50 Tons - Sem Saída escrita por Mary Kate


Capítulo 25
Lagrimas de Furacão.


Notas iniciais do capítulo

Olá meus zamoresss!
Consegui aparecer para trazer esse cap
especial e importantíssimo!!!
Ótima leitura ;*



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POV Anastácia

Estou em prantos, assim como Grace, Elliot e até Carrick que chora mais discretamente. Christian com os olhos vermelhos e iluminados por lagrimas encara a mãe boquiaberto, caminha com dureza pela sala, coça a cabeça com violência. Mas é Elliot quem se pronúncia.

— Então quer dizer que Mia é nossa irmã de sangue?! Nossa meia-irmã por parte de pai?! Meu Deus! – Indaga meio para si mesmo, um pouco para os pais que assentem se recompondo. O homem então se levanta e caminha para janela a abrindo para tomar um pouco de ar, creio eu. Sinto leves tremores passarem por meu corpo quando Christian grita a todos pulmões indo em direção ao sofá em que os pais estão sentados.

—Porra!!! A minha vida toda é uma merda de farsa, tudo que eu sempre acreditei nunca existiu!!! Vocês são uns cretinos mentirosos! Eu cresci odiando um homem que foi traído por você pai e ainda traído duplamente! Mia é minha irmã de sangue!!! Porra! – Christian se agita muito ao falar, suas mãos se fecham em punhos ao lado de seu corpo. Um soluço escapa de minha boca, meu coração já estava abalado por toda história da minha família que eu ouvi desde o encontro com meu avô mais cedo, por vê-lo frágil daquele modo, morrendo...e agora por ouvir detalhes da morte de minha avó, por saber todo esse passado tão denso, cheio de acontecimentos que causaram um futuro terrivelmente problemático para todos nós. E meu coração se parte mais uma vez por ver meu amado, o homem que mudou minha vida completamente sofrendo desse modo. Vejo Grace cobrir o rosto com as mãos chorando, enquanto Carrick se levanta com lágrimas escorrendo por sua face.

— Christian tente entender, por favor meu filho. – Suplica, dando alguns passos em direção ao filho que se afasta, quando ele se vira me vê e vem até mim que o acolho em um abraço, Christian me aperta com força, abaixa a cabeça colocando em meu ombro. Passo minha mão em seus cabelos acariciando com carinho, estamos nesse momento unidos inteiramente por nossas dores. Fecho meus olhos enquanto sinto lágrimas rolarem por minhas bochechas. Ouço a voz de Elliot ao mesmo tempo em que pelos barulhos parece que ele fecha a janela.

— Pai, por que vocês não contaram isso antes para nós?! Mia também tem o direito de saber que é nossa irmã de sangue, que faz parte da família de Anastácia, nossa! Ela é sua tia Ana! – Ele conclui e Christian levanta a cabeça do meu ombro, olha para mim. Vejo que seus olhos estão brilhantes de lágrimas mas nenhuma caiu, sorrio para ele. Pois nisso tudo o que valeu a pena por tanta dor foi descobrir que tenho Mia como uma parte viva da minha avó, de meu pai, da família que sempre quis ter.

— É, Mia é minha tia! É impressionante como nós sempre estivemos tão ligadas, nos gostamos de cara, sempre houve um carinho além do comum. Eu a amo muito! – Digo sorrindo, meu marido seca meus olhos e sorri comigo, hoje nossas dores se misturam e nossas alegrias também. – É engraçado, Mia tem seu sangue e o meu! – Digo com humor, ele ri um pouco.

—Então Christian você vai conseguir me perdoar? – Olhamos para Carrick que tenta se aproximar mais um pouco, até encosta as mãos nos braços de meu marido que empurra as mãos do pai.

— Não se aproxime de mim! Eu estou com raiva de você, eu sou o que nisso tudo?! Sou um peão no seu jogo sujo de superar o Astolfo! Eu sou uma farsa! – Christian responde com revolta encarando o pai que franze o cenho e responde com irritação.

— Eu nunca te forcei a nada! Nem o seu casamento com Anastácia foi planejado por mim, eu não queria que você tomasse as minhas dores ou assumisse um papel que talvez fosse para ser meu! – Fala exaltado, só consigo pensar em quando esse inferno vai acabar. Christian gargalha com amargor e responde ao pai.

