Positivo escrita por South Paradise


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Tá aí, mais um dia comum na vida do meu quarteto insano! Espero que gostem!



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Trinta minutos depois e a sala de Ino se encontrava em uma situação se não apropriada, ao menos poderia ser classificada com aceitável. A louca, ao contrário, ainda não tinha chegado em casa, o que estava realmente começando a me preocupar. Yamanaka Ino nunca foi uma boa motorista, quando com pressa, pior ainda... Talvez ela realmente tivesse morrido em uma batida de carro, mas uma vozinha bem lá no fundo da minha cabeça me dizia que eu não teria tanta sorte assim.

O que se provou fato, quando 15 minutos depois ela voou porta a dentro e não sozinha, mas acompanhada de uma comitiva de mulheres insanas, e que deus me ajude, Hinata segurava um par de sapatinhos infantis.

— Eu realmente não sei como acabei amiga de vocês...

— Que estranho, pois eu lembro muito bem, e foi com a senhora cortando o meu rabo de cavalo no jardim de infância!

— Achei que tinha me livrado de você de vez porquinha, quando se mudou para os Estados Unidos.

— E ao invés disso, acabou casada com o meu chefe... Não é maravilhoso?— Todas elas já estavam sentadas ao meu redor no tapete felpudo da sala. Com aqueles olhos arregalados e pidões.

— Casada é uma palavra forte demais... O que eu posso fazer se ele não sai mais lá de casa? E nós duas temos opiniões bem diferentes do significado da palavra “maravilhoso”— dando de ombros, abracei mais ainda a almofada no meu colo.

— Quando as namoradas pararem de trocar farpas, eu gostaria de saber por que fui arrastada do meu trabalho em plena segunda-feira?— Tenten resmungava mal humorada, remexendo na sacola que Ino havia jogado ao meu lado – vocês sabem como é difícil manter um emprego hoje em dia?

— Bom, nós sabemos o quão difícil é para você, ainda mais se Neji estiver envolvido!— ácida como sempre, Hina balançava aqueles sapatos irritantes na minha cara — Nós já começamos um bolão, o tempo máximo foi a nossa futura mamãe quem deu: 7 semanas...

— AH MEU DEUS, NÃO ME DIGAM QUE ESSA DESCOLORIDA ESTÁ ACHANDO QUE ESTÁ GRAVIDA DE NOVO?!— pelo menos, isso era algo que eu não podia reclamar delas. Sempre estavam me fazendo rir, nem que fosse de nervoso. Tenten segurava 2 testes de gravidez em choque.

— São para a Sakura, palhaça!— um borrão loiro se jogo em cima da Mitsashi, tomando as caixas e metendo tudo dentro da sacola de novo – e então Testão, vai me contar o que está acontecendo?

— Ino, sem querer ser grossa, mas acho que a premissa todo mundo já sabe, a cabecinha de vento aqui acha que finalmente vai conseguir dar o golpe da barriga e enfiar uma algema no dedo esquerdo do Uchiha — a debochada da Hyuuga apontava o dedo pra minha cara.

— A única coisa que eu quero enfiar Hinata, são essas pantufinhas, e vai ser bem no seu rabo!

— Obviamente ela ainda não está aceitando a ideia, imagina quando contar pro pai, o cara que tem coceira toda vez que vê um humano em miniatura— ela não ajudava em nada.

— Vão pro inferno todas vocês, até parece que eu não sei disso! — joguei um dos meus saltos em direção a minha amiga engenheira. A morena havia levantado para pegar algo na cozinha, e se tinha algo que eu sabia fazer, era atingir um alvo em movimento – então parem de bancas os cavaleiros Após-Calypso da minha vida!

— Tudo bem, tudo bem. Não criemos pânico – Tenten tentava alguma forma de mediar a conversa e ao mesmo tempo escutar a fofoca na integra e da fonte primaria, ou seja, eu— pelo visto Ino explicou o tema dessa nossa excursão para você Hinata, mas nenhuma das duas me falou nada quando apareceram na porta da minha sala de aula.  

— Essa história de faltar ao serviço está virando coisa normal depois que conhecemos essa desmiolada – Hina suspirou ao voltar para o meu lado— vamos lá Saky, conte-nos as boas novas.

— Parem de reclamar, vocês sabem muito bem que eu sou o sol da vida de vocês e eu sei que vocês adoram fugir do tronco, suas wandalas!

— Que seja, eu só preciso conversar com alguém, porém já vi que foi péssima ideia procurar Ino e companhia ilimitada — fiz uma careta— a cilada é essa mesmo, acho que embarriguei, ‘tô prenha, esperando menino, qualquer que seja o termo que quiserem usar! Mas ao mesmo tempo, não faz sentido nenhum! Se essa criança existe, ela transcende todas as leis do bom senso!

— Isso a gente já sabe, vindo de você e Sasuke, bom senso é um termo que não pode ser aplicado.

— Acho que você está confundindo o meu relacionamento com o seu, porca!

Era humanamente impossível ficarmos no mesmo ambiente sem arrumarmos confusão, mas olhando para cada uma das minhas amigas, todas desmioladas o suficiente para largarem o emprego e vir me ajudar... bom, eu não poderia ter amigas melhores, então decidi segurar um pouco a minha língua.

