A Garota e o Lobo escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 5
O que não estão me contando...


Notas iniciais do capítulo

Oii Pessoal!

To gostando de ver o tanto de visualizações da fic! Agora só faltam os comentários!!
Curtam o cap!



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 Brian era extremamente fofo, tinha olhos azuis enormes e uma cabeleira preta como à dos irmãos. Ficamos íntimos na hora, ele fez questão de ser minha dupla contra os gêmeos.

 Depois de várias partidas, fomos comer em um restaurante self-service. Os garotos encheram os pratos rapidamente e foram sentar. Nós ficamos escolhendo dentre as várias opções disponíveis.

— Que surpresa boa no fim de semana. – escutei uma voz familiar atrás de mim. Olhei pelo canto do olho e vi Sebastian com Lia a uma curta distância de onde eu estava.

— Pena que eu não possa dizer o mesmo. – Lia retrucou acida, o que me surpreendeu, ela costumava ser extremamente calma.

— Vejo que trouxe uma novidade para mim. – Sebastian disse, creio que fazendo referencia para mim. Tomei cuidado de desviar dele e caminhei depressa para mesa, sentando-me junto aos garotos.

Todos, exceto Brian, estavam olhando Lia e Sebastian, que agora estavam conversando baixo em um canto. Podia sentir o clima pesando, os gêmeos nem sequer disfarçavam sua raiva.

— Qual o problema? – perguntei e todos me olharam surpresos. Pareciam não ter notado minha presença ali.

— Eles namoraram uma época, foi... Complicado. – Adam respondeu cauteloso.

Olhei para ele, por um segundo querendo obter mais informações, mas desisti não me intrometeria nos assuntos dos outros, pois não gosto que se intrometam nos meus.

Lia veio finalmente para mesa, sentando-se ao meu lado. Mantive meus olhos no prato, mas sentia que todos os outros olhavam para ela.

Permanecemos em silencio até terminarmos nossa comida.

**************************************************

Adam gentilmente se ofereceu para me levar de volta para casa. Parecia mais relaxado agora, cantarolava junto com o rádio.

— O que está achando daqui? – Perguntou-me puxando assunto. Ponderei um pouco antes de responder.

— Sinto-me segura, é reconfortante. – respondi com sinceridade. Olhando as arvores a nossa volta na estrada.

Sentia o olhar de Adam em meu rosto, parecia estar avaliando-me.

— Sente falta da sua família? – perguntou, sondando-me.

— Só tenho minha avó, eu a vejo em todo o Natal. – respondi.

— Família pequena, nem imagino como seja isso. – Adam comentou e rimos juntos.

—Deve ser bom ter tantos irmãos. Você sempre terá com quem contar e compartilhar os momentos bons. – digo.

— Você está certa Mia. Mas com apenas três banheiros em casa você pode imaginar como foi complicado. – ele retruca, eu rio novamente de seu comentário.

Quando estava de bom humor Adam era extremamente agradável.

—Tem planos para amanhã? –Adam perguntou. Pensei um pouco, a casa estava em ordem, meu dever de casa pronto, mamãe estaria de folga, então estaria livre em meu domingo.

— Não. Por quê? – perguntei curiosa.

— Quer ir a um lugar comigo? – ele respondeu minha pergunta com outra.

— Sim. –respondi automaticamente, ficando surpresa por minha resposta franca e rápida. Não sabia aonde íamos, mas não me importava, estava ansiosa para passar um tempo com ele.

— Vamos ao lago amanhã, fazer uma fogueira e contar velhas lendas de família. - Adam disse entusiasmado.

— Legal. Quer dizer que vou conhecer todos os seus irmãos? – perguntei enrubescendo um pouco. Havia quatro irmãos e os pais dele que ainda não tive a oportunidade de conhecer.

— Sim, meus avôs, meus sobrinhos, meus pais... – Adam respondeu, percebendo meu constrangimento prosseguiu – Não se preocupe só vão te constranger um pouco.

Rimos um pouco, não entendia o motivo de ele ter me convidado, havíamos trocado poucas palavras desde que eu havia chegado ali, não éramos exatamente amigos.

— Porque esta me convidando para um evento de família? – perguntei. Ele pareceu surpreso com a pergunta e ficou um longo tempo em silencio antes de responder.

— Quero que você nos conheça melhor. – ele respondeu serio.

Adam estacionou na entrada de minha casa e saltou do carro para abrir a porta para mim. A luz da cozinha estava acesa, mamãe estava em casa.

— Obrigada. – digo descendo do carro. Adam fecha a porta e acompanha-me até a porta de casa.

— Amanhã venho te buscar às 17 horas. Tudo bem? – ele pergunta.

— Sim. – respondo, abrindo a porta.

— Até amanhã. – Adam despede-se me dando um beijo leve na bochecha. Eu coro.

— Até...

**************************************************

Queria dormir muito mais, mas o som alto que vinha do andar de baixo não me permitiu. Mamãe tinha o péssimo hábito de preparar refeições escutando musica no ultimo volume.

Levantei-me preguiçosamente, fui ao banheiro tomar um banho rápido, troquei de roupa e desci.

— Bom dia! – cumprimento-a. Mamãe está com uma camisa enorme, e short jeans curto.

— Bom dia Mia, quanto tempo não te vejo. – Mamãe diz com um tom sarcástico. Diminuindo um pouco o volume do som.

— Ando muito abandonada por você ultimamente. – retruco no mesmo tom, rindo um pouco da sua expressão de choque.

— Eu sei, desculpe, estou trabalhando demais. – ela justificou-se.

— Tudo bem, é bom te ver tão focada assim em algo. – digo, sentando-me na bancada e observando-a cozinhar.

— Pelo que percebi ontem, você não estava tão abandonada assim. – Mamãe diz me olhando de rabo de olho. Droga! – penso. Achei que ela não tinha me visto chegando ontem, já estava em seu quarto.

— Era só o Adam me dando uma carona. Sai com nossos vizinhos para jogar boliche e jantar ontem. – digo, tentando dar o máximo de informações possíveis para diminuir as perguntas de seu interrogatório habitual.

— Ele é bonitinho. – ela comenta. Sei bem aonde ela quer chegar.

— Também acho. Hoje vamos a uma fogueira que a família dele vai fazer. – digo, deixando-a ciente de meus planos para o dia de hoje.

— Já? – ela pergunta sorrindo com malicia.

— Não temos nada, ele só foi gentil em me convidar. – digo já perdendo a paciência.

— Ainda não tem nada. Ainda!– Mamãe diz encerrando o assunto.

Enquanto almoçávamos, mamãe tagarelava animadamente sobre o emprego novo e os projetos que estava implantando para melhorar o atendimento. Fomos interrompidas, pelo toque do telefone fixo. Ninguém tinha aquele numero ou sabia que estávamos ali, ficamos receosas em atender. Mamãe levantou-se devagar, tirou o fone do gancho colocando o no ouvido, a cor em seu rosto desapareceu, ela estava branca como seda.

— Mãe, o que foi? – perguntei. Minhas pernas tremendo incontrolavelmente. Ela não respondeu, apenas estendeu para mim o aparelho. Levantei-me depressa, tomando-o de suas mãos e colocando-o em meu ouvido. Do outro lado da linha uma respiração forte e terrivelmente conhecida estava na linha.

— Estou indo pegar vocês vadias! – Foi tudo que ele disse e desligou. Lágrimas escorreram por meus olhos.

Como? Como? Ele não poderia ter nos encontrado assim tão rápido. 


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Notas finais do capítulo

O que estão achando?
Qual o mistério ronda essa família?

Bjos



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