— Eu não sei de mais nada, pela primeira vez na vida não tenho certeza nem de quem eu sou! – Fala e esfrega o rosto com raiva, então caminha rumo a mesa e se senta na cadeira de couro atrás da escrivaninha. – Mas agora vamos descobrir mais uma verdade, agora vamos saber se você além de um mentiroso é um assassino! – Vejo todos se manifestarem com espanto falando coisas desconexas ao mesmo tempo, vão para frente da mesa e eu não consigo me mexer, é tudo que eu esperei minha vida inteira para saber e tenho sentimentos demais correndo dentro de mim nesse momento, meu coração parece que vai sair pela boca. – Ana venha até aqui por favor. – Meu marido me chama, todos me olham com confusão. Tento me mexer, levanto um pé de cada vez do chão com dificuldade, é como se pesassem toneladas. Caminho lentamente, minhas pernas não querem me obedecer, meu coração se acelerando mais e mais a cada segundo. Vou até o lado de Christian na cadeira, vejo ele pegar o envelope vermelho de dentro de uma gaveta da mesa, me olha nos olhos e me entrega. Meus dedos trêmulos vão como em câmera lenta em direção ao objeto, até conseguir que minha mão segure o plástico.

— Mas você disse que iria esperar a chegada de Welch para podermos abrir o envelope. – Questiono tentando controlar minha respiração.

— Mas mudei de ideia. Vamos saber de uma vez o que há nesse envelope! Vou pedir para Welch somente conferir as informações, já que até agora tudo que seu avô falou só foi confirmado, ele não mentiu em nada para nós. – Explica com firmeza. Respiro fundo fechando os olhos e apertando o envelope com a informação que fez falta a minha vida inteira. Sei que não vai ser Carrick a resposta, já que meu avô o inocentou mais cedo. Acho que pela raiva que meu marido está do pai o acusou só para tentar feri-lo ou afronta-lo. Abro meus olhos devagar, todos os olhos no ambiente vidrados em mim. Começo a abrir o compartimento e é como se o tempo tivesse parado, é como se eu fosse aquela menininha que chorava por falta do pai, ou aquela adolescente que trabalhava para se sustentar enquanto tentava de alguma forma preencher as lacunas em sua vida, de repente me sinto também a mulher que sou hoje finalmente feliz e cuidada por alguém que me ama tanto quanto eu o amo. Puxo os papéis de dentro do envelope, são muitos. Laudos policiais e da pericia que na época concluíram que realmente foi um atentado. O barco foi explodido por uma bomba ou material explosivo. Meu couro cabeludo pinica com essa informação tão dolorosa, alguém realmente quis acabar com minha família. Na página seguinte acho os relatórios atuais do investigador particular que concluiu ser a governanta Carina quem armou tudo para explodir o barco, inclusive foi a mesma quem implantou o explosivo na embarcação. Franzo o cenho e releio a informação três vezes por não conseguir acreditar no que estou lendo, os papéis caem das minhas mãos e caminho para longe da mesa chorando muito, meu corpo treme, lágrimas caem como cachoeira de meus olhos, caio no chão ajoelhada e grito com toda força que ainda resta em mim.

— Nãooooo!!!!! – Grito e choro, soluço incessantemente. É como se hoje perdesse o meu pai mais uma vez, definitivamente e para sempre. – Aquela desgraçada matou o meu pai!!! Ela acabou com a minha família, com a minha vida!!! – Grito e grito sentindo minha garganta arder, bato as mãos no chão. Então sinto alguém me segurar pelos ombros agachando atrás de mim, pelo perfume reconheço ser Christian, mas me debato, há tanta adrenalina e raiva explodindo em mim que não sei se quero ser consolada, minha vontade é matar aquela miserável. Me debato, gritando – Não, não, não!!! – Mas meu marido com sua força continua me segurando, tentando me moldar, até que consegue me abraçar. Sinto-me enfraquecer e me largo em seus braços em prantos e dizendo ainda alguns nãos baixinhos. Sinto suas mãos acarinharem meus cabelos, sua voz tenta me embalar como a um neném.

