A Garota e o Lobo escrita por Manusinha Mayara


Capítulo 23
Revelações


Notas iniciais do capítulo

Oii
O tão aguardado capítulo da revelação kkkk
Críticas sinceras pfvr



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Sebastian P.O.V

 Confesso que aquela jogada da moto havia sido perfeita, estava adorando Emily abraçada em mim, completamente apavorada à medida que eu acelerava pela estrada.

 Quando nos aproximamos de nosso destino, diminui a velocidade e estacionei próximo a uma arvore. Emily mal esperou que eu parasse e saltou da moto. Ela arrancou o seu capacete e começou a me estapear.

 - Você é retardado? E aquele papo de que não iria me machucar?  - ela berrava enquanto me batia.

Eu retirei calmamente meu capacete, lutando para esconder meu sorriso de divertimento, desci da moto e segurei seus pulsos. Puxei seus braços em minha direção e envolvi sua cintura com meus braços. Ela se debateu furiosamente, o que só fez com que eu apertasse ainda mais meu abraço.

— O que pensa que está fazendo? – ela perguntou, sentia todo o ódio em seu olhar.

— Esperando você se acalmar. – respondo dando um sorriso sarcástico. Ela resiste mais um pouco e então para de se debater, bufando irritada, observo satisfeito sua respiração se acalmar. – Pareci que aprendi a dominar a fera. – sussurro em seu ouvido.

Emily sorri gentilmente, e acerta o joelho bem entre minhas coxas. Solto-a imediatamente, colocando as mãos sobre a área dolorida. Ajoelho de dor no chão. Droga!

— Quem dominou quem querido? – ela pergunta irônica, rindo de mim. – Levanta logo, que não quero perder o resto do meu dia com você. – ela ordena.

Ela estava começando a me tirar do sério, me recompus aos poucos e levantei.

— Vem. – digo, e começo a caminhar esperando que ela me siga.

Estávamos no cemitério de Salt Lake, e começava a me arrepender de levá-la ali, queria que Emily confiasse em mim, era a única maneira de ela não surtar e ir embora quando soubesse de toda verdade. Mas depois desse chute, estava tentando a manda - lá para o inferno.

— Por que estamos aqui? – Emily me pergunta, sua voz deixa transparecer seu incomodo por estar ali.

— Quero fazer um pacto com você. – respondo, lançando-lhe um olhar enigmático.

— Tipo demoníaco? Vamos esquartejar alguém ou algo do tipo? – Emily pergunta tentando descontrair, mas sua tensão não me passa despercebida.

— Com o sol a pino desse jeito?  Geralmente faço esse tipo de coisas a noite. – respondo sério. Ela me encara atônita e começo a rir de sua expressão.

— Idiota! – ela reclama e da um safanão em meu braço.

— Aqui. – digo parando em frente a uma lápide.

Emily olha para o nome gravado ali, e em seguida para meu rosto, esta obviamente confusa.

— Emily, eu quero lhe apresentar minha mãe Grace Moretz. – digo cordialmente.

Vislumbro seus lábios se abrirem um pouco, pela surpresa. Aproveito o silencio e ajoelho-me diante do tumulo. A pequena foto de minha mãe, com seus longos cabelos vermelhos e olhos negros tristes não faziam jus a sua beleza real.

Surpreendo-me quando Emily ajoelha-se a meu lado, ela encara a foto e a mim, está procurando alguma semelhança percebo.

— Só temos os mesmos olhos, sou mais parecido com meu pai. – respondo a sua pergunta não dita.

— Era linda... – ela diz em tom de admiração. Concordei acenando com a cabeça. – Porque me trouxe aqui? – ela pergunta.

— Bom, é que você me disse que não consegue se aproximar mais de ninguém depois que sua mãe se foi... – respondo – posso dizer que me sinto da mesma forma. – confesso.

Emily me olha assombrada, acho que não esperava uma confissão tão sincera vindo de minha parte.

— Pensei que como você não tem mais ninguém, e eu tenho meu pai, que convenhamos é como estar sozinho, poderíamos ter um ao outro, uma amizade com confiança – concluo.

