50 Tons - Sem Saída escrita por Mary Kate


Capítulo 15
Entre irmãos.


Notas iniciais do capítulo

Meus zamoreeees! Resolvi voltar mais cedo porque estou feliz demais!!!! Minha primeira alegria foi ver que a fic chegou a 100 comentários, inclusive eu marquei o número cem que foi da cascia neto como melhor coment para agradecer a ela e a todas vocês por chegarmos a esse número mara!
E depois quase voei de tanta felicidade pela recomendação da Jo, imaginem fogos de artificio para esse momento! haha Esse cap é dedicado a você :* Muito obrigada querida por amar tanto a fic e deixar aqui seu carinho!
Gente muito obrigada mesmo de coração por todo carinho de vocês tds, que comentam, curtem e acompanham a fic! Isso me faz feliz demais! É um carinho que eu posso sentir daqui e me enche de ânimo para escrever! Sem mais delongas esse é um cap especial para alegrar vocês!
Boa leitura ;*



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Já se passaram alguns dias desde o rompimento entre eu e Anastácia, estou sentado próximo à piscina bebendo meu whisky e admirando o céu grego extremamente estrelado de hoje. Voltei para Atenas assim que pude, não suportava mais ficar naquele apartamento vazio, sem a presença da Ana é como se minha vida tivesse perdido a cor. Só me sinto cansado, trabalho a pulso pois não posso deixar a empresa abandonada, tenho milhares de pessoas que dependem de mim. Mas se pudesse já teria largado tudo e me trancado no quarto para passar o resto de minha vida dormindo. Quando ela me contou que não pode engravidar entendi finalmente todo o plano de Astolfo, ele acha que meu pai causou a explosão no barco e o que melhor para punir o filho mais parecido com Carrick do que tirando a possibilidade dele de ter uma família feliz, com seus próprios filhos legítimos?! Claro que eu não me importaria com nada disso, para estar com Ana passaria por qualquer coisa. Poderíamos adotar e esses teriam o mesmo amor que filhos do meu sangue, não faria diferença. O problema foi a sordidez como ele tudo armou, crendo que meu casamento nunca daria certo, que eu e Anastácia viveríamos um verdadeiro inferno nos digladiando e com certeza achou que a odiaria mais ainda quando soubesse da sua esterilidade. Mas nada disso me fez odiar Ana, me sentir magoado por ela ou querer ficar longe dela. O que me fez deixa-la partir foi ver toda dor que ela carrega por com certeza não me amar e ter se visto obrigada a estar nesse casamento comigo, ela demonstrou que não confia em mim e odeia o meu pai. Dessa forma o melhor foi deixa-la ir para que ela possa ser feliz e ter a vida que nunca pôde. Minha gigante mansão parece ainda maior desde que cheguei, nunca pensei que pudesse me sentir tão deslocado em minha própria casa.

— Boa noite mano! – Ouço a voz de Elliot me surpreender se aproximando, olho para o lado e meu irmão me encara e dá risada. – Nossa rapaz, que cara de bunda é essa?! – Diz com bom humor, eu bufo e reviro os olhos pegando meu copo virando o restante da minha bebida.

— Não estou para suas gracinhas hoje Elliot. – Digo sério olhando para o mar lá na frente.

— O que está havendo?! Você tá mais esquisito do que de costume...cadê a Ana? – Se senta na espreguiçadeira ao lado da minha.

— Nos separamos, não no papel que seria impossível é claro. Mas a deixei ir embora, acabou esse casamento de merda! – Começo a falar com calma mas uma raiva crescente vai tomando conta de mim e no final da explicação já estou gritando e jogo o copo vazio longe, só ouço o vidro se estilhaçar no chão. Elliot meio que dá um pulo sem se levantar da espreguiçadeira, acho que se assustou.

— Calma irmão. Estou completamente perdido...respira fundo e conte o que houve. – Meu irmão pela primeira vez fala com tom de seriedade e uma calma muito grande também. Inalo o ar na tentativa de me acalmar e esfrego as mãos no rosto com força.

— Você sabe como foi dado meu casamento Lelliot, depois da nossa família conhecer Ana tivemos aquela tarde juntos em que te expliquei os motivos reais do casamento e todos os pormenores. Você já achava que havia potencial entre a gente pela forma como nos comportávamos quando estávamos juntos e tudo mais, me disse que eu relaxasse um pouco e tentasse abrir meus olhos para as possibilidades. De inicio eu não quis, só queria torturar Anastácia psicologicamente mas também não conseguia ficar longe dela por muito tempo. Depois de algumas semanas de casados eu resolvi entender melhor o que sentia por ela, foi aí que viajamos para NY estes dias atrás. Tudo estava perfeito, perfeito até demais! Fui percebendo que não era só desejo o que existia entre nós, que eu gosto de cuidar dele e proporcionar felicidade real a ela... mas então eu descobri toda a verdade. – Respiro fundo lembrando de tudo o que descobri, de toda dor que vivemos, da terrível discussão que deu fim a tudo. Meu peito arde, olho para o lado e meu irmão me encara compenetrado, sua feição preocupada faz até uma careta e eu prossigo olhando novamente para frente. – Na verdade ela foi obrigada a se casar pelo avô. Aquele maldito a renegou a vida inteira, Anastácia teve uma vida difícil teve que trabalhar desde a adolescência, sua mãe é alcoólatra e saiu viajando pelo mundo quando ela ainda era adolescente. E nos últimos meses precisou de muito dinheiro por causa da doença grave do novo marido. Ana trabalhava em três empregos e estudava a noite, o único amigo que tinha tentou se aproveitar dela quando ela mais precisou e assim ela fugiu para Grécia. Então aquele monstro do Astolfo Kaligarys ofereceu o dinheiro que ela precisava, caso se casasse comigo. – Me sinto um imbecil então faço uma pausa e cubro meus olhos com as mãos me deitando mais na espreguiçadeira.

