Positivo escrita por South Paradise


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Então, não tenho certeza sobre a frequência dos capítulos. Antes havia pensado em um por semana, porém eu sou uma boca aberta e não consigo segurar nada. Logo, provavelmente vou soltando assim que estiverem prontos. A história é curta, então logo estaremos chegando no desfecho desta Tour. Espero que desfrutem! Beeijobeeijo!



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Finalmente estar em casa não trouxe a paz e segurança que eu buscava. Só me trouxe Sasuke. Não que isso fosse algo negativo, mas no momento eu tinha um alarme gritando alto demais na minha cabeça, para poder prestar a devida atenção ao meu namorado.

No total foram 12 andares do mais puro silêncio. Não por que fosse do nosso feitio sermos silenciosos. Não. Eu falava pelos cotovelos e Sasuke estava longe de ser o monossilábico que todos acreditavam. Porém o Uchiha estava ocupado demais pregando a boca em meu pescoço e eu... bom... eu só conseguia pensar que estava a um passo de ser mais uma na estatística de mães solteiras. E ela era alta.

Minhas costas foram coladas na porta na mesma velocidade com que a mesma foi fechada. – Senti sua falta...

Ele me prendeu em um abraço que era exatamente como sua personalidade. Forte, seguro e quente.

— Você parou mesmo de fumar...— deslizei o nariz por seu ombro.

— Cheguei a conclusão de que a ausência da nicotina é mais suportável que o olhar que você me dá toda vez que acendo um.

— E ainda não vai morrer de infarto ou câncer — o moreno fez uma careta enquanto eu me desvencilhava e ia em direção ao banheiro – eu não combino muito com hospitais.

— Qual o problema?

— Porque? Você está com algum? — ao encara-lo consegui pegar a encarada nada discreta que dava no meu traseiro.

— Você engordou... — continuei meu caminho. A mão esquerda puxava a mala enquanto a direita fazia um gesto muito feio para o homem que me seguia. Ele riu.

Depositei toda minha bagagem ao lado da cama, comecei a me despir, sem me importar com Sasuke encostado no batente, apreciando o show. Toalha em mãos, o próximo passo seria um demorado banho, alguma música que me propiciasse imagens de dor e sofrimento, talvez eu escolhesse alguma playlist exageradamente sentimental de Ino e só depois tentaria resolver toda a bagunça que parecia me encarar por trás do armário.

— O que acha que está fazendo?— meu namorado resolveu que ficar parado na porta não era o suficiente, se adiantando a tirar a camisa.

— Banho?— a cabeça tombada para o lado, me encarando com diversão. Sempre tão divertido quando se tratava de mim, de nós.

— Bom... agora não adianta mesmo segurar...— com um suspiro, deixei a porta escancarada atrás de mim.

— Eu vou querer saber sobre o que isso se trata?

— Não, porém uma hora ou outra vai ficar sabendo do mesmo jeito — e então Sasuke invadiu o box, com o sorriso sacana que eu tanto amava.

Foi perto do meio dia que consegui expulsar meu namorado do meu apartamento. Ele precisava trabalhar, e eu precisava de um jeito de tirar Ino do escritório. Nós formávamos um par muito propenso ao sexo. Eu e Sasuke. Não a Yamanaka. Então foi meio previsível a forma como passamos meus primeiros dias em solo americano. O que me atrasou um pouco em minha busca por aconselhamento. Porém agora eu me encontrava pronta e louca. Louca aponto de recorrer a Ino como primeira opção.

Digitava furiosamente uma mensagem para a minha amiga loira e cabeça oca, ao mesmo tempo em que procurava o meu carro pela garagem, como uma criminosa. Eu precisava me acalmar. O problema é que nunca fui a pessoa com a maior paz de espírito do grupo. Esse com certeza seria Sai. O que era incrível se pararmos para pensar em quem divide o mesmo teto com ele.

“Caia fora desse escritório agora. Estou indo para a sua casa”

Me – 13:02

“Não dá. Reunião com o chefe”

Porca – 13:02

A cachorra me respondeu seca assim. Coitada dela. A pessoa que está em uma reunião e pode responder em um aplicativo de mensagens tão rápido assim, é a mesma que pode levantar a bunda da cadeira e vir me ajudar.

“Mande Sasuke para o inferno. Ele sempre pode encontrar uma

secretária nova. Continuo indo para a sua casa.”

Me – 13:04

“Gestora administrativa! É isso o que sou na empresa e não a

secretária do seu namorado”

Porca – 13:07

“Yamanaka Ino, não me faça ir aí te buscar. A mesma

procrastinadora que fez todos nós faltarmos pelo menos um dia no

trabalho este ano, pode se dar ao trabalho de me encontrar

P.S. Não diga nada ao Uchiha.”

Me – 13:08

“A chave reserva fica debaixo da planta carnívora da entrada. Vou

passar na farmácia e chego ai.”

Porca – 13:08

 “Ótimo. Aproveite e compre alguns testes de gravidez.”

Me – 13:08

“MAS QUE PORRA...?!”

Porca – 13:09

Achei que seria melhor parar por aí. Aquilo era estranho demais para ser discutido por telefone. Se eu quisesse isto, simplesmente teria ligado para Ino mais cedo e não me dado ao trabalho de sair de casa. Já ela não pensava o mesmo, porque 15 minutos depois o meu celular começou a gritar dentro da minha bolsa enquanto eu estacionava o carro. Deixei cair na caixa postal.

De novo. Agora quando eu saia do elevador e procurava pela porta de número 171. A Yamanaka sabia aproveitar as ironias da vida.

— O que foi porquinha?— Suspirei prendendo o aparelho entre o ouvido e meu ombro. Me abaixei para pegar a chave escondida perto da planta decepadora de membros. Aquilo era tão Ino...

— Onde é que você está?

— Enfrente aquela coisa horrorosa que você chama de planta! Juro que um dia desses ela ainda vai comer a mão de alguém...

— Não fale assim da Giárdia... Então... o que você prefere, menino ou menina?

— Vai pro inferno sua ridícula.— ela gargalhava do outro lado. Típico. Acendi a luz e quase infartei quando vi o caos que era aquele lugar – Jesus Cristo Ino, mas que porra é essa que aconteceu com a sua sala?

— A filha de Hana passou o fim de semana com a gente, ainda não deu tempo de me recuperar dos estragos.

— Posso ver...

— Quando é que você vai começar a me elucidar sobre o tema? – Pude ouvir o som de buzinas intermináveis do outro lado da linha.

— Eu não vou discutir isso por telefone sua louca.

— Ainda bem que estou chegando então!— mais uma buzina, uma freada e outra buzina. Depois disso a ligação foi finalizada e eu tive certeza que Ino estava morta.

Enquanto a provável defunta não chegada, decidi que o melhor a fazer seria arrumar aquela bagunça. Um pouco de trabalho manteria a minha cabeça e minhas mãos ocupada. Me privando de pensar besteiras. Senti um vibrar no bolso da calça.

“10 dias atrasada”.


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