Encaramos-nos por um longo tempo, Emily então desviou o olhar para a foto de minha mãe novamente.

— Por quê? –ela perguntou.

— Porque somos parecidos. – respondo com sinceridade, está era a verdade.

— Estamos mais para opostos. – ela diz e nos dois rimos.

— Não Emily. Somos indomáveis, sinceros ao extremo, não gostamos de demonstrar fraquezas e lutamos pelo que acreditamos.  – retruco sério.

— Porque agora? – ela pergunta.

— Porque estou prestes a te contar um segredo que envolve a mim, sua prima, Adam e várias outras pessoas desta cidade. Quero saber que posso confiar em você, e quero que saiba que pode contar comigo. – respondo. – Não sei como funciona isto de amizade, nunca tive alguém tão próximo assim, mas posso prometer tentar de verdade.

— Eles sabem que você está me contando? – ela pergunta.

— Mia e Adam sabem. – respondo- esqueça deles agora e me responda. – digo firme- Emily você está disposta a me dar um voto de confiança?

Encaro-a prendendo a respiração. Queria que ela aceitasse, queria tê-la por perto, para mim era importante que ela dissesse sim.

 

Emily P.O.V

 Isso que chamo de dia estranho, se alguém me dissesse pela manhã que estaria terminando o dia ao lado de Sebastian em um cemitério, ele me pedindo para ser sua amiga e confiar nele, provavelmente chamaria esse alguém de louco.

— Emily, dá pra responder, por favor? – Sebastian pergunta impaciente.

Já o encarava há bastante tempo, seu rosto estava indecifrável, se eu dissesse que não era capaz de ser sua amiga, que a atração que sentia por ele havia se tornado inegável, por isso brigava com ele todo o tempo, a forma como seu toque mexia comigo me irritava, fazia com que eu me sentisse tola.

Pior era saber que toda sua atenção era dedicada para Mia. Não queria de forma alguma servir de substituta, ser a que restou, queria ser escolhida em primeiro lugar e toda aquela situação me machucava. Por outro lado, se pudesse talvez alcançar seus sentimentos aos poucos, está seria a melhor maneira.

Porque não podia simplesmente mandar todos para o inferno e ir embora?

Soltei um profundo suspiro e respondi.

— Ok, Sebastian. Vamos tentar do seu jeito. – digo.

Ele lançou-me um sorriso enorme, estava entusiasmado que eu tivesse aceitado sua proposta.

— Ótimo, e como aceitou diante da pessoa mais importante que eu já tive neste mundo, você não pode voltar atrás. – ele concluiu.

— Que ótimo, se eu voltar atrás ela vai vir puxar meu pé por acaso? – pergunto irônica.

— Ela não, eu talvez sim. – ele responde sorrindo.

Levantando-se, ele estica uma de suas mãos para me ajudar. Olho sua mão estendida, e pela primeira vez desde que o conheci aceito sua ajuda. Para minha surpresa ele não solta minha mão enquanto caminhamos rumo à floresta ali perto.

— O que vem agora? – pergunto curiosa.

— Vou te mostrar a verdade, é melhor ver para crer. – ele responde.

Quando adentramos fundo, a ponto de não vermos mais as lapides do cemitério ele para. Solta minha mão e tira sua camisa. Fico boquiaberta quando logo em seguida ele começa a retirar sua calça, não consigo encontrar minha voz para dizer algo.

— Prometa não se assustar, confie em mim, não vou te tocar. – ele deu o aviso, agora apenas com sua cueca Box.

Aceno afirmativamente com a cabeça e não me movo do lugar.

Sebastian, sem parar de me encarar, começa a tremer todo o corpo, como em um passe de mágicas, um cachorro gigante de pelos negros surge onde antes havia um garoto.

Encaro o animal atordoada, minha mente tenta processar o que houve, mesmo tendo visto diante de meus olhos, parecia inacreditável.

O que era tudo isto afinal?


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Notas finais do capítulo

O que acharam??
Bjos



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