é novidade para mim, nunca tive tempo ou dinheiro para isso antes na vida. Enquanto me ajeito o vejo dar a volta e ajudar senhor Astolfo. Então quando o mesmo para ao meu lado vejo a porta da mansão se abrir e sair de lá Christian em um terno e gravata cinza e camisa branca. Lindo, impecável e com o ar de deus grego que ele deve ter desde sempre. Fica parado no alto dos quatro degraus esperando enquanto nos aproximamos como sempre meu avô vai à frente e eu atrás, apesar de saber andar de saltos, não estou acostumada com pares tão altos e de salto fino como tive que usar nesses dois dias, meu emprego na Bacon’s me exigia traje anos 50/60, ou seja, saltos menores e mais confortáveis. E então como já era esperado que em algum momento fosse acontecer além dos fatores óbvios pela minha tendência a destabanações quando chego ao ultimo degrau tropeço e sou amparada por uma parede de músculos que me segura firmemente. Sinto-me ficar escarlate, ainda mais quando um certo senhor fala.

— Agora mais essa, além de imprestável ainda é abobalhada. Não sabe andar não Anastácia?! – A voz de meu avô me causa uma raiva tão grande, que sinto um gosto amargo na boca. Como pode me humilhar assim?! Já estou com vergonha suficiente por quase ter caído aos pés desse homem.

— Está tudo bem senhorita Kaligarys? – Crio coragem e olho para o rosto de Christian, aí percebo que ainda estou em seus braços, o que me causa um arrepio que sobe por minhas costas.

— Sim, me desculpe. – Digo e me desvencilho dele o mais rápido que posso.

— Então vamos entrar. Minha família já está na sala de estar nos aguardando - Christian diz e me oferece seu braço para que eu o acompanhe, quando vamos passar pela porta ele oferece para que senhor Astolfo passe a nossa frente, então aproveito a distância dele com a gente para lhe falar.

— Me chame de Anastácia, já que somos noivos essa formalidade toda fica estranho. Além do que não vou chamar meu marido de senhor. – Falo baixo o olhando, ele me encara e sorri.

— E se eu preferir ser chamado de senhor? – Vejo um brilho em seus olhos, mas não tenho tempo de responder que nem adianta essa maluquice não cola comigo. Pois já havíamos percorrido todo o caminho do hall de entrada, passado por uma sala e chegado em uma belíssima sala de estar, cheia de sofás, janelas e duas portas francesas que pelo que vejo parecem dar acesso ao jardim. Não tenho mais coragem de abrir a boca, pois me deparo com uma sala repleta de pessoas me encarando. Uma senhora em pé próxima às janelas, apesar de muito bem cuidada imagino ter mais de cinquenta ou sessenta anos, ela é loira e está muito bem vestida em um tubinho rosa pálido. Ao seu lado está Carrick em um terno azul escuro. No sofá mais próximo a entrada da sala está sentada uma moça com um vestido vermelho curto rodado, de cabelos pretos chanel e olhos mel muito expressivos, ela parece ter a minha idade, ao lado dela sentado com uma camisa cheia de cachorrinhos bem pequenos, e uma calça social está um homem de cabelos loiros meio compridos presos em um rabo de cavalo curto e olhos mel também, não tenho como não achar graça de sua roupa. Então reparo que lá atrás já diante de uma porta comprida bem extensa branca outra senhora loira nos observa atentamente, mas ela parece estar de uniforme ou pelo menos um traje social mais formal. A moça se levanta depressa e vem até nós dois.

— Olá eu sou Mia, muito prazer! Sou a irmã caçula do seu noivo. – Me abraça como se fossemos velhas amigas. - Nossa você é linda! Amei o seu vestido e os seus sapatos são...

— Oras Mia, deixe a moça respirar um pouco ela nem teve oportunidade de saber quem cada um de nós é e você já a inundou de informações e já vai começar um questionário sobre marcas e bla bla bla bla. – O homem loiro a interrompe vindo até mim também, empurrando-a um pouco para o lado.

— Prazer eu sou Elliot Grey Éllenis, o irmão mais velho. Coisa de meses. – Pisca para mim e sorri. Mia faz bico e cruza os braços o encarando. Aperto sua mão e ouço Christian dizer mais adiante, já que se encontra sentado no sofá onde eles dois estavam. Com tanta informação ao mesmo tempo nem havia percebido que o mesmo havia me deixado em pé sozinha.