— Shiii... estou aqui meu amor, sempre estarei! Shiii... – Sua voz é calma em meu ouvido. Não consigo abrir meus olhos, não consigo me mexer, só sinto que o mundo está fora de lugar. Ouço passos se aproximando e mais alguém se agacha próximo a nós, passa a mão em meus cabelos e diz com a voz chorosa:

— Ana minha querida, eu sinto muito! – É Grace, se passam alguns minutos e eu finalmente mesmo me sentindo muito fraca abro os olhos lentamente. Ela agachada de frente para mim faz carinho em minha face. Vejo Elliot se agachar também, depois de entregar os papéis para Carrick que permanece os lendo em pé, próximo a mesa. Elliot então vem em minha direção querendo me abraçar, me desvencilho de Christian para abraçar tanto meu cunhado quanto minha sogra ao mesmo tempo, os dois me recebem com carinho, aconchego em um abraço de família. Grace beija minha cabeça como uma mãe, essa foi a sensação que tive com ela desde que nos conhecemos. Ela sempre me tratou como uma filha. Soluço mais um pouco, chorando, talvez eu queira que as lagrimas afoguem as minhas mágoas e a dor imensa que a ausência de Reymond, meu pai fez em minha vida. Além de pensar que por causa daquela maldita mulher, daquela maldita explosão fiquei estéril. Isso me causa tanta revolta quanto a dor que machuca meu coração.

— Vai ficar tudo bem cunhada, estamos aqui para cuidar de você! Nós somos a sua família! – Ouço Elliot dizer.

— Sim meu bem, tem todo nosso carinho e apoio! – É a vez de Grace, me solto dos dois e passo as mãos no rosto, ao mesmo tempo em que falo tentando ser carinhosa e coerente, mas é incrível como as lagrimas não param de cair.

— Eu agradeço muito, eu sinto que vocês realmente são minha família. Mas eu quero me desculpar com Carrick, antes de hoje eu desconfiava de que tivesse sido ele. – Digo e sinto Christian ajudar para que eu me levante, segurando em meu braço. Grace e o filho mais velho também já estão de pé e a mãe recebe um beijo na cabeça, enquanto eu falo. Nesse momento ela me olha um pouco chocada. – Me desculpe. – Digo olhando para Carrick que caminha até mim rapidamente e me toma em um abraço apertado. Fico surpresa, mas respiro fundo e correspondo o abraçando.

— Oh Anastácia! Eu gostei de você desde o começo, desde o instante que te vi a primeira vez. Você é extremamente parecida com Reymond, lembra muito Pietra e eu sempre terei um enorme carinho pela sua família. Vi seu pai crescer, aquele era um bom rapaz! Inteligente, sensato e cheio de amor! – Ao dizer isso choro ainda mais, meus olhos ardem como brasas por já estar chorando há tanto tempo, meu corpo treme um pouco e Carrick faz carinho em minhas costas. Nesse momento me vem a cara daquela mulher monstruosa em minha mente e acabo me soltando de Carrick abruptamente.

— Ela tem que pagar!!! Carina tem que pagar pelo que fez ao meu pai, a minha mãe, ao meu avô e a mim!!! – Dito isso saio rapidamente do escritório, corro com toda força que nem sabia que ainda me restava. Em poucos segundos já estou no pátio da mansão e como é de praxe o Audi está estacionado, dessa vez aberto porque Taylor está há alguns metros do veículo ao ver minha aproximação enfurecida tenta correr até o carro, mas a essa altura eu já entrei e já estou saindo cantando pneus. Para minha sorte a chave estava na ignição e os enormes portões se abrem automaticamente para o veículo sair. Vejo que Taylor ainda corre desesperado tentando alcançar-me, assim como Christian que logo aparece também correndo claramente com profunda aflição, mas já estou fora e é tarde demais.


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Notas finais do capítulo

Gente que capitulo!!!
Confesso que foram muitas lágrimas...
Que dó da nossa Ana! Ah e do Chris tbm... aliás de tds! (:
Vou aproveitar para responder os coments agora...
Gente acho que estou merecendo muitas favoritações
e muitos e muitos comentários ein?!
Quero ver vocês aparecendo!
Fds tá chegando, então aproveitem muito e que seja
lindo para todos!!!
Bjinhuuus ;*



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