— Mas eu não entendo, o que o velho ganhou com isso se ainda teve que te dar a empresa? – Ouço a voz confusa e séria de Elliot.

— A empresa está em maus lençóis de forma que só o livrei de um problema. E tudo isso é sua grande vingança contra a nossa família já que ele culpa nosso pai pela morte de Reymond e também uma forma de castigar Anastácia por ele odia-la também, já que odeia estrangeiros que é o que a mãe dela é. – Prossigo falando devagar.

— Como é?! Nosso pai jamais mataria o pai da Ana, ele não causaria a explosão de um barco que resultou na morte de vários inocentes e também tantos feridos. Nosso pai jamais seria capaz de tamanha crueldade! Esse velho é louco?! Outra coisa vocês poderiam se separar a qualquer momento acabando com a vingança dele, ele foi burro. – Agora meu irmão está alterado, visivelmente irritado como creio nunca ter visto antes.

— Acontece que para sorte daquele miserável e azar meu e de Anastácia as coisas só foram mais facilitadas para ele. Ana não pode ter filhos o que fez com que ele nos amarrasse nesse casamento para sempre, já que essa é a única clausula para divórcio estabelecida no contrato. – Digo com amargura.

— Uau... – Ouço a voz de Elliot falhar, olho para ele que está boquiaberto. Passamos alguns minutos sem falar nada, simplesmente olhando a paisagem até que o ouço falar. – Mas já que a intenção de um casamento é durar para sempre mesmo... bem, por tudo que você me contou percebe-se claramente que você nutre muito mais sentimentos por Anastácia do que quer admitir. Qual foi o problema que fez vocês se separarem? – A expressão do homem ao meu lado muda, agora parece tramar algo, está curioso. Não sei dizer.

— Não posso obriga-la a ficar nesse casamento, após descobrir tudo isso vi que o melhor para ela é ter a vida que nunca pôde ter. Ter o conforto e a comodidade de poder estudar e seguir os sonhos dela. Não posso ser eu a atrapalhar isso. – Dou de ombros mais para tentar convencer-me.

— Ah ta bom! Você é louco por essa mulher! Ela te fascinou desde o dia em que a conheceu, você ficou louco para se casar e conhecê-la melhor. Outra ponto você há pouco mesmo admitiu que percebeu que é algo além de atração que os uni e agora acabou de confessar que tudo que mais quer na vida é que ela seja feliz. Isso é amor irmão!!! Você ama Anastácia e não pode deixar ela ir embora assim. Não é justo com você, logo você que nunca teve isso por ninguém. E nem com ela que deve estar sofrendo com tudo isso! – Fala totalmente empolgado.

— Eu não posso Elliot! Mesmo que eu a ame não creio que ela sinta o mesmo por mim! – Falo me sentando virado para meu irmão que está também sentado de frente para mim.

— Pare com isso homem! Esse não é o Christian que eu conheço. Você nunca deixou as coisas pela metade, está na hora de você ser o homem corajoso que sempre foi! Vá atrás da sua mulher e descubra o que realmente ela sente, tenham uma conversa ponderada e sem envolver outros assuntos, falem de vocês dois! – Me diz com bravura. Encaro meu irmão, será que devo ir atrás de Anastácia mesmo?! Penso um pouco e creio que esse cabeça oca tenha razão. Eu e minha esposa precisamos conversar sem tanto calor, já se passaram alguns dias então já estamos com a cabeça no lugar para falarmos com calma. Isso ele está certo, constato comigo mesmo. Vou lutar pelo que acredito como sempre fiz.

— Você está certo Lelliot não posso deixar as coisas acabarem assim! Vou atrás de minha esposa! – Falo me levantando com ânimo.

— Isso, assim que se fala! Cadê ela?! Onde a Ana está? – Se levanta empolgado.

— Em Seattle, vou mandar preparar meu jatinho agora mesmo. – Já caminho em direção à porta da casa.

— Nossa...tomara que você sustente essa empolgação até lá! Pelo menos vai ter umas horinhas boas para planejar o que dizer a ela... – Fala ao meu lado enquanto adentramos minha casa, no final dá risada.

— Não sei o que me deu na cabeça para seguir o conselho de um cabeça oca como você Lelliot! – Digo rindo.

— Você sabe que de mulher eu entendo, sou o mais charmoso da família então... – Me responde com bom humor e pisca ao final da frase. Chegamos ao pé da escadaria para os quartos, abraço meu irmão.

— Eu te amo cara, você sempre foi um irmão fantástico! Agora se esse seu conselho resultar em outra briga entre mim e Anastácia te jogo em uma lagoa cheia de jacarés! – Depois de abraça-lo seguro seu rosto para dizer com bom humor. Elliot ri da minha piada e vem em direção ao meu rosto fingindo que vai me dar um selinho. Dou risada já indo subir as escadas rapidamente.

— Eu também te amo mano! Meus conselhos são sempre os melhores cara, pode acreditar! – Acenamos sorrindo, faço uma careta e balanço a cabeça pensando como esse meu irmão é incorrigível, então subo direto para meu quarto para me trocar para viagem e preparar tudo pelo celular. 


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Notas finais do capítulo

Continuem comentando muuuuito!
E quem está acompanhando no modo privado aparece aí e curte a fic vaaai ;)
E logo mais tem cap novo chegando, bjinhuuus ;*



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