— Muitos meses né Elliot? Afinal são três anos e pouco de diferença entre nós dois. – Fala e gargalha, posso ver que com a família ele é mais amistoso, eles parecem ser bem unidos.

— Sou Anastácia Steele Kaligarys – Digo finalmente.

— Nós já sabemos. Eu sou a mãe desses três incorrigíveis. – Diz a senhora de rosa se aproximando de mim e me dando um leve abraço, bem cordial. Sinto algo bom, materno, sinto saudades de mamãe.

— Prazer senhora Éllenis.

— Me chame de Grace, quero que além de sogra e nora sejamos muito amigas. Não posso acreditar que alguém finalmente fisgou o meu filho mais rebelde, Christian sempre foi feito o durão, achei que nunca fosse se casar, estou tão feliz que ele vai formar uma família! – Vejo emoção em seus olhos que são iguais aos de Christian, mas estão mais esverdeados. Fico perdida, parece que ela não sabe que esse casamento é um contrato, nenhum deles parece saber pela forma como me receberam. Meu Deus será que nenhum deles sabe mesmo? Só Christian e o pai? E como ele não me diz isso? O que faço agora, como reajo a tudo isso? Espera ai, eu tenho que parar com tanto sentimentalismo, essa é a família de monstros que odeio, odeio todos, não vou cair nesse joguinho, vai ver até combinaram para tentar me enredar e conseguir tirar algum tipo de informação minha e desfazer o casamento, não vou cair nessa! Vou me manter firme, esse casamento tem que acontecer. Simplesmente sorrio e olho para Christian, posso ver que está adorando me ver embaraçada assim.

— Olá senhorita Kaligarys. – Carrick diz apertando minha mão vejo a mesma amistosidade que vi no encontro da ilha. Não sei porque esse homem é tão simpático comigo, a raiva esquenta meu sangue mas tenho que disfarçar.

— Boa noite senhor Éllenis. – É só o que consigo dizer. Então vasculho a sala a procura de senhor Astolfo que já se encontra sentando com toda sua empáfia, como num trono em uma poltrona próxima as janelas. Mia me puxa levemente pelo braço.

— Família! – Ela chama a atenção de todos, o que será que essa menina vai dizer?! Fico tensa instantaneamente. – Como agora seremos oficialmente uma só família, não vejo necessidade desses pronomes de tratamento. Chame-nos pelos nossos nomes, podemos te chamar de Anastácia não é? – Balanço a cabeça afirmativamente, meu alivio é tão grande que nem consigo falar. - Senta aqui comigo, temos muito o que conversar. Preciso saber tudo, sobre como se conheceram, como conseguiu fisgar o coração desse turrão... – dá uma risadinha. - Onde você morava, o que você gosta de fazer nas horas vagas, o que você faz da vida ? – Enquanto fala a mil por hora, nos sentamos no sofá, ela me colocou ao lado de Christian, confesso que fico zonza com tantas perguntas e não sei como respondê-las.

— Eu estudava literatura na Faculdade de Seattle. – É a única pergunta que sei responder sem me comprometer.

— Já terminou? - Mia me olha curiosa. Minhas mãos começam a suar não estou acostumada a mentir.

— Ela resolveu dar uma pausa para poder ficar um tempo comigo aqui na Grécia. – Olho para meu avô que respondeu por mim.

— É isso, estou no ultimo semestre. Mas como vovô está doente não tinha como não vir ficar com ele pelo menos um tempo. – Respondo e me sinto triunfante, sei que ele esconde de todos sua doença e como ele me humilhou lá fora tinha que fazê-lo se sentir desconfortável um pouco também.

— Interessante.  – Ouço Christian falar baixo atrás de mim, já que acabei ficando mais de costas do que de lado a ele.

— O que o senhor tem? – Elliot pergunta sentado em uma poltrona de frente para a de meu avô

— Nada grave coisa de velho. Anastácia que é muito cuidadosa e quis vir até aqui me ver. Agora contem do romance de vocês, fale senhor Grey Éllenis como se conheceram. – Ele fala encarando Christian com um olhar presunçoso, parece que também não sabia que faríamos teatro para família dele, mas também querendo se livrar do foco sobre ele óbvio.