— Arrepia logo Haruno, o meu lado gossip girl não aguenta esperar por uma fofoca dessas! – Mitsashi e suas melhores referencias.

— Então acho melhor a Ino ir passar um café, acho que vou precisar...

O básico do meu drama pessoal, agora coletivo, por mais ridículo era esse mesmo: eu e meu namorado super colaborativo havíamos transado. E eu sou estranha o suficiente para ter um calendário menstrual como principal aplicativo no meu celular, então posso até dizer para o meu trio insano, em que diz foi esse fatídico episódio. E foi o que fiz. Sasuke e eu ficamos juntos pela última vez antes das suspeitas no dia 31 de maio. Último dia do mês, primeiro dia da minha cartela de anticoncepcional. E ainda estava no meio de uma menstruação, então eu ainda tinha um pouco de resistência em aceitar que eu estava lascada do jeito que estava. E o resto todos já sabem.

— ... e então hoje estou contabilizando oficialmente 10 dias de atraso, o MAIA não mente, olha!— sacudi o meu aparelho diante das faces incrédulas.

— Minha cabeça está doendo de tão burra que você é garota.— a Yamanaka balançava a cabeça em negação – só porque toma remédio não quer dizer que pode sair por ai dando sem camisinha não!

Minha melhor amiga olhava exasperada, Tenten mergulhou em minha direção com as duas mãos sobre minha barriga, ganhando um tapa. Já Hinata era a menos surpresa.

— Por um acaso vocês sabem o quão ridículas parecem? Eu nem acredito que sai do escritório pra isso! — ela se servia de mais uma xícara – é óbvio que você não está grávida sua tonta!

— Hina, é exatamente isso o que eu penso, olhem os fatos! Porém não existe pessoa mais regulada que eu! E já são 10 dias! Sem falar que voltei até mais cheinha da viagem!

— Santo Itachi, Sakura! Barriga de gorda é muito diferente de barriga de grávida! – invocar o nome em vão do meu adorado cunhado havia se tornado um habito entre nós. Afinal, ainda não tinha nascido pessoa mais sensata!

— Hey! Mais respeito aí!— lancei o meu outro sapato. Senhor, eu estava com uma mira digna de competição olímpica hoje.

— É sério sua doida. Isso é só estresse, um misto da pressão que é passar algum tempo com qualquer um que seja parente seu, a correria que sempre envolve viagens e o recente falecimento daquele peixe beta, que eu suspeito ser o único filho que você vai ter na vida!

— O que? Nada de bebê?— a loira se espreguiçava lentamente, com um ar de verdadeira decepção.

— Se queria tanto assim, talvez devesse arrumar um pra você porra! – atirei – olha Hina, tudo o que eu mais quero na vida, é acreditar em você. É o meu sonho de princesa nos últimos dias. Toda noite antes de dormir, fico repetindo pra mim que as chances são praticamente nulas, mas caralho...

— E eu aqui, faltando ao primeiro mês de trabalho, por nada! Vocês sabem como foi difícil conseguir essa vaga!?

— Difícil uma merda, eu quem te enfiei naquela faculdade Tenten. E ainda tenho sérias reservas quando a você como professora. Juro que tenho pesadelos sobre te encontrar em um dos armários com algum aluno!

— HÁHÁ, muito divertido mamãe!— ela começava a se ajeitar, dando a entender que iria embora – e já que está tão preocupada com as minhas referências, não devia fazer com que eu faltasse.

— Não fui eu quem fiz, isso é coisa da Ino. Não me lembro de ter ligado para nenhuma das duas pedindo ajuda! – catei meus sapatos pela casa e joguei minha bolsa no ombro — anda, eu dou carona para vocês...

— É a porra de uma mal agradecia mesmo... – resmungava ao meu lado.

— Sabe... talvez devêssemos guardar estes testes pro próximo alarme falso da Ino! – Hinata ria enquanto atravessava a porta e já chamava o elevador.

— Sua boca mole! Isso nunca mais aconteceu desde que comecei a sair com Sai!

— O que não significa que não tenha acontecido! – a minha nova colega de trabalho cuspiu quando a porta do elevador fechou.

Eu continuei mal-humorada e taciturna. Nada do que a morena disse havia tido resultado. Fralda é um item caro demais para não me preocupar. E durante todo o caminho, eu permaneci em silencio enquanto as outras duas faziam um auê dentro do meu carro.

Hinata foi a última a ser entrega, acho que pelo fato de ser a mais sensata das três, então a que podia me dar os melhores conselhos.

Doce como sempre, apertou minha mão carinhosamente antes de sussurrar.

— Não se preocupe Saky, não é nada demais. Tente esquecer um pouco dessa história e permita ao seu corpo relaxar. Daqui uns dias você vai estar sangrando e tão alegre quanto aquelas mulheres do comercial da Intimus.

— É fácil falar... – murmurei a observando entrar dentro prédio.


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Notas finais do capítulo

Me contem nos comentários o que acharam! Beeijobeeijo!



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