— Bem... - Christian começa a falar, me viro para encara-lo mas seu pai o interrompe.

— Que tal uns drinks?! Gail veja o que cada um quer beber. Depois vocês contam essa estória. – Fala rapidamente enquanto segura a mão de sua esposa, sentados no sofá lateral ao nosso.

— Mas eu quero saber papai. Conte Chris! – Mia fala dando duas palminhas rápidas. Enquanto isso vejo a senhora loira que estava distante se aproximar de Elliot e senhor Astolfo para perguntar o que querem beber.

— Tudo bem papai, eu quero contar. – Christian responde o pai e recomeça. Vejo Carrick ficar tenso, os olhos saltarem na direção do filho, pelo visto ele não quer que ele conte.

— O que a senhorita gostaria? – Gail me pergunta com doçura, tem um sorriso gentil nos lábios. O que deu nesse povo, por que aqui todos são legais comigo?? Não estou gostando disso, estou preparada para hostilidade e não carinho.

— Uma água, por favor.

— Eu quero um coquetel de abacaxi com hortelã Gail obrigada. – Mia diz com seu jeito empolgado, parece que essa garota engoliu uma pilha.

— O meu whisky com gelo de sempre, Gail. - Christian diz e recomeça. - Nos conhecemos há algumas semanas quando Anastácia chegou à Grécia, foi paixão a primeira vista. Eu sei que parece repentino, mas o amor é assim não é mesmo?! Então resolvemos nos casar. Certo linda? – Ele fala e puxa meus ombros me abraçando, que cínico! Chega a ser engraçado. Eu apaixonada a primeira vista por esse pavão com alma de galo de briga, ah ta.

— Claro meu chuchuzinho. – Digo em tom debochado e ele ri com a surpresa de como o chamei. Vejo todos nos olhando como se fossemos animais de circo em um espetáculo. Eu já estava me sentindo uma palhaça mesmo com todo esse teatro de mau gosto.

— Ora ora quem agora está caindo de amores repentinos, mordeu a língua ein irmão?! – Elliot diz com sarcasmo, e Christian fica sério.

— Elliot você... - Ele começa a responde-lo mas Grace os interrompe.

— Meninos não comecem. Essa noite não é para desentendimentos, nem para remoermos águas passadas desagradáveis! É seu noivado meu filho, vamos nos ater a assuntos mais leves. – Diz com doçura, mas também autoridade na voz. Ambos se calam e fico curiosa, aí tem alguma coisa. Mia sussurra para mim um “depois te conto” e pisca quando a olho, deve ter percebido minha confusão mental. Depois desse momento começamos a beber nossos drinks, eu minha água lógico, não estou acostumada com bebidas alcoólicas. Muitas conversas começam, muitos minutos vão se passando e Mia me conta sobre a vida dela, finalmente para de me fazer perguntas ufa! Conta-me que tem vinte e três anos e se formou em moda no ano anterior, pretende abrir um ateliê ou um brechó em breve. Ainda está decidindo a respeito, além também de em que lugar será: Atenas, Paris ou Nova York. Elliot conversa com o pai e Christian, os três estão em pé próximos às portas francesas. Grace saiu da sala, senhor Astolfo está na mesma poltrona, parece aborrecido e de vez em quando dá umas tossidas.

Quando Grace retorna vem até o meio da sala e comunica.

— O jantar será servido, vamos todos para a sala de jantar. – Mia sorri para mim e me puxa para levantarmos já que não me movo. Christian vem em minha direção e estende o braço como quando cheguei. Sua irmã nos observa.

— Vocês são tão lindos juntos! Vão ter bebês muito fofos... Aaah não vejo a hora de ser tia! – Ela fala com tanta empolgação que chego a me assustar com seu gritinho. Essa menina é elétrica demais, chega a ser difícil acompanhar o seu ritmo penso com bom humor. – Se bem que acho melhor vocês aproveitarem mais a vida de lua de mel do começo do casamento. E eu também quero ter tempo de curtir a minha cunhadinha. Acho que seremos grandes amigas Anastácia! – Mia diz com tanta sinceridade em seus olhos que sinto um nó na garganta, ela está sendo tão legal comigo, parece ser uma menina doce e gentil, não uma riquinha deslumbrada. Será que poderemos ser amigas de verdade? O pior é que sinto algo bom quando olho para ela. Depois disso ela corre para o lado de Elliot que bagunça o cabelo da mais nova, ela briga com ele de uma forma engraçada, eles estão próximos a nós.

— Olha irmão aproveita muito a lua de mel e o começo do casamento, porque depois tudo complica. Vocês já têm cara que pegam fogo quando estão juntos mesmo. – Ele ri depois de suas palavras. E eu fico sem saber onde enfiar a cara sinto minhas bochechas ardendo e Christian fica rígido.

— Isso não é da sua conta Elliot, se meta com sua vida e cuide melhor das suas mulheres para que elas não escapem. – Nossa ele ficou realmente irritado, deve ser porque não sabe como será o sexo entre nós, e nem se vai ter já que eu quero pular essa parte.

— Parem com isso agora, vocês estão sendo mal educados. Não os educamos assim, que vergonha Elliot não está vendo que Anastácia é uma moça de respeito?! E Christian não precisa ofender o seu irmão. – Carrick repreende os filhos com um semblante seríssimo, enquanto Grace também os encara irritada. Será que esses irmãos são sempre cheios de energia assim? Pelo visto essa família é bem animada. Nunca vivi em meio a uma família antes, na minha casa somos só eu e mamãe, depois dos meus dezesseis anos basicamente eu mesma, então essa empolgação, tagarelação e briguinhas bobas são novidade para mim.

— Tudo bem me desculpem, foi mal Anastácia. Eu não quis te ofender, mas a verdade é que todo mundo faz certas intimidades não é mesmo? Por acaso quem é de respeito não transa?!

— Elliot Grey Éllenis! O que você bebeu? – Grace diz chocada, todos estamos de olhos arregalados em direção a Elliot, eu já nem sei mais o que estou fazendo aqui, queria que o chão se abrisse para eu me enfiar, então num gesto de nervoso aperto o braço de Christian que me olha e pela primeira vez sorri, ridículo! Viu como estou vermelha e embaraçada e está achando graça. Então Mia começa a gargalhar, puxa o irmão mais velho pelo braço e diz.

— Elliot e seu jeitão brincalhão, principalmente depois de umas bebidas. Tomou muitos martinis ein Lelliot! Vamos comer, estou morrendo de fome. – Elliot ri de sua irmãzinha, percebo que esse é o jeito dele: sincerão e engraçado, a culpa não é dele se nunca fiz sexo e nem nunca tive desejo.

Grace e Carrick seguem de mãos dadas, então percebo que há muito amor nessa família, me sinto péssima de estar fingindo assim, os enganando, talvez não sejam tão maus, os únicos monstros devem ser o pai e o filho do meio, seu discípulo. O mesmo me olha como se tentasse ler meus pensamentos, finjo não perceber para continuar observando essa família, a qual preciso entender melhor, a qual em breve farei parte integralmente. Depois de atravessarmos a porta que Gail estava em frente quando chegamos, me deparo a uma suntuosa sala de jantar, enorme, com as paredes todas brancas, um quadro modernista de frente para sua entrada muito colorido, há uma janela de vidro gigantesca no final da sala a nossa esquerda e para outra ponta uma porta branca grande. No centro da sala fica uma mesa com dezesseis cadeiras. Quando caminhamos em sua direção volta a minha aflição, o que será que esse jantar me reserva?


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Notas finais do capítulo

Gostaram ? Espero que sim ! :D
Gente eu cheguei a responder num coment que talvez não postasse essa terça-feira.
Porém, depois pensei melhor e não seria capaz de fazer isso. Tem algumas leitoras que já estão dando retorno desde o primeiro pôst, então jamais as deixaria na mão !
Quero agradecer muito a todas e pedir que comentem bastante, curtam e acompanhem !!!
Porque a partir de agora gostaria de postar alguns caps em dupla, já que serão complementares e acho que ficará uma leitura mais interessante e instigante para vocês.
Por isso se tiver muitas participações de vocês amanhã postarei o cap 4.
Uma ótima semana a tds ! Bjuuus